De Vigilância e Solidão

Edward Hopper, Summer interior (1909)

Por Katia Marko, Outras Palavras

“E haverá um dia em que não se precisará mais do sexo como meio de reprodução. 
As pessoas serão clonadas e construídas 
de acordo com a função exigida para que a sociedade funcione de maneira perfeita. 
A palavra amor, e não mais sexo, será tabu. 
A felicidade será facilmente comprada em forma de um ‘sedativo’. 
E todos terão a ilusão de viver numa sociedade perfeita.”
Aldous Huxley

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Aldous Huxley imaginou tal sociedade na década de 1930, quando escreveu seu livro Admirável Mundo Novo. Nessa época, provavelmente a maioria das pessoas classificava tal obra uma ficção. No entanto, hoje em dia poderíamos chamá-la de obra científica.

A literatura e o cinema cristalizaram os nossos temores em relação ao futuro. Além de Huxley, muitos outros autores tentaram mostrar o perigo da perda da individualidade e do contato humano, imposta pela cultura do medo.

George Orwell temeu que a vida dos cidadãos fosse controlada pela ação de um Estado autoritário, em 1984. Fritz Lang anunciou a alienação e a automação do homem-máquina, no filme Metropolis. Charles Chaplin expôs os riscos da miséria e da desumanização em Tempos Modernos. Stanley Kubrick, a partir de um best-seller de Anthony Burgess, retrata, em Laranja Mecânica, a ultraviolência sem objetivo dos jovens, combatida pelo autoritarismo sem freios do Estado.

Estes são só alguns clássicos, talvez alguns mais extremos que outros. Mas todos já apontavam para a neurose de uma sociedade vigiada, consentida e altamente tecnológica. E acabamos não nos dando conta da crescente falta de contato entre as pessoas. Mas o bom dessa história é que sempre vão existir os “selvagens”, como no livro de Huxley.

Aprimorar as relações humanas, balizadas na confiança e no amor, é uma das prioridades das pessoas que moram na Comunidade Osho Rachana. Viver em comunidade é em si um instrumento poderoso de autoconhecimento. Num ambiente de honestidade e amizade, cada um se torna espelho para o outro e acabamos vendo muitos ângulos diferentes de nós mesmos. Aprender a se relacionar e se comunicar clara e sinceramente acontece de forma mais fácil com outras pessoas que estão na mesma busca. Mas para isso é preciso confiança e entrega.

Esta é uma questão bastante profunda. Podemos até achar que esse não é um ponto difícil em nossas vidas, mas a incapacidade de entregar-se ao amor de coração limpo está na raiz de todos os problemas emocionais. Conforme explica o psiquiatra norte-americano, Alexander Lowen, criador da Análise Bioenergética, a pessoa que foi ferida em suas primeiras relações com seus pais ergueu um conjunto de defesas contra ser ferido novamente — algo que percebe como risco de vida. “Essas defesas não estão apenas em sua mente consciente, pois se estivessem, poderia renunciar a elas quando quisesse. Tendo vivido com elas desde a infância, elas tornaram-se parte de sua personalidade, estruturadas na dinâmica energética de seu corpo. Ela se encouraçou como um cavaleiro antigo para que a flecha do amor não pudesse penetrar em seu coração.”

Lowen afirma que o ego deveria servir ao coração, mas na maioria dos indivíduos o amor está a serviço do ego para aumentar seu poder e sensação de segurança. “Para muitas pessoas, o amor é uma busca por segurança tanto quanto uma busca por prazer e alegria. Enquanto uma pessoa é carente, insegura ou assustada, sua busca por amor está contaminada por desejos orais ou infantis, insatisfeitos, e não é um compartilhar de prazer e vida de todo coração.”

Segundo Lowen, o medo de entregar-se ao amor decorre do conflito entre o ego e o coração. “Amamos com nosso coração, mas questionamos, duvidamos e controlamos com nosso ego. Nosso coração pode dizer: Entregue-se, mas nosso ego diz: Tome cuidado, não se deixe levar; você será abandonado e ferido. O coração, como órgão do amor, é também o órgão da satisfação. O ego é o órgão da sobrevivência: é uma função legítima, mas quando o ego e a sobrevivência dominam nosso comportamento, a entrega verdadeira torna-se impossível.”

Acredito, como Lowen defende, que todos ansiamos por mais contato humano — o que faria nossos espíritos voarem, nossos corações baterem mais rápido e nossos pés saírem dançando. Mas esse anseio não é realizado, porque nossos espíritos estão anulados, nossos corações estão trancados e nossos pés estão sem vida. Se não corrermos o risco de nos tornarmos mais vulneráveis e suaves,  nos entregando ao nosso corpo e nossas emoções, nunca saberemos o que é o verdadeiro amor.

Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

Trailer: 12 Years a Slave

Adaptação cinematográfica da autobiografia de Solomon Northup. Northup escreveu o livro em 1853, narrando como foi procurado em Nova York por dois homens que lhe ofereciam um emprego em Washington. Letrado e casado, Northup foi sequestrado e então escravizado por 12 anos sob diversos donos. Ele reconquistou sua liberdade quando um carpinteiro do Canadá, contrário à escravidão, conseguiu enviar cartas do escravo à esposa de Northup – iniciando um processo de tribunal que o libertou. A escravidão terminou oficialmente nos EUA em 1865.

Dirigido por Steve McQueen (Shame) e com roteiro de John Ridley (Reviravolta), 12 Years a Slave, ainda sem título nacional, ganhou um trailer emocionante.

O filme tem no elenco os atores Brad Pitt (que é também produtor do filme), Chiwetel Ejiofor (Filhos da Esperança), Michael Fassbender (Prometheus), Paul Dano (Pequena Miss Sunshine), Benedict Cumberbatch (Além da Escuridão: Star Trek), Paul Giamatti (Sideways), Sarah Paulson (Amor Bandido) e Quvenzhané Wallis (Indomável Sonhadora).

O filme chega aos cinemas em outubro. Assista abaixo ao trailer legendado.

http://youtu.be/Ad3Kk7-W3xw

Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

Um novo conceito de smartphone que mudará o mercado da tecnologia

A fórmula é sempre a mesma. No momento que você compra um dispositivo eletrônico de última geração ele já vem com uma data de validade pré-estabelecida.

O aparelho pode ficar obsoleto e não te satisfazer mais. Ou, pior, pode danificar parcialmente. E o conserto, sabemos, muitas vezes é mais caro do que a aquisição de um novo.

Chamado de obsolescência programada, este fenômeno mercadológico é mais comum do que podemos pensar. O documentário espanhol Comprar, Tirar, Comprar, de 2010, relata com maestria este conceito.

Como combater a obsolescência?

Os smartphones estão no topo dos aparelhos eletrônicos que mais rapidamente se desenvolvem – e ao mesmo tempo se tornam ultrapassados. Partindo deste princípio, o holandês Dave Hakkens pensou em um novo conceito de celular.

O Blok-Store nada mais é que um smartphone feito em blocos, que pode ser completamente customizado e atualizado. Baseia-se em uma placa-mãe que liga outros componentes básicos – ou supérfluos – dos smartphones, como bateria, memória, processador, bluetooth, câmera e tudo mais.

celular em blocos

Insatisfeito com a qualidade da câmera de seu celular? Troque o bloco por outro. Insatisfeito por seu celular possuir pouco volume de áudio? Insira um novo bloco de alto-faltantes. Insatisfeito por a bateria do seu celular durar cada vez menos? Coloque um bloco de bateria maior.

Ainda, os blocos serão desenvolvidos em uma plataforma aberta, o que possibilitará que você desenvolvedor possa criar seus próprios upgrades.

Porém, como dito antes, ainda é só uma ideia. Para que se torne realidade a empresa está fazendo uma campanha de Crowdspeaking. Basta entrar neste site e apoiar a campanha, compartilhando nas redes sociais. Em 29 de outubro veremos o resultado da campanha. Dave Hakkens promete: Quanto mais pessoas engajadas, maior o impacto.

Assista ao vídeo explicativo do projeto abaixo:

Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

Trailer: Need For Speed

Na trama, um piloto de corridas ilegais (Aaron Paul), dono de uma garagem de modificação de carros de luxo, é enquadrado e preso quando seu melhor amigo morre em um racha. Ao sair da cadeia ele busca vingança.

O primeiro trailer da adaptação cinematográfica da clássica franquia de games foi divulgado pela Dreamworks. O longa-metragem será dirigida por Scott Waugh (Ato de Valor). O filme, estrelado por Jesse Pinkman, Bitch! Aaron Paul (Breaking Bad) terá também no elenco os atores Dominic Cooper (O Dublê do Diabo), Imogen Poots (A Hora do Espanto) e Michael Keaton (Batman).

Máquinas como Ford Mustang, Lamborghini Sesto Elemento, Bugatti Veyron e McLaren P1 farão parte da trama de Need For Speed. O filme tem estreia mundial marcada para março de 2014.

Confira o trailer legendado abaixo:

Bônus: Vídeo dos bastidores divulgado em junho no canal do youtube do Need For Speed.

Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

Surrealismo em preto e branco de Thomas Barbèy

Se você clicar na tag surrealismo aqui no La Parola vai perceber que é um dos assuntos mais recorrentes quando nos referimos a trabalhos fotográficos. A obra do fotógrafo Thomas Barbèy merece estar nesta lista, que não é muito extensa, mas muito inspiradora.

Thomas Barbèy criou-se em Genebra e desenvolveu seu trabalho durante anos em Milão, antes de se mudar de vez para Las Vegas. O talentoso artista passou mais de vinte anos aperfeiçoando sua técnica. Thomas trabalha exclusivamente com fotografia preto e branco e sépia. Magistralmente, transforma estas imagens monocromáticas em pura arte surrealista.

Uma de suas técnicas é a de unir dois ou mais negativos e formar a imagem. Só depois de formada a base é que Thomas utiliza o photoshopE mesmo assim é só para dar os retoques finais. O resultado é esta poderosa coleção de obras fantásticas.

Aprecie a arte de Thomas Barbèy, que prova o quão maravilhosa pode ser a combinação entre fotografia e imaginação humana.

 

 

Por que você deveria estar falando de Downton Abbey

Quando comecei a assistir Downton Abbey, perdi parte da vida. O vício que injetam as produções de altíssima qualidade que têm surgido nesse formato de entretenimento é cruel. E aí eu comentei com o namorado, com os melhores amigos, com os colegas, com o tio da banca. E ninguém me deu muita moral. Com a segunda temporada, eu já estava chocada por não ter nenhum meme sobre aquilo na minha timeline, nenhum bordão da Violet Crawley postado, nenhum link pro 9gag ou Buzzfeed, nenhuma demonstração do arrebatamento que eu vinha sentindo. Descobri, porém, o vício em outro amigo. E depois em outra amiga. E depois em outras duas. E descobri, também, sobre o sucesso rasgado da série – entrando agora em sua 4ª temporada – em 45 países.

Esse meu texto é o último apelo: agora que Breaking Bad tá nas últimas, for christ sake, assistam Downton Abbey.

A proposta da série de época britânica de maior sucesso desde 1945, vencedora de dois Globos de Ouro e indicada mais de 40 vezes ao Emmy – tendo levado nove categorias – é deixar o protagonismo da produção a cargo da criadagem de uma família aristocrata dos anos 20, que vive em uma pomposa residência no interior da Inglaterra. A meu ver, contudo, o novelão faz diferente. E faz melhor.

O fio que conduz e se encarrega do triunfo de Downton Abbey, não consigo deixar de acreditar, é a força de seus personagens femininos.

Em uma obra que inicia se passando em 1912, percorrendo o pré, durante e pós 1ª Guerra Mundial, Julian Fellowes constrói mulheres que pretendem fugir às heranças do período vitoriano. Mulheres que querem se livrar do efeito pesado e determinante do conservadorismo, que dita uma família onde tudo recebe apenas continuidade, como sempre foi, evitando, ao máximo, a mudança.

Uma condessa norte-americana de postura passiva, mas que, por ser mãe, desempenha um papel ainda mais importante no funcionamento da casa do que o próprio conde, que só segue o rumo da história da forma como a monarquia o dita. Uma filha que é infeliz por ter como função, além do belo sorriso nas reuniões sociais, um casamento que garanta a sucessão da riqueza. Outra que quer assistir a comícios políticos e, neles, gritar pelo direito ao voto. E uma última, que vive sob as paredes cruéis da ausência da beleza e se dá ao direito de escrever a um jornal e usar o penteado moderno das mulheres estadunidenses, sem temer a vulgaridade a elas atribuída pelos ingleses.

Na criadagem, o vilão que assim precisa ser pra atingir seu objetivo, mas não sabe como, e apela à ajuda da criada pessoal da condessa. Um mordomo que, por sua rigidez e lealdade extremas, vez por outra não consegue sequer repreender um empregado, e acaba buscando a serenidade da governanta da casa, mais calma, equilibrada e não menos leal e ética em suas funções. A criada que quer deixar de servir e trabalhar como secretária, e encontra nisso impedimentos, julgamentos e barreiras.

O mundo em que os Crawley vivem vai se tornando muito diferente daquele no qual eles nasceram, e por mais que você ache isso natural, com certeza não o era na Inglaterra conservadora dessas tantas décadas atrás. Pelo contrário: por lá, o novo choca, assusta, cria obstáculos, incomoda. Soa desrespeitoso, vulgar e ineficiente. Mas, pra elas, isso é mais fácil de ser percebido. Muito em conta da condição inferior em que são postas nessa realidade.

Com a complexidade dos personagens sendo explorada mais do que a aparência estética da obra (que, em uma fotografia deslumbrante, fascina o espectador), a série foge ao que poderia ser retratado como maniqueísta e assume o trabalho de humanizar as figuras daquele tempo, em nos mostrar o que viam os ingleses enquanto os norte-americanos dançavam seu jazz em foxtrot.

Presos à elegância, descrição e frieza do cinza das vestimentas, os protagonistas da transição da Belle Époque para a 1ª Guerra precisam enfrentar mais do que o drama de seus heróis de batalha. Precisam lidar com a chegada da tecnologia, da eletricidade, da medicina e sua roupagem modernizada. E o fazem a penosas custas, tendo que conviver com a necessidade da honra e da lealdade que têm por atribuição mascarar suas humanas – e tão inaceitáveis – falhas morais.

downtown abbey (3)

Downton Abbey paga seu custo de 1 milhão de libras por episódio (a contar a locação do Highclere Castle, em Hampshire, usado nas filmagens exteriores da série e na maior parte das interiores), ao entregar ao público um programa que tinha tudo pra ser um novelão quadrado, mas que se fez original, sarcástico e de cunho histórico.

Violet Crawley

Sempre achei Maggie Smith sensacional, mas como a condessa Violet Crawley, essa mulher se tornou pra mim um monstro da dramaturgia. Não são apenas os bordões escritos a ela com maestria, mas a condução fria que ela consegue fazer de uma personagem que tinha tudo pra ser detestada pelo público, mas se torna a mais apaixonante do elenco.

É em grande parte responsabilidade de Lady Violet – que tem asco a forma de vida dos norte-americanos –, que a série consiga abordar temas batidos, como o preconceito, a diferença entre classes e a supervalorização das aparências sem se tornar cansativa e clichê. E eu poderia divagar por horas a respeito dela, mas você já é um herói por ter chegado até aqui.

Agora, enquanto baixa seu primeiro EP, fique com a sagacidade das sentenças de Lady Violet Crawley ;).

Cora: podemos enviá-la para conhecer Nova York.

Lady Violet: Nós não estamos tão desesperadas assim.

___

Lady Violet: No que estou sentada?

Matthew: cadeira giratória. Inventada por Thomas Jefferson.

Lady Violet: Por que todo dia envolve uma briga com um americano?

__

Sra. Crawley: Vou tomar isso como um elogio.

Lady Violet: Oh, então eu devo ter dito da forma errada.

__

“Eu sou uma mulher, Mary. Eu posso ser tão contraditória quanto quiser.”

“Não seja derrotista, querida. É muito classe média.”

[sobre o telefone]: “Isto é um instrumento de comunicação ou de tortura?”

downtown abbey (1)

Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

Banheiro público em Londres é transformado em um café

banheiro publico londres the attendant

Um elegantíssimo café ao estilo vitoriano nasceu em Fitzrovia, área central de Londres, em fevereiro deste ano. O The Attendant é um local subterrâneo que oferece cafés, tortas, sanduíches, sobremesas e outras iguarias. Mas a curiosidade aqui é outra. O local não foi construído do zero, é uma restauração de um antigo banheiro público.

Em 1890 foi construído na Fooley Street um banheiro subterrâneo público masculino, bem no meio da calçada. O banheiro permaneceu ativo até a década de 1960, quando fechou as portas e ficou em desuso por mais de 50 anos. Quando o local foi reaberto não foi para ser um banheiro público novamente, mas para ser o café The Attendant.

O sensacional aqui é a restauração. É fascinante quando arquitetos encontram soluções para construções sem ter que necessariamente demolir a história e partir do zero. Em Londres, particularmente, há muito disso, este não é o único caso. Há alguns anos, espaços públicos abandonados foram vendidos para empresas privadas. Já falamos aqui de um outro banheiro público londrino que foi restaurado – na ocasião tornou-se uma casa de luxo.

Após dois anos de planejamento e restauração, o Attendant foi transformado em um local inteiramente novo, com uma pequena cozinha e espaço para encontros e reuniões. Parte da porcelana dos mictórios originais foram completamente restaurados e acompanham assentos da cor verde, tudo para combinar com o piso vitoriano original. Confira abaixo o antes e o depois:

Antes:

Depois:

attendant banheiro público café londres restaurado (4) attendant banheiro público café londres restaurado (9)attendant banheiro público café londres restaurado (3) attendant banheiro público café londres restaurado (8) attendant banheiro público café londres restaurado (7) attendant banheiro público café londres restaurado (5)

Fonte: Pinterest, 22 Words e The Attendant


Gostou? Se você curte arquitetura, não deixe de curtir a página do Casa e Arquitetura no Facebook e no Instagram! Siga lá para acompanhar todas as novas postagens semanais do blog e todas as dicas sobre a área 🙂 


Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

Jake Bugg: What Doesn’t Kill You

Depois de um elogiado álbum de estreia, o cantor britânico Jake Bugg anunciou um novo single. What Doesn’t Kill you é a primeira música divulgada do próximo álbum, Shangri La, que será lançado em 18 de novembro.

Em nova fase, Jake Bugg trabalhou com o produtor musical Rick Rubin. É notável a diferença de sonoridade já neste primeiro single. Muito mais elétrico e enérgico do que as canções do disco de estreia.

O álbum foi gravado ao vivo no Shangri La Studio, em Malibu, e tem a participação de Jason Lader (Mars Volta) no baixo, Matt Sweeney na guitarra e Pete Thomas (The Attractions) na bateria. Confira abaixo o clipe de What Doesn’t Kill You, dirigido por Andrew Douglas.

Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

Gogol Bordello em Porto Alegre. A maior festa punk cigana da história do Rio Grande do Sul.

“Putaquepariu!” Gritou Eugene Hütz, líder do Gogol Bordello, ao perceber a empolgação do público com a apresentação da banda. Não foi por menos, o Opinião sediou na noite de 23 de setembro de 2013 a maior festa punk cigana da história do Rio Grande do Sul.

Poucas pessoas e atrações conseguem animar uma segunda-feira fria e chuvosa neste mundo. E neste seleto grupo está o Gogol Bordello. A banda mais cosmopolita do planeta tem uma identificação bem grande com o Brasil, muito em virtude do ucraniano Eugene já ter morado durante um tempo no Rio de Janeiro. No último álbum, a referência ao país está em MalandrinoEm entrevista ao The Lab Magazine, Eugene explicou que logo que chegou ao Rio as pessoas o chamavam muito de malandro. Na mesma entrevista ele fala sobre seu desapego geográfico:

I don’t really crave anything geographically. Lots of places are great to be in. Sure, I was nuts about Brazil, but I think I feel most at home in New York, ’cause no matter where I live I will never become Brazilian or Colombian, or Ukrainian either. And New York really is not asking for any identity. You are a New Yorker; that’s enough identity.

Gogol Bordello Opinião Porto Alegre La Parola (2)
And you know that I’ll pick up
Every time you call
Just to thank you one more time
Alcohol

O Gogol Bordello desceu o país após uma apresentação no Rock in Rio, ao lado de Lenine. No ano passado, a banda já havia passado por São Paulo, durante o o Lollapalooza. Mas em Porto Alegre foi a primeira vez. E por isso que a segunda-feira fria e chuvosa não assustou ninguém. Um bom público compareceu e viu o Gogol Bordello subir ao palco por volta das 9 horas da noite e começar a festa com Ultimate, faixa de abertura de Super Taranta! (2007), o favorito de muitos fãs. Na sequência emendou duas antigueiras, Sally e Not a Crime!, de Gypsy Punks: Underdog World Strike (2005), antes de voltar ao Super Taranta! com Wonderlust King.

A banda não veio apenas para divulgar o último álbum. O repertório misturou músicas novas e músicas do começo da carreira da banda. De Pura Vida Conspiracy, o Gogol tocou as confirmadas The Other Side of Rainbown, Dig Deep Enough, Malandrino e Lost Innocent World – esta última a primeira música do bis.

Eugene fala português e sabe o momento certo de dizer putaquepariu. Isso foi na metade do show, provavelmente depois da pedrada Break The Spell, que todo mundo cantou junto. Mais adiante, depois das recentes Sun is on my side, Pala Tute e Malandrino, a banda tocou Start Wearing Purple e Sacred Darling, duas músicas de Voi-La Intruder, primeiro álbum do Gogol Bordello, lançado em 1999.

Quinze músicas depois do começo do show, a banda foi embora, mas certamente voltaria para o bis. E já voltou com Lost Innocent World, uma das melhores músicas de Pura Vida Conspiracy. Para finalizar a banda apresentou canções antigas. Terminou o bis com Think Locally Fuck Globally, Alcohol, Jealous Sister e Baro Foro. Se faltou alguma música no repertório? Óbvio, sempre faltará, a não ser que a banda faça um show de quatro horas.

O Gogol Bordello passa por Curitiba e São Paulo antes de cada um voltar para o seu canto (Ucrânia, Rússia, Estados Unidos, Etiópia, China, Bielorrúsia e Equador), que não são necessariamente seus países natais, já que não existe apego geográfico por nenhum integrante da banda. O intervalo, porém, será curto. Em pouco menos de duas semanas a banda já se reagrupará para excursionar pelos Estados Unidos em outubro e Europa em novembro e dezembro.

gogol bordello set list opinião porto alegre
Nosso brother Gustavo Serrano ganhou um prêmio.

Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

30 Fotografias da Década de 1930

Fotografias antigas sempre carregam nostalgia e história. Nesta lista, algumas são famosas e mostram tragédias e acontecimentos marcantes. Outras apenas refletem o cotidiano da década. Abaixo, uma seleção de 30 imagens da década de 1930. Os critérios escolhidos foram livres, não são as melhores nem as piores fotos. Tão pouco são as mais famosas ou as mais raras, são apenas fotos de oito décadas atrás que merecem ser apreciadas.

Clique no canto superior direito para visualizar a galeria em tela cheia.

 

Fonte das imagens: TopDesignMag, World’s Famous Photos e Google.

Siga La Parola:

http://facebook.com/LaParolaOnline
http://twitter.com/LaParolaOnline

Últimos posts