
O que parecia ser apenas o encerramento de uma série de shows intimistas acabou virando história.
O Gorillaz transformou a última noite da série House of Kong, em Londres, em um evento inesquecível: a estreia de um álbum inédito, tocado na íntegra diante de um público que não fazia ideia do que estava por vir.
Sem nostalgia: só coisa nova
Muitos fãs esperavam uma viagem pelos clássicos, mas Damon Albarn e companhia preferiram o risco: apresentaram um disco totalmente novo, do início ao fim.
Para garantir a exclusividade, celulares foram proibidos na arena. Um choque cultural na era dos vídeos instantâneos, mas também um gesto que reforça a ideia de viver o momento.
A sonoridade do futuro (com raízes no Oriente)
Batizado de The Mystery Show, o evento trouxe colaborações de peso, como Johnny Marr, Joe Talbot (IDLES), Sparks, Anoushka Shankar e Omar Souleyman. O som mergulha em influências orientais, com a Orquestra Árabe de Londres e arranjos que remetem ao Oriente Médio.
A estética seguiu o mesmo caminho: a arte de Jamie Hewlett trouxe referências da iconografia hindu e indiana, enquanto Albarn revelou que passou meses ouvindo quase nada de música em inglês. Resultado: um trabalho que mistura quatro idiomas diferentes.
Entre as novidades, a banda também encontrou espaço para homenagear nomes que marcaram sua trajetória: Dennis Hopper, Bobby Womack, Dave Jolicoeur (De La Soul), Tony Allen, Proof e Mark E Smith ganharam menções especiais.
E o disco?
Por enquanto, nada de título, tracklist ou data de lançamento. O próprio Albarn já havia dito que o álbum só deve chegar em 2026.
Até lá, a expectativa só cresce — e quem esteve em Londres guarda na memória uma prévia que ninguém mais viu.
O legado de 25 anos
O show também marcou o fim da House of Kong, exposição multimídia que acompanhou os concertos.
Combinando música, artes visuais e experiências imersivas, o projeto é mais uma prova de que o Gorillaz, mesmo após 25 anos, ainda não se contenta em ser apenas uma banda. É uma experiência.












