(Wolverine e) os ‘demonhos’

wolverine2

– Qual parece ser o problema?

Wolverine #2 (2010), de Jason Aaron e Renato Guedes

Qual o problema? Quer dizer… Além do filho do próprio Satã e de DOIS espíritos da vingança com crânios flamejantes? Que tal o mutante mais perigoso (e indestrutível) do mundo – pra quem não entendeu, refiro-me ao “melhor naquilo que faz”, o velho canadense, o Caolho, Arma X, Logan, James Howlett, Wolverine, como queiram – com sua alma presa no inferno e seu corpo dominado por forças demoníacas? Bom, acho que isso justifica a presença de Daimon Hellstrom (o tal filho do cramulhão) e dos Motoqueiros Fantasmas, que, apesar das aparências e origens infernais, são heróis – pra alguns pelo menos (não tenho certeza se super-heróis bons moços como o Capitão América concordariam com isso).

(Não que isso interesse a alguém, mas essa página desenhada por Renato Guedes, arte-finalizada por José Wilson Magalhães e colorida por Matt Wilson é o wallpaper do meu tablet porque ela é UHULZ MASSA VÉIO e crânios flamejantes são legais e eu quis compartilhá-la por aqui).

fragmentos9 – Fragmentos de genialidade (ou infâmia) da nona arte. Um quadrinho (ou sequência) de cada vez. Seleção arbitrária por nosso comitê (de uma só pessoa). Para mais, visite o tumblelog.

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A carta – 512 anos depois…

A comunidade Guarani-Kaiowá é formada por 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças

Você sabia que uma comunidade inteira de índios anunciou suicídio coletivo perante o governo brasileiro na última semana? Se não sabia, você provavelmente é uma daquelas muitas pessoas que assiste ao noticiário na televisão, lê um jornal de grande circulação todos os dias e acredita estar informado sobre o que acontece nesse país.

Este texto a seguir é a carta oficial enviada pela comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay do município de Iguatemi, Mato Grosso do Sul, para o Governo e a Justiça Federal:

Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS.

 Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.

 Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.

Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.

 Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.

Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.

 

Atenciosamente, Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay

 

 

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Ataíde, Seu Famoso

Ataíde é várias coisas. A cada nova tira recebe um subtítulo diferente que resume o comportamento, na maioria das vezes, debilóide do personagem. Criado pelo ilustrador Josemi Bezerra, em 2007, Ataíde já protagonizou mais de cem histórias. O personagem apareceu pela primeira vez na coluna adolescendo.com, parte da publicação de um encarte semanal de humor editado por André Macedo, no Diário Popular. Pouco tempo depois, Ataíde se tornou presença assídua no blog Caixa Pretta, após despertar interesse do próprio blogueiro, Guilherme Lautenschlager.

Josemi Bezerra também trabalha com design e animações. Participou da animação nacional As Aventuras do Avião Vermelho, adaptação de um livro homônimo de Érico Veríssimo. No começo do ano, quando conheci Josemi, pedi que ele fizesse um desenho personalizado que seria usado para uma tatuagem. A ilustração foi feita de forma mais instantânea do que eu esperei. Juro por mim mesmo que quando este trabalho no La Parola começar a dar dinheiro eu gravo o desenho em meu braço. Só estou falando isso pois ao contrário do Ataíde, o desenho é lindo.

Abaixo transcrevo pela primeira vez na história deste site uma entrevista com um personagem fictício. Falei por e-mail com o Ataíde, que mostrou ter várias qualidades dignas de um imbecil. Leia a entrevista e veja como o Ataíde não é uma ótima companhia para seus filhos.

 

Ataíde, tu usa drogas?
Não, só planta. Minha vó disse que planta não é droga. Chá também não.

Ataíde, quantas mulheres tu já dividiu com o Anacleto?
Uma vez a gente tentou dividir uma, mas não rolou porque eu ficava rindo da bunda dele. Então teve que ser uma vez pra cada um…

E com a tua namorada bissexual?
Putz! Nenhuma. Ela só ficava comigo pra eu não chegar perto das parceiras dela.

Ataíde, teu criador já te deu uma centena de adjetivos. Tu se considera?
a) Bipolar / b) Metamorfose Ambulante / c) Um ator / d) Escravo de uma mente doida / e) Um zero à esquerda
Eu tô estudando isso. Adjetivo é a ação que vem depois do sujeito né?

Você teve uma experiência com um travesti. Foi o homem mais bonito que tu já pegou?
Quem te contou isso?! Esses cuzu tem inveja da minha pessoa e ficam inventando esses negócio.

Verdade que tu só tem um fusca por causa do capô?
O fusca é do meu vô… o que tem de mais no capô?

Digita capô de fusca no google e veja. Tu te deu bem com teus ex-sogros? Teve algum que te aturou?
Só conheci dois, e só um ficou sabendo que eu tava pegando a filha dele. O filho da puta espalhou pra todo mundo.

Por quanto tempo tu ficou procurando o bebê que tua namorada perdeu?
Eu não gosto de falar nesse assunto, ainda sou muito criticado por isso, mas eu sei que se eu achar a história muda de figura.

Tá empregado hoje ou continua mamando?
Como assim? Minha mãe faz comida pra mim, eu não mamo mais desde os doze. Isso é sério meu?!

Nada é sério aqui. Ataíde, o que tu vai ser quando crescer?
Rico.

E quando tu apareceu no Jornal do Almoço? Por que não deu em cima da Rosane?
Sou mais a Ranzolin.

Qual é o professor que tu mais odeia e por que?
O Luiz Claudio que me dá aula desde que eu passei pra quinta. Tem dez anos que esse juca bala tá de implicância comigo.

Quando tu pretende sair da escola?
Logo depois do recreio, ou antes, se eu pudesse nem ia… Mas pra que tu quer saber a hora que eu saio, maluco?

Porque eu tenho filhas. Quantas vezes tu pegou Aids?
Bah! Uma vez, foi foda. De lá pra cá eu sempre uso camisinha.

E esses dentes aí? Nunca pensou em usar aparelho?
Invejoso do cacete. Todo mundo adora o meu sorriso… Bah como gostam de cuidar da vida do cara. Manda uma cesta básica lá pra casa. Ou tu quer ficar com a minha conta de luz?!

Ok, teu sorriso é lindo então (só que não). Qual tipo de música tu prefere ouvir quando tá com uma mina?
a) Forró sacana / b) Trash metal universitário / c) Tecnobrega / d) Punk pirulito / e) Frank Sinatra
Eu gosto de ouvir Frankito Lopes, o índio apaixonado, mas já ta ficando mainstream…

Para finalizar, um recado para os fãs da Xuxa.
Cês são muito looser! A Mara Maravilha sempre foi mais gostosa. Melhor agora que virou crente.

 

Bônus: Mais algumas tiras selecionadas do Ataíde. Para ver mais vá em http://josemidesenhos.blogspot.com.br/.

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Crimes Temporais (2007)

Maravilhoso filme de viagem no tempo do diretor espanhol Nacho Vigalondo, Crimes Temporais é uma ficção científica de baixo orçamento, ou seja, o interesse do filme está focado na história e não nos efeitos especiais. Eu, como fã assumido de histórias de viagens no tempo, posso afirmar que esse filme é um dos melhores do gênero que já vi, trabalhando magistralmente o conceito de tentar mudar o passado, e acabando por piorá-lo a cada tentativa.

Héctor (Karra Elejalde) presencia um assassinato sentado em sua casa, ao ir investigar o que ocorreu, acaba entrando acidentalmente em uma máquina do tempo que o faz voltar uma hora antes. Ao voltar Héctor acaba encontrando a si mesmo, e acaba gerando uma cadeia de eventos e consequências que não consegue controlar. Hector então tenta voltar no tempo novamente para consertar a situação, mas acaba piorando-a.

Título Original: Los Cronocrímenes
Diretor: Nacho Vigalondo

Trailer:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=vmi3OY7cQfA]

 

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Raskols: Os Gangsters de Papua-Nova Guiné

Eles não são elegantes. Não posam para fotos ostentando classe, ternos italianos, chapéus e charutos. Eles são de Papua-Nova Guiné e são feios, debilitados e sujos. Alguns até são menores de idade, mas mesmo assim, são chamados de gangsters.

Quando se pesquisa sobre a ilha no google, os resultados são basicamente: praias, montanhas, vulcão, florestas e aborígenes. O ensaio fotográfico do australiano Stephen Dupont não mostra nada disso. Aqui, o lado mais oculto de Papua Nova-Guiné é posto em primeiro plano.

Assim como o Brasil, um “país tropical” e “bonito por natureza”, possui um lado que o mundo não vê, o da criminalidade. A maior ilha tropical do planeta é caracterizada historicamente pelo seu alto índice de desemprego, pífia escolaridade, corrupção generalizada e intensos conflitos étnicos, protagonizados pela gangue denominada Raskols, comerciantes de drogas e armas, além de disseminadores da violência.

Stephen Dupont é um macaco velho das zonas de conflito. Como fotojornalista cobriu conflitos em Angola, Afeganistão, Somália, Ruanda e Timor Leste. Durante 8 anos Dupont visitou Papua-Nova Guiné para estudar e documentar as terras sem lei do país, dominadas pelos Raskols. Em 2004, conheceu Alan Omara, o então líder dos Raskols. De alguma maneira que só os fotojornalistas conseguem, ficou próximo do líder do grupo, que aceitou que sua gangue fosse fotografada por Dupont.

Oito anos mais tarde foi lançado o livro sobre a história. Raskols: The Gangs of Papua New Guinea (sem edição brasileira), foi publicado em outubro deste ano. Os retratos foram feitos com uma câmera Polaroid em filmes Polaroid 665, nada digital. A intenção é chegar próximo ao estilo das fotos de criminosos procurados no Velho Oeste, ainda na época do daguerreótipo, há mais de um século atrás.

Antes do lançamento do livro, em 2011, Dupont teria voltado ao país para procurar os antigos Raskols. O que Dupont encontrou foi dois diferentes finais. Uma parcela já não estavam mais no crime ou com as gangues, estavam trabalhando, geralmente, como seguranças ou pedreiros. A outra teve um final trágico e mais condizente com o mundo do crime. Alguns foram assassinados, outros foram abatidos por graves doenças e outros estão encarcerados na prisão.

Raskols: The Gangs of Papua New-Guinea é um lançamento da powerHouse Book.

Stephen Dupont
Ako
Stephen Dupont
Allan “The General” Omara
Stephen Dupont
Andy Kei Ook
Stephen Dupont
Biliso
Stephen Dupont
Eddie
Stephen Dupont
Edward
Stephen Dupont
Fatman
Stephen Dupont
Gaitzman
Stephen Dupont
Ivini
Stephen Dupont
Larry Joe
Stephen Dupont
Lukas Mania
Stephen Dupont
Omsy
Stephen Dupont
Mogii
Stephen Dupont
Samson Maipe
Stephen Dupont
Shookman

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A Bicicleta de Papelão

Foto: Baz Ratner / Reuteurs

Izhar Gafni é um engenheiro israelita que trabalha com design industrial. Este ano finalizou um projeto que diziam até então ser impossível. Construiu uma bicicleta feita de papelão, e que funciona. Izhar explica no vídeo (logo mais abaixo) que teve a ideia após ter tomado conhecimento de um homem que construiu uma canoa com papelão. A partir daquele momento, a engenhosidade não saiu da cabeça de Izhar, que decidiu tentar fazer o mesmo com uma bicicleta. Andar de bicicleta já era o que Izhar fazia em seu tempo livre. “Está em minha alma”, diz no vídeo.

Tudo o que Izhar aprendeu na vida foi utilizado para a fabricação da bicicleta. Utilizando o mesmo princípio de manufatura dos origamis japoneses, Izhar desenvolveu técnicas de colagem, dobragem e revestimento para proporcionar rigidez e impermeabilização ao papelão. Três anos e seis protótipos desenvolvidos depois, a bicicleta de papelão foi finalizada.

cardboard

Feito com materiais facilmente recicláveis, o custo foi calculado entre 9 e 12 euros. A comercialização não está programada, porém também não está fora de questão, desde que de forma artesanal. Izhar não quer ver sua bicicleta feita em séries e com adesivos made in china. Se for para produzir, sua ideia é de que seja em fábricas locais, com poucos empregados. Izhar finaliza no vídeo: “É forte, durável e barato”. Esqueceu de falar que o design também é atrativo e aliado ao baixo preço tem grandes chances de se popularizar e deixá-lo rico.

Veja o vídeo:

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Adamson, Um Personagem Pré-Homer Simpson

Nada se cria tudo se copia. Talvez uma época fosse mais difícil devido à distância dos produtos culturais. O plágio nunca esteve tão presente em nossa vida quanto na era da internet, onde tudo é possível de ser encontrado e, consequentemente, copiado. Da mesma forma, é mais fácil encontrar as fontes que motivaram tal plágio/inspiração/referência/releitura. E foi assim que encontrei esse personagem, Adamson, possível inspiração para a criação de Homer Simpson.

Adamson foi criado pelo cartunista sueco Oscar Jacobsson (1889-1945), em 1920, para ser publicado na revista sueca de humor, Söndags-Nisse. Após a morte de Jacobsson, em 1945, Adamson continuou sendo desenhado e publicado pelo cartunista Dane Viggo Ludvigsen até 1964. Nos Estados Unidos, Adamson, com a alcunha de Silent Sam, ganhou histórias paralelas, desenhadas pelos cartunistas Henry Thol e Jeff Hayes.

Silent Sam de Jeff Hayes

Os personagens são distintos, de forma alguma Homer Simpson nasceu como uma cópia, mas a influência é visível. Quem costumava achar Matt Groening um gênio por ter criado um carismático personagem comilão, bêbado, irresponsável e, mesmo assim, pai de família, precisa dar um pouco do crédito de genialidade a Oscar Jacobsson (R.I.P.), pois consciente ou inconscientemente essa influência existiu.

Fálkinn, julho  de 1949
Adamson, publicado no jornal islandês Fálkinn em julho de 1949.

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Deuses e Monstros (1998)

deuses e monstros

Deuses e Monstros mostra os últimos dias da vida de James Whale (Ian McKellen), diretor do clássico Frankenstein de 1931. Após sofrer um derrame e descobrir que sua condição só vai piorar com o passar do tempo, o diretor passa a contar suas experiências de vida para o seu jardineiro Clayton Boone (Brendan Fraser), que começa a se tornar seu amigo e único confidente. Sentindo a morte se aproximar, James Whale começa a ser assombrado por memórias da Primeira Guerra Mundial, de seus horrores e de um amor perdido. A figura de Boone lhe lembra o monstro Frankestein, que um dia foi o ápice da sua carreira artística.

deuses e monstros

O filme do diretor Bill Condon (Kinsey: Vamos Falar de Sexo e Dreamgirls: Em Busca de Um Sonho) é recomendado pra pessoas que gostaram de O Crepúsculo do Deuses  e O Aviador. Os pontos fortes do filme estão na atuação impecável de Ian McKellen, e na antiga Hollywood mostrada no background da história com todos os seus defeitos e imperfeições, dando destaque as festas e orgias, dignas de Calígula, criadas pelo diretor George Cukor (E o Vento Levou).

Título Original:  Gods and Monsters
Diretor:  Bill Condon

Trailer:

I’m a stupid little bitch

Nossos pais nos ensinam, quando somos crianças, a não falar palavrões, a não brigar, a tratar os outros com respeito, entre outras boas maneiras. E nós acreditamos, pois eles são nossos pais e nós pensamos que o que eles nos ensinam é o certo, é como deve ser feito. As crianças acreditam cegamente em seus pais, pois ainda não sabem o que é certo e o que é errado, o que é verdadeiro e o que é falso. As crianças acreditam cegamente, pois são muito jovens para entender o que é a frustração, o que é ter dúvida sobre o que alguém está falando.

Essa prerrogativa, aliada à estatísticas de abuso às crianças foi determinante para a criação da campanha Children Believe What They Are Told (As Crianças Acreditam no que Dissemos), da The Irish Society for the Prevention of Cruelty to Children (Sociedade irlandesa de prevenção à crueldade contra as crianças), a ISPCC. As estatísticas mostram quem em 2011 foram feitos mais de 54 mil pedidos de ajuda ao serviço por crianças que foram mal tratadas por adultos.

Para chamar a atenção da população sobre um problema, nada melhor que uma ação chocante. Neste caso, um vídeo, que mostra uma garotinha falando sobre si mesma. A primeira frase já mostra o teor de ousadia da campanha: I’m a stupid little bitch (Eu sou uma vadiazinha estúpida). A campanha foi criada em maio pela agência Oglivy, de Dublin. Veja o vídeo e mais abaixo a tradução.

Eu sou uma vadiazinha estúpida
Eu deveria calar a boca quando me deixam sozinha à noite
Eu sou gorda, feia e inútil
Eu choro como um bebê quando sou estapeada
Eu sou uma companhia horrível
Eu não mereço ter nenhum amigo
Eu não faço nada certo

Eu não sou só uma vadiazinha estúpida. Eu não sou ninguém.

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Os Vídeos de Psychedelic Pill, de Neil Young & Crazy Horse

Neil Young e os comparsas lançaram um duplo. Depois do ótimo Americana,Neil Young & Crazy Horse gravaram 1 hora e 17 minutos de psicodelias e rock e fizeram Psychedelic Pill, um nome bem escolhido para o disco. Só a primeira música, Driftin’ Back tem 27 minutos de duração daquele rock’n’roll classudo e psicodélico. Antes do lançamento, Neil Young ja havia liberado 3 clipes de músicas presentes no disco, Ramada Inn (outra música gigante, de 16 minutos), Twisted Road e Walk Like a Giant (com uma versão diferente da anterior, dessa vez com 16 minutos). Após o lançamento do disco, vídeos de todas as outras músicas foram disponibilizados no youtube: She’s Always Dancing, Psychedelic Pill, Born in Ontario, Driftin’ Back, For The Love of a Man e a versão extendida de Walk Like a Giant.

Basicamente todos os vídeos são preenchidos com imagens antigas de viagens, bares, quartos de hotéis, filmes, animações caleidoscópicas, imagens dele mesmo e de outros artistas de sua geração. Veja abaixo todos os vídeos.

O disco está em pré-venda na Amazon, em formato de cd duplo ou vinil.

Walk Like a Giant

A música tem 16 minutos, mas no vídeo foi apresentada uma versão reduzida.

When I think about how good it feels
I wanna walk like a giant on the land

 

Ramada Inn

Every morning comes the sun
And it goes rising to the day
Holding onto what they’ve done

 

Twisted Road

Asking me, “How does it feel?”
First time I heard “Like a Rolling Stone”
I felt that magic and took it home

 

She’s Always Dancing

She’s always dancing
Now and forever
From palm to palm
From hand to hand
Floating in the air she looks to find him there

 

Psychedelic Pill

She loves to dance and she loves the action
Wherever the party goes
She’s lookin’ for a good time

 

Born in Otario

This old world has been good to me
So I try to give back and I want to be free
I was born in Ontario

 

Driftin’ Back

I’m driftin’ back
To when time was simple
Take me back
So sentimental

 

For The Love Of a Man

Old man look at my life
I’m a lot like you
I need someone to love me the whole day through
Ah, one look in my eyes and you can tell that’s true.

Walk Like a Giant (versão extendida)

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