O fascínio do público pelas histórias de zumbis e as múltiplas teorias sobre sua existência e comportamento têm sido comumente creditadas ao filme A Noite dos Mortos-Vivos, filme de 1968 do cineasta George Romero.

No entanto, aquela não foi a primeira ocasião que os zumbis atacaram as telas dos cinemas. 36 anos antes disso, um zumbi já havia aparecido nos filmes. 

Zumbis além de George Romero

Em 1932, e após o aparecimento dos filmes de Frankenstein e Drácula nos cinemas dos Estados Unidos, o cineasta Victor Halperin apresentou seu filme White Zombie, no qual ele relatou algumas das crenças haitianas sobre os mortos-vivos, detalhando sua origem e comportamento entre a vida e a morte.

White Zombie (1932)

Quatro anos depois, Halperin lançou Revolt of the Zombies e criou o contexto dos ataques de hordas de zumbis. Essa ideia fascinante acendeu como o fogo a imaginação de escritores e cineastas que levaram suas ideias para os cinemas, e colocaram os zumbis no foco da cultura popular.

Filmes como A Noite dos Mortos Vivos (George Romero, 1968), Madrugada dos Mortos (Zack Snyder, 2004), ou Zumbilândia (Ruben Fleischer, 2009), são exibidos pela revista Rolling Stone entre os 10 melhores filmes de zumbis que existem até agora, no entanto, os mortos-vivos já também tomaram o mundo digital.

a noite dos mortos vivos
A noite dos mortos vivos (1968)
Zumbilândia (2009)

Com o sucesso de grandes séries de televisão como The Walking Dead, da cadeia americana AMC, surgiu uma nova horda de referências a cenários pós-apocalípticos em filmes e séries criadas para plataformas digitais como Netflix ou YouTube.

Um exemplo disso acontece atualmente no Brasil com a websérie Nerd of the Dead, que se concentra no lado cômico de um apocalipse zumbi, onde os protagonistas são um par de nerds que amam o universo dos mortos-vivos e quando se encontram no final do mundo com a oportunidade de matar zumbis com total liberdade, seus sonhos se tornam realidade.

Os zumbis na cultura popular

Enquanto os zumbis saíram dos filmes para se aproveitar também da web, este fascinante mundo apocalíptico já deu o salto para várias plataformas, incluindo livros de colorir na versão zumbi, onde a ideia é preencher ilustrações coloridas referentes ao fim do mundo.

Outra plataforma tomada pelos zumbis vá e até o mesmo mundo do entretenimento digital, onde referências ao apocalipse zumbi aparecem em plataformas como Betway Casino e sua máquina caça-níqueis Lost Vegas, onde os zumbis tomam a bem conhecida Sin City nas ilustrações e sons deste empolgante jogo. Outro exemplo neste contexto do entretenimento, os zumbis e o mundo dos jogos de casino, são as cartas zumbis do baralho de cartas Póstumo, onde as ilustrações usam mortos-vivos com cérebros, pás, bastões de beisebol e corações, para dar vida a outra das fontes de entretenimento mais clássicas que existem.

Os videogames são outra plataforma em que os zumbis foram retratados em repetidas ocasiões e funcionaram como ferramenta para que eles ganharam mais seguidores dentro da cultura popular. Neste cenário, jogos como The Walking Dead, da desenvolvedora Telltale, Resident Evil, da Capcom, ou Dying Light, da Techland, são apresentados pelo site IGN entre os melhores games de zumbis de todos os tempos, desde que eles refletem efetivamente a ação, o terror e até o humor que um apocalipse zumbi poderia ter, caso ele acontecer na realidade.

Resident Evil: Revelations (2012)

Os zumbis realmente existem?

A partir de que os mortos-vivos vieram para a cultura popular nas mãos do cineasta estadunidense Victor Halperin, o fascínio sobre a possibilidade de que um apocalipse zumbi realmente pudesse acontecer tem crescido consideravelmente.

A partir dessa ideia sobre a possível existência desses seres humanóides, têm aparecido várias teorias sobre a origem dos zumbis, conforme relatado no site de notícias BBC, criando conexões com antigas crenças africanas, bem assim como o uso das palavras “nd zumbi” e “nzambi“, dentro de algumas línguas da África Ocidental para descrever um cadáver e o espírito de uma pessoa morta, respectivamente.

Além disso, antropólogos e estudiosos do tema zumbi, como a autora americana Zora Neale Hurston, já fizeram a viagem para o Haiti com a finalidade de seguir o rastro dos mortos-vivos que inspiraram os filmes de Victor Halperin e mostrar ao mundo que os zumbis realmente existem.

The Walking Dead (2015)
The Walking Dead (2015)

No entanto, de acordo com o site Galileu, o Pentágono está preparado para um apocalipse zumbi, através do documento chamado “Conplan 8888“, onde a agência de segurança militar dos Estados Unidos detalha as medidas a serem tomadas ante o evento do repentino aparecimento de hordas de humanóides comedores de carne humana. Entre elas, destaca-se o uso de todo o arsenal disponível do exército e a declaração da lei marcial no país, com a finalidade de evitar a extensão da infecção e sob o prefácio de que esse plano não foi criado como uma brincadeira.

Muito tem sido especulado sobre os fatores que poderiam permitir a existência de zumbis na vida real, no entanto, a ideia de que eles apareçam e de como sobreviver a um apocalipse zumbi já invadiu a imaginação de milhões de pessoas com o passar dos anos, transformando os mortos-vivos em um dos principais representantes da cultura popular.