‘Senhoras e senhores, pouso autorizado (…) bem-vindos a Montréal’

Pousei em Winnipeg. Mas antes disso, é claro que várias coisas aconteceram. Ainda no Brasil, meu visto atrasou 58 dias, o que significa ter de alterar todo o itinerário programado para a vinda. Caso você esteja se perguntando “Mas o que diabos esta garota foi fazer no Canadá?”, vim estudar francês e trabalhar. Meu programa era muito específico – estudo combinado com trabalho – e já nem existe mais, o governo canadense cessou quaisquer tentativas de combinar estudo (de línguas) e trabalho aqui no mês de julho deste ano. A menos que você venha fazer College e/ou universidade, nenhum visto de estudo dá permissão para trabalho mais. Por ser um programa específico, tinha início somente uma vez por mês. Visto atrasado, tive então que reprogramar todas as datas. Quando finalmente recebi minha autorização para entrar no país, meu curso começava quase três semanas depois de minha aterrissagem. O que eu ia fazer, gente? Tinha quatro semanas de host family pagas, mas elas começavam no dia 13 de julho e eu chegava em Montréal dia 24 de junho. Decidi que ia pra Winnipeg visitar um dos meus melhores amigos desde a adolescência, Wendel Campos.

Clarissa Jurumenha e Wendel Campos

Meu amigo estava fazendo Ciências Sem Fronteiras e morando em Winnipeg por quase um ano já. Vi então aí uma oportunidade de viajar pelo Canadá, já que sabendo que iria estudar e trabalhar, meu tempo ia ser apertado e viajar pelo Canadá não era uma opção no momento – questão de escolhas. Meu voo aterrissava em Montréal primeiro, e de lá eu pegaria outro voo para Winnie. Cheguei em MTL, depois de gastar uma fortuna em NYC (vocês não acharam de verdade que eu ia ficar só batendo perna, né?), e passei algumas horas na imigração do aeroporto. Que sensação incrível a de chegar com uma pasta enorme de documentos, passaporte, e sair de lá com autorização pra estudar, trabalhar e viver em Quebéc!

Por que uma pasta enorme, você se pergunta? Para morar em Quebéc, além da autorização para estudar e/ou trabalhar, é preciso uma autorização específica para habitar na província de QC, o que significa ter um visto de “residente temporário”. Caso não saibam, a província de Quebéc é toda francesa. Em Montréal a maioria da população é bilíngue. Se você for para o lado leste, vai encontrar mais francês. Oeste, mais inglês. Se você sair de Montréal e for pra quaisquer cidades em Quebéc, esquece o inglês, amigo! Não vai funcionar. A carta de autorização para habitar em Quebéc tem cerca de oito páginas, e foi essa danada que atrasou o meu visto.

Cinema Cummings
Burton Cummings Theatre, Winnipeg

Se tem uma coisa que eu amo nessa vida, é gente bonita. Só observar mesmo. E se teve uma certeza que eu tive assim que pousei no aeroporto de Montréal foi: to no lugar certo mesmo. Quanta gente maravilhosa! E isso por que eu estava de passagem. Todos extremamente educados, simpáticos, lindos e bem vestidos – homens e mulheres. Depois de horas no escritório de imigração, quase perdi meu voo pra Winnie e é evidente que as coisas não poderiam ser normais. Perderam minha mala! Atrasada e com mala perdida. Mas que bela recepção, Canadá.

Rodei aquele aeroporto todinho – precisam de dicas? Faço um mapa pra vocês – atrás das minhas malas. Depois que encontrei, saí correndo pra pegar meu primeiro voo Air Canadá. Descobri que: não importa quantos kg sua mala tem, se você levar duas malas de 5kg, vai ter que pagar excesso por ter mais de uma bagagem. Que ódio! Minhas malas eram pequenas, mas eram duas. Paguei 30 dólares só pra despachar uma delas. 30 dólares mais pobre.

Esplanade Riel
Esplanade Riel, Winnipeg
The Forks
The Forks, Winnipeg

Tudo isso pra falar: agora sim, pousei em Winnipeg. Cheguei na casa do Wendel, tinha jantinha maravilhosa me esperando com recadinho dos roomies dele – que são muito legais e eu sou muito grata pelo abrigo! Em Winnipeg também, coincidentemente, mora a Mada, uma das donas do Sambajoy photo&art (se quiser conhecer mais, clica aqui na matéria que escrevi sobre eles). A Mada é prima da minha madrasta – acho esse nome muito feio, visto que ela é uma das pessoas que eu tenho muito carinho e amor nessa vida –, e nos conhecemos quando eu tinha 12 anos. Na verdade, a vi a primeira vez em seu casamento, que foi a luz do dia, com o sol se pondo (a famosa hora mágica), e ela estava tão feliz e reluzente que eu pensei: quero ser igual a essa moça um dia.

Passeei com ela, Marcelo e Bacon por alguns dias. Pensamos então em fazer um editorial, e, claro, o resultado foi surpreendente e você pode clicar aqui para conferir.

Downtown Winnipeg à noite
Downtown Winnipeg à noite

Winnipeg é uma cidade pequena e atrasada, se comparando a outras cidades como (óbvio) Montréal. Mas ainda assim, me chocou sobre o funcionamento do sistema de transporte público (que, segundo o Wendel, era terrível, mas pra mim era sensacional só por funcionar), a segurança nas ruas, e o que mais me encantou: a quantidade de arte espalhada pela cidade. Claro que tudo tem seus contras. Winnie ainda é habitada por muitos aborígenes. Não sei muito sobre a história deles, então sobre isso não posso afirmar nada. Sei que, é normal e tradição para eles (e é sério isso) ficarem bêbados para “entrar em contato com o lado espiritual”, algo que envolve suas crenças, que eu também não conheço a fundo. É engraçado porque, de verdade, eles sempre estão bêbados na rua, no ônibus, nas lojas, em qualquer lugar, então era fácil identificar.

Por causa disso – não tão somente, é claro – Winnipeg é considera uma cidade perigosa para se habitar. Existem os subúrbios e ruas perigosas, que você deve evitar e/ou ter atenção redobrada. “Perigosas”, entre muitas aspas, evidentemente.

universidade de monitoba
Universidade de Monitoba, Winnipeg

Cheguei querendo ser turista demais, comer comidas típicas, passear, aprender inglês, beber a famosa cerveja Canadian, ir na Forever 21, ver gente linda. Wendel já tinha me falado pra baixar minhas expectativas, mas eu não consegui. Então vou te contar a realidade sobre a vida no Canadá: não tem muitas comidas típicas. Tem maple syrup, que por sinal é maravilha de Deus, e tem Poutine, que, tradicionalmente, são batatas fritas, molho de carne e queijo. Outra (triste, muito triste) realidade canadense: beber aqui é caro, mas caro de verdade. O governo canadense, na tentativa de diminuir o comércio de bebida, subiu os preços a absurdos. Um pitcher (jarra) de cerveja, no The HUB, PUB da Universidade de Monitoba, onde meu amigo costumava ir custa 16$ e serve cerca de três copos. Parece barato, mas você também não pode esquecer a gorjeta! E não pode esquecer, também, que a taxa de impostos é aplicada na hora, e lá é de 13%. Queria poder falar “não to reclamando, to só contando”, mas é mentira. Reclamo sim! Poxa, Canadá, maneira aí nesses preços, cara. Ah, The HUB! Eu gostava de lá. Conheci só nas férias, mas eu gostava.

No meu próximo texto, prometo parar de falar tanto de mim e falo sobre Winnipeg. E aí, amigos, vou contar direitinho como é parar de viajar e viver a dor e a delícia de ser estrangeira.

 

Montréal da Realização: A jornada de sorte e azar de uma quase jornalista, quase publicitária, quase fashionista mas muito apaixonada por viver novas experiências, que largou tudo e foi chamar o Canadá de casa. Leia mais aqui.

 

Pink Floyd divulga um surreal clipe de Louder Than Words

The Endless River, o disco de despedida do Pink Floyd é quase inteiramente instrumental. Os vocais aparecem somente em Louder Than Words, a faixa derradeira do álbum.

Justamente para essa faixa foi gravado um clipe, agora disponível. A letra de Louder Than Words foi escrita por Polly Samson, esposa de David Gilmour. O clipe é demais, assista abaixo:

Entrevista com Mallu Magalhães

Formada no começo desse ano (2014), a Banda do Mar está se tornando sucesso por onde quer que se apresente. A banda é composta por  Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred Ferreira e já está em turnê nacional para apresentação do primeiro álbum. Com músicas leves e arranjos delicados, a banda está conquistando uma legião de fãs pelo país.

O La Parola conseguiu uma pequena entrevista com a vocalista Mallu Magalhães e você pode conferir tudinho na sequência.

De onde veio a ideia de formar a Banda?

O Marcelo é amigo do Fred há mais de dez anos e sempre fomos muito próximos, a gente já vinha pensando em fazer algo juntos, quando a gente foi morar em Portugal e a nossa convivência se tornou diária, não demorou pra que montássemos a banda.

Muitos fãs estão comentando que a sua voz está diferente, mais madura. Isso é verdade?

Acho que não só minha voz, mas eu amadureci. As pessoas que me acompanham desde o inicio da carreira acabam percebendo isso.

Por falar em fãs, a Silvia Oliveira, de Belo Horizonte, está ansiosa pela apresentação da Banda do Mar no próximo dia 29. Ela quer saber se vocês pretendem continuar produzindo.

A gente tá bem focado na turnê agora, não pensamos sobre isso ainda, mas com certeza é uma possibilidade.

Vamos falar sobre o disco (uma belezura, por sinal). Como foi o processo de criação?

Foi algo bem tranquilo e natural, a gente ia compondo as músicas e quando tava o mais perto de estar pronta mostrávamos aos outros e já íamos pro estúdio.

Todas as músicas da Banda são realmente boas e mexem com o ouvinte, mas a Geany Santos, de Belo Horizonte, quer saber quais vocês mais gostam de cantar durantes os shows.

Eu não consigo escolher uma, tenho um carinho especial e diferente por cada canção, e cantar cada uma delas traz um sentimento diferente pra mim.

O ano está quase no fim. O que podemos esperar para 2015? Você considera que está no auge da carreira ou ainda tem muita coisa pra rolar?

Em 2015 pretendemos levar a turnê para Portugal e outros países da Europa. Estou em um momento maravilhoso fazendo o que eu mais amo e com pessoas maravilhosas, mas acho que tem muita coisa  que ainda pode acontecer.

Existe empreendedorismo no jornalismo brasileiro?

Na Holanda existe e passa na TV

Dia desses, eu acordei e fiz algo inusitado: liguei a TV enquanto tomava o café da manhã. Inusitado porque não sou um grande entusiasta de televisão e também porque, morando na Holanda e não falando holandês, minhas possibilidades na telinha ficam limitadas a BBCs e CNNs da vida — ou seja, nada muito empolgante para um café da manhã (eu acho, pelo menos). Havia assistido parte de um jogo (ruim) do Ajax contra o Barcelona na noite anterior e a TV havia ficado sintonizada num canal local. Ainda bem. Naquela manhã pude me surpreender ao ver Alexander Klöpping e seu sócio Marten Blankesteijn numa entrevista que durou cerca de uma hora num programa matinal tipo o da Ana Maria Braga ou o da Fátima Bernardes.

Não entendi nada do que falavam, mas fiquei surpreso. Não sabe ou não lembra quem são Klöpping e Blankesteijn? Não tem obrigação mesmo. Explico. Os dois são os fundadores do Blendle, uma plataforma que foi apelidada de “iTunes do jornalismo”. Nela, o usuário pode basicamente comprar artigos e reportagens de todos os jornais e revistas holandeses individualmente, conforme sua vontade de ler, por cifras entre 0,20 e 0,40 euros. A plataforma já tem mais de 140 mil usuários e, na semana passada, recebeu investimento de 3 milhões de euros do New York Times e do empresário de mídia alemão Axel Springer. Vai rolar uma expansão para outros países em breve, possivelmente Alemanha e França. Entre céticos e esperançosos, a coisa avança.

Na hora, pensei: “Quando um empreendedor no jornalismo brasileiro teria um espaço desses na televisão?”

A resposta você pode imaginar. Logo terminei meu suco de laranja e escrevi uma mensagem para o Moreno Osório, do Farol Jornalismo, e conversamos como no Brasil a competição é desigual. Empresas jornalísticas grandes só mencionam o nome de outras empresas jornalísticas grandes (não as concorrentes diretas, Veja bem) quando morre um padre. Iniciativas independentes? Jamais serão.

Está certo que ainda não temos assim muitas iniciativas de empreendedorismo jornalístico no Brasil, mas vá lá (consigo pensar em uma ONG tipo o Repórter Brasil, uma Agência Pública financiada por fundações internacionais, o recém fundado mas não lançado Brio, os arrecadadores de crowdfunding Catarse e O Sujeito, o finado Impedimento, agências de conteúdo tipo Fronteira, Cartola, Padrinho, algo mais?). Você imagina que alguém teria um espaço desses no programa da Ana Maria Braga ou da Fatima Bernardes, por exemplo, antes de fazer um estrondoso sucesso? Eu não. Acho que daqueles, só vi o Douglas Ceconello do Impedimento no Redação SporTV um dia. E foi só.

Pode ser que na Holanda isso só exista porque o país é pequeno (coisa de 17 milhões de pessoas) e faltam notícias, mas o fato é que, além do Blendle, já foi lançado por aqui o De Correspondent, simplesmente o campeão mundial de crowdfunding — levantou mais de 1 milhão de euros em duas semanas depois que seus fundadores explicaram a ideia nos canais de televisão locais.

Em termos de empreendedorismo no jornalismo, a pequenina Holanda dá de 7 a 1 no Brasil

Não é viralatismo. Talvez hoje só fique atrás de uma potência empreendedora como os Estados Unidos, de onde vêm 80% ou mais das novidades que vemos surgindo por aí. Não é fantástico?

Por todo lugar os negócios do jornalismo vão de mal a pior, mas em terras tupiniquins isso atinge patamares preocupantes (as recentes demissões na Folha de S. Paulo e os outros passaralhos recentes não me deixam mentir). Uma empresa no Brasil demora em média 119 dias para ser aberta e a papelada não custa menos de uns R$ 2 mil, enquanto em países vizinhos como o Chile tudo pode ser resolvido num único dia. Muita gente gabaritada acredita que ninguém mais quer pagar para ler notícias. Os paywalls de Folha e Estadão estão aí para dar uma noção disso (não sei se já temos respostas). Uma grande reportagem que sai numa iniciativa independente como a Pública, por exemplo, paga pouco ao repórter pelo tanto de trabalho e tem uma repercussão ínfima em comparação às mulheres peladas que saem na rua em Porto Alegre (olha a dor de cotovelo). Para completar, empreendedorismo em geral quase não é assunto para a mídia tradicional num país onde a gente é educado para tentar ser funcionário público. Com todos esses obstáculos, ainda tem louco que pensa em empreender na área.

Eu, por exemplo. Atualmente curso um mestrado em Mídia e Negócios na Universidade Erasmus de Roterdã. Foco em negócios e novas mídias, empreendedorismo. Estou pertinho de iniciativas como o Blendle e o De Correspondent (oxalá possa abordar algum deles na minha dissertação). Ideias surgem a toda hora. Esta é minha primeira publicação no Medium e a ideia do momento é tornar isso aqui um espaço de discussão de tendências do negócio do jornalismo. O título deste post já é uma provocação (barata, eu sei). Vamos ver no que vai dar. Toda sugestão é bem-vinda.

Sonic Highways: O rock multitarefa do Foo Fighters

Ultimamente comecei a sentir que a música vem perdendo seu caráter espontâneo. Esse ano ouvi alguns discos que não foram tão bons assim, mas que quando saíram pareciam verdadeiras obras conceituais, tamanho o alvoroço dos fãs.

Sonic Highways, oitavo trabalho do Foo Fighters, é um disco bem melhor. A qualidade é bastante elevada, o projeto em si é grandioso e a banda produziu seu melhor trabalho, e apostou em temas elaborados e que pela primeira vez justificam oito guitarras na line up (claro que somando as participações).

Não gostei do Foo Fighters quando descobri o som dos caras, nunca achei nada genial, ainda não acho, mas aprendi a gostar com o tempo. Nunca achei Dave Grohl um baterista brilhante, mas a fórmula do Foo Fighters está justamente nisso. Trata-se de um coletivo de bons músicos que juntos somam suas qualidades humanas a toneladas de hard work e que, de uma forma rara e humilde (dentro de um meio tão arrogante tal qual o musical), arrebatam fãs só por demonstrar que são de fato, “gente como a gente”.

Sonic Highways não vai mudar o mundo, mas vai fazer sucesso, vai vender bem e vai render uma tour monstruosa, e o motivo é simples, trata-se de um bom heavy metal, humilde, trabalhador e sincero, feito por uma banda comum… A genialidade do Foo Fighters está na humildade e na simplicidade do todo, fora que aqui os americanos ainda gravaram seu disco mais pesado para os reclamões do mimimi pop e traçaram a rota do DNA musical de sua terra natal com requintes de documentário.

sonic highways capaO que mais me impressionou nesse disco foi o trabalho de guitarras. Sinceramente, nunca entendi como o FF (para os íntimos) conseguiam ter uma banda com uma equipe de guitarras e no fim das contas tirar sons que uma boa dupla entrosada destilaria sem problemas, mas finalmente, depois de anos sofrendo bullying, a banda do “ex-baterista do Nirvana” conseguiu justificar isso.

Something From Nothing passa por Chicago, e o que começa à la baladinha radiofônica, cita Buddy Guy com “looking for a dime and found a quarter” e vira um Heavy cheio de grafiatos guitarrísticos em camadas estradeiras, com Rick Nielsen entrando no pack de guitarras, mais Blues prestando tributo ao mestre Muddy Waters e belos teclados por parte de Rami Jaffee. Depois que o disco começa oficialmente aí não tem mais volta, The Feast And The Famine passa pra segunda marcha rumo à Washington e a embreagem do carro faz o pneu dar uma assoviada, é hora de mostrar o Q.I do rock’n’roll.

Sonic Highways - NashvilleA bela letra de Congregation passa por Nashville, com Zac Brown de convidado. What Did I Do?/God As My Witness, uma das mais bem construídas faixas deste disco faz escala por Austin, e como o Texas é a terra do blues, não é de se espantar que o belo solo, (talvez a maior surpresa desse música) seja de Gary Clark Jr. Enquanto que Outside frita por Los Angeles (acompanhado de Joe Walsh) e a pegada New Orleans de In The Clear mostra-se mais elementar que o meu caro Watson para os shows ao vivo desta nova tour.

O maior destaque surge com as duas últimas faixas do disco. Com Subterranean e as lembranças do underground grunge de Seattle, o Foo Fighters estende a jam e chega aos seis minutos com um tema onduloso, cheio de teias harmônicas e até um violão acústico no coração da faixa.

Sonic Highways - AustinE se você achou estranho essa faceta mais longitudinal do Foo, espere só até ouvir a última faixa do disco, a bela I Am A River e seus sete ondulosos e sentimentais minutos. Rola até um embate de guitarras muito interessante, só senti falta do baixo, faltou mais pegada, talvez um Rickenbacker, de resto é isso, um bom trabalho de caras que mostram muito esforço e preparo para cada passo que prometem. Rola até Joan Jett pra fechar o pacote. Eles são a prova viva de que não existe milagre, “rock” em inglês significa “pedra, rocha”, e Taylor Hawkins e cia ralam muito para extrair o “roll” desse pedregulho chamada música. Muito bom, não vai mudar o mundo mas levanta até sua vó do sofá no meio do programa da Palmirinha.

Track List:

1. Something From Nothing
2. The Feast And The Famine
3. Congregation
4. What Did I Do?/God As My Witness
5. Outside
6. In The Clear
7. Subterranean
8. I Am A River

Line Up:

Dave Grohl (guitarra/vocal)
Taylor Hawkins (bateria/vocal)
Chris Shiflett (guitarra)
Pat Smear (guitarra)
Nate Mendel (baixo)
Rami Jaffee (teclados)

Convidados:

Rick Nielsen (guitarra barítono em Something From Nothing)
Zac Brown (guitarra e backing vocals em Congregation)
Gary Clark, Jr. (guitarra em What Did I Do? / God As My Witness)
Joe Walsh (guitarra em Outside)
New Orleans Preservation Hall Jazz Band (saxofone alto, bateria, piano, trombone, trompete e tuba em In The Clear)
Ben Gibbard (guitarra e vocais em Subterranean)
Joan Jett (guitarra em I Am A River)

Filarmônica de Pasárgada grava música sobre a seca em São Paulo

A pedido da Folha Ilustrada, a Filarmônica de Pasárgada compôs e gravou a música ‘Falta de’, em alusão à seca que vem atormentando São Paulo. O pedido para a composição foi feito em uma sexta-feira e o resultado foi entregue na segunda. A Cachorro Grande também participou do projeto e gravou a música “A águia não vai mais pousar no centro da cidade”.

Falta d´água na cabeça
Na cabeceira
O meu canto decantando
Na cantareira

Assista abaixo ao vídeo, produzido pela TV Folha:

O Ritual Diário de Stephen King

Carrie, a Estranha, O Iluminado, A Zona Morta, O Cemitério, À Espera de um Milagre, Celular, Duma Key, A Torre Negra… a quantidade de material produzido por Stephen King é enorme e quase sempre com bastante qualidade para quem procura uma leitura descompromissada, porém envolvente.

Este americano de 67 anos é uma verdadeira máquina de escrever. Certamente, é um dos escritores mais prolíficos dos últimos tempos.

Mas e como será o dia a dia do autor? Sempre tive interesse de saber alguns detalhes da rotina de escritores de sucesso, para quem sabe me inspirar de alguma forma. O site shortlist fez um post bem bacana sobre isso. Entrem no link para conferir a rotina de nomes como Jane Austen e Franz Kafka.

E quanto a King?

– Escreve em todos os dias do ano, incluindo seu aniversário e feriados.

– Escreve até atingir a quota diária de 2 mil palavras.

– Começa a produzir, geralmente, às 8:00 da manhã e termina entre 11:30 e 13:30.

– Ao longo do dia dorme, lê, responde cartas, passa o tempo com a família e assiste aos jogos do seu time de baseball (Red Sox).

E ele também dá uma dica para quem quer seguir essa carreira: “se você quer ser um escritor você deve fazer duas coisas: ler bastante e escrever bastante”.

Gostei dessa rotina e dessa dica!

Cachorro Grande grava música sobre a seca em São Paulo

“A águia não vai mais pousar no centro da cidade” é um single pós-Costa do Marfim (lançado esse ano e resenhado aqui), gravado pela Cachorro Grande em menos de uma semana. A música foi feita em referência à seca que vem abalando gravemente São Paulo e é um projeto da Folha Ilustrada. A Filarmônica de Passárgada também participou do lance com a música “Falta de”.

Se todos nós nos abraçarmos será que ela vem?
Se todos nós dançarmos juntos quem sabe ela vem?

A composição será lançada em single digital em breve e é provável que em 2015 seja também lançada em um compacto de 7 polegadas. Assista abaixo ao vídeo, produzido pela TV Folha.

Assista: Uma corrida de drones ao melhor estilo Star Wars. Esporte do futuro?

Uma tecnologia que tem se destacado e se desenvolvido com muita rapidez nos últimos atende pelo nome de drone. As funcionalidades que um veículo aéreo não tripulado pode alcançar ainda estão em expansão. E se já não é mais novidade que se use drone para entregar produtos, fazer fotografias e filmar eventos, citando exemplos bem conhecidos, ainda é uma novidade – relativa – as corridas de drones.

Esse vídeo fantástico abaixo é uma amostra de como poderia ser essa modalidade de corridas. Impossível não pensar na hora em Star Wars.

Assista abaixo ao vídeo-resumo de três sessões, gravado em primeira pessoa – ou primeiro drone:

120 Fotos dos Bastidores da Trilogia do Cavaleiro das Trevas

Batman – O Cavaleiro das Trevas, a trilogia de maior bilheteria e mais sombria do Homem Morcego no cinema marcou uma etapa. Do início ao fim, foram quase dez anos de produção dos três filmes – a Warner contratou o diretor Christopher Nolan em 2003 e o último ato foi lançado em 2012.

Batman Begins (2005), Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012) foram protagonizados pelo ator Christian Bale, mas possivelmente o maior destaque de toda a trilogia é o ator Heath Ledger e a fabulosa interpretação do personagem Coringa. Ledger, que morreu por overdose acidental após as gravações e antes do lançamento do segundo filme da franquia, recebeu um Óscar póstumo da Academia pelo papel desempenhado.

O Coringa pode ser o mais emblemático, mas é apenas um personagem de um universo muito bem desenvolvido pela Warner e por Christopher Nolan. Recentemente, um usuário do imgur adicionou um álbum com 120 fotos dos bastidores da trilogia.

Confira:

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