As plataformas de streaming já fazem parte da vida dos brasileiros. Estima-se que mais de 120 destas plataformas operam por aqui, sendo o país da América Latina com a maior oferta deste tipo de serviço. Além de imensos catálogos, existe um componente fundamental por trás do sucesso do Netflix e afins: a inteligência artificial.
Saiba como ela transformou a relação entre usuários e plataformas.
Tecnologia Rompendo Fronteiras
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Antigamente, quando alguém queria assistir um filme ou ouvir uma música, precisava comprar ou emprestar uma mídia física para fazê-lo. Por este motivo, o acesso aos conteúdos era bem mais limitado. Além disso, o ouvinte/espectador agia de forma diferente com relação a este conteúdo.
Para usufruir dele, o usuário precisava buscar ativamente por ele e suas escolhas baseiam-se em opções que já conhecia de alguma forma, seja por conta própria ou por indicação de alguém. Os algoritmos de IA contidos nas plataformas de streaming mudam o jogo completamente: além de um mar de obras completas, estes algoritmos também sugerem conteúdo novo, com base nos hábitos dos usuários.
Assim, os usuários passam a ter contato com conteúdos que talvez nem chegassem a conhecer de outra forma. A oferta pode ser ampliada ainda mais com um aplicativo VPN, que simula pontos de acesso, como se o usuário estivesse em um país diferente.
Por que isso é importante? Porque estas plataformas possuem portfólios diferentes e produções locais para cada mercado. Ou seja, é possível acessar muito mais títulos com um VPN. As plataformas mais acessadas por aqui são:
- Netflix
- Prime Video
- Globoplay
- Disney+
Lendo Mentes
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Algoritmos de inteligência artificial têm um papel cada vez mais relevante nos serviços de streaming. As chamadas “ferramentas de recomendação” são responsáveis por tornar os conteúdos mais acessíveis, convidando os usuários a explorar outros títulos dentro da plataforma.
As ferramentas atuais de recomendação se baseiam em várias métricas: artistas e gêneros mais buscados, por quanto tempo cada conteúdo foi assistido, ano de lançamento da produção e quantos títulos ela recebeu. Ao melhorar os métodos de indexação e os processos de aprendizado de máquina, seria possível captar nuances mais sutis, como estética, trilha sonora e o “ritmo” da obra, gerando assim recomendações mais relevantes.
Embora tenham revolucionado o mercado e a própria relação de consumo, estas ferramentas ainda têm muito que melhorar. O próprio VP da Amazon Prime, Girsh Bajai, admitiu o problema. Se as ferramentas estivessem funcionando bem, os usuários não levariam em média 10 minutos para decidir o que assistir. Por isso, Bajai afirma que o foco da empresa atualmente é o aprimoramento destas ferramentas.
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Em média, cada brasileiro assina entre dois e três serviços diferentes, com gastos próximos de R$120 reais mensais. O futuro dos streamings parece garantido no país, mesmo que as ferramentas de recomendação continuem como estão. Ainda assim, oferecem mais conteúdo e liberdade de escolha do que qualquer canal de TV aberta ou a cabo.
A base de usuários destas plataformas aumentou 75% nos últimos três anos e deve continuar subindo. A expansão deste mercado é possibilitada pelo amplo acesso à internet rápida, o que aumenta o consumo de conteúdo digital. Como cada plataforma investe na produção própria de filmes e séries, sempre haverá motivos para assinar um novo serviço.