Trailer: Sin City 2 – A Dama Fatal

Foi divulgado pela Dimension Films mais um trailer de Sin City 2: A Dama Fatal. Assim como a primeira, a segunda parte da adaptação cinematográfica da ótima obra dos quadrinhos terá a direção de seu criador, Frank Miller, e de Robert Rodriguez.

A sequência terá o retorno dos atores Bruce Willis, Jessica Alba, Rosario Dawson e Mickey Rourke. Completam o elenco: Ray Liotta, Eva Green, Joseph Gordon-Levitt e Josh Brolin.

O filme tem previsão de estreia marcada para agosto nos Estados Unidos e setembro no Brasil. Assista ao novo trailer abaixo:

Vídeos raros dos Rolling Stones na década de 60 estão agora no Youtube

Há alguns dias, a British Pathé, clássica produtora audiovisual britânica, disponibilizou integralmente seu acervo de 85 mil vídeos históricos em alta resolução em seu canal do Youtube. Os vídeos, segundo o blog da produtora, são de acontecimentos entre 1896 e 1976.
Uma atitude sem precedentes, levando em consideração a quantidade de arquivos, com o intuito de levar informação, história e cultura gratuitamente para todas as pessoas que possuem acesso à internet. Alguns documentos históricos já estavam disponíveis, como os registros do desastre de Hinderbug, o funeral da Rainha Victoria e o ataque atômico sofrido por Hiroshima. Com os novos vídeos, a soma chega a 3.500 horas de história.

Nossa esperança é que todos, em todo o lugar que haja um computador, vejam e apreciem estes filmes. Este arquivo é um inigualável tesouro de cunho histórico e cultural que não deve ser esquecido. E hospedar os filmes no Youtube pareceu a melhor maneira de ter certeza disso. (Alastair White, General Manager da British Pathé)

E desses 85 mil registros, a dica é digitar “Rolling Stones” na busca. Mas, calma, você não precisa fazer isso mais. Já fizemos e incorporamos abaixo todos os resultados de material televisivo e sobras de gravações não utilizadas sobre a banda. A seleção inclui filmagens do início da carreira dos Stones, ainda em 1964, do dia em que Mick Jagger e Keith Richards foram liberados da acusação de posse de drogas, em 1967, do lendário show no Hyde Park, o primeiro após a morte de Brian Jones, em 1969, e outros.

Você pode tentar outros resultados também. Tem MUITA coisa! Resolvemos escolher algo específico para postar e optamos pelos Rolling Stones porque a gente estava afim. Simples.

Confira abaixo:

A Linha do Tempo Completa e Detalhada da Marvel

Para comemorar os 75 anos de existência da maior editora de quadrinhos do planeta, foi criada uma enciclopédia digital e interativa altamente detalhada. O site Ultimate 75th reúne informações dos 2556 personagens e das 445 séries criadas e editadas pela Marvel.

timeline interativa disponibiliza uma navegação anual, de 1939 a 2014, com detalhes sobre características, aparições e descrições de todos os heróis, vilões e séries que fazem parte do universo da Marvel.

Confira abaixo algumas imagens de como é organizado o site:

Marvel 75th Experience (3) Marvel 75th Experience (2) Marvel 75th Experience (1)

Diário de Bordo: Festival Spiroway 2014

Foto: Gui Benck

No feriado da Páscoa representei o La Parola no festival Spiroway. Foi muito bom. Tempo para ouvir bom som, aproveitar o momento sem se preocupar com a correria cotidiana e curtir a tranquilidade da natureza. Resolvi fazer uma cobertura jornalística um pouco diferente, em primeira pessoa. Como o Spiroway defende a ideia de abrir a mente e pensar fora do convencional, nada mais justo que a escrita seja livre, sem consulta de anotações e dados específicos, apenas com o fluxo da mente. Portanto, deixo aqui o meu relato pessoal, parcial e subjetivo, desejando vida longa aos festivais de música, cultura e arte!

PS: Todas as fotos que ilustram a matéria e que formam a galeria lá no final são do Gui Benck.

Shiva

Estávamos em algum lugar perto de Nova Prata, para fora da cidade, quando o Spiroway começou a fazer efeito. Lembro que falei algo como “me sinto cansado da viagem, preciso sentar um pouco…” E de repente fomos cercados por um rugido que, não, não era terrível caso você tenha reconhecido de onde surgiu o início deste texto. Era lindo. E em vez de morcegos que desciam do céu, o que estava em nossa frente era uma constelação visual e sonora indescritível.

Spiroway 2014 La Parola Gui Benck (58)

Há pouco havia escurecido e há pouco havíamos chegado e terminado, com algum suor, de montar o nosso acampamento. Já na segunda hora de festival já podia notar uma aura diferente. O Spiroway, festival que aconteceu durante o feriadão de Páscoa no Parque Antônio Ghellere, em Nova Prata (a capital brasileira do blues, segundo uma galera) já tinha esse propósito de ser um evento de transformação de mentes, de pensar diferente, abrir a visão, comemorar a chegada de uma nova era e coisa e tal. Confesso que fui muito mais pelo rock, mas acabei percebendo que o Spiroway foi bem mais.

A previsão do tempo indicava que choveria mais ou menos uns 50 milímetros nos dos primeiros dias de festival. Como de costume, a meteorologia foi imprecisa, e a sexta-feira permaneceu seca e estrelada. Ou havia uma mística responsável por essa virada de tempo. Falando em mística, meu celular morreu na chegada, mesmo com a bateria cheia. Isso acabou com todas as possibilidades de fazer uma cobertura em tempo real, postar fotos no Instagram e ficar twittando durante o festival. Por sorte, nada disso estava em meus planos e mandei um foda-se para o celular.

O clima estava ótimo e quando terminamos de organizar o acampamento o som já estava rolando. O palco era em uma descida, no estilo anfiteatro e na primeira ida encontrei um camarada de Nova Prata pregando a palavra. Ajudei ele, segurando uma foto do Jimi Hendrix, que foi pregada em uma cerca. Quando cheguei lá já estava no palco a terceira banda, Casa Muscária, responsável por fazer cair a casa de muita gente. Eu estava sentado, cansado, quando escutei aquela hipnotizante introdução de Pigs. Precisei de um esforço para levantar e me equilibrar na grama desnivelada, depois precisei de um esforço para me manter na realidade, o que foi um insucesso. Big man, pig man, ha ha charade you are! Baita banda, criou uma euforia coletiva gigantesca naquela noite, quase um transe.

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Na sequência teve um show da Cattarse, a primeira banda a tocar A hora e a vez do cabelo nascer, a música mais tocada no festival (contei quatro covers, todos justos). Depois desse show, subi até o bar de cima pegar uma cerveja. Um ponto positivo é que era relativamente rápido comprar a ficha no caixa e trocar no bar, bem ao lado. O difícil foi só quando eu precisei fazer muita força no pensamento para que uma mulher em minha frente parasse de se transformar em uma lagosta. E que os papéis no balcão do bar parassem de pular freneticamente. Aquele jogo de luzes que o pessoal da organização preparou teve coisas desse tipo, mas foi legal.

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Se as bebidas chegavam rápido, a comida nem tanto. Mas o pessoal da cozinha maluca compensava com criatividade. Não vi pessoas irritadas quando demorava um pouco para pizzas e sandubas ficarem prontos. O pessoal era tão figura que valia a pena ficar um pouco olhando eles trabalharem. Sempre acontecia algo. E falando em sanduba, foi justamente lá que comi o melhor sanduba de todos, mesmo ele sendo um pouco diferente “Cara, eu tenho uma ficha pra um sanduba, mas queria saber qual era daquele arrozinho com queijo e calabresa que tá ali na panela”, perguntei. Sem me responder, o cozinheiro de mustache serviu um prato do arroz maravilha e largou na minha. “Mas minha ficha é de sanduba”, respondi. “Mas isso é um sanduba, o prato volta limpo?”. Fiquei um pouco sem reação, sem entender, mas agradeci pelo ótimo “sanduba” e saí de lá rapidinho antes que ele mudasse de ideia.

A essas horas já estava tarde, mas só na minha cabeça. Quando me falaram as horas demorei para acreditar que eram recém dez da noite. Deu tempo ainda de ouvir a Libertino, a Gypsy Ray, que fez um tributo especialíssimo ao Hendrix e ao Vaughan, e a The Loon’s of Moon Band. Ainda na mesma noite, longe do palco e perto do bar, uma galera ficou tocando um blues até altas horas da madrugada.

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Brahma

O segundo dia de acampamento foi quando tudo iniciou de verdade. Foi posterior à transformação do primeiro e é por isso que estou me referindo à Trimúrti por aqui.

O nosso conceito de conforto muda de forma drástica, principalmente quando o colchão de ar está furado e você acorda com as costas no chão duro da barraca. E o “nosso banheiro” é literalmente nosso. Dois chuveiros para os homens e um chuveiro para as mulheres teriam que dar conta de todo o pessoal acampado. E, de fato, deu. Não peguei nenhuma fila grande e o tempo máximo de espera foi no primeiro dia, cerca de dez minutos. Pra quem tem tempo de sobra, dez minutos podem até passar em cinco. A relatividade do tempo faz muito sentido quando estamos em um acampamento sem compromissos.

Depois do primeiro banho, haveria um outro logo na sequência, o de chuva. A meteorologia provou estar apenas 50% certa e a água caiu no início da tarde de sábado. Quem não se preparou pode ter se molhado um pouco, o que não foi o nosso caso. A gente se instalou bem, mesmo sendo mirim em acampamento. Lona é básico para evitar goteiras.

A chuva deu uma assustada, parecia que não acabaria muito cedo e que o festival seria tomado completo pelo barro, mas foi só coisa da minha cabeça. Logo passou e já pulamos fora da barraca para almoçar. A cozinha do festival estava oferecendo um almoço. Era quatorze pilas o prato de comida ou doze se comprasse para sábado e domingo. Comprei para os dois e não me arrependi. Parabéns ao pessoal que encheu o meu prato e fez com que eu tirasse de vez a barriga da miséria. Rango top!

Spiroway 2014 La Parola Gui Benck (25)

Foi nessa hora do almoço que consegui fazer um reconhecimento mais amplo do local, agora com luz solar. Havia uma espécia de centrinho, com bar, brechó, exposições, oficinas, debates e mais umas atividades. Particularmente, gostei mais das bicicletas de bambus feitas pelo Klaus e da exposição de fotografia da Ieve Holthausen.

Depois de um tempo caminhando pelo parque voltei ao acampamento e ouvi de longe o início dos shows. Cheguei a tempo (que sorte!) de ver a Monty Python Band apresentar seus temas e reviver a classe dos Allman Brothers. Mas o melhor viria depois, depois ainda do Rock in Rezo e do Ale De Maria que fizeram rezas e agradecimentos à natureza e homenagens aos índios, bugres e nativos. Depois também do Dr. Medeiro e seus Garden Eyes (achei demais esse nome, deveria ter pensado nisso antes!), que fizeram também um belo show, com altas doses de Mutantes.

O melhor da noite seria quase que uma reencarnação. A Back Doors Band fez o melhor revival de The Doors possível. Eu desconfio até agora que o vocalista estava usando playback na voz, ele não pode cantar tão igual ao Jim Morrison. E desconfio que o teclado do Ray Manzarek cover é feito de aço para ter aguentado ele pulando em cima com os dois pés feito louco no fim da apresentação. O show foi tão perfeito que a equipe de som gravou todo o áudio e utilizou-o no dia seguinte no intervalo entre uma banda e outra. E valeu a pena ouvir de novo, The Doors é o bicho!

Spiroway 2014 La Parola Gui Benck (45)

Vishnu

A realidade paralela do Spiroway se manteve firme no domingo. Não havia mais tantas novidades, o espírito já havia sido incorporado. Àquelas horas, tudo o que parecia anormal há alguns dias já se tornara absolutamente corriqueiro. Também não choveu mais, em vez da água, alguns raios de sol iluminaram o parque.

A essa altura, o festival já havia esvaziado um pouco. A sexta e o sábado tiveram uma concentração  maior de pessoas, mas quem ficou até o fim não se arrependeu. O sol da manhã e da tarde fizeram com que as pessoas substituíssem as calças e os casacos da noite anterior por camisetas, bermudas e saias. No entanto, estamos no outono gaúcho, a época do ano que é capaz de concentrar as quatro estações em apenas um dia. À noite o frio começou a bater e a galera saiu enlouquecida atrás de grimpas secas para fazer fogueiras.

Spiroway 2014 La Parola Gui Benck (48)

Um pouco antes a cozinha havia deixado um recado em um quadro negro no balcão. Estava escrito mais ou menos assim “Fudeu tudo!”. Creio que o pessoal não imaginou que a larica do pessoal seria tão grande e, por algumas horas, os recursos gastronômicos chegaram quase ao fim. Foi na hora do aperto que a criatividade de uma moça da cozinha aflorou, como contou um brother meu. Um magrão chegou e pediu um sanduba de carne de panela. A moça parou, pensou e perguntou. “Moço, você gosta de arte?”. O cara respondeu que sim, e então a moça continuou: “Imagina então que em vez de ser fechado, o sanduba é aberto, com o recheio em cima da massa, pode ser assim?”. O cara novamente respondeu que sim e saiu de lá comendo uma pizza de carne de panela, muito boa, diga-se de passagem.

Na tardinha, a situação estava se normalizando. Pouco antes do início dos shows, houve uma apresentação teatral. O espetáculo Flor das Águas, de Florianópolis, foi uma espécie de mistura entre poesia, mitologia, dança e coragem. Já estava escurecendo, a temperatura já estava baixa e as três mulheres que encenavam a peça banhavam-se com água fria, caída direto da torneira. Nessas horas que a gente entende um pouco do significado de “tudo pela arte”.

Spiroway 2014 La Parola Gui Benck (55)

Sob um céu estrelado e com fichas de cerveja no bolso, restou aproveitar a última noite do festival. Representando Passo Fundo, subiu ao palco do Spiroway a General Bonimores, com um show cheio de composições próprias. Uma pena que na terceira noite de festival o bar do palco estava fechado. Sendo assim, exercitei as pernas subindo e descendo para trocar as minhas fichas de cerveja. No final, sobraria uma. Guardei de recordação.

O festival ia chegando ao fim, o que era uma pena, mas acabou sendo bem representado na fase final. Ainda havia tempo para os shows da Foegos e da Rocker, ambas de Nova Prata, e que misturaram covers com canções próprias. Nessas horas minha sobriedade também estava chegando ao fim. Então, tive que ficar um pouco mais longe, com a cabeça torta e os olhos embaçados. A Lorenzo Blues Trio, o Pink Floyd Cover, Os Vespas e a White Hawks finalizaram a edição 2014 do Spiroway. Acho que foi isso, pois na metade da madrugada resolvi tirar uma soneca no carro e só acordei de manhã. E aí já era hora de levantar o acampamento e se organizar para voltar à vida real. Pena, mas a gente espera que no ano que vem role de novo. Doce Páscoa!

Minha experiência com o canto e a dança indígena

Minha experiência foi muito pouca em relação aos que vivem por aí conhecendo culturas e comunidades pelo mundo, mas foi qualitativa e não só quantitativa.

Nos dias da calourada 2014.1 da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, realizada pelo Diretório Central de Estudantes (DCE), tive a oportunidade de experienciar a apresentação do Toré, tradição milenar de canto e dança dos índios que inclui também práticas religiosas. Mas é necessário tomar cuidado com um detalhe bastante sutil. Não basta experimentar, é preciso experienciar. E qual é a diferença? Embora não pareça, ela é muito grande. Enquanto que experimentar é apenas fazer um teste, provar uma amostra, experienciar é viver uma nova realidade.

Assim, foi o que tentei fazer naquele momento. Abri-me de corpo e alma para conhecer o que está por de trás de uma cultura, a sua magia e encanto, é um fato mais psico e espiritual do que material, mesmo pelo pouco que ali vivenciei.

Aqui, então, com essa perspectiva, estou para comentar rapidamente essa experiência. Mesmo antes de mergulhar nos dias da calourada da UEFS e assistir ao Toré, era certo que essa experiência se tornaria também um post para o La Parola.

Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (16)

No entanto, coloquei em mim mesmo uma grande responsabilidade antes e durante a escrita deste texto. E essa responsabilidade inclui retratar essa experiência de uma forma respeitosa, o que significa – ao menos para mim – não exibir a figura indígena como coitada, atrasada ou qualquer clichê que facilmente encontramos por aí. E agi assim para, de alguma forma, poder retribuir o carinho, a atenção e a acolhida que recebemos deles, os índios.

Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (2)

O significado de um não-índio conhecer mais a vida daquela comunidade é algo imensurável. Quero dizer que é um ato de muita comunhão por parte dos índios disponibilizarem esse momento para quem não é indígena. Por isso reconheço e agradeço a confiança que eles nos depositaram.

Antes que eu vá para um contexto mais antropológico, quero informar que eis um grande clichê completamente desmantelado: índio só sabe dos segredos da natureza. Se eu estivesse em uma conversa na esquina, eu soltaria, com voz alta, que “nem de longe que as coisas são assim!”.

Percebi que a preocupação em estudar, buscar novos conhecimentos, manter-se atualizado e ligado nas mobilizações sociais que acontecem reserva afora é de boa parte deles.

Agora, me voltando mais à emoção dessa vivência, ouvi de um dos índios, em uma rápida conversa informal na apresentação do Toré, uma angustiante e bela declaração:

“Minha cultura é meu despertar, a minha cultura é a janela para a minha alma”.

Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (12)

Mesmo em pouco tempo, compartilhei verdadeiramente com esse povo as vibrações, o invisível, mas “palpável”. Ajustei minha “antena” para a mesma freqüência que a deles.

Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (6)

Há uma beleza pura em seus objetivos e os laços familiares, sua crença na espiritualidade e na natureza, e sua vontade de fazer a coisa certa. Há neles, mesmo com a influência do não-índio, uma essência dos últimos recursos de autenticidade natural.

Confira abaixo mais algumas fotos:

Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (1) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (3) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (7) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (8) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (9) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (10) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (11) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (13) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (14) Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (15)

Sim, pretendo realmente pegar minha câmera e conhecer comunidades, povos e culturas afora de uma forma mais profunda. Sempre tive em mente em querer testemunhar suas tradições consagradas pelo tempo, me juntar em seus rituais e descobrir como o resto do mundo está ameaçando mudar seu modo de vida para sempre. Mais importante, eu queria criar um documento fotográfico estético ambicioso que resistisse ao teste do tempo. Muita pretensão da minha parte, não é? Mas, sonho com isso. O que posso fazer?

Quero realizar um corpo de trabalho que seria um registro etnográfico insubstituível de um mundo desaparecendo rapidamente. Retratos elegantes e evocativos, criados com uma câmera. Mostrar uma vista extraordinária sobre a vida emocional e espiritual dos povos indígenas e não só realizar algo quase como um jornalismo, pois seria mais artístico sem perder a sua importância. Ao mesmo tempo, seria glorificar a variável e a única criatividade cultural de um povo, com os rostos pintados, corpos escarificados, jóias, penteados, rituais extravagantes e belos.

Canto e dança indígena - Toré - UEFS - Marcelo Vinicius (4)

Estar envolvido em uma outra cultura é um momento inesquecível, poder presenciar rituais, danças, o dia a dia de uma tribo indígena é indescritível. Acredito que muito da cultura já foi perdido, mas ainda existe toda a sua essência, e depende de nós ajudar a preservá-la. Afinal, graças aos índios estamos aqui hoje. O Toré foi para mim um encontro com parte de minha origem até então oculta.

Acredito que conviver com uma cultura diferente da minha me leva à muita reflexões sobre a importância da nossa responsabilidade com tudo aquilo que absorvemos no mundo.

Por isso, repito: é fato que experimentar é muito mais rápido e fácil do que experienciar, porém os resultados são muito diferentes. A questão que se coloca é: não adianta contrariar as nossas birras que estão arraigadas em nossa mente, mas sim criar as condições para que o ato de experimentar seja substituído pelo de experienciar. Então veremos que os resultados serão muito mais interessantes.

Enfim,

“Não tenha medo da experiência, porque quanto mais experiente você for, mais maduro você se torna” (Osho, em The Book of Wisdom).

 

Jack White e o lançamento mais rápido da história da indústria fonográfica

3 horas, 55 minutos e 21 segundos. Este foi o tempo que Jack White levou para gravar, mixar, masterizar, prensar e lançar um compacto de 7 polegadas. O recorde mundial aconteceu em 19 de abril, durante o Record Store Day.

Jack White subiu ao palco as 10 horas de sábado em um palco dentro da sede da Third Man Records, inovador selo musical/gravadora criado por ele mesmo. Ao vivo, apresentou para uma plateia selecionada as duas músicas que foram instantaneamente registradas, Lazaretto (faixa-título do próximo álbum) e Power Of My Love (cover de Elvis Presley). Jack e a banda ainda tocaram mais algumas músicas na sequência enquanto o compacto estava sendo processado.

Com o disco em mãos, Jack White apareceu pessoalmente para vender as três primeiras edições, novamente na Third Man Records. Jack recebeu o dinheiro das pessoas e, na hora, repassou para um garotinho que estava um pouco atrás na fila. Não se sabe se ele usou esse dinheiro para comprar o disco. Eu guardaria esses dólares e usaria os meus para a compra.

O recorde anterior era do trio suíço Vollgas Kompanie, que havia lançado o álbum Live um dia após a gravação, em 16 de agosto de 2008. Confira abaixo o vídeo produzido especialmente para mostrar os detalhes do lançamento:

Dois dias depois, Jack White lançou oficialmente na internet a canção Lazaretto, primeiro single do próximo álbum homônimo que será lançado em junho. Há alguns dias, o músico já havia divulgado a instrumental High Ball Stepper, que também estará no álbum. Escute abaixo a música em sua versão oficial do disco:

http://youtu.be/cYF0LtfUvJs

Lista da faixas de Lazaretto:

1. Three Women
2. Lazaretto
3. Temporary Ground
4. Would You Fight For My Love?
5. High Ball Stepper
6. Just One Drink
7. Alone In My Home
8. Entitlement
9. That Black Bat Licorice
10. I Think I Found The Culprit
11. Want And Able

Fotógrafo-Piloto faz fotos aéreas de dentro do avião

Piloto de avião e fotógrafo, Alex MacLean tem sobrevoado há alguns anos boa parte do planeta, principalmente Estados Unidos e Itália. Porém, mais do que realizar seus vôos, o piloto tem também documentado a sua visão em incríveis imagens aéreas.

Especialista no assunto, MacLean tem divulgado suas séries de fotografias aéreas em exposições, livros e na internet, por meio do facebook, tumblr, twitter e instagram.

São muitas imagens registradas e postadas nas redes sociais pelo fotógrafo-piloto. Não conseguimos contar quantas ele já fez, mas tenha certeza que já passaram dos quatro dígitos. Entre várias belezuras, selecionamos algumas. Confira abaixo:

Cars-parked-at-a-Nascar-event-in-Richmond,-Va.,-in-2011.
Estacionamento de um evento da Nascar, Richmond, Virgínia, EUA
Flamingos-taking-a-flight-in-Rosolina,-Italy,-in-2009.
Flamingos em Rosolina, Itália
Interchanging-flyovers-in-Albuquerque,-N.M.,-in-2009.
Viadutos de Albuquerque, Novo México, EUA
Landfills-in-Staten-Island,-N.Y.,-in-2013
Aterros sanitários em Staten Island, Nova York, EUA
Colorful-fields-of-flowers-in-Carlsbad,-Calif.,-in-1989
Campos de Flores em Carlsbad, Califórnia, EUA
Desert-housing-blocks-in-Las-Vegas,-Nev.,-in-2009.
Conjunto habitacional no deserto de Las Vegas, Nevada, EUA
Estuarine-sand-plumes-in-Wellfleet,-Mass.,-in-2013.-(2)
Wellfleet, Massachusetts, EUA
Brightly-painted-houses-in-Burano,-Italy,-in-2010
Burano, Itália
Bathers-in-a-wave-pool-in-Orlando,-Fla.,-in-1999
Orlando, Flórida, EUA
Boats-in-Tremont,-Maine,-in-2008
Tremont, Maine, EUA
A-shipyard-in-Newport,-Va.,-in-2011.
Estaleiro em Newport, Virgínia, EUA
An-orchard-covered-in-snow-in-Bolton,-Mass.,-in-2013
Bolton, Massachusetts, EUA
Floating-daisy-docks-in-Chicago,-Ill.,-in-1999
Docas em Chicago, Illinois, EUA
Loaded-coal-train-cars-in-Norfolk,-Va.,-in-2011
Vagões de carga em Nortfolk, Virgínia, EUA
Mastic-Beach,-NY,-2013
Mastic Beach, Nova York, EUA
Ocean-City-Amusement-Park-in-Ocean-City,-Md.,-in-2011.
Ocean City Amusement Park, Ocean City, Maryland, EUA
Oyster-cages-in-Cape-Cod,-Mass.,-in-2013
Cape Cod, Massachusetts, EUA
People-relax-at-a-swimming-pool-in-the-East-Bolton-province-in-Quebec,-Canada,-in-2012.
Piscina em East Bolton, Quebec, Canadá
People-relaxing-at-the-Spiagge-Beach-in-Rosignano-Marittimo,-Italy,-in-2007.
Praia de Spiagge, Rosignano Marittimo, Itália
An-American-flag-playground-and-a-basketball-court-in-Stow,-Mass.,-in-2013.
Stow, Massachusetts, EUA
People-swimming-in-a-pool-in-Cambridge,-Mass.,-in-2012.
Piscina em Cambridge, Massachusetts, EUA
Shipping-containers-in-Portsmouth,-Va.,-in-2011.
Contêineres no Porto de Portsmouth, Virgína, EUA
Strips-in-fields-in-Goodyear,-Ariz.,-in-2004.
Goodyear, Arizona
An-adobe-housing-development-in-Las-Vegas,-Nev.,-in-2005
Casas em Las Vegas, Nevada
A-golf-oasis-in-Boulder-City,-Nev.,-in-2009.
Oásis em Boulder City, Nevada, EUA
Boulder City, Nevada
Estrada próximo a Boulder City, Nevada
Madeireira em Olympia, Washington, EUA
Madeireira em Olympia, Washington, EUA

Tem banda? Então o Do It Yourself, em Passo Fundo, pode te ajudar.

É incrível – para mim, decepcionante – como a participação do rock nas rádios tem diminuído nos últimos anos. E igualmente incrível – para mim, alegre – como , mesmo assim, o pessoal ainda escuta o som e mantém toda essa  história viva. Isso se deve a um punhado de pessoas que abraçam e beijam a causa para alimentar essa cena musical que, enquanto ainda existir mundo, não deverá ser dizimada dele. Isso aí, galera, boa!

Aqui em Passo Fundo vai rolar um projeto com esse objetivo, fomentar o cenário local, alavancando-o para outras regiões do Rio Grande do Sul e criando uma ponte entre artista, mídia e produtores. O projeto se chama Do It Yourself e é uma ideia tão massa – e necessária – que deve ser divulgada até em colégios de freiras. Acreditem, tem um colégio de freiras aqui em Passo Fundo que já despertou o diabinho em uma galera, mas essa é outra história.

Vou dar um Ctrl V da descrição do concurso com todos os detalhes. Compartilhe com todos os seus amigos e familiares que têm banda, eles merecem essa oportunidade.

Do It Yourself ou DIY traduz um espírito empreendedor que teria surgido com a cena punk, pós-punk e movimentos underground, revelando ambos os conceitos de Monarquia com o Punk/Pos-Punk inglês, em paralelo a Anarquia dos Anarco-punks, que se difundiam na mídia consumista a nível mundial.

Basicamente é uma sigla usada para denotar quem faz todo o trabalho pelas suas próprias mãos, ou seja, tudo desde a organização de concertos, gravação e produção de álbuns, venda de merchandising, marketing, publicidade, etc… é feito apenas com o suor dos seus elementos, quebrando os padrões criados pelos conceitos de um modelo e cultuando a originalidade a níveis experimentais.

Para a primeira edição foram abertas cinco vagas. A fase de inscrição vai do dia 16 de abril até o dia 06 de maio, ou quando esgotarem-se as cotas de inscrições. No dia 24 de maio será realizado uma audição em formato de show no Siri Cascudo, em Passo Fundo com show de encerramento da Jimmy Dog que apresentará sua nova formação. As bandas serão avaliadas em critérios como afinação, harmonia, originalidade e performance por um juri especializado composto de produtores musicais, culturais, audiovisuais e músicos vindos de Porto Alegre.

A melhor banda, na média de notas, será premiada com a gravação de uma música em estúdio, um clipe musical, exposição em rádio, um show exclusivo no Siri Cascudo e garante a participação no festival DIY em Porto Alegre. Se somados, os valores dos prêmios superam 8 mil reais.

As inscrições custam cem reais e podem ser realizadas na Musiclass Escola de Música ou no site http://bit.ly/1qZX94K e enviadas para pablo360produtora@gmail.com. Regulamento no site http://bit.ly/Qd3ZJ0 e na fanpage da produtora http://fb.com/360Produtora.

Festival Do It Yourself Passo Fundo 360 Produtora Musiclass Siri Cascudo Creativa (1)

Update:

As inscrições do Do It Yourself foram encerradas. As bandas que irão participar são:

Gepetos Almas Brasucas
Cormanos
Mercey
The Peppers
All These Ablaze

Lembrando que a audição será dia 24/05 no Siri Cascudo. Mais informações aqui no evento.

As crianças de hoje não sabem mexer em um walkman. Mas por que deveriam?

Você sabe o que é um walkman? Provavelmente sim, desde que tenha nascido no século anterior. Engraçado falar em século anterior, parece que cem anos dividem uma geração da outra, quando na verdade me refiro a apenas a uma década de diferença. Vou mudar então, melhor falar década de 2000 do que século XXI que assim não parece que a gente se sinta tão velho, mesmo quando se tem apenas 26.

Bom , o The Fine Bros possui uma série de vídeos em seu canal de youtube retratando como algumas pessoas reagem a certos produtos/atitudes/serviços que não são exatamente de seu tempo. A escolha mais recente foi brilhante: As crianças receberam em mãos um walkman e deveriam falar para a câmera o que diabos era aquilo. A gigantesca maioria não fazia noção do que era o objeto e qual era sua finalidade.

O walkman se tornou um aparelho deveras obsoleto. Todas as crianças entrevistadas estão familiarizadas com seus iPads e iPods e sabem que estes dispositivos contemporâneos são mais práticos de usar do que os antigos. É comum com dois anos de idade a criança já estar brincando com aplicativos infantis em tablets, tamanho é o seu poder intuitivo. Falando nisso, devo citar aqui uma passagem da biografia que Walter Isaacson escreveu sobre o cara que criou tudo isso, Steve Jobs:

Jobs ficou animado com um caso que me contou, que aconteceu com Michael Noer, da Forbes.com. Noer estava lendo um romance de ficção científica em seu iPad, numa fazenda leiteira que ficava na zona rural ao norte de Bogotá, na Colômbia, quando um garotinho pobre de seis anos de idade, que limpava os currais, foi até ele. Curioso, Noer lhe estendeu o aparelho. Sem nenhuma instrução e nunca tendo visto um computador na vida, o menino começou a usar o iPad de maneira intuitiva. Começou deslizando o dedo na tela, abrindo aplicativos, jogando uma partida de pinball. “Steve Jobs projetou um computador potente que um garoto analfabeto de seis anos pode usar sem receber nenhuma instrução”, escreveu Noer.

Quase três décadas depois de se lançamento, o walkman se tornou muito mais um objeto de museu do que um player de música. Diferente dos velhos toca-discos, que até hoje sobrevivem graças a qualidade sonora indiscutível dos LP’s e da vasta legião de colecionadores e entusiastas dos discos de vinil, o walkman (e o discman também) não possui vantagem alguma em relação aos dispositivos de hoje.

Mesmo assim, foi responsável por boas memórias. Lembro até hoje da primeira vez que manuseei um walkman aiwa da minha irmã. Passei a tarde ouvindo uma fita cassete com músicas que eu havia gravado da rádio. Foi minha primeira experiência com fones de ouvido. E para ouvir novamente era necessário rebobinar. Aí uma palavra que caiu em desuso: rebobinar. Muitas locadoras de filmes ganharam um bom dinheiro aplicando multas a quem não devolvia as fitas VHS rebobinadas. Felizmente isso acabou, de multas já bastam as de trânsito.

Voltando ao vídeo, as reações das crianças são demais. Um misto de surpresa, curiosidade, ignorância, desprezo e, até, louvor. As crianças de hoje, em maioria, não sabem mexer em um walkman. Mas, sinceramente, por que deveriam? Assista abaixo:

Paul Weller: Brand New Toy

O compositor britânico Paul Weller, líder da clássica banda The Jam, divulgou há algumas semanas que lançaria um compacto especial no Record Store Day deste ano (veja aqui todos os lançamentos que irão rolar). Porém, o músico já divulgou a nova canção em seu SoundCloud.

Brand New Toy terá um lançamento especial em vinil de 7 polegadas e será acompanhada da também inédita Landslide. Serão oferecidas apenas 750 cópias da edição.

Outra novidade é a coletânea que será lançada em 2 de junho. Intitulada More Modern Classics, a compilação reunirá antigas músicas de Paul Weller acompanhadas do novo single. O título é uma alusão à compilação de 1998, Modern Classics. Uma espécie de segunda parte da coletânea.

Será lançada em vários formatos: CD, vinil duplo de 180 gramas e digital. Estará disponível também uma versão deluxe em CD e formato digital, com faixas bônus do cantor.

Lista das faixas – LP Duplo e CD 1

  1. He’s The Keeper
  2. Sweet Pea, My Sweet Pea
  3. It’s Written In The Stars
  4. Wishing On A Star
  5. From The Floorboards Up
  6. Come On / Let’s Go
  7. Wild Blue Yonder
  8. Have You Made Up Your Mind
  9. Echoes Round the Sun
  10. All I Wanna Do (Is Be With You)
  11. Push It Along
  12. 22 Dreams
  13. No Tears To Cry
  14. Wake Up The Nation
  15. Fast Car / Slow Traffic
  16. Starlite
  17. That Dangerous Age
  18. When Your Garden’s Overgrown
  19. The Attic
  20. Flame-Out!
  21. Brand New Toy

CD 2

  1. Frightened
  2. With Time And Temperance
  3. A Bullet For Everyone
  4. One X One
  5. Don’t Make Promises
  6. One Way Road
  7. Birds
  8. Blink And You’ll Miss it
  9. Roll Along Summer
  10. The Pebble And The Boy
  11. Empty Ring
  12. Why Walk When You Can Run
  13. Night Lights
  14. 7 & 3 Is The Striker’s Name
  15. Trees
  16. Up The Dosage
  17. Green
  18. Paperchase
  19. Be Happy Children
  20. The Olde Original

CD 3

  1. All I Wanna Do (The Sun Session)
  2. From The Floorboards Up (XFM Session)
  3. The Attic (Lauren Laverne BBC 6 Music Session)
  4. Around The Lake (Lauren Laverne BBC 6 Music Session)
  5. Andromeda (Lauren Laverne BBC 6 Music Session)
  6. That Dangerous Age (Lauren Laverne BBC 6 Music Session)
  7. When Your Gardens (Lauren Laverne BBC 6 Music Session)
  8. Wake Up The Nation (Lauren Laverne BBC 6 Music Session)
  9. Savages (Capital Gold Session)
  10. Time Of The Season (BBC Radio 2 Session)
  11. Aim High (Black Barn Session)
  12. Daydream (Loving Spoonful Cover) (XFM Session)

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