Walden Schimdt não é uma pessoa extraordinária. Muito embora sonhasse em ser uma daquelas pessoas que fizessem, de alguma forma, a diferença no mundo. Sua ambição de ser alguém importante não chegava a ser estratosférica. A meta de Schmidt era alcançar um patamar menor que Walt Disney e Henry Ford, mas mesmo assim estava em seus planos estampar a capa de revistas do mundo dos negócios e da sociedade norte-americana. No entanto, tudo que conseguiu foi um destaque no jornal da companhia de seguros onde trabalhou até o dia de sua aposentadoria chegar.

Constatação: Até aqui você já deve ter percebido que não estamos falando do personagem bundinha de mesmo nome da ex-série Two and a Half Men. Falamos do personagem interpretado pelo soberbo Jack Nicholson, protagonista no filme “As Confissões de Schmidt”.

À moda antiga, foi habituado a ser altamente dependente de sua esposa em tarefas rotineiras. Ao mesmo tempo, se incomoda pelo fato de ser casado com “aquela velha”. Ele se irrita com o jeito que ela fala, o jeito que ela caminha, as manias que ela possui e até o cheiro que ela exala. Walden pensou que estar casado era estar acostumado em aguentar os defeitos da outra pessoa sem saber que o nome para isso era o verbo mais importante da literatura mundial.

jack nicholson as confissões de schmidt

Walden só percebeu que amava sua mulher quando ela não estava mais ao seu lado. A solidão bateu à porta da casa do aposentado e grudou em todos os cômodos. Tentou se aproximar mais da filha, metendo o bedelho no iminente casamento, se aventurou em uma viagem solo por alguns poucos lugares dos Estados Unidos em um grande e confortável trailer e apadrinhou uma criança da Tanzânia após assistir a um programa de televisão. Walden envia 22 dólares por dia à Ndugu, uma criança africana de seis anos que não sabe ler e escrever e que nunca viu pessoalmente seu padrinho. Mesmo assim, o jovem africano se torna, por meio de cartas, o principal confidente de um homem sem perspectivas na vida. Deve-se rir das confissões de Schmidt, mas não tomá-las como exemplo de vida.

De 2002, o longa dirigido por Alexander Payne, possui Jack Nicholson no papel principal. O resto do elenco, que acompanha o mestre, é composto por Kathy Bates, Hope Davis, Dermot Mulroney  e June Squibb. O filme foi baseado no livro homônimo do escritor Louis Begley, autor de uma dezena de romances. No Globo de Ouro de 2002, “As Confissões de Schmidt” garantiu os prêmios de melhor roteiro e melhor ator dramático pela ótima atuação de Jack Nicholson.

Confira o trailer:

http://youtu.be/BIiWtnhf5W4

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