Guilherme Espir

Guilherme Espir
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Publicitário em formação, zappamaníaco e escritor de fundo de quintal fissurado em música tal qual um viciado à espera da próxima dose, neste caso aguardando em abstinência para o próximo disco.
Em 'Maggot Brain', diz a lenda que George Clinton estava sob efeito de ácido, trancou Eddie Hazel em alguma sala de estúdio e disse para o americano tocar como se sua mãe tivesse acabado de morrer, descobrindo logo depois que era mentira. Com toda essa trama em mente, o líder P-Funk colocou Eddie no centro da sala e o cercou de caixas, e quando você escuta o ninar de sua Gibson não parece que a mãe do guitarrista morreu, e sim a sua. É a libertação com um sentimento de paz após segundos de tormenta.
Pedro Pastoriz deve se orgulhar de sua façanha, pois ''1'', debutante solo do membro do Mustache e os Apaches, é um retrato puro, genuíno e sem frescuras sobre a essência da música.
"Live +" é um álbum excelente, mantém a escrita de que nada que sai com o nome deste cara é ruim e solta umas faixas de estúdio pra tirar os fãs do marasmo e preparar um petardo para um futuro próximo. O cara é completamente imprevisível!
Quem esteve presente no Citibank Hall no dia 11/07 conseguiu captar esse combo de sentimentos quando o Nação Zumbi fez a dobradinha com o Raimundos. Foi interessantíssimo ver duas bandas da mesma cena, com sonoridades tão diferentes, amigos de music business, trabalhando e levando tribos tão diversas para o mesmo pico.
A música surpreende, e depois disso, é praticamente automático notar que Kamasi é o senhor de seu próprio tempo, feeling, Jazz e saxofone.
Em "Water For Your Soul", Joss Stone evidencia novas facetas, só que o faz com delicadeza. O disco justifica a demora, nota-se o esmero na instrumentação e todos os pequenos detalhes que enriquecem o background sonoro, mas a cereja do bolo continua sendo sua bela voz, elemento que está no topo de seu jogo.
Comece a se aprofundar nas camadas de Keith, cara. Veja que existe ali uma ciência. O menino de sobrenome Richards criou riffs que 40 anos depois ainda perduram em zilhões de ouvidos ao redor do mundo.
Primeiro o Jazz de Tina Still se fez presente com requintes de power trio. Depois, o blues de République du Salém & Marc Ford, ex Black Crowes, cheios de classe e muito blues, muita história, significado e mais tributo aos mestres. Foi bonito, deu orgulho.
Este jovem músico, de apenas 25 anos, estreou com tudo. "Coming Home" é um excelente passeio sereno pela história e evolução deste sentimento chamado de "soul". Um disco grandioso!
Janis é um exemplo de groove que teve vida curta, mas capta o néctar mais puro e concentrado de cada estilo que mesclava. Ela é um eterno fluxo de clássicos, uma alma que se não tivesse passado por nossa história tiraria a paixão de tudo que conhecemos.