Ian McKellen vive um Sherlock aposentado em Mr. Holmes: assista ao trailer

Aos 75 anos, Ian McKellen, conhecidíssimo no cinema pelos papéis que interpretou como Gandalf e Magneto (só para citar os mais famosos), fará um outro personagem bem estimado pela cultura pop mundial: Sherlock Holmes.

Na verdade, um Sherlock aposentado. O filme Mr. Holmes é baseado no livro “A Slight Trick of The Mind”, de Mitch Cullin, que conta a história do famoso personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle como um aposentado de 93 anos que luta contra o enfraquecimento de suas capacidades mentais.

O filme é dirigido por Bill Condon e tem o roteiro de Jeffrey Hatcher. Também participam do elenco os atores Laura Linney, Roger Allam e Hiroyuki Sanada. Não há ainda data para estreia.

Assista ao trailer:

Alabama Shakes apresenta ‘Don’t Wanna Fight’ no David Letterman: assista

Don’t Wanna Fight foi o primeiro single que o grupo Alabama Shakes divulgou para promover seu segundo álbum, Sound & Color.

Divulgando o trabalho, a banda fez uma bela apresentação da música no Late Show with David Letterman. O anfitrião do programa classificou “os Alabama” como “the lightful band”.

Sound & Color tem lançamento marcado para 21 de abril. Assista abaixo à apresentação:

http://youtu.be/TtGGsMbQez4

Johnny Marr grava cover de ‘I Feel You’, do Depeche Mode: ouça

O ex-guitarrista dos The Smiths, Johnny Marr, já em carreira solo há um bom tempo, preparou um lançamento especial para o Record Store Day desse ano. O músico gravou um cover da clássica “I Feel You“, do Depeche Mode. A canção será lançada em um compacto de 7 polegadas. O lado B será uma versão ao vivo de “Please Please Please Let Me Get What I Want”, dos The Smiths.

O Record Store Day desse ano tem Dave Grohl como embaixador e acontecerá mundialmente dia 18 de abril.

Ouça a música abaixo:

AC/DC apresenta clipe de ‘Rock The Blues Away’: assista

Rock The Blues Away é a terceira faixa e o terceiro clipe do disco Rock or Bust, lançado pelo AC/DC no final do ano passado. O clipe mostra imagens de bastidores e a banda tocando em um pequeno clube para um número bem limitado de pessoas.

O vídeo foi dirigido por David Mallet, em Los Angeles, pouco tempo após a apresentação do AC/DC no Grammy. A exemplo do show feito na premiação, o clipe confirma a volta do baterista Chris Slade (que tocou com a banda entre 1990 e 1994), que está substituindo Phill Rudd por tempo indeterminado. Assista acima.

Mumford & Sons apresenta primeira música do terceiro álbum: ouça ‘Believe’

Muito mais elétrico do que acústico, o grupo Mumford & Sons voltou a lançar um novo material após breve hiato. Believe é a primeira faixa liberada do álbum Wilder Mind, que será lançado em 4 de maio.

Marcus Mumford citou em uma entrevista à Rolling Stone que o grupo se inspirou em sonoridades de bandas como Led Zeppelin, Radiohead, Fleetwood Mac e Dire Straits para nortear o novo disco.

Wilder Mind será o terceiro álbum da banda (o antecessor, Babel, venceu o Grammy em 2013). O lançamento será em 4 de maio. Abaixo, ouça Believe:

Game Of Thrones na televisão será imprevisível até pra quem já leu os livros

“Pessoas que não morrem nos livros vão morrer na TV, então, até mesmo os leitores ficarão infelizes, é melhor que todo mundo fique esperto. David e D.B. são ainda mais sanguinolentos do que eu”

Referindo-se a David Benioff e D.B. Weiss, co-produtores da série Game Of Thrones da HBO, George R.R. Martin fez essa declaração ao Showbizz 411, em fevereiro passado, durante a entrega do Prêmio do Sindicato dos Roteiristas de 2015.

Há várias hipóteses para tudo isso. Primeiro, apesar da declaração parecer forte e dar a impressão de que será muito diferente, dificilmente personagens centrais da narrativa que não morreram nos livros sofrerão esse revés, uma vez que isso poderia influenciar todo o resto da história.

Por outro lado, pode parecer também uma estratégia para que os spoilers que rolam na internet não se consolidem na série, e permaneçam apenas nos livros. O que move a série da HBO é a carga dramática e a imprevisibilidade. Para quem já leu todos os capítulos das Crônicas de Gelo e Fogo até então, as barbáries e as surpresas não são tão inacreditáveis, uma vez que já aconteceram. Quem não imagina que aquele personagem com ares de protagonista está prestes a morrer, se prende muito mais, gerando muito mais audiência.

Um terceiro ponto (que entra em conflito com o primeiro) é a demora de George Martin para finalizar os livros. No momento, o autor está escrevendo o sexto capítulo da série (The Winds Of Winter). Depois ainda irá escrever o sétimo e último livro (The Dream Of Spring). Muito se falou sobre a bizarra possibilidade de a série não esperar a literatura para chegar ao fim. Teríamos nesse caso uma história de televisão e uma história literária com a mesma base, mas com finais alternativos.

Na mesma entrevista, George Martin disse que ainda não estão definidas quantas temporadas a HBO irá filmar Game Of Thrones.

Está é a quinta temporada, a sexta a HBO renovou no ano passado. Teremos 7, 8 ou 9, ninguém sabe. Eles renovam somente duas temporadas por vez. Depois que fizermos a sexta, talvez tenhamos uma renovação para a sétima e oitava. Tudo depende, televisão é um meio muito variável.

O futuro de Game Of Thrones na televisão é tão imprevisível quanto a própria história. É melhor não tentar prever e assistir. A quinta temporada estreia dia 12 de abril, na HBO. Será baseada no quarto e no quinto livro (O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões), já que até certo ponto as histórias acontecem durante o mesmo período.

Essa será a primeira temporada que George Martin não escreverá um capítulo. O autor está todo focado na concepção dos novos títulos. Só resta aguardar e ver como será o resultado.

Antes disso, confira dois trailers da 5ª temporada de Game Of Thrones:

http://youtu.be/wViILXQfX7Y

http://youtu.be/4VQ6vyQuX7c

Mais um trailer da 5ª temporada de Game Of Thrones: assista

Tyrion Lannister vendo um dragão sobrevoar uma embarcação em que está navegando é possivelmente a cena mais emblemática do novo trailer da 5ª temporada de Game Of Thrones.

Daenerys Targaryen citando os nomes das casas Stark, Tyrell, Lannister e Baratheon, e dizendo que irá quebrar essa roda, também.

A quinta temporada de Game Of Thrones estreia na HBO dia 12 de abril. Será baseada em fragmentos dos livros 4 e 5 da série escrita por George R.R. Martin (O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões).

O trailer foi exibido durante uma conferência da Apple. Na ocasião, além do trailer, foi apresentado o serviço de streaming HBO Now, que estará disponível apenas para Apple TV.

Confira abaixo o trailer:

http://youtu.be/4VQ6vyQuX7c

50 Tons de Cinza: a trilha sonora dita o tom

Antes de tudo, seja você cinéfilo ou não, entenda uma coisa: o conceito de adaptação deriva da ideia de um ser ou algo acostumar-se com um novo ambiente, e com isso aderir novas características. No caso do cinema, adaptações de livros, quadrinhos ou qualquer outro tipo de mídia constantemente gera intensos e calorosos debates. Mesmo com argumentos válidos e compreensíveis de quem leu uma determinada obra ou consumiu um produto no seu estágio original, quando a mesma ganha vida nos cinemas é nítida a necessidade de adaptar aos diferentes públicos. Salve algumas poucas adaptações que são tão boas quanto o livro, a grande maioria sempre acaba sendo alvo das mais duras críticas. Com o aclamado Best-seller “Cinquenta Tons de Cinza” não é diferente. Mas engana-se quem acha que o livro deveria ser consumido para adentrar no universo de Christian Grey e Anastasia Steele.

Não li os livros. Assisti ao filme. Continuo sem vontade de ler os livros, mas enquanto obra cinematográfica, feita não apenas para quem leu, mas também para quem não leu o primeiro filme baseado na obra da escritora E.L. James não passa de um falso erotismo conduzido perfeitamente por uma trilha sonora muitíssimo bem encaixada. Sim. Trilhas sonoras, que por vezes acabam sendo apreciadas apenas em tempos de premiações, mas que podem salvar uma produção de um fracasso – com problemas de bastidores, uma diretora insegura e escritora que se tornou uma máquina de fazer dinheiro expondo desejos singulares do ser humano – não importa se você é adepto, se o livro é uma mácula na literatura contemporânea e etc.

Muito se discutiu ao longo das semanas desde que o filme chegou aos cinemas no mês de fevereiro e tanta polêmica só alavancou algo que estava fadado ao lucro. Além de ser o segundo filme mais visto no Brasil nos dois últimos anos, perdendo apenas para “O Homem de Ferro 3”, o primeiro filme da trilogia a seguir os passos dos livros (isso se o estúdio não resolver dividir o último para faturar por mais um ano) já arrecadou mais de US$ 500 milhões em bilheteria mundial. Entre elogios rasgados de alguns e textos gigantescos sobre o quão vazio o filme é, existe na verdade exagero de ambas as partes.

A diretora Sam Taylor-Johnson até tentou dar um requinte ao romance sexual dos protagonistas vividos por Jamie Dornan e Dakota Johnson, e diversos tabloides apontaram que o conservadorismo da diretora só não foi maior porque a autora dos livros interviu, tendo até mesmo o estúdio ao seu lado. Todavia, o lado picante da produção resume-se na trilha sonora encaixada com maestria como uma dança do acasalamento, proporcionando o espectador imaginar como seria aquela cena, evocando sentidos e desejos. A tentativa é até ousada do ponto de vista visual e auditivo. Cenas bem trabalhadas e tendo de fundos nomes como Bruce Springsteen, Snow Patrol, Frank Sinatra e Beyoncé, terminam por ser gabarito o suficiente para momentos pontuais e sensitivos na adaptação. Mas todo o clímax dissertativo das tão esperadas cenas não passam de falsos aperitivos, junto de uma trama na quais foram coladas às frases mais clichês e as desculpas mais descabidas para interação dos personagens.

No fundo, “Cinquenta Tons de Cinza” poderia ser definido em um único tom: oscilante, arrogante e uma colcha de retalhos maltrapilhos daquilo que o sexo já representou nos cinemas em outrora. “Instinto Selvagem” e “O Último Tango em Paris” são apenas alguns dos títulos polêmicos que souberam usar daquilo que o ser humano gosta de pensar, mas que prefere trancafiar em quarto escuro com aquele abajur cor de carne, onde na cabeceira você encontra o exemplar do livro de E.L. James. Troque pela trilha sonora e tenha uma real chance de obter tons variados e inesquecíveis.

http://youtu.be/wJdtwgSRhf8

Dexter: O Anjo da Morte

Dexter é um seriado americano criado por Michael C. Hall (que interpreta o próprio Dexter). Baseada na obra de Jeff Lindsay, “Darkly Dreaming Dexter”, a série foi transmitida pelo canal Showtime no período entre 2006 e 2013, e teve oito temporadas (com 12 episódios em cada).

A história é centrada em Dexter Morgan, um analista forense especialista em amostras de sangue. Ele trabalha para o Departamento de Polícia de Miami, ao mesmo tempo em que caça assassinos que fugiram da lei.

Tudo começou aos três anos de idade, quando Dexter viu a mãe ser esquartejada na sua frente, uma experiência que mudaria sua vida para sempre. Órfão, ele foi adotado por Harry Morgan, um policial vivido pelo ator James Remar.

A perda da mãe gerou um efeito devastador e transformador em Dexter. Ele se tornou um garoto perturbado e introspectivo. Todas as noites, lhe surgiam os mesmos pesadelos: a mãe sendo cruelmente assassinada e o sangue dela espirrando em seu rosto. Era demais pra ele.

Com o tempo, Dexter foi desenvolvendo tendências e comportamentos sádicos: ele começou a violentar animais e demonstrar um fascínio compulsivo por sangue.

Da morte da mãe lhe nasceu uma brutalidade primitiva.

Como forma de canalizar os instintos violentos de Dexter e lhe possibilitar um lugar no mundo, seu pai e a neuropsiquiatra Evelyn Vogel (Charlotte Rampling) criaram para ele um código de conduta: Dexter deveria caçar apenas assassinos de pessoas inocentes.

Ou seja, Dexter foi ensinado a suprir sua necessidade de matar com aqueles que realmente merecem a morte. Como um anjo da morte, ele apropriou-se da justiça como forma de libertar-se.

Dessa forma, a série explora a psicopatia de uma forma muito interessante e diferente do convencional: apresentando a figura de um psicopata justiceiro que age como herói, não como vilão.

Dexter: um psicopata quase perfeito

Quando Dexter vai à caça de assassinos potenciais (que têm histórico de matança), ele de fato está fazendo um mundo melhor. Porém, muitos discordam disso.

A grande maioria das pessoas tem a visão do psicopata como sendo um verdadeiro monstro; uma anomalia que deve ser extinta.

Entretanto, Dexter confronta esse estereótipo com uma abordagem inusitada, que defende o ponto de vista biológico do psicopata: um ser humano que faz parte da ordem natural das coisas; com propósito e valor, com direito de existência.

Tudo tem um lado bom. Por uma perspectiva antropológica, o psicopata não é um erro da natureza, e sim uma dádiva. De acordo com a Dra. Vogel:

“Psicopatas são iguais a lobos-alfa, que ajudaram a raça humana a sobreviver o bastante para se tornar civilizada. São um grupo demográfico indispensável. Sem eles, a humanidade não existiria hoje.”

Mas é claro, tudo tem um lado ruim: há muitas pessoas que não existem por causa deles.

A série Dexter recebeu críticas massivas, pois grande parte do público se frustrou ao perceber que o protagonista não era de fato um psicopata perfeito.

No fim, Dexter cedeu às emoções reais que provocaram uma mudança radical em seu comportamento: ele se apaixonou. Seu lado humano prevaleceu. Exatamente por esse clichê do drama e pelo fato de ele ter contrariado o chamado de sua natureza, o final da série foi considerado pela maioria como aquém das expectativas.

No entanto, esse desfecho não atrapalha o julgamento: Dexter é uma das melhores séries de drama/suspense já criadas.

Então quer dizer que você tem um sonho?

Quer dizer então que você tem um sonho? Que audácia, meu pequeno gafanhoto… Dentre as 7 bilhões de pessoas que habitam o nosso globo terrestre, você, justamente VOCÊ, acha que vai chegar ao topo? O que faz o senhor crer nisso? Por que você, e não eu? São tantas perguntas possíveis… Chega até a ser chato ficar apenas no campo das indagações, mas não tem como fugir disso. Quero saber, anda, por que você vai ser sinônimo de excelência e não o seu vizinho?

A vida é uma merda. Sério, não estou sendo sarcástico, tão pouco pessimista, apenas sincero. É digno de um stand up comedy notar como as coisas vão ficando mais difíceis a cada dia que passa e que isso não tem relação nenhuma com o governo. Até a faculdade nossa visão de mundo é uma, quando entramos no recinto estudantil a visão é outra, é quase como uma crise de meia idade com A.C e D.C: Antes do curso e depois do curso.

Não que você precise da faculdade para notar que a vida não é fácil, citei a instituição apenas para efeito técnico, tenha em mente que a partir dos 18 anos a nata começa a coalhar. Quando era criança me lembro que na minha cabeça meus sonhos iriam se realizar, mas veja só, nunca imaginei como seria esse processo. Para este que vos escreve, simplesmente iria ganhar um emprego e na semana seguinte estaria no Festival de Cannes com um leão debaixo do braço, pena que estou desempregado… Fiz até uma prateleira para o bendito felino, agora uso o espaço vazio para guardar as moedas que sobram da fatídica passagem paulista, que de R$ 3,50 em R$ 3,50, fazem uma estrago na vida deste famosíssimo publicitário.

Leão de Ouro - Cannes

E o motivo para tanto fracasso é culpa minha? Deve-se à superlotação do mercado? Ou estou na berlinda por que Deus quis assim? Escolhi um campo para atuar. Tenho como paixão a escrita e dia após dia venho digitar meus sonhos camuflados por outras histórias, discos de sucesso, livros, DVD’s… Todos os dias de minha vida nos últimos 3 anos foram voltados para isso, é uma batalha diária, preciso me manter motivado e ativo todos os dias para que tenha ideias oxigenando meu cérebro, livros que me passem mais repertório e uma rotina em prol da produtividade, coisa que depende muito mais de quanto VOCÊ quer ralar do que de qualquer tipo de inspiração.

Mas é aí que está o ponto, por que não fui vender minha arte na praia ainda, ou sei lá, qual a razão de estar esperando por “meu momento” até hoje? Todas as pessoas nutrem ou possuem um sonho e mais do que realizá-lo, o que mais amedronta os seres humanos é imaginarem-se velhos e perceberem, naquele tradicional balanço de lucros e dividendos, que não fizeram nada que um dia sonharam. Rapaz, isso deve doer.

Um sonho precisa ser trabalhado no dia a dia (conciliado com seu trabalho até porque você precisa viver), só que nunca esquecido. Você não diz para as pessoas, mas ele está sempre na pole position de suas prioridades, fator que nos faz retornar a nossa primeira pergunta: Por que você vai conseguir e eu não? Qual é o seu segredo para não ter o seu sonho desfigurado pelas pressões da sociedade e acabar de terninho completamente, chumbado no escritório da sua firma?

Whiplash em busca da perfeição (3)

O segredo é luta. O segredo é que você pegou 5 minutos do seu tempo precioso para ler essas palavras por pura distração, mas depois vai voltar ao batente, vai pintar até seus dedos viraram a própria tela, escrever até que sua mão se transforme no grafite que sai nas folhas, ou fotografar até ficar vesgo, foda-se, de fato não quero saber, mas você manja melhor do que ninguém. Está doidinho pra esfregar na cara de todo mundo que conseguiu, “mostrar pra eles” que nenhum filho da puta no planeta se esforçou mais do que você e, que além de merecedor, não tinha ninguém melhor para estar ali. Mas o elo, o que separa os homens dos frangos é algo simples, mas que define a linha que divide os perdedores dos vencedores, e por favor, não me venha com essa de: “O que vale é competir”, seu bosta.

Quem chega lá aparece mais calejado que mão de pedreiro meu amigo, quem conseguiu só o fez por que ficou acordado enquanto você dormia depois do almoço, que optou por não pregar o olho de madrugada para ter tempo de trabalhar em seus sonhos paralelos, ou que simplesmente trabalhou duro, se fodeu, enfrentou dúvidas, foi esculhambado pelo chefe, chorou e sangrou (às vezes até literalmente), para mostrar ao planeta: Aqui é ESPARTA, porra! Esqueça esses parágrafos passados, vamos resumir tudo que foi dito com algumas palavras, as que permeiam o nome de um dos filmes mais úteis para a humanidade: “Whiplash – Em Busca da Perfeição”, um longa fantástico que mesmo não ganhando Oscar fez o que poucos fizera: Chegou lá.

Whiplash em busca da perfeição (1)

Dirigido por Damien Chazelle e estrelando o ganhador da estatueta de melhor ator coadjuvante (J.K. Simmons que interpretou o carrasco Terence Fletcher), “Whiplash” deixa claro para todos nós como o sucesso não aparece do nada, a não ser é claro que você acerte os seis benditos números da mega da virada. Além de uma senhora aula de Jazz, relembrando nomes por vezes esquecidos e primordiais para a bateria da vertente, esse épico é responsável por abrir os olhos de muitas pessoas que pensavam que vida de músico era só a trinca hedonista do sexo, drogas e Rock ‘N’ Roll, mostrando Andrew (Miles Teller), um antissocial baterista, que em prol de seu sonho larga até sua namorada, a bela Nicole, interpretada por Melissa Benoist.

Em pouco mais de duas horas de filme vemos que nem o pai de Andrew (Jim Neiman) conseguiu manter sua postura de não apoiar o hard work do filho, e que nem um tirano tal qual Terence Fletcher conseguiu abalar o foco do apaixonado pelas baquetas.

Muito pelo contrário, quando Terence virou o pesadelo de Andrew, foi questão de honra para este segundo destruir suas mãos, sangrar nas baquetas e no kit da batera para tocar a maldita “Whiplash” e qualquer outro tema que seu sádico professor ordenasse. Virou questão de vida ou morte tomar o lugar de Ryan Conelly e Nate Lang para provar ao jazzista que ELE ERA O CARA. Andrew cansou de deixar as mãos de molho na água e no gelo para curar as feridas, mas foi remendado que ele evoluiu, foi depois de desviar de uma cadeira que ele sentiu que não seria fácil e se esforçou mais que bóia fria no sertão.

Whiplash em busca da perfeição (4)

Terence Fletcher é o símbolo que nos mostra o quão complicado é o processo de realização de um sonho, deixando claro que nada surge sem sacrifício e que o belo Jazz do mestre Art Blakey só surgiu depois de muito, mas muito suor e um mentor… Todos nós temos um Terence Fletcher em nossas vidas, um filha da puta que apesar de métodos pouco usuais, consegue plantar uma semente em nosso âmago e fazer você perder o sono até conseguirmos completar a cretina tarefa que tanto sonhamos e que nos foi ordenada.

E o mais absurdo disso tudo é que quando você cumpre o prometido o que resta é olhar para seu professor e ainda pensar: “Eu tive um Grande mestre”. Foi exatamente isso que Andrew pensou quando fecha o filme completamente imerso em um solo assustador em seu kit, momentos depois de ser completamente sacaneado pelo próprio Fletcher. Aliás uma das grandes injustiças do Oscar foi não indicar o baterista ao prêmio de melhor ator, a cena que o cidadão bate o carro e mesmo assim vai para o ensaio final é um exemplo levemente exagerado (mas que nesse contexto funciona de forma excelente) para comprovar a semente que cada mentor planta em seus alunos.

Ou você acha mesmo que nomes como o da nipônica Hiromi Uehara não tiveram que praticar para um Fletcher da vida até os dedos travassem? A vida é feita de sacrifícios e os sonhos são resultados de vários deles, afinal de contas não existe nada pior do que saber que você fez um bom trabalho, quando na verdade o senhor poderia ter feito algo excelente. É isso que diferencia quem são os esquecidos dos que ficam eternizados. Whiplash começa plantando a semente e termina como um final de filme ambíguo, afinal de contas depende de você, caso o senhor largue o osso será apenas mais um, e viver com isso é pior do que perder o tempo da bateria na aula do Fletcher.

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