Em comercial, Martin Scorsese reúne Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e Brad Pitt

Martin Scorsese e Robert De Niro já fizeram alguns trabalhos juntos. Principalmente nas décadas de 70, 80 e 90, onde diretor e ator trabalharam juntos em filmes importantíssimos como Taxi Driver, Touro Indomável, Cassino e Goodfellas. Um pouco mais pra frente na cronologia do cinema, Leonardo DiCaprio também aparece como um grande parceiro de Scorsese. Os dois já fizeram Gangues de Nova York, Os Infilitrados, Ilha do Medo e Lobo de Wall Street.

Uma lacuna na história do cinema é os três ainda não terem um trabalho juntos. Que seria ainda mais grandioso se Brad Pitt também fizesse parte do elenco. Longe demais? Na verdade isso já está acontecendo, mas não exatamente no cinema. O filme é um curta-metragem chamado The Audition e foi produzido para promover os bilionários cassinos City Of Dreams (Manila, Filipinas) e Studio City (Macau, China), que será inaugurado na metade do ano.

Martin Scorsese, leonardo dicaprio, robert de niro, brad pitt

O filme é uma espécie de competição entre Di Caprio, De Niro e Brad Pitt. O prêmio? O papel principal no próximo filme de Scorsese. Um trailer já foi divulgado, como pode ver acima. No trailer, DiCaprio e De Niro encontram Scorsese no City Of Dreams, cassino administrado pelo mesmo grupo do Studio City. Brad Pitt também aparece, mas não junto ao trio. O filme completo só será lançado junto com a inauguração do Studio City, ainda sem data definida

O curta-comercial custou ao Studio City 70 milhões de dólares. Uma ninharia perto do orçamento total do empreendimento: 3,2 bilhões de dólares. Estima-se que cada um dos atores embolsou 13 milhões de dólares pelo filme, gravado em apenas 2 dias.


De Niro, DiCaprio et Scorsese dans la pub la… por konbini

Uma viagem pela moda: a história das malas mais icônicas até os dias atuais

Um elemento extremamente útil e presente em diversos momentos da vida, as malas de viagem são também um produto de muita tradição no mundo da moda. Uma ideia simples e uma função extremamente necessária definem esse objeto: simplesmente levar os bens de um lado para o outro. Entretanto, as malas acabam por carregar também um pouco das histórias de suas próprias andanças e, principalmente, de seus donos e dos objetos que carregam.

É o caso de grandes empresas, responsáveis por criações clássicas que até hoje despertam fascínio até mesmo para quem não conhece sua história ou está inserido no mundo da moda. Isso porque um nome como Louis Vuitton carrega em si um status de luxo que é combinado com a tradição e os métodos de produção quase artesanais e exclusivos. A marca surgiu no século XIX com um jovem artesão que morava na fronteira entre a França e a Suíça e decidiu, aos 14 anos, viajar a Paris para aprender sobre marcenaria.

Louis Vitton (5)

Na capital francesa, ele foi contratado como aprendiz de fabricante de baús de viagem, que eram utilizadas para o transporte de bens e mudanças da alta sociedade. A criatividade desse inventor se destacou na criação de novos modelos, que conciliavam a funcionalidade com uma estética que superava qualquer modelo visto anteriormente. Ao inserir estilo e sofisticação em elementos que antes eram meramente funcionais, Vuitton conseguiu chamar a atenção de diversos consumidores e, principalmente, o monarca francês Napoleão III.

Com a clientela famosa, o jovem era trazido ao Palais des Tuileries para criar novos modelos que se adaptassem às necessidades da imperatriz a cada nova viagem. Assim, a fama foi crescente, tornando o design do jovem artesão um dos mais cobiçados na Europa naquele período. O destaque ficava por conta do uso inovador de materiais como o couro, que revestiam as bagagens antigamente produzidas puramente em madeira rústica.

Louis Vitton (4)

A preocupação com os detalhes e a maestria em sua elaboração foram os fatores decisivos para a adesão desse público extremamente exigente. Os cantos dos baús possuem as ponteiras de metal, vistas até os dias de hoje e que conseguem garantir uma maior proteção contra os impactos. Além disso, Vuitton também desenvolveu um material impermeável para revestir as malas: uma lona encerada que garantia que fossem resistentes à chuva e à água. O material tinha um cheiro mais agradável que o do couro da época, que ainda não passava pelos tratamentos presentes nos dias atuais, e causaram um fascínio imediato.

A criação da empresa se deu em 1854, com destaque para criações personalizadas para clientes especiais. Elas incluíam, por exemplo, uma mala que virava cama, um baú que se transformava em charrete ou com especificações dependendo de cada bem transportado. É o caso de compartimentos que conseguiam transportar maquiagem, sapatos, caixas de chapéu, elementos frágeis e roupas com eficiência e delicadeza.

Louis Vitton (1))A fama despertou também diversas falsificações, forçando o proprietário a desenvolver um desenho que identificasse suas criações. Vários modelos foram testados até que foi criado o famoso logo “LV” em 1896 e símbolos que traziam um visual de flores, que cobriam a lona. Essas marcas são utilizadas até os dias de hoje e associadas diretamente com um ar de luxo e sofisticação.

Em 1987, quase cem anos depois da criação da marca, a Louis Vuitton se juntou com a Möet et Chandon, fabricante dos requintados champagnes e conhaques, na criação de uma nova empresa focada em bens de luxo. O grupo LVMH (Louis Vuitton – Möet Hennessy) administra hoje marcas como Christian Lacroix, Fendi e Givenchy e se tornou um dos maiores holdings desse ramo específico de consumo, com um faturamento de 20 bilhões de euros em 2010.

Esse comportamento ressalta as novas mudanças do mercado de luxo, principalmente tendo em vista as crises financeiras que abalam o início dos anos 2000. O dilema fica por conta do alto valor agregado a esses produtos e a contenção financeira cada vez mais severa, principalmente nos países do continente europeu.

Esses chamados “Bens de Veblen” trabalham em uma dinâmica oposta à lei da oferta e da procura. Isso porque quanto mais alto seu preço, maior se torna a procura e o interesse por ele, já que eles representam em si um status. É esse mercado que sofre um maior encolhimento em épocas de crise e que, cada vez mais, avança na procura de mercados alternativos. Essa movimentação é evidenciada pela chegada de diversas marcas de luxo ao Brasil recentemente, com destaque para a abertura de centros comerciais como o Shopping JK Iguatemi, em São Paulo.

Louis Vitton (3)

O crescimento vem acompanhado também de uma porcentagem cada vez maior de brasileiros pertencentes às classes A, AA e AAA, com rendas que superam R$ 9.745, segundo a FGV. Mesmo com a crise mundial, o faturamento em terras brasileiras nesse mercado chegou a US$ 6,45 bilhões em 2009, segundo a GFK Brasil e MCF Consultoria. O número de milionários superou a Austrália e a Espanha no ano citado, atingindo o décimo lugar no mundo. Entretanto, a principal preocupação se direciona exatamente na também crescente desigualdade social, muito maior por aqui do que em outras nações.

Essas marcas, à sua maneira, buscam contornar as crises e continuar seu legado mesmo em tempos em que seu consumo se torna mais difícil. No caso da Vuitton, uma saída foi a chegada do estilista Marc Jacobs no comando criativo da empresa, ampliando o design das bolsas e iniciando também a produção de uma linha de roupas, que ampliaram o público e a visibilidade do clássico logotipo. Essas mudanças refletem também o curso da história, que por tantos anos teve suas bagagens nobres também adornadas pelo couro e design da criatividade inicial de Louis Vuitton.

Vídeo da CNN sobre o método de produção da Vuitton (em inglês):

Noel Gallagher apresenta novo single e clipe: Ballad Of The Mighty I

O músico Noel Gallagher inicia 2015 com música nova. Ballad Of The Mighty I é o novo single e clipe do britânico. Assista acima.

Ballad Of The Mighty I estará presente em Chasing Yesterday, segundo álbum de Noel Gallagher junto aos High Flying Birds. Noel já havia divulgado o clipe de In The Heat Of The Moment e Do The Damage, lado B da anterior.

Chasing Yesterday será lançado em 2 de março de 2015.

Tracklist:

1. Riverman
2. In The Heat Of The Moment
3. The Girl With X-Ray Eyes
4. Lock All The Doors
5. The Dying Of The Light
6. The Right Stuff
7. While The Song Remains The Same
8. The Mexican
9. You Know We Can’t Go Back
10. Ballad Of The Mighty I

Psicodália 2015: Ave Sangria, expoente da cena musical psicodélica pernambucana dos anos 1970, toca no festival com sua formação original

Contemporânea de nomes como Alceu Valença, Lula Côrtes, Marconi Notaro e Lailson, a banda de rock rural se reencontrou 40 anos depois de seu fim. Seu único álbum, Ave Sangria, é de 1974, e graças às letras ousadas e demasiadamente avançadas pra época foi ‘recolhido’ e proibido de ser tocado em rádio, sob o argumento de que a música era “um insulto à moral da família pernambucana e uma apologia ao homossexualismo”.

Nada adiantou. O rock psicodélico universal e brasileiro da Ave ganhou o planeta. Se na época o fenômeno foi apenas no underground nacional, com o passar das décadas o disco Ave Sangria ganhou o respeito de colecionadores mundo afora. A prensagem original sumiu dos sebos e passou a ser comercializada internacionalmente, em sites de leilão pela internet.

Ave Sangria LP Capa

A retomada da banda chega acompanhada do relançamento do álbum, empreitada do selo Ripohlandya, criado pelo pessoal da banda Anjo Gabriel, outro nome de peso dentro da cena pernambucana. O áudio foi restaurado e masterizado a partir de uma cópia do disco original da época e a prensagem do vinil é em 180 gramas, com capa dupla. O clássico ganhou também uma versão em CD, em luxuoso formato digipack.

Ao todo, a 18.ª edição do Psicodália terá em torno de cem atrações, entre shows musicais, teatrais, bazar e atividades de lazer e aventura. A Ave Sangria se apresenta no festival na sexta-feira, dia 13 de fevereiro, com sua formação original: Marco Polo (vocal), Paulo Rafael (guitarra), Almir Oliveira (violão) e Ivinho (guitarra).

http://youtu.be/hNYF5gHlFRs

Desmistificando o racismo de Charlie Hebdo

Muito já foi dito, desde 7 de janeiro, sobre o periódico Charlie Hebdo. Eu já escrevi uma opinião sobre, no dia da tragédia, mas sinto necessidade de voltar ao tema pela imensa mistificação criada, nas redes sociais, em torno da revista.

Vamos por partes, pois muita coisa foi dita por quem nunca leu uma linha sequer de Charlie Hebdo. Multiplicaram-se galerias de capas e “explicações” nos principais jornais brasileiros, e com a ajuda do Google Translate, foi-se criando uma série de rótulos para a revista. Uns condizentes, e outros absolutamente mentirosos. Neste texto quero falar apenas do suposto racismo de CH.

Charge que circula pelas redes
Charge que circula pelas redes

A charge acima circula pelas redes como prova inconteste do racismo de Charb (editor de Charlie Hebdo). Nada mais falso e descontextualizado. Trata-se, na verdade, de uma charge anti-racista. Confuso? Explico. Alguns dias antes de Charb publicar esta charge, a ministra da justiça Christiane Taubira foi achincalhada por um periódico de extrema-direita chamado Minute, ligado ao National Front, cuja a charge continha: “Maligne comme un singe, Taubira retrouve la banane” (Maliciosa como um macaco, Taubira encontra a banana).

Capa de Minute
Capa de Minute

A revista inclusive foi condenada a pagar uma multa. Charb, no entanto não se deu por satisfeito e disparou a seguinte charge (agora sem recortes):

Charb - Christiane Taubira

Ao lado da charge da ministra está o símbolo do National Front, e acima dela está o nome da coalização de extrema-direita que apoiou Marine Le Pen (Rassemblement Bleu Marine), mas o nome de Marine está trocado pelo adjetivo racista. Ou seja, quem estava sendo satirizada na charge era a revista de extrema-direita, e não a ministra. A charge é como se dissesse: “é assim que o National Front vê a ministra”. Logo depois do caso, Charb deu a seguinte declaração: “Minute n’est pas Charlie Hebdo. Le racisme n’est pas de l’humour” (Minute não é CH. O racismo não é humor). Confira as declarações de Charb aqui.

Agora abaixo uma charge, do mesmo Charb, para uma campanha de combate ao… racismo.

campanha racismo frança

Lê-se: “Quebre o silêncio! – Gostaria de contratá-lo, mas não gosto da cor da… erh… sua gravata”. Embaixo o chamado: “abramos nossos olhos para a discriminação”. Será que uma entidade que luta contra o racismo usaria uma charge de um racista?

Outro argumento que circula é que CH apenas satirizava os muçulmanos, o que reforçaria a ideia racista e xenófoba contra os árabes. Se é verdade que algumas charges da revista contribuía para reforçar estereótipos (não se acerta sempre), é uma mentira completa que CH apenas satirizava os muçulmanos. O principal alvo de CH era, e sempre foi, a extrema-direita francesa, o fascismo europeu e as guerras. É, sobretudo, uma revista nascida no espírito do maio de 68 francês!

A charge mais “pesada” que vi, inclusive, é uma que retrata o Deus cristão, junto ao seu filho e ao espírito santo, numa posição sexual. A França é um país de maioria cristã.

Charlie-Hebdo-Capa-Controversa

Outros ainda dizem que era um humor “muito pesado”. Bom, para os nossos parâmetros sim, para os parâmetros franceses não. É importante lembrar do papel do anticlericalismo iluminista na constituição da França enquanto Estado-nação, e também a função que desempenharam os folhetins cômicos e satíricos durante toda a história da França. (Recomendo a leitura desta entrevista com Laerte).

Há, evidentemente, várias leituras possíveis, mas devemos fazê-las com base em informações sólidas, e não em particularidades descontextualizadas. E sobre o “respeito”, reafirmo a máxima (cliché): “as pessoas merecem todo o respeito, as ideias não merecem nenhum!”, e por isso sou Charlie!

Spin-Off Lollapalooza 2015: Quatro capitais receberão sideshows dias antes do festival

Olha que demais! A produtora Time For Fun confirmou que algumas das atrações do Lollapalooza Brasil 2015 também irão se apresentar em outras capitais do país. Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília receberão performances exclusivas de grandes nomes da música internacional, antes da realização do evento, que acontece nos dias 28 e 29 de março, em São Paulo.

Jack White, Robert Plant and The Sensational Space Shifters, The Smashing Pumpkins, Bastille, Foster The People, St. Vincent, Young The Giant, The Kooks e Kasabian são as atrações escolhidas para turnês no país.

Confira a programação completa:

Porto Alegre – Pepsi On Stage

24/03 – Jack White
26/03 – The Kooks e Kasabian

Rio de Janeiro – Citibank Hall

24/03 – Robert Plant and The Sensational Space Shifters e St. Vincent
25/03 – The Smashing Pumpkins e Young The Giant
27/03 – Bastille e Foster The People

Belo Horizonte – Chevrolet Hall

25/03 – Bastille e Foster The People
26/03 – Robert Plant and The Sensational Space Shifters e St. Vincent

Brasília – Net Live

27/03 – The Smashing Pumpkins e Young The Giant

Os ingresso para os shows realizados no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte podem ser adquiridos no site da Tickets For Fun e nos pontos de venda oficiais (Citibank Hall/Rio de Janeiro, Chevrolet Hall/Belo Horizonte e Multisom/Porto Alegre). Já em Brasília, a venda será realizada no site do Ingresso Rápido e na Central de Ingressos (Shopping Brasília).

Confira o serviço por cidade:

Porto Alegre

Jack White

Data: Terça-feira, 24 de março de 2015
Local: Pepsi on Stage – Av. Severo Dulius, 1995
Capacidade: 5.500 pessoas
Ingressos: de R$ 70,00 a R$ 250,00
Duração: aproximadamente 1h30
Classificação etária: De 14 e 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. A partir dos 16 anos é permitida a entrada desacompanhada.
Acesso para deficientes

The Kooks e Kasabian

Data: Quinta-feira, 26 de março de 2015
Local: Pepsi on Stage – Av. Severo Dulius, 1995
Capacidade: 5.500 pessoas
Ingressos: de R$ 60,00 a R$ 250,00
Duração: aproximadamente 3h
Classificação etária: De 14 e 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. A partir dos 16 anos é permitida a entrada desacompanhada.
Acesso para deficientes

Rio de Janeiro

Robert Plant and The Sensational Space Shifters
Abertura de St. Vincent

Data: Terça-feira, 24 de março de 2015
Local: Citibank Hall – Av. Ayrton Senna, 3000 – Shopping Via Parque – Barra da Tijuca.
Capacidade: 8.433 pessoas
Ingressos: de R$ 125 a R$ 550
Duração: aproximadamente 1h30
Classificação etária: De 10 a 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. A partir de 16 anos é permitida a entrada desacompanhado
Acesso para deficientes

The Smashing Pumpkins
Abertura de Young The Giant

Data: Quarta-feira, 25 de março de 2015. Às 22h30.
Local: Citibank Hall – Av. Ayrton Senna, 3000 – Shopping Via Parque – Barra da Tijuca.
Capacidade: 8.433 pessoas
Ingressos: de R$ 125 a R$ 450
Duração: aproximadamente 1h30
Classificação etária: De 12 a 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. A partir de 16 anos é permitida a entrada desacompanhado
Acesso para deficientes

Bastille e Foster The People

Data: Sexta-feira, 27 de março de 2015
Local: Citibank Hall – Av. Ayrton Senna, 3000 – Shopping Via Parque – Barra da Tijuca.
Capacidade: 8.433 pessoas
Ingressos: de R$ 125 a R$ 450
Duração: aproximadamente 1h30
Classificação etária: De 10 a 15 anos permitida a entrada acompanhado de um responsável. A partir de 16 anos é permitida a entrada desacompanhado
Acesso para deficientes

Belo Horizonte

Bastille e Foster The People

ata: 25 de março de 2015 – quarta-feira
Horário: 21h30
Local: Chevrolet Hall – Belo Horizonte (MG)
Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – São Pedro
Capacidade: 5.000 pessoas
Ingressos: de R$90 a R$ 260
Classificação etária: De 10 a 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. A partir de 16 anos é permitida a entrada desacompanhado.
Abertura da casa: 1h30 antes do espetáculo
Estacionamento (terceirizado): R$ 40
Acesso para deficientes

Robert Plant and The Sensational Space Shifters
Abertura de St. Vincent

Data: 26 de março de 2015 – quarta-feira
Horário: 21h20
Local: Chevrolet Hall – Belo Horizonte (MG)
Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – São Pedro
Capacidade: 5.000 pessoas
Ingressos: de R$120 a R$ 320
Classificação etária: De 10 a 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. A partir de 16 anos é permitida a entrada desacompanhado.
Abertura da casa: 1h30 antes do espetáculo
Estacionamento (terceirizado): R$ 40
Acesso para deficientes

Brasília

The Smashing Pumpkins e Young The Giant

Data: Sexta-feira, 27 de março de 2015
Local: NET Live Brasília – SHTN, Trecho 2, Conjunto 5, Lote A – Asa Norte, Brasília – DF
Capacidade: 5.300 pessoas
Ingressos: de R$130 a R$500
Duração: aproximadamente 3h
Classificação etária: De 12 a 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. A partir de 16 anos é permitida a entrada desacompanhado.
Acesso para deficientes

Êxodo: Deuses e Reis – A infelicidade do título retratada na produção

Quando deram o sinal verde para a produção de Êxodo: Deuses e Reis imensas expectativas foram surgindo acerca do filme. Seja pelo fato de ver Ridley Scott realizar um filme convincente – visto o fiasco de Prometheus (2012) que, após ter tido o seu roteiro original divulgado, e não o conhecido da versão dos cinemas, acabou por tirar um pouco da credibilidade do cineasta. Mas jogos burocráticos são rotineiros na indústria cinematográfica. Ainda assim, a possibilidade de ver Christian Bale interpretando Moisés era chamariz por si só para religiosos ou amantes da história. Com tantos ingredientes contraditórios e vendáveis, o filme tinha tudo para ser um sucesso unânime, mas não foi.

Começando pelo próprio título da produção – aqui cabem comentários que vão além da simples crença ou não na bíblia, e até mesmo naquilo que diz respeito à fidelidade dos fatos apresentados, pois antes de tudo, alguns fatos da história apresentada são comprovados e muitos outros ainda debatidos, portanto o foco não deve ser a religiosidade em si, mas sim o conteúdo visual apresentado por Scott e cia. Voltando ao título, a jornada de Êxodo apresentaria os momentos que levaram Moisés a ser o homem conhecido por milhões e em como sua jornada ganhou tanta representatividade, mas os deuses mencionados no título ficaram de fora. Por mais que alguns comentários tenham tratado da produção mais como política, e não julgando o perfil religioso, a contradição narrativa da própria trama é o maior obstáculo para o filme convencer. Conhecemos Deus, melhor, uma forma ou parte dele, mas não há o outro lado(s). Jogando como outro Deus, Scott quis colocar Ramsés (vivido por Joel Edgerton) de contraponto com Moisés. A relação entre ambos os personagens é confusa e dissonante. Até mesmo pelo talento desigual de Bale para com seu colega de elenco.

Exodus - Deuses e Reis 2

O roteiro de Êxodo: Deuses e Reis passou pelas mãos de quatro roteiristas: Adam Cooper, Bill Collage, Jeffrey Caine e Steve Zaillian, comprovando que esta salada tenha sido exercida forte influência sobre o resultado final. Os personagens vão surgindo em tela e pouco é desenvolvido. São tramas que aparecem e somem em tela enquanto Moisés se desloca por todos os lados do mundo antigo. Tão exaustivo quanto é a necessidade de Ridley Scott em promover longas cenas e de pouca expressividade – exceto pelas de ação, porque isso não há como negar, Scott saber fazer bem essa parte. Mas tudo é limitado.

Ao fim, a impressão evidente de Êxodo: Deuses e Reis é que fora forçado algo para criar polêmica. Não há uma subjetividade que deixe assim o público tão inquieto e contestador. É um bate pronto desmedido com paisagens deslumbrantes, efeitos de tirar o fôlego e um Ridley Scott ainda vivendo às custas do passado. Cultura pop em sépia.

Led Zeppelin: Quando Os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra

Existem muitas bandas que ficam famosas só depois de muito tempo de estrada. É até meio injusto ver como esse fenômeno acontece, mas são coisas da vida, muitas delas inclusive inexplicáveis, por mais que saiam estudos e pesquisas a todo o momento. Tenho amigos com bandas e muitos deles já passaram dos 20 anos.

É normal vê-los com pressa para criar material e programar shows, pois eles não têm muito tempo para isso, e a música que tanto amam é plenamente dividida entre a faculdade e o trabalho, ou seja, tem tempo de validade caso ela não lhes brinde com o futuro que tanto almejam.

Engraçado que outro dia estava pensando comigo mesmo enquanto admirava a vida passar pelos meus olhos na janela do metrô… Muitos dos meus compadres andam de ônibus, contam moedas para a cerveja e vivem reclamando que estão duros, que música não paga bem e etc e tal, mas aos 21 anos o Robert Plant já estava milionário, ele e todo o Led Zeppelin, que com absoluto primor é narrado por Mick Wall em “Led Zeppelin: Quando Os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra”, fantástico trabalho lançado em 2009.

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O caso do Led Zeppelin é bem raro, poucas bandas explodem tão rápido como os britânicos da Black Country, e creio que só eles deixaram este estrago. O lado “injusto”da história é que para eles parece ter sido fácil demais. De fato, foi rápido, mas fácil, jamais. Todos os envolvidos dentro da banda seguiram o caminho da música desde muito jovens, sendo que quando a banda entrou no estúdio, Page e Jones estavam em casa, Plant e Bonham nem tanto, mas esses também estavam bem engatilhados no processo.

Este grande lançamento da Larousse, que dentre outras surpresas ainda conta com capa dura e ótimo registro fotográfico, é de fato um dos melhores livros sobre música que foram lançados em nosso país. São quase 560 folhas no padrão Mick Wall: informação de qualidade em profundidade e de forma objetiva, e o pior, advindas de uma autoridade no assunto, até porque o escriba conviveu com o Led e todas as outras bandas que formulam material nessa linha.

Led Zeppelin PB

É o melhor trabalho do britânico, sem dúvida. É denso, mas não afasta o leitor da brochura, parece a heroína que o Page ficou tão perto do fim da linha, completamente irresistível, e se combinada com os ensinamento de Crowley, quase fatal.

Aliás, essa é a síntese do Led, sempre foi, e ler como tudo começou e foi COMPLETAMENTE arquitetado por Page (com antecedência), é completamente desconcertante, tamanho o caráter visionário desta idéia que, com músicos escolhidos a dedo, se esfarelou em pura combustão do que depois viria a ser conhecido como Heavy Metal.

Robert Plant foi analisado por Jimmy Page e Peter Grant. Bonham também, e só Jones veio graças ao jornal para passar no teste com seu absurdamente técnico fraseado, e sua grande experiência nos estudios como Page. E estava aí, uma das maiores bandas de todos os tempos, formada por quatro dos maiores nomes da história de suas respectivas áreas de atuação, e todos com menos de 25 anos… Quanta audácia.

Led Zeppelin - Papel de Parede - Avião

Teve Led Zeppelin, Led Zeppelin II, III,IV… Teve muita história sendo escrita a cada passo, e que aqui está mais do que bem retratada, passando por todos os supostos plágios, pelas carreiras de coca, excessos alcoólicos, óbitos e problemas, um verdadeiro chá de memória até mesmo para os senhores que construíram este legado.

E o grande ponto deste registro não é só contar a história de como o Led é importante ou rabiscar linhas de absurdos com relação ao alfabeto da chapação, mas sim citar, com grandes detalhes, como a banda chegou a este ponto, salientar o trabalho de Page como norte disso tudo e dissecar de uma maneira impressionante de que jeito temas tão sublimes como “Tangerine” surgiram na mente criativa dos envolvidos. Mick Wall traça um panorama de dezenas de estilos musicais e consegue fazer conexão com tudo que o Led já fez, desde o Blues nos campos de algodão, passando por Gene Vincent e a cena psicodélica da Bay Area de São Francisco, que dentre milhares de bandas contou com o excelente Moby Grape, grupo que Plant tanto idolatrava

Porque de resto os fãs já sabem, quando esses quatro indivíduos blindados de características completamente diferente se juntavam, o resultado era inexplicável. Só isso foi o que segurou John Paul Jones e alguns de seus companheiros no caminho, mas se você esqueceu de certos detalhes, fique tranquilo, Mick vai repassar tudo. Desde ocultimos até televisão na piscina do Hyatt House e posteriores “Houses Of The Holy”, “Grafites Físicos”, “Presence”, “In Through The Out Door” e “Coda”, o ultimato do Led é a prova de que mesmo depois do fim, ainda seguem pingando gotas do limão deste visionário conceito de eletrificação de Blues.

Mick Wall é Led de “A” à Zeppelin.

Led-Zeppelin-Quando-os-gigantes-caminhavam-sobre-a-terra“Led Zeppelin: Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra” foi lançado no Brasil. A Amazon é uma das livrarias que comercializa o livro. Clique aqui para comprar.

Autor: Mick Wall

Editora: Larousse

Páginas: 552

O nosso amor a gente inventa

coração vermelhoEra uma vez uma linda princesa adormecida no alto de uma torre guardada por um dragão a quem só o verdadeiro amor poderia vencer. Assim é apresentado o amor para muitas pessoas hoje em dia. Ele é a cura, a resposta, o objetivo, um verdadeiro motivo para existir e, desde que você o possua entre os braços, não há porque ser triste. Ou seja, o amor já é postulado com regras, definições e conceitos que impedem o ser humano de fazer o principal: amar, independentemente da forma.

Apesar de todos os efeitos que o sentimento pode causar no organismo – isso inclui o controle, ou descontrole, de certas partes racionais – a forma amorosa a qual nos referimos, cantamos em canções e vemos nas telas do cinema é uma grande construção social.

O amor é cego, mas espera a perfeição

É a mulher que balança seus cabelos enquanto corre para os braços do amado. É o homem misterioso escondido por trás dos óculos escuros e uma motocicleta barulhenta que viaja através da noite só para se declarar para a sua amada. As histórias são várias e não deixam de ser clichês. Aliás, o amor é o único sentimento que abre espaço para clichês, pois é o momento em que é permitido ser ridículo. “Afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas”, diria Fernando Pessoa.

Coração Árvore

Sem dúvida alguma, o amor surge de imagens. Não aquelas que são vistas à luz, mas sim aquelas que são produzidas dentro da cabeça de quem está amando. O ser amado deixa no ar diversas lacunas que podem ser pintadas, desenhadas, completadas e sonhadas em praias desertas e luares assistidos do telhado. Mas, então, vivemos em um apartamento minúsculo, com a cobertura fechada por motivos de segurança e o seu vizinho reclama de barulho depois que acabou a novela das 21h.

A vida em si já é muito diferente do que aquilo que gostaríamos de ter, mas vamos aprendendo a levar – já que a segunda opção parece ser bem pior para quem tem esperança. Então, se já aprendemos com a vida, por que vivemos exigindo demais do outro e do momento a dois?

História do amor

romantismo trem (2)De acordo com a pesquisadora e sexóloga Regina Navarro Lins, o amor foi construído há muito tempo, ainda na pré-história, e sofreu diversas metamorfoses para chegar perto do modelo que temos, vemos e sentimos hoje. Ela inclusive defende que atualmente estamos vivendo uma nova transformação, na qual termos como “relacionamento aberto” e “poliamor” já estão inseridos, colocando a questão da fidelidade em uma discussão humana e não mais dogmática. No entanto, ainda nesses relacionamentos mais modernos, é possível ver que a questão da expectativa em cima de imagens pré-construídas ainda existe e pode ser um grande empecilho para se viver um verdadeiro amor.

Amor não é apegado e substancialmente não deveria ser egocêntrico. Apesar de diversas críticas às subversões que aconteceram posteriormente, o amor cristão – aquele disseminado por Jesus Cristo, visava apenas as boas bases da liberdade, perdão e aceitação, independentemente do âmbito, desde o amor sensual até o tipo mais puro, como geralmente podemos ver dentro de uma família.

O amor, o feminismo e outros movimentos

Obviamente, quando há uma figura dominante, é comum vermos que os interesses desta ditem como funcionam as regras. No amor não é diferente e, por muito tempo, esse sentimento era um direito apenas para os homens. Apenas os indivíduos do sexo masculino poderiam decidir com quem se relacionar ou tinham um controle do seu corpo. Com o passar dos anos, o casamento passou a ser dissociado do dinheiro e ganhou valores mais sentimentais, abrindo um espaço um pouco maior para a participação feminina. Porém, no iluminismo, qualquer relação sentimental foi desvalorizada em função da razão, voltando a valer a fria lógica do dinheiro.

love sex hate sexish

Com o feminismo e a abertura para outros movimentos em prol da liberdade de gênero, sexo e sexualidade, o amor também adquiriu novos sentidos e novas formas. Aliás, o princípio de que não há um dominante deveria ser o primeiro passo para criar uma relação amorosa. Ao se notar que todos estão em um mesmo patamar torna-se injusto pedir por mais, ou até mesmo menos do outro.

Qualquer movimento que seja pela liberdade e humanização de cada indivíduo pode levar o ser humano a um caminho mais próximo da verdade e, assim, do verdadeiro amor.

O verdadeiro amor no dia a dia

amor eternoO homem chegou do trabalhou e sua/seu parceira(o) não está em casa. Isso aconteceu porque ambos trabalham. A pessoa da relação que chegou primeiro em casa começou a fazer o jantar ou outras tarefas da casa, já que não gosta tanto assim de cozinhar. A(o) parceira(o) ligou para dizer que irá demorar. O outro come e vai dormir. Na manhã seguinte, eles acordam lado a lado e seguem novamente para mais um dia da rotina, mas não sem antes darem um beijo de despedida e trocarem palavras carinhosas.

Essa história está longe de ser a da princesa que espera pelo príncipe. Mas também está longe dos berros ou chutes nos móveis por conta de quebras de expectativas. Para os mais relutantes em aceitar ou se desgarrar do amor romântico inventado na ficção e passado para a realidade, basta um tempo colocando na balança toda a luta diária para construir e manter uma imagem de si mesmo e do outro e a tranquilidade de não esperar uma perfeição que não existe. Uma vida com amor pode ser leve. Aliás, deve.

O romantismo existe e é essencial no jogo da sedução e até mesmo na construção de uma vida com a pessoa amada. Porém, ele não é um dos itens mais essenciais quando colocado ao lado da confiança, respeito e admiração, principalmente em tempos que planos devem ser construídos mediante a possibilidade de trânsito ou algum outro imprevisto. E o amor verdadeiro está presente principalmente quando se sabe que não é preciso ter uma metade da laranja para tornar o seu suco especial.

Psicodália 2015: Perto de completar 35 anos na música, Jards Macalé é atração confirmada

Compositor, intérprete, violonista, produtor e diretor musical, orquestrador e ator com mais de 35 anos de atuação artística, o carioca Jards Macalé é um dos convidados do Psicodália 2015. Junto com ele, divididos em cinco palcos, estarão Ian Anderson, o líder do Jethro Tull, tocando o melhor de sua banda, Arnaldo Baptista, de volta aos palcos em carreira-solo e a pernambucana Ave Sangria, em sua formação original.

Há quase 35 anos no cenário musical, Jards transita nas várias formas da arte: no Cinema (trilhas sonoras, compositor, instrumentista e ator); Poesia (compositor, autor); Teatro (instrumentista, compositor e diretor musical); Artes Plásticas (produziu trilhas para exposições de alguns dos mais significativos e importantes artistas plásticos brasileiros); Televisão (instrumentista, ator); Shows & Gravações (produtor, orquestrador, diretor musical, instrumentista, cantor).

Atuou e atua tanto na música popular como na música erudita, do folclore à vanguarda, fazendo parcerias com John Cage, Erik Satie, Ezra Pound, Bertold Brecht, Maiakovsky; com os cineastas brasileiros Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade; escritores Jorge Amado, Mario de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos; artistas plásticos Lygia Clark, Hélio Oiticica, Rubens Guershman, Roberto Magalhães, Xico Chaves.

Em concertos tocou, gravou, produziu, orquestrou, fez direção musical de vários músicos e artistas, entre os quais Maria Bethânia, Gal Costa, Naná Vasconcelos, Vagner Tiso, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Egberto Gismonti, Hermeto Paschoal, Paulinho da Viola, Luis Melodia, entre outros. Entre os parceiros de composição também estão artistas igualmente importantes, como José Carlos Capinan, Torquato Neto, Carlos Eduardo Machado (Duda), Xico Chaves, Waly Salomão, Vinicius de Moraes, Abel Silva. Jards não para no tempo e também tem parcerias com nomes de novos nomes da música brasileira, tais como Tato Taborda (compositor de musica de invenção), Vulgue Tostoi e Mumismata (grupos de musica eletrônica), Itamar Assunção, Zeca Baleiro, Ana de Hollanda (com quem é parceiro de “Um Filme”, uma de suas mas recentes composições).

Vinicius de Moraes e Jards Macalé
Jards Macalé com Vinicius de Moraes

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