A ordem anura da biologia vai muito além dos famosos sapo-cururu e do Kermit. No Equador, por exemplo, existem cerca de 460 espécies, quase 9% do total mundial. A biodiversidade existente no Equador é algo sem igual em qualquer outro país do planeta. No entanto, um terço dos anfíbios do país encontra-se em extinção.
Motivados pela preservação das espécies, um grupo resolveu colocar a mão na massa e criar um programa de conservação e pesquisa. Em 2005, nascia o “Balsa de los sapos”, na Universidade Católica de Quito. O projeto visa coletar os anfíbios em extinção, estimular a reprodução e devolvê-los a seus respectivos habitats, evitando que sumam do mapa para sempre.
O fotógrafo holandês Peter Lipton partiu ao Equador para registrar os anfíbios que estão sob observação em laboratório. Algumas das espécies possuem apenas um remanescente vivo.
Existem muitas ameças aos anfíbios do Equador, como exploração de petróleo, agricultura e mudanças climáticas. “Anfíbios são vulneráveis a mudanças de seu habitat”, diz Andres Minero-Viteri, diretor do programa. A pesquisa está sendo desenvolvida no Parque Nacional Yasuní, um imenso pedaço de quase 10 mil quilômetros quadrados no nordeste do país.

A extração de petróleo é a principal inimiga da biodiversidade equatoriana. Cerca de 850 milhões de barris de petróleo bruto da Amazônia estão ali, no solo do Parque Nacional Yasuní, junto a milhares de espécies animais. O petróleo em Yasuní chega a 20% do total existente no Equador, o que justifica a intensa exploração das indústrias na região.
Ainda que haja uma proposta, chamada Yasuní-ITT, em que o governo equatoriana solicita ajuda financeira à comunidade internacional para deixar o parque livre da exploração de petróleo, a ação chegou tarde para mais de 50 espécies do ecossistema do país, extintas nos últimos anos.
Veja abaixo alguns dos anfíbios capturados pela equipe de pesquisadores e fotografados por Peter Lipton. Pode ser que dentro de alguns anos, muitos destes anfíbios se tornem apenas arquivos .jpg que migraram da floresta amazônica equatoriana para HD’s de universidades, laboratórios e curiosos.













Fotos: Peter Lipton
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