Crowdfunding: A Corrente da Amizade

por Jacques Denis
Le Monde Diplomatique

Pãezinhos e slides: bem-vindos ao café da manhã do principal site europeu de crowdfunding Ulule, um evento semanal de informação para os novos adeptos do financiamento coletivo versão Web 2.0. No menu, uma palestra sobre o “financiamento pela multidão”. Essa solução alternativa ao empréstimo bancário ou ao patrocínio seduz cada vez mais pessoas que possuem uma ideia, mas não dinheiro. Na manhã de hoje, sete delas estão presentes. Uma deseja abrir um negócio voltado para a cultura cigana na região de Paris; a outra quer criar um evento artístico lúdico; já a seguinte adoraria produzir um videoclipe… De todas as idades e categorias sociais, eles se reúnem em volta dessa mesa para levantar os meios para tirar seus projetos do papel.

A apresentação começa com os “seis princípios básicos dos portadores de projetos bem-sucedidos”. Em seguida, uma demonstração de números animadores e palavras que fazem sentido. Mas o essencial se resume a um princípio: a importância da notoriedade do tomador na internet. Pois aquele que possuir uma vasta “comunidade” conseguirá cativar seus amigos, depois os amigos de amigos, e assim por diante…

Meio século após o filme Shadows, de John Cassavetes, financiado graças ao apoio dos nova-iorquinos que atenderam a um chamado que ele fez no rádio, a internet multiplicou as possibilidades. Com o Facebook e o Twitter, a massa de “amigos” é mais difusa, mais próxima, e tudo isso em tempo real. Os Estados Unidos – terra da Estátua da Liberdade, que foi ela própria terminada graças a subscrições em um modelo participativo – foram os precursores. Hoje, a Europa segue a tendência. O crowdfunding destina-se a todos que possuem um projeto ou são criadores de empresa, das mais variadas modalidades. E foi sem dúvida no ramo cultural que ele ganhou mais importância. Primeiro, seduziu o mundo do cinema e, agora, penetra no da música.

Shadows (1959), de John Cassavetes
Shadows (1959), de John Cassavetes

Com mais de 10 milhões de euros arrecadados, mais de 250 mil contribuintes e 3 mil projetos financiados apenas em três anos, o Ulule – cujo lema é, sem nenhuma surpresa, “Criativo, inovador, solidário” – se apresenta como o líder europeu do gênero, em um cenário hoje muito concorrido. As categorias que mais possuem projetos são: “filme, vídeo” (artísticos ou não) e “música” – logo antes dos projetos de “solidariedade”. A KissKissBankBank, outra plataforma de referência, criada em março de 2010, declarou em novembro de 2013 ter arrecadado 9.341.651 euros para mais de 5 mil projetos, “graças a 185.093 KissBankers”.

Essas duas startups pioneiras motivaram o aparecimento de outras semelhantes. O financiamento coletivo, que representava apenas 40 milhões de euros em 2012 na França, atingiu 80 milhões em 2013 e deverá chegar a 200 milhões em 2015. E os avanços da legislação sobre o tema, que foi estabelecida antes do advento da internet, deverão contribuir para o sucesso do fenômeno.

Em 30 de setembro de 2013, a ministra francesa da Inovação e da Economia Digital, Fleur Pellerin, reuniu todos os representantes desse setor para lhes anunciar a introdução de um programa “ao mesmo tempo flexível e protetor”. Essas primeiras propostas visavam distinguir as diversas formas de prestação, a fim de propor um modelo bancário e contratual personalizado para cada caso. “Não existe apenas um tipo de crowdfunding, e sim três grandes famílias: com contrapartidas em espécie (o que faz a Ulule), com tomada de participação (plataformas tais como a Anaxago e Wiseed) e sob a forma de empréstimos, sejam eles remunerados (Prêt d’Union) ou não (Babyloan)”, resume a Ulule.

Ilustracao Nicola-Boccaccin
Ilustração: Nicola Boccaccin

No ramo cultural, algumas plataformas funcionam sob a forma de coprodução, oferecendo ao contribuinte a oportunidade de tornar-se um investidor em potencial com retornos equivalentes ao tamanho de seu empréstimo. Já outras apostam no apoio à criação: de acordo com a ajuda oferecida, o internauta recebe um benefício de volta. Por 5 euros, seu nome será mencionado nos créditos do disco; por 50 euros, receberá o tal disco e um ingresso para o show de lançamento etc.

É esse o modelo colaborativo que vai de vento em popa hoje em dia. Desse modo, a empresa My Major Company, que desde 2007 convocava os internautas a coproduzirem um artista em troca da promessa de dinheiro vivo, adotou-o igualmente e chegava até a oferecer um retorno financeiro em alguns casos. No começo, essa empresa ficou famosa graças a alguns sucessos comerciais: Toi + moi, o disco do cantor Grégoire, quase desconhecido, financiado por 347 “fãs-produtores”, totalizando 70 mil euros, vendeu mais de 1 milhão de cópias. Mas a empresa também enfrentou fracassos e suscitou uma polêmica grande no Facebook sobre a transparência desse ramo de negócios, que acaba parecendo muito com o de uma boa e velha gravadora convencional: para onde vai o dinheiro e o que garante um “retorno do investimento”? No Ulule e no KissKissBankBank, a situação é mais clara: se o projeto não consegue arrecadar a quantia necessária em um tempo determinado, a operação é cancelada e os financiadores são reembolsados. Caso contrário, essas plataformas recebem de 7% a 8% dos fundos.

Em uma época de grandes mudanças no ramo da música e na qual a produção tende a não estar mais no centro do negócio, podemos encontrar na Ulule e na KissKissBankBank, que anunciam seus projetos financiados, certo número de bandas inexpressivas, mas também alguns artistas mais conhecidos, selos independentes e até títulos da imprensa especializada no setor – o webzine Gonzaï faz parte dessa lista. “Essa tendência deve se acelerar. Festivais e selos têm nos procurado, estão se informando. Outros, maiores, não devem demorar. Por enquanto nos olham de longe, de cima”, declara Matthieu Maire Du Poset, um dos quatro pilares do Ulule. Já os artistas “aproveitam a oportunidade”, afirma: “Eles já não contam faz tempo com a difusão das rádios nem com a distribuição de grandes lojas”.

Comunidade de fãs

Alguns já descobriram há algum tempo que o futuro estava em modelos que apelavam para sua comunidade de fãs. Em 2007, o disco In Rainbows, do Radiohead, antes de ser vendido fisicamente, foi disponibilizado para download pela quantia com que cada fã desejasse contribuir, podendo ser inclusive zero. Foi um sucesso em todos os aspectos, tanto em termos publicitários como financeiros. A eficácia do burburinho foi demonstrada.

Radiohead
Radiohead em 2007. Na vanguarda.

Franck Descolonges, do selo Heavenly Sweetness, por duas vezes já obteve recursos na KissKissBankBank: para pagar as despesas de deslocamento (7,5 mil euros) para gravar o novo disco de Anthony Joseph, descoberto há oito anos no MySpace, e para divulgar a inúmeros convidados o novo disco do rapper Guts (12 mil euros).

“Para os artistas, o interesse não reside apenas em obter fundos, mas também em cativar seus fãs. Isso fortalece ainda mais a relação com o público. No entanto, o contrato de confiança deve ser respeitado. Que o artista se engaje, devolva o retorno prometido, mantenha os fãs informados. Saímos de uma relação puramente financeira, como no caso de um empréstimo ou coprodução, para entrarmos em uma relação mais humana de cooperação.”

O trompetista Alban Darche e o designer gráfico Silvain Joblin lançaram assim o OrphiCube, um projeto de “música e artwork”. A banda de metal Klone conseguiu dar um pontapé em sua turnê europeia, os Blérots de Ravel desenvolveram seus produtos derivados, a Delano Orchestra pagou seu terceiro disco. Os lendários roqueiros australianos do Apartments conseguiram até organizar um show no Bouffes Du Nord, em Paris, em setembro de 2012, após um hiato de vinte anos. A priori, tudo é possível. Mesmo ter acesso a catálogos esquecidos: uma campanha na Kickstarter, a número um norte-americana do crowdfunding, conseguiu restaurar faixas de músicas ciganas da antiga Iugoslávia dos anos 1960 e 1970.

“Tal campanha complementa o resto. Trata-se de uma ferramenta suplementar para realizar seu projeto.” Marie Du Poset mostra-se prudente. Porém, exemplos norte-americanos tendem a indicar o inverso: graças a cerca de 25 mil doadores, Amanda Palmer conseguiu em maio de 2012 arrecadar US$ 1.192.793 na Kickstarter; ou seja, cerca de doze vezes mais que a quantia solicitada inicialmente, que já era de US$ 100 mil. Essa adepta das licenças Creative Commons – que permitem flexibilizar os termos da propriedade intelectual – chegou mesmo a dar uma palestra no TED (Technology, Entertainment and Design) chamada “A arte de pedir”!

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Amanda Palmer

“Os artistas ficam obrigados a mendigar. É um sinal de pobreza”, polemiza o cornetista Médric Collignon. Na verdade, o artista deve pagar (8% para a plataforma), mas também tem de tirar dinheiro do bolso para atingir seus objetivos – no caso, obter 8,4 mil euros para completar o orçamento de um documentário biográfico que ele tinha dificuldade de realizar havia cinco anos. Objetivo atingido, e até mesmo superado em 13%. Ainda que tenha ficado feliz com essa ferramenta que lhe permitiu manter-se independente, Collignon não se vê repetindo a façanha para gravar seu próximo disco. “Isso me ajudou a reanimar os produtores e a desbloquear o CNC [Centro Nacional da Cinematografia], mas é uma gestão muito dura no dia a dia.”

“Eu queria ser artista”

Para obter o apoio de sua “comunidade”, deve-se interagir bastante nas redes sociais − trabalho para o qual nem todos possuem o mesmo dom que Collignon. Na luta para financiar um livro e um DVD que acompanhariam seu disco, os roqueiros tuaregues da banda Terakaft fizeram uma amarga constatação. Após duas semanas de campanha, não atingiram nem 10% do total de 15 mil euros de que precisavam. Pode-se dizer, portanto, que o projeto foi mal concebido, sobretudo quando sabemos que os primeiros dias são decisivos nesse mecanismo, que depende do “efeito bola de neve”.

Para almejar um resultado satisfatório, os músicos devem sair de sua zona de conforto e entrar na esfera dos empresários: trata-se de lançar seu projeto, torná-lo vivo e, por fim, assegurar o… serviço pós-venda. Foi esse ponto de vista, de certa forma desanimador, que a musicista Alina Simone tornou público em um blog do New York Times:

“Eu queria ser artista, não ter de vender camisetas com meu rosto estampado”.

 Foto Vinciane Verguethen
Alina Simone
Foto: Vinciane Verguethen

Fora o fato de o músico ter praticamente de mudar de profissão, ela assinala uma falha: os artistas mais habilidosos em marketing viral não são necessariamente os que fazem a melhor música, e sim os que têm mais chances de ser vistos e ouvidos.

Portanto, para sobreviver nesse modelo emergente bem como no bom e velho mundo empresarial, deve-se reunir uma série de outras competências além das artísticas. Sem problemas; as grandes plataformas já têm uma solução: a aplicação conjunta de diversas habilidades em torno de um projeto. Um internauta traz seu portfólio de moda, outro entra com suas competências de gestor, já outro, com seus talentos de videomaker… Isso lembra os sócios-diretores de empresas tradicionais, mas de modo muito artesanal. Codinome: crowdsourcing.

Ponte de Moisés, na Holanda, torna possível andar entre as águas

ponte de moisés

Os arquitetos da RO&AD architecten fizeram uma ponte bastante incomum na Holanda. Em vez das tradicionais passagens por cima das águas, o escritório de arquitetura fez o inverso e construiu uma ponte para baixo. Ou seja, o caminho não é por cima das águas, mas entre elas.

Batizada de Ponte de Moisés, em alusão ao profeta que dividiu o Mar Vermelho, a ponte é o acesso ao Fort De Roovere, um entrincheiramento construído no século 17 e que fez parte da chamada West Brabant Water Line, uma linha de defesa que consiste em uma série de fortalezas construídas entre as cidades de Bergen Op Zoom e Grave.

Com o fim das guerras e das ameaças de invasão por parte da França e Espanha, o sistema caiu em desuso no século 19 e se tornou história. Recentemente o Fort De Roovere recebeu importantes restaurações e, entre elas, está a criação da ponte de acesso por meio do fosso do Forte. O projeto parte do princípio da segurança ao construir uma ponte que, segundo os criadores, manteriam os transeuntes seguros até durante ataques inimigos por estar abaixo do nível do solo e ser “invisível”.

A Ponte de Moisés é um projeto de 50 m² e custou 250 mil euros aos investidores. Foi construída inteiramente de madeira e impermeabilizada com folhas de EPDM. A estrutura é preparada para ter vazão sempre que o nível do rio aumenta, inviabilizando a possibilidade de alagamento. Confira as imagens na galeria abaixo:

Fotos: RO&AD architecten

E se as estradas gerassem energia solar? Está em andamento o projeto ‘Solar Roadways’.

energia solar nas estradas

Um casal norte-americano pensou em uma forma absurda de gerar energia através do sol. Julie e Scott Brusaw foram além dos tradicionais painéis solares. A ideia do casal é transformar as estradas, calçadas e tudo o que envolve o passeio urbano em geradores de energia solar. Como?

Chamado de Solar Roadways (Estradas Solares), o projeto consiste na substituição do asfalto por painéis fotoválticos, que nada mais são do que placas hexagonais inteligentes e interligadas entre, si capazes de gerar energia com a luz solar. A afirmação dos idealizadores do projeto é que se todas as estradas norte-americanas fossem substituídas pelos painéis, o país produziria três vezes mais energia do que atualmente. E energia solar e limpa, é bom ressaltar.

Fotos: solarroadways.com

Se tornado real será uma revolução na forma como produzimos e consumimos energia. Carros elétricos, por exemplo, poderiam transitar livremente sempre que houvesse energia disponível. Isso poderia causar um choque na economia petrolífera mundial e um desespero nos barões do petróleo. Poderia.

Se tornado real será também uma revolução na forma como nos orientamos no trânsito. Os painéis possuem LED’s que podem personalizar a superfície. Isso significa que toda a sinalização poderia ser feita digitalmente, direto no solo. Poderia.

Por que tanto “poderia”? Porque o projeto ainda está em fase de testes e não se sabe o quão viável ele é financeiramente e, mais importante, politicamente. O Solar Roadways está buscando financiamento coletivo pela plataforma indiegogo. Confira no vídeo abaixo todos os detalhes do projeto:

As intervenções urbanas minimalistas e cheias de significados do espanhol Pejac

O mapa do mundo derretendo e sendo escoado para o ralo. Um cartaz colado em um muro avisando que é proibido colar cartazes. Uma placa de proibido ultrapassar impactante e com traços de tragédia. Ou simplesmente um aviãozinho de papel ultrapassando e quebrando um muro. Entre a crítica, a arte e uma pitada de humor divide-se o trabalho do ilustrador espanhol Pejac.

Se você parar, pensa e refletir em cada imagem que está na galeria abaixo é possível que sua mente viaje para bem longe. E ao fazer isso, Pejac estará pensando que sua arte tem cumprido o seu papel. O espanhol tem um talento de levar objetos e símbolos comuns para um novo contexto e o faz com pouca tinta, mas com um pensamento crítico-criativo apuradíssimo.

Os traços são mínimos. O artista raramente usa cores e enfatiza a utilização de perspectivas, silhuetas e a própria matéria-prima urbana. Mas, como dito com outras palavras acima, os significados são bem profundos. Pejac, definitivamente, faz valer a máxima “menos é mais” em suas intervenções urbanas. Confira nas imagens abaixo:

Marcelo Gross Psicodélico em Clipe de ‘Agora é Hora de Levantar’

Depois de um grande álbum, um grande clipe. O primeiro vídeo de ‘Use o Assento Para Flutuar’ – disco lançado por Marcelo Gross  em dezembro passado – saiu do forno. A música escolhida foi ‘Agora é Hora de Levantar’, um dos pontos altos desse álbum que é cheio de pontos altos.

O vídeo, artístico e psicodélico, foi dirigido por Gerardo Fontanele e é estrelado pela atriz Sissi Betina Ventura. Assista abaixo:

Já seria uma baita novidade, mas existe outra notícia na manga. Se somará a Marcelo Gross, Fernando Papassoni (baixo) e Clayton martin (bateria), o tecladista Charly Coombes, ex-integrante do falecido (infelizmente) Supergrass e irmão do Gaz. A apresentação será no show de lançamento do álbum dia 22 de maio em São Paulo.

Além das versões em CD e digital, ‘Use o Assento para Flutuar’ ganhou uma edição de luxo em vinil duplo, lançada pelo Selo 180.

Quer saber mais detalhes sobre o álbum? O La Parola fez uma entrevista com Marcelo Gross em março, corre lá e confira. Lembrando que o novo álbum da Cachorro Grande está pronto para ser lançado logo após a Copa.

Há pizza por todos os lados. Há pizza em tudo que eu vejo.

fotos de pizza

Pizza é mais do que uma refeição. É um produto cultural. Há quem apenas se alimenta de pizza, há quem faz músicas sobre pizza e há este fotógrafo de Los Angeles, Jonpaul Douglass, que faz fotos de pizza.

A tradicionalíssima pizza de calabresa AKA pepperoni, igual àquela que ficou no telhado da casa de Walter White durante dias, é o tema central da série fotográfica chamada Pizza in the Wild. É um ensaio hilário que dá um caráter vivo a um dos pratos mais famosos e consumidos do planeta.

Os últimos estudos sobre o consumo da iguaria nos Estados Unidos confirmou que 13% da população comem ao menos um pedaço diariamente. No Brasil, o consumo médio é de 1,5 milhão de pizzas por dia. É uma homenagem justa, portanto.

Confira o trabalho de Jonpaul Douglass na galeria abaixo.

Jonpaul Douglass e suas inusitadas fotos de pizza

Paul McCartney apresenta seu amigo-robô Newman em clipe de ‘Appreciate’

Tanta gente querendo realizar o sonho de tocar com Paul McCartney e quem ele chama para fazer isso no clipe de Appreciate, novo single do álbum New? Um robô.

Também pudera, nos últimos anos astros como Meryl Streep, Johnny Depp, Kate Moss, Sean Penn, Natalie Portman, Tom Ford e Jude Law fizeram participações em clipes de Paul. Então, inovador como sempre, essa foi a vez do robô Newman.

Eu acordei uma manhã com uma imagem em minha cabeça e nela estava um grande robô ao meu lado. Eu pensei que isso deveria ser algo que eu pudesse usar par a capa do álbum ‘New’, mas em vez disso, a ideia mudou e se transformou no clipe de ‘Appreciate’. E junto a pessoas que haviam trabalhado no sucesso mundial do teatro de marionetes ‘War Horse’, nós desenvolvemos o robô Newman. (Paul McCartney)

O roteiro do clipe lembra bastante o filme ‘Uma Noite no Museu’. Newman está passeando por uma espécie de museu da humanidade. O robô para na frente de onde está Paul McCartney e vê o ex-Beatle se mexer e começar a cantar. A partir de então o museu futurístico vira uma festa.

O vídeo foi dirigido por Andre Chocron e filmado em Londres. O robô Newman foi criado por Mervyb Millar e Ed Dimbleby, da Significant Object Ltd, e acompanhará Paul em sua turnê no Japão. Assista ao vídeo abaixo:

Viagens interestelares e o fim da humanidade. Assista ao trailer de ‘Interstellar’.

viagens interestelares interstellar christopher nolan

O novo longa-metragem do diretor Christopher Nolan teve seu primeiro trailer divulgado. Interstellar (belo nome) conta a história de um futuro onde a humanidade está fadada à extinção devido à escassez de alimentos na Terra. A solução, encontrada pelos cientistas, é procurar um novo planeta para que a humanidade possa continuar viva.

A humanidade nasceu na Terra, mas não foi destinada a morrer aqui (Interstellar)

Nolan citou, na Cinemacon, ‘Star Wars’ e ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’ como influências para a realização de seu novo filme. As referências são fora de série e o filme já vale só por elas.

O diretor também consultou o físico Kip Thorne a respeito da teoria do buraco de minhoca, que foi utilizada no filme para mostrar as viagens interestelares e que Capitão Kirk e seus comparsas já usavam em ‘Star Trek’. A teoria, no entanto, não deverá ser utilizada na realidade em menos de 200 anos, segundo a NASA. Ponto para a ficção.

O elenco conta com Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Michael Caine e Jessica Chastain. A estreia está marcada para novembro. Confira o trailer abaixo:

Um cadeado inteligente, sem chave e com alerta de furto para a sua bicicleta

Bicicletas são meios de transporte tanto quanto carros. E é justamente uma funcionalidade de automóveis modernos que inspirou a empresa Velo Labs em um projeto inovador. As bicicletas agora poderão ter o mesmo sistema de travamento/destravamento automático por distância que os carros possuem. A única diferença é que, como obviamente bicicletas não possuem portas, a tranca será em um cadeado.

O Skylock é um cadeado sem chave para bicicletas e que atua em sincronia com o celular via bluetooth, travando, destravando e emitindo alguns alertas quando você está longe de sua bicicleta

Antifurto

Conectando o cadeado por Wi-Fi ou pareando via bluetooth com o seu celular, o aplicativo irá enviar um aviso toda vez que alguém mexer em sua bicicleta.

Uso Compartilhado

Vamos supor que você queira emprestar a bicicleta para alguém. Não, não é necessário que ela leve o seu celular. O aplicativo permite que o uso seja compartilhado, basta dar a permissão de uso para qualquer pessoa que esteja em sua lista de contatos e possua o app.

Alerta de Acidentes

Um sistema no cadeado identifica quando acontece algum acidente com a bicicleta e envia um alerta para o(s) celular(es) sincronizado(s). Útil para quem estiver longe ficar sabendo do acidente.

SkyLock-cadeado-bicicleta-sem-chave-anti-furto-3

E se o celular não estiver em mãos, não é preciso desespero. O cadeado pode facilmente ser bloqueado ou desbloqueado com um código. E sobre a bateria do cadeado, também não deve haver problemas. O Skylock é abastecido com energia solar e uma hora de sol é suficiente para uma semana de funcionamento.

Uma quantidade limitada do cadeado está em pré-venda pelo site skylock.cc ao preço promocional de $159,00. Este valor está disponível até o momento em que a startup atingir a meta de $50 mil. Após, o produto será vendido por $249,00. A ideia é que no início de 2015 os primeiros cadeados sejam enviados aos primeiros compradores. E sim, o produto está disponível para ser enviado ao Brasil. Confira mais no vídeo abaixo:

WE EXIST! O clipe do Arcade Fire e o direito de sermos quem somos

O Arcade Fire já é uma das vozes da geração atual, e isso inclui quem mora no Brasil. A prova disso foi aquele show enlouquecedor que a banda fez no Lollapalooza. Quem lembra, lembra.

Continuando com as ótimas ideias do álbum Reflektor, a banda lançou o clipe de We Exist, uma das canções mais sensíveis do disco. E o vídeo não poderia ser mais apropriado. Em uma entrevista a Time Out London, o vocalista Win Butler já havia revelado o tema central da música:

Há uma canção em “Reflektor” chamada “We Exist”, que é sobre um garoto gay conversando com seu pai. […] É uma das tendências mais sombrias da humanidade essa de todos terem que se encaixar em um molde.

Então, para falar sobre o tema que deveria já estar isento de polêmica, a produção chamou o ator Andrew Garfield (O Espetacular Homem- Aranha) para interpretar um travesti. Algo que Carlinhos Carneiro já havia feito no clipe de Madonna, da Bidê ou Balde, mas com muito mais glamour, é claro.

Daddy, it’s true, I’m different from you
But tell me why they treat me like this?

O clipe, dirigido por David Wilson, termina com o personagem subindo no palco do Coachella 2014, justamente durante a performance do Arcade Fire. Antes do início da música, Win Butler havia dito para a plateia:

O direito de se casar com a pessoa que você queira é uma questão de direitos humanos.

WE EXIST!

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