Quentin Tarantino

Quentin Tarantino sempre foi acusado de excessos: sangue demais, violência demais, cinema demais. Mas quando o próprio mestre do exagero revela quais filmes realmente o traumatizaram, a lista surpreende.

Entre carnificinas de faroestes e samurais, os dois títulos que o diretor admite não ter suportado são Bambi (1942), da Disney, e The Last House on the Left (1972), de Wes Craven.

Inscreva-se na Newsletter

O choque começa pela inocência perdida: Tarantino cita o clássico infantil como “bem conhecido por traumatizar crianças”, lembrando do tiro que mata a mãe de Bambi como uma das experiências mais brutais para qualquer espectador mirim.

Já na vida adulta, ele confessa que abandonou uma sessão ao ar livre de Last House on the Left, perturbado pela violência explícita do filme — sequestro, abuso e vingança em pleno bosque.

Colocar lado a lado o cervo animado e o terror exploitation pode soar absurdo, mas talvez explique parte da equação tarantinesca: o cinema como espaço de dor, choque e catarse, sem hierarquia entre alta e baixa cultura.

Se Bambi ensina a crueldade do mundo real a um coração infantil, Wes Craven escancara o horror humano cru. E Tarantino, no meio disso, construiu sua própria mitologia à base de sangue fake, memórias traumáticas e muito celuloide.

Afinal, quem diria: por trás de cada banho de sangue em Kill Bill, pode estar ecoando um tiro no meio da floresta da Disney.

Inscreva-se na Newsletter