A luta contra o machismo e a favor da igualdade de gênero ganha força e espaço a cada dia. Em seu famoso e inspirador discurso no ano de 2014, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), a atriz Emma Watson, conhecida por interpretar a personagem Hermione Granger nos oito filmes da saga Harry Potter, relembrou que a definição de feminismo é “a crença de que homens e mulheres devem ter direitos e oportunidades iguais. É a teoria da igual liberdade política, econômica e social dos sexos”.
Ela ainda fez um apelo para que a igualdade de gênero também tenha a participação dos homens. Na cerimônia do Oscar 2018, a atriz Frances McDormand recebeu a estatueta de melhor atriz por sua atuação no filme Três Anúncios para Um Crime e pediu que todas as mulheres indicadas em alguma categoria da premiação ficassem de pé para receberem aplausos.
Depois das palmas calorosas, ela encorajou e pediu mais espaços para mulheres no mercado. Esse movimento contra o machismo está se refletindo na mudança de posicionamento de diversas marcas e isso inclui a indústria cinematográfica.
De acordo com Matheus Romero, um dos responsáveis pelo site universodeles.com.br, é de fundamental importância que empresas se posicionem pela igualdade de gênero, não só deixando de reproduzir discursos e ações machistas, mas também se posicionando contra esses comportamentos.
Mas nem sempre foi assim, veja a lista que separamos com cenas machistas que não teriam lugar no cinema em 2019.
Clássicos românticos (e machistas)

O clássico Ela é Demais é um dos exemplos de comédias românticas que fez muita gente suspirar, mas conta com uma premissa bem errada. Nele, a protagonista, Laney, precisa passar por uma mudança radical no seu estilo para conquistar o cara mais popular da escola, reduzindo o sucesso do relacionamento à aparência da mulher.
Já em outro filme, chamado “Como perder um homem em 10 dias”, a personagem de Kate Hudson abusa de estereótipos considerados “femininos” para ver até onde bonitão interpretado por Matthew McConaughey aguenta. E não para por aí: esse “teste” é feito para que ela, uma jornalista, prove sua capacidade de escrever sobre assuntos mais sérios como economia e política.
O machismo não veste Prada
Em alguns outros filmes o machismo ainda é visto de forma mais sutil, como em o Diabo Veste Prada.
Além de toda a discussão sobre os padrões de beleza imposto pela indústria da moda e retratado no filme, a personagem Andy, interpretada por Anne Hathaway, precisa lidar com o ciúme e indignação do namorado Nate que, além de não comemorar suas conquistas profissionais, acha que ela trabalha demais e a culpa por isso.
Machismo nas animações
Daria para fazer um artigo específico só sobre cenas machistas nos clássicos da animação, mas um dos mais caricatos é Cinderela (1950).
Ela é obrigada a trabalhar para a madrasta e para as irmãs, passa por uma transformação para ser aceita socialmente e ainda só pode ser “feliz para sempre” se encontrar o príncipe encantado.
Em Toy Story (1994), as personagens femininas são as vítimas a serem resgatadas e não heroínas. Valente mandou lembranças!
Cultura do estupro
Em Os Embalos de Sábado à Noite (1977), o musical feliz ameniza que a personagem de Annette, em claro estado de embriaguez, é abusada no banco traseiro do carro pelos amigos do protagonista John Travolta que parece não se importar. Depois do ato, ela ainda é questionada se não é uma prostituta.
Felizmente o cinema evoluiu e continua evoluindo a cada dia, não é mesmo? E você, lembra de algum filme com uma cena machista que tenha lhe marcado? Compartilha com a gente nos comentários!