A banda escocesa Belle and Sebastian lançou numa segunda-feira (19/01/15) seu nono álbum de estúdio. Girls In Peacetime Want To Dance chega cinco anos após Belle and Sebastian Write About Love, disco de 2010.
O álbum, produzido por Ben H. Allen III no Maze Studios, em Atlanta, e lançado pelo selo Matador Records, traz elementos de pop, funk, indie e disco. O resultado é melhor do que a mistura aparentemente sugere.
Girls in Peacetime Want To Dance está sendo anunciado desde o ano passado. O primeiro single e vídeo foi divulgado ainda em novembro. É da dançante The Party Line:
O disco está disponível em formatos digital, CD e vinil duplo. Também uma versão de luxo do álbum foi preparada. O box possui um pôster e quatro LP’s com faixas-bônus e mixagens alternativas. Está disponível para venda na Band Store, Matador Store, iTunes, Amazon e Google Play.
Track List:
1- Nobody’s Empire
2- Allie
3- The Party Line
4- The Power Of Three
5- The Cat With The Cream
6- Enter Sylvia Plath
7- The Everlasting Muse
8- Perfect Couples
9- Ever Had A Little Faith?
10- Play For Today
11- The Book of You
12- Today (This Army’s For Peace)
Christopher Lee foi um dos atores mais prolíficos da história do cinema. Ele é reconhecido especialmente por seus papéis de vilões, dentre os quais Saruman, Frankenstein, A Múmia, Conde Dooku, Francisco Scaramanga e Drácula.
Lee nasceu na Inglaterra em 1922, filho de Estelle di Sarzano (uma condessa italiana), e de Jeffrey Lee (um ex-coronel do exército britânico).
Seus pais se separaram quando ele tinha apenas seis anos de idade, o que provocou seu abandono precoce dos estudos. Começou a trabalhar muito cedo como única opção de vida. Seu primeiro emprego foi o de office boy.
Na fantástica trajetória de sua carreira, Lee adquiriu um vasto repertório de conquistas e habilidades. Atuou em mais de 250 filmes. Falava em sete línguas. Foi jogador acadêmico de hockey, squash, rugby e golf. Atuou como cantor de Metal e música clássica. Era especialista em literatura fantástica. Foi narrador e dublador de produções televisivas. Além de tudo isso, ele se tornou um verdadeiro herói da II Guerra Mundial.
Seus espetaculares feitos em vida – carreira militar, atuação no cinema e na música – serão relatados a seguir:
Guerra
No primeiro ano da II Guerra Mundial (1939), Lee morava na Finlândia. Ele atuou por lá como voluntário em um grupo de guerrilha inglês, embora apenas recebesse ordens secundárias de capitães que não lhe confiavam grandes responsabilidades.
Entediado, ele decidiu então voltar a seu país.
Em 1940, com 18 anos de idade, Lee se alistou na Força Aérea Britânica, onde trabalhou como oficial de inteligência em operações secretas contra a resistência nazista.
Em seguida, ele foi enviado ao norte da África como agente infiltrado da Long Range Desert Patrol, rede militar precursora da SAS (unidade de elite das forças especiais de guerra).
Tendo sobrevivido heroicamente em territórios hostis, Lee voltou à Inglaterra novamente para atingir o ápice de sua carreira militar: ele foi designado ao Executivo de Operações Especiais (mais conhecido como o grupo de guerra liderado por Winston Churchill). A missão deles era muito simples: “Pôr a Europa em chamas”.
Lee sempre foi elogiado por sua honra nos esforços militares. Mas, infelizmente, é bem comum que veteranos de guerra sofram de estresse pós-traumático, e Christopher Lee sofria. Ele nunca se sentiu confortável falando sobre suas experiências nos campos de batalha, justamente pelas cicatrizes psicológicas desses traumas que ofuscavam seu orgulho.
Em um raro depoimento sobre essa fase conturbada, o inglês afirmou:
“Quando você está envolvido em uma guerra vale aquele ditado de que, se o seu nome está escrito em uma bala, não há nada que você possa fazer. Eu realmente estive com muito medo em algumas ocasiões, e qualquer um que dissesse não estar com medo era um mentiroso. Durante a guerra você é ensinado a matar, e tem a benção das autoridades para fazer isso.”
Perguntado sobre como ele lidava com a questão da morte, Lee falou:
“Eu já vi tantos homens morrerem na minha frente que me tornei uma pessoa endurecida. Você vê o pior que um ser humano pode fazer ao outro; os resultados da tortura, mutilação; e alguém ser despedaçado por uma bomba: você acaba desenvolvendo uma espécie de ‘concha’. Mas você tinha que fazer isso, caso contrário, nunca teria vencido.”
Cinema
No ano de 1947, Lee assinou contrato com uma produtora de filmes interessada em suas habilidades como ator. A partir daí sua carreira deslanchou.
Ainda hoje Lee é considerado o “Eterno Drácula”, título que o consagrou. Essa consideração, no entanto, não o agrada. Numa entrevista dada antes da estreia mundial de A Sociedade do Anel (2001), ele respondeu ao repórter que tocou no assunto:
“Por que sempre temos que voltar ao Drácula? Não tem por quê!”
Realmente, não existem muitas razões para Lee ficar feliz por esse foco da mídia em um único personagem, levando em conta o seu imenso portfólio.
Lee participou de um dos filmes do 007, como Francisco Scaramanga em The Man With The Golden Gun. Esse papel não lhe foi dado por acaso, já que ele é primo de Ian Fleming, criador do personagem James Bond.
Sir Christopher Lee foi o Count de Rochefort em Os Três Mosqueteiros, representou a Múmia e o monstro de Frankenstein. Também atuou em Star Wars como Conde Dooku.
Ele é a única pessoa a ter feito o papel de Sherlock e Mycroft Holmes simultaneamente, e também representou Sir Henry Baskerville.
O inglês sempre será lembrado pela magnífica personificação do mago Saruman. Inclusive, ele é o único ator de O Senhor Dos Anéis a ter encontrado pessoalmente J.R.R. Tolkien, criador da obra.
Pelo fato de ter vivido a realidade da guerra, Lee aprendeu como ninguém a encenar um duelo: ele apareceu em cenas com lutas de espada mais do que qualquer outro ator na história do cinema.
Música
Seria de se imaginar que, como consequência de sete anos guerreando por sua nação (e tentando sobreviver nesse processo), Lee passaria a maior parte de seu tempo futuro retraído em memórias dolorosas. Mas não foi dessa forma. Em vez de minar, a guerra acabou aflorando seu intelecto e potencial criativo.
Logo após ter servido pela Inglaterra no front, Lee se inscreveu como membro oficial do Coral da Ópera de Estocolmo. Ele flertava com o universo da música clássica, pois havia aprendido tudo sobre isso com seus pais, os responsáveis diretos pela criação da primeira companhia de ópera (idos de 1850).
Dos profissionais de ópera que atuavam na Suécia, dizia-se que Lee era o cantor mais talentoso da época. Mas havia um problema: o salário era extremamente irrisório. Por insuficiência financeira, ele desanimou da perspectiva de cantar. Mesmo assim, ele continuou investindo em sua voz.
Como músico, Lee atingiu um marco histórico surpreendente: ser o vocalista mais velho da história a compor um álbum de Metal, com 92 anos de idade. Muito elogiado pela crítica especializada, ele diz:
“Associo Heavy Metal à fantasia por causa do tremendo poder que a música proporciona.”
Para comemorar seu 90º aniversário, ele performou a música ‘Let Legend Mark Me As The King’, uma co-criação com a banda Judas Priest.
O inglês também já cantou com os americanos do Manowar, e gravou algumas músicas com os italianos do Rhapsody Of Fire.
Christopher Lee foi um mestre da música clássica. No vídeo abaixo tem-se uma boa noção do alcance de seu timbre vocal:
Desde os primeiros suspiros do rock e do pop, no início dos anos 1960, a Grã-Bretanha é berço de diversos artistas desses gêneros musicais. O Lollapalooza Brasil 2015 mostra que o talento musical de ingleses, escoceses e galeses segue em alta. Vamos a um pequeno passeio pela “ala britânica” do festival.
Calvin Harris
O DJ e produtor escocês já lançou quatro álbuns e produziu músicas para diversos artistas. Colecionou vários prêmios na carreira, dentre eles o de melhor artista de música eletrônica segundo o MTV Europe Awards e o American Music Awards em 2014. Nove músicas de seu penúltimo disco, 18 Months (de 2012), entraram na parada de singles do Reino Unido, algo que nem Michael Jackson conseguiu. Quatro faixas do mais recente, Motion, também entraram. Sucesso é com ele.
Quando se apresenta: Domingo (29 de março)
Robert Plant
O inglês nascido em West Bromwich sempre foi acima de tudo um desbravador de fronteiras musicais. Amante do blues, do folk e do bluegrass, incorporou elementos musicais celtas, indianos, árabes e africanos em suas canções, desenvolvendo uma identidade musical fluida e inconfundível. Acompanhado da Sensational Space Shifters, Plant fará no Lollapalooza Brasil 2015 um show com canções de sua carreira solo e clássicos do Led Zeppelin, lendária banda da qual foi vocalista.
Quando se apresenta: Sábado (28 de março)
Kasabian
Formado na cidade inglesa de Leicester, em 2014 o quarteto lançou seu quinto álbum, 48:13, e venceu dois Q-Awards – “Best Live Act” e “Best Act In The World Today” – ratificando o fato de ser uma das bandas com melhor performance ao vivo no planeta. Não há dúvidas de que o show no Lollapalooza 2015 será simplesmente arrasador.
Quando se apresenta: Sábado (28 de março)
Bastille
O quarteto londrino fez sucesso tão rapidamente que às vezes nem parece que eles lançaram apenas um álbum de estúdio, o aclamado Bad Blood, de 2013. Além de hits como “Pompeii”, “Flaws” e “Overjoyed”, a banda é famosa pelo bom humor em suas apresentações e pelo curioso mashup “Of the night”, que mistura os clássicos dance “Rhythm is a Dancer” e “The Rhythm of the Night”.
Quando se apresenta: Sábado (28 de março)
alt-J
O segundo disco da banda, This Is All Yours, foi presença constante em listas dos melhores de 2014, dando sequência ao sucesso do álbum de estreia, An Awesome Wave, lançado em 2012. O trio é originário de Leeds, uma das cidades inglesas mais prolíficas no quesito bandas, de onde surgiram nomes como Gang of Four, Kaiser Chiefs e Sisters of Mercy.
Quando se apresenta: Sábado (28 de março)
Marina and The Diamonds
Nascida no País de Gales, Marina Diamandis é uma das artistas mais carismáticas e talentosas surgidas nos últimos anos e costuma se referir aos seus fãs como “diamantes” (diamonds). Seu terceiro disco, “Froot”, tem lançamento previsto para este ano e músicas novas como a faixa-título estarão no repertório do show, um dos mais aguardados do festival.
Quando se apresenta: Sábado (28 de março)
The Kooks
O quarteto inglês de Brighton passeia por vários gêneros, do rock ao pop, passando por reggae, ska e até funk e hip-hop. Com quatro discos lançados – o mais recente, Listen, em 2014 – Luke Pritchard & Cia devem ganhar ainda mais fãs em seu show no Lollapalooza Brasil 2015.
Quando se apresenta: Domingo (29 de março)
Rudimental
Formado em Hackney, na Grande Londres, a banda que une drum n’ bass, house liquid funk e soul lançou seu álbum de estreia, Home, em 2013 e ganhou vários elogios da crítica, além de uma indicação ao Mercury Prize. As músicas “Feel the Love” e “Waiting All Night” alcançaram o primeiro lugar na parada britânica.
A vida de conselheira é até agradável. Pra mim, que me encanto com as histórias de todo mundo, é um exercício confortante. Nos últimos dias ouvi de uma amiga um desabafo raivoso. Forte. Fui atenta a todas as palavras. Captei cada vírgula. Transformei sua história de amor pouco convidativa numa carta de desabafo.
“Essa carta é pra você que se foi, mas que não deveria ter vindo nunca. Você que poderia ter feito sorrisos, ao invés de lágrimas. Você que resolveu construir muralhas de concreto, sem pensar na dificuldade de derrubá-las. Essa carta é pra você que fez do coração dela, pedra. Que fez aço o que era doce e instável feito gelatina. Você que, com tantos anos nas mãos, preferiu deixar o legado do rancor no lugar de cravar um “valeu a pena” nas lembranças de um amor da juventude. Juventude que envelheceu.
A moça, que hoje narra tudo com indiferença, trouxe-te para os seus melhores dias. Pois é, isso é péssimo. Colocou-te ao lado de pessoas que não mereciam sequer ouvir teu nome mencionado. Transformou-te num passado que ela jamais gostaria de retornar, apenas aprender em cima dos erros, ultrapassar as barreiras que ela mesma construiu. E você, pouco a pouco, sem sequer se fazer presente, foi desmoronando todo o interior dela como uma fileira de peças de dominó. Você deixou sua marca de menino que não se nomeia homem em uma pessoa que não merecia nem a sua mentira mais sincera.
Essa carta é pra você que a roubou a capacidade de confiar nos próximos. É pra você me encravou a desconfiança, a infelicidade e essa nova criatura deplorável que se deixa levar pelas marcas de um passado que não vale a pena ser lembrado, imagine escrito. Essa carta é pra você que nunca lerá e que nunca saberá o mal que disseminou na vida de moça que tanto acredita no amor e que tanto se entristece com ele, por ela mesma. Aliás, por você. Essa carta está sendo escrita pra você que a tornou a frieza em forma humana e colocou-a em posição eterna de contra-ataque.
Você não sabe, mas fez a menina nunca doce, ser ainda mais amarga. Se antes ela chorava por acreditar tanto, hoje chora pela descrença humana. Não superou. E parece que nunca vai. A moça que em nenhuma hipótese largou a pior lembrança do passado, veste-se hoje em capa invisível, se protegendo das palavras caluniosas que ela mesma denominou assim. Enquanto o outro deita pra dormir em paz, ela descreve cenas inimagináveis em sua mente. É criativa, não se pode negar. Sempre foi. Mas olha lá, isso tem feito um mal enorme a ela. Se ao menos virasse livro. Mas só vira lágrimas. E decepção consigo mesma.
Essa carta é pra você que merecia ouvir um discurso de 50 minutos de como agir honestamente. De como ser sincero. De como ser humano. Essa carta é para não verbalizar o que uma mente exausta grita em palavras. É para não fazer exaltada o que a cabeça borbulha em afrontas. Essa carta é para o homem que sempre foi menino, que não se fez grande em palavras ou em ações, mas em decepções e amarguras.
Essa carta é pra te dizer que ela te desculpa por tudo, por todos os anos. Mas não te perdoará jamais por torná-la refém da sua própria história. Não te perdoará por apresentá-la o sentimento de desconfiança que quem a ama jamais merecera. Essa carta é pra deixar bem claro que as palavras podem acabar, mas a mágoa não cessa. Essa carta é pra você que nunca foi aquilo que poderia ser.”
A Universal Pictures divulgou o vídeo em que mostra a visita do astrofísico Stephen Hawking, acompanhado de Jane, sua ex-mulher, ao set de gravação do filme “A Teoria de Tudo”. O longa-metragem narra a história do relacionamento que os dois tiveram. Stephen e Jane se separaram em 1991, após 20 anos de casamento.
“A Teoria de Tudo” recebeu cinco indicações ao Oscar – filme, roteiro adaptado, ator, atriz e trilha sonora – e faturou dois Globos de Ouro: Eddy Redmayne, que interpreta Stephen Hawking, recebeu o Globo de Ouro na categoria melhor ator em filme dramático, e Jóhann Jóhannsson recebeu o prêmio de melhor trilha sonora original em filme.
No vídeo, Stephen Hawking aprovou o filme:
Fiquei surpreso que uma grande produtora de cinema quisesse fazer um filme a meu respeito. A cena do Baile de Maio foi espetacular. Especialmente os fogos de artifício.
O filme chega aos cinemas brasileiros em 29 de janeiro. Assista também ao trailer:
Além de filmes, Wes Anderson também dirige alguns comerciais. O curioso é que, mesmo sendo vídeos publicitários pagos, o diretor continua utilizando a sua própria assinatura.
Wes (nome completo: Wesley Mortimer Wales Anderson) é um dos cineastas mais comentados da atualidade. Seu mais recente filme, O Grande Hotel Budapeste, recebeu o Globo de Ouro de melhor filme e é um dos favoritos ao Oscar.
O diretor carrega traços bem característicos em seus filmes. Moonrise Kingdom, O Fantástico Sr. Raposo e Os Excêntricos Tenenbaums são só três exemplos que provam isso.
Provavelmente você achou esse título bem bizarro. De fato, não é muito comum isso. O programa infantil Barnkanalen, veiculado na SVT, emissora de TV da Suécia, está apresentando o corpo humano para crianças de um jeito bem diferente do usual. Uma animação de pouco mais de 1 minuto mostra pênis e vaginas dançando e cantando em uma trilha sonora infantil.
O vídeo foi produzido para crianças entre 3 e 6 anos e, apesar de já ter sido compartilhado, será oficialmente veiculado em um especial sobre o corpo humano.
As opiniões estão polarizadas na Suécia, mas aparentemente, segundo fontes internacionais, a maioria dos pais desaprovaram. Caroline Ginner, diretora da programação infantil da emissora, ironizou:
Vamos manter segredo que crianças possuem vaginas e pênis até os 18. Provavelmente elas não notarão nada em suas calças antes disso, e quando notarem, então essa coisa repugnante estará coberta de culpa e vergonha. (via The Guardian)
O que acharam do vídeo? Exagerado, normal ou necessário?
Impossível não lembrar de um clássico da televisão brasileira:
Grande Hotel Budapeste e Birdman. Estes são os dois filmes que estão dando o tom às indicações ao Oscar 2015. Cada um dos longas está concorrendo em 9 categorias. A Academia de Artes e Ciências Cenográficas divulgou na manhã de 15 de janeiro a lista completa das indicações ao maior prêmio do cinema.
A 87ª cerimônia do Oscar acontecerá dia 22 de fevereiro. Confira abaixo o vídeo e a lista completa dos indicados nas 24 categorias da premiação.
Boyhood
Melhor filme
Sniper Americano
Birdman
Boyhood
O Grande Hotel Budapeste
O Jogo da Imitação
Selma
A Teoria de Tudo
Whiplash
Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste)
Melhor direção
Alejandro G. Iñárritu (Birdman)
Richard Linklater (Boyhood)
Bennett Miller (Foxcatcher)
Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste)
Morten Tyldum (O Jogo da Imitação)
Sniper Americano
Melhor roteiro adaptado
Sniper Americano
O Jogo da Imitação
Vício Inerente
A Teoria de Tudo
Whiplash
Birdman
Melhor roteiro original
Birdman
Boyhood
Foxcatcher
O Grande Hotel Budapeste
O Abutre
Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo)
Melhor ator
Steve Carell (Foxcatcher)
Bradley Cooper (Sniper Americano)
Benedict Cumberbatch (O Jogo da Imitação)
Michael Keaton (Birdman)
Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo)
Julianne Moore (Para Sempre Alice)
Melhor atriz
Marion Cotillard (Dois Dias, Uma Noite)
Felicity Jones (A Teoria de Tudo)
Julianne Moore (Para Sempre Alice)
Rosamund Pike (Garota Exemplar)
Reese Witherspoon (Livre)
J.K. Simmons (Whiplash)
Melhor ator coadjuvante
Robert Duvall (O Juíz)
Ethan Hawke (Boyhood)
Edward Nortan (Birdman)
Mark Rufallo (Foxcatcher)
J.K. Simmons (Whiplash)
Keira Knightley (O Jogo da Imitação)
Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette (Boyhood)
Laura Dern (Livre)
Keira Knightley (O Jogo da Imitação)
Emma Stone (Birdman)
Meryl Strepp (Caminhos da Floresta)
Operação Big Hero 6
Os Boxtrolls
Como Treinar o Seu Dragão 2
Song of the Sea
O Conto da Princesa Kaguya
O Sal da Terra
Melhor documentário
Citizenfour
Finding Vivian Maier
Last Days in Vietnam
The Salt of the Earth
O Sal da Terra
Melhor documentário de curta-metragem
Crisis Hotline: Veterans Press 1
Joanna
Our Curse
The Reaper (La Parka)
White Earth
Whiplash
Melhor montagem
Sniper Americano
Boyhood
O Grande Hotel Budapeste
Jogo da Imitação
Whiplash
Melhor canção original
“Everything Is Awesome” (Uma Aventura LEGO)
“Glory” (Selma)
“Grateful” (Beyond the Lights)
“Lost Stars” (Begin Again)
“I’m Not Gonna Miss You” (Glen Campbell…I’ll Be Me)
O Jogo da Imitação
Melhor design de produção
O Grande Hotel Budapeste
O Jogo da Imitação
Interestelar
Caminhos da Floresta
Mr. Turner
Melhor curta-metragem
Aya
Boogaloo and Graham
Butter Lamp
Parvaneh
The Phone Call
Melhor curta de animação
The Bigger Picture
The Dam Keeper
O Banquete
Me and My Moulton
A Single Life
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
Melhor edição de som
Sniper Americano
Birdman
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
Interestelar
Invencível
Interstellar
Melhor mixagem de som
Sniper Americano
Birdman
Interestelar
Invencível
Whiplash
X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido
Melhores efeitos visuais
Capitão América 2: O Soldado Invernal
Planeta dos Macacos: O Confronto
Guardiões da Galáxia
Interestelar
X-men: Dias de um Futuro Esquecido
O Grande Hotel Budapeste
Melhor fotografia
Birdman
O Grande Hotel Budapeste
Ida
Mr. Turner
Invencível
Malévola
Melhor figurino
O Grande Hotel Budapeste
Vício Inerente
Caminhos da Floresta
Malévola
Mr. Turner
Mr. Turner
Melhor trilha sonora
O Grande Hotel Budapeste
O Jogo da Imitação
Interestelar
Mr. Turner
A Teoria de Tudo
Guardiões da Galáxia
Melhor maquiagem e penteado
Foxcatcher
O Grande Hotel Budapeste
Guardiões da Galáxia
Em Sentimento do Mundo, publicado pela primeira vez em 1940, Drummond reconsidera o fazer poético. Deixou o poeta individualista de “Alguma Poesia”, conscientizando-se do mundo. A obra traz o olhar do poeta sobre o mundo à sua volta, inclinando para um observar crítico e substancialmente político, muito embora, não deixa de lado o coração.
Pouco existe do eu-lírico, a dor passa a ser a do outro, tão mais importante que o eu-individual. São quatro dos 28 poemas contidos no livro sobre os quais apresentarei com mais detalhes.
Elegia 1938
Elegia era o nome dado pelos gregos a um tipo de poesia cujo tema estava ligado à morte. Seu tom era sempre triste e de lamentação. O ano de 1938 encontra-se em um período de grande desenvolvimento industrial e uma grave crise social e política, que teve como consequência a Segunda Guerra Mundial. O poema relata problemas do homem atual; isto, seu desencaixe e solidão.
Esta declamação é de Caetano Veloso, que além de impecável, ao fim desta, ele relaciona a poesia ao atentado aos 11 de setembro.
Sentimento do mundo
O primeiro poema (que deu nome ao livro) revela a visão-de-mundo do poeta: não é contente, e sim, é repleta da realidade que apavora. Logo no começo já percebemos a indignação do poeta na frase que reflete suas limitações diante do mundo: “Tenho apenas duas mãos”. O pessimismo se faz presente nos versos de morte, inclusive a do próprio poeta. Neste, Drummond mostra toda sua sensibilidade e aflição em relação ao outro e diz ter “O sentimento do mundo”.
Mãos dadas
Mais uma vez observa-se seu compromisso com o outro. O poeta diz ser “o poeta de um mundo caduco”. Mundo esse onde não há esperança e espaço para preocupações excessivas com o futuro, é necessário focar no presente e renunciar ao lirismo romântico ou uma fuga contemplativa.
http://youtu.be/XtHFjUXmNJc
Os ombros suportam o mundo
Temos um mundo contemporâneo pleno de desesperança, onde ao homem restou à descrença. No melhor, só lhe resta continuar vivo, mesmo sozinho, mesmo sem querer.
O poema traz um tom de tormento e martírio. Não sente mais, nem teme as adversidades da vida, abstêm-se do amor e da fé, pois estes se tornaram inúteis. Há desilusão e um pessimismo racional diante da realidade, esta que o fez cético e melancólico. E por fim, desta forma consciente das dificuldades na qual a vida se mostra insuficiente a ponto de nada mais importar, o mundo já não lhe pesa mais que a mãe de uma criança. “Os ombros suportam o mundo”.
http://youtu.be/4sy1f3rzuG4
Assim sendo, a breve análise desses poemas reafirmam a genialidade de Drummond ao tratar de temas diversos nos quais podemos notar a atemporalidade do poeta, cujos assuntos permanecem presentes mesmo considerando uma visão atual.
Esse ano o Jimmy Page deu o que falar. Além de reviver seus dias de glória com os lançamentos remaster do Led Zeppelin, o grande ZoSo ainda segue trocando farpas com o seu ex companheiro de carreiras de cocaína no Led, o vocalista Robert Plant, velhaco irredutível (assim como o primeiro), que se mostra absolutamente negativo quanto as chances de uma nova reunião.
Só que no intervalo dos relançamentos e da briga de comadres, o guitarrista resolveu reservar um tempo para falar do que ele mais gosta e sabe, música. Jimmy resolveu usar de toda sua influência para fazer uma indicação para o mundo todo, e quando o rei fala os súditos correm atrás do prejuízo. Foi só ele elogiar o Royal Blood que muita gente resolveu ir atrás do duo britânico.
E creio que pouquíssimos se arrependeram, a dupla formada em 2013 já está famosíssima ao redor do globo, e assim como o cidadão que indicou o som, vem gozando de uma grande notoriedade com tenra idade, e o responsável por isso é o LP debutante da dupla, o interessante autointitulado, lançado dia 25 de agosto de 2014.
Diferentemente de muitas pessoas que descobriram este interessantíssimo som, este que vos escreve não foi atrás porque ouviu da boca do mestre Page, aliás só fui saber de sua indicação alguns dias após descobrir este groove por meio de um grande comparsa do mesmo, um pequeno gafanhoto com o qual sempre troco figurinhas para ver o que rola de bom no ramo do barulho que gera brigas na vizinhança.
Mas voltando ao texto, creio que foi benéfico ter descoberto esse som por meio de terceiros, pois serve como uma bela prova dos 9 para chegar à conclusão de que os caras estão de fato ficando grandes, e é bom que se diga, por pura e simples competência.
Diferentemente das duplas tradicionais, a união de Mike Kerr e Ben Thatcher surge com um elemento diferente, mas que mostrando o talento da dupla não foi sacado por muitas pessoas que ouviram o disco logo de primeira. Aqui o conceito bateria-guitarra é trocado pelo interessantíssimo embate de quatro cordas-bateria, e isso é um dos grande segredos deste disco.
A timbragem é a grande sacada. No primeiro momento você escuta e pensa: Ok, temos aqui uma linha meio inspirada na filosofia Kyuss da cadeia alimentar… Guitarra com amplificador de baixo…Mas não, é só baixo, e o menino Kerr é bom de riffs. A química com seu companheiro flui muito fácil, e a batera do comparsa faz até eco enquanto a dupla destila o fino do rock garageiro moderno, abrindo a toca do veículo com “Out Of The Black”.
http://youtu.be/-_3mNCaJgNM
Tirando esse caráter meio “Morphine” com o lance do baixo, esses caras me impressionaram pela criatividade, tanto nas linhas de baixo quanto nas linhas de bateria. Não é um peso descomunal, mas é insistente e sempre surge com nuances que acabam guiando a audição para novos ares e retornando sem aviso prévio. Fora que a forma energética com a qual a banda desenvolve o barulho deixa o ouvinte bem compenetrado na audição, e “Come On Over” mostra essa concentração.
O disco é curto, são apenas dez faixas e cerca de 33 minutos, mas a reverberação consome o ouvinte. Você não consegue parar de ouvir, o cheiro de novidade é fortíssimo, “Figure It Out” por exemplo conta até com solo de baixo e um clipe chapadíssimo. Aliás, os vídeos são um talento nato desses americanos, e a voz meio alternativa de Mike, mesmo não sendo nada excepcional, se mostra plenamente adequada ao contexto que a banda criou como conceito.
Mas para não estragar a apreciação de temas como a ácida “You Can Be So Cruel”, muito menos da competentemente paranoica “Blood Hands”, não me venham com: “Isso aí parece Black Keys e lembra White Stripes”. Não existe nada de similar, nem o branco do olho é parecido.
O White Stripes estava numa veia mais setenta e analógica, o Black Keys aposta em algo mais pop e rotineiro, sendo que esses caras por outro lado remodelaram uma vertente e a deixaram completamente ajustada aos padrões atuais, invertendo o conceito do “Back To The Future”. Isso é Royal Blood e ponto final, não vai mudar sua vida, mas você vai ouvir bastante, “Little Monster” cola nos fones…
A molecada está boa de riff hoje em dia, um disco para se abrir a cabeça para as novas sonoridades. Quando acabar sua caixa d’água vai se expandir tal qual é retratado na chapadíssima arte desse belo disco, feita por Dan Hillier, e sua aparente inspiração dentro da fuga subversiva da inquisição.