A frase pode soar como polêmica, mas foi exatamente o que disse a atriz Reese Witherspoon em entrevista à Glamour.
A estrela de The Morning Show defendeu que as mulheres estejam presentes nas indústrias emergentes, especialmente na inteligência artificial, que, segundo ela, será inevitavelmente parte do futuro da sétima arte.
“É muito, muito importante que as mulheres estejam envolvidas com IA… porque ela será o futuro do cinema. E você pode ficar triste e lamentar o quanto quiser, mas a mudança chegou”, afirmou.
Reese já usa IA no dia a dia
Nada de discurso distante: Reese Witherspoon contou que já incorpora a IA em sua rotina com ferramentas como Vetted AI e Perplexity — para desde fazer compras até organizar compromissos e navegar pelo sistema hospitalar. Para ela, a IA é uma forma prática de economizar tempo.
Ou seja: enquanto muita gente ainda associa IA a ficção científica, Reese já trata como algo tão cotidiano quanto pedir um delivery.
O contraponto em Hollywood
Claro que nem todo mundo pensa assim. A discussão sobre IA no cinema está longe de ser consenso:
- Lisa Kudrow criticou o filme Here, de Robert Zemeckis, dizendo que a produção soava como “um endosso à IA” e levantando dúvidas sobre o espaço de atores consagrados e novatos.
- Já James Cameron, sempre de olho no futuro, entrou para o conselho da Stability AI e chamou a convergência entre IA generativa e CGI de “a próxima onda” para o cinema.
Ou seja: de um lado, entusiasmo com as possibilidades criativas. Do outro, o medo de que atores virem apenas “skins recicláveis” de catálogo.
O que fica no ar
Mesmo entusiasmada com a tecnologia, Reese defende que a criatividade e a expressão sempre terão espaço em nosso mundo, mesmo com o desenvolvimento de novas inteligências artificiais.
“Nunca vai faltar criatividade, engenhosidade e o ato físico de construir coisas com as próprias mãos. Isso pode diminuir, mas sempre será de extrema importância para a arte e para a expressão pessoal.”
Mas o dilema segue: será que a tecnologia vai ser um parceiro de criação ou um substituto desconfortável no cinema?