Você já se perguntou por que a humanidade tem essa obsessão pelo planeta vermelho?
Por que o ser humano quer descobrir se há ou houve vida por lá?
Por que temos o objetivo de futuramente colonizá-lo?
Esse é um desejo que a humanidade tem desde a década de 1970. É o próximo passo depois da chegada do homem à Lua, mas meio século se passou e não avançamos.
Ainda assim, a vontade persiste. Mas por quê?
Marte possui um clima hostil para o ser humano. É gelado, seco e cheio de tempestades de areia.
É algo muito parecido com o que pode acontecer com a Terra no futuro se não cuidarmos dela.
Então por que o desejo de ir para um planeta que por muitos é até considerado o triste futuro do nosso planeta atual? Por que “fugir” para Marte em vez de cuidar da Terra?
A pergunta é muito boa e faz sentido, mas não querer explorar Marte é de certa forma ir contra a natureza humana.
O ser humano é um explorador e nunca vai deixar de ser.
Insistir que não vale a pena explorar Marte seria como voltar para os anos 1400 e falar que não valeria a pena investir nas navegações marítimas. Como você sabe, o que muita gente defendia na época é que não havia nada a oeste do Atlântico.
E a história mostrou diferente, mesmo sem intencionalidade. Até porque Colombo não chegou na América de propósito. Todo mundo sabe que o motivo da viagem era encontrar uma rota alternativa para a Índia, mas Colombo se perdeu e foi parar nas Bahamas.
Às vezes miramos algo e nos perdemos, mas encontramos algo mais surpreendente no fim do caminho.
Outra justificativa pode ser feita fazendo uma analogia com a exploração na Antártica. A gente sabe que não é possível viver lá sem ajuda externa. Por mais que tenha oxigênio pra respirar, não tem solo fértil para o plantio.
Ainda assim, é um importante terreno de estudo para entendermos mais sobre a Terra, tanto descobertas sobre seu passado como previsões sobre seu futuro. A exploração na Antártica ajuda a gente a entender os impactos do aquecimento global, por exemplo.
Talvez isso justifique motivação do ser humano ao explorar Marte.
O que tem lá de fato?
Tudo indica que é um local hostil e inóspito.
Mas vai saber se é isso mesmo que vamos encontrar lá!
O que você acha? Já houve vida em Marte? Tem como viver em Marte hoje? Marte pode ter algum elemento que vai salvar a Terra?
Você pode achar o que quiser, mas a prova só vai acontecer mesmo nos próximos anos, quando o ser humano pisar lá.
Espero estar vivo para ver isso acontecer.
Ps: Esse artigo faz parte da newsletter #4 do La Parola. Resolvi fazer uma newsletter toda temática, então as recomendações abaixo não são necessariamente novidades da semana, mas sim relacionadas à Marte e ao Espaço.
📰 Para ler
Why Go To Moon Or Mars While We Can Still Save Earth?
Compartilho aqui um artigo que inspirou a edição dessa news. Importante pra gente entender melhor que a escolha entre salvar a Terra e explorar Marte é um falso dilema. É possível (e desejável) fazer os dois.
Um dos pontos que o artigo traz é que explorar o espaço é uma forma de salvar a Terra. Exemplo: e se a gente encontrar recursos em Marte para serem usados na Terra? Só explorando lá mesmo pra descobrir.
São vários questionamentos, vale a leitura.
O Guia do Mochileiro das Galáxias
Uma das séries mais famosas da literatura de ficção científica, o Guia do Mochileiro da Galáxias, de Douglas Adams, é uma obra importante e divertidíssima sobre a vida, o universo e tudo mais (pegou a referência?). São 5 volumes que contam as aventuras espaciais de Arthur Dent e Ford Prefect.
Na ficção, a dupla escapa da destruição da Terra ao pegar carona em uma nave alienígena e passa a viver diversas aventuras interplanetárias.
Douglas Adams deixou seu legado nesta obra que mistura ciência, ficção e sátira. Mesmo sendo 5 volumes (mais ou menos 200 páginas cada), o estilo hipnótico de escrita faz com que a leitura seja devorada rapidamente.
A obra foi tão marcante que os fãs criaram no aniversário do autor (25/05) o Dia da Toalha, uma referência a este item que é fundamental para todo o mochileiro. Você vai entender melhor ao ler 🙂
🎥 Para assistir
Away
Seriado novinho recém lançado na Netflix para você que gosta de viagens espaciais, mas com uma boa dose de drama familiar. Away conta a história da primeira viagem do ser humano em direção à Marte.
Na trama, o foguete Atlas parte para o planeta vermelho com 5 astronautas a bordo: o engenheiro russo Misha (Mark Ivanir), o botânico ganês/britânico Kwesi (Ato Essandoh), a química chinesa Lu (Vivian Wu), o segundo-comandante indiano Ram (Ray Panthaki) e a comandante norte-americana e líder da missão Emma (Hillary Swank).
Away mescla dramas familiares dos astronautas (em especial ao de Emma, o foco-narrativo) com os 8 meses de viagem a bordo da nave. Naturalmente, muita coisa errada acontece, mas sem spoilers aqui, vale a pena conferir.
Marte
Seriado não tão novinho, mas que está em destaque na Netflix este ano. Marte é um docudrama da NatGeo, lançado em 2016.
O que gostei neste seriado é que ele mescla entrevistas reais com especialistas sobre a vida em Marte e os planos da Space X na colonização do planeta vermelho com um drama de ficção de um grupo de astronautas incumbidos desta mesma missão.
O seriado vai jogando entre passado (o documentário ou o que estamos fazendo agora mesmo como humanidade) e o futuro (a ficção, como seria na década de 2030, quando a primeira tripulação chegasse lá).
A série é baseada no livro de 2015, How We Live on Mars, de Stephen Petranek.
- Assista na Netflix
🎧 Para ouvir
Life on Mars?
Oh man!
Wonder if he’ll ever know
He’s in the best selling show
Is there life on Mars?
Se estamos falando de Marte nada mais justo do que trazer para essa news um dos hinos da humanidade sobre a vida no planeta vermelho.
Life on Mars? é um single do álbum Hunky Dory, lançado em 1971 (vai fazer 50 anos ano que vem!) e já trazia a pergunta que ainda não quer calar meio século depois: Há vida em Marte?
David Bowie sempre esteve à frente de seu tempo e neste álbum, além da provocativa balada “Life on Mars?” registrou excelentes números como “Changes”, “Oh! You Pretty Things”. “Andy Warhol” e “Song for Bob Dylan”.
Space Oddity
This is Major Tom to ground control
I’m stepping through the door
And I’m floating in the most peculiar way
And the stars look very different today
Dois anos antes de Hunky Dory, David Bowie já havia trazido a temática espacial para suas composições em um de seus maiores sucessos: o disco Space Oddity (foi rebatizado com este nome na verdade em 1972, originalmente foi lançado só como “David Bowie”, mas isso muda muito pouco a história).
O lançamento do single homônimo coincidiu com o lançamento da Apollo 11. A música estreou nas rádios apenas 5 dias antes do foguete decolar rumo à Lua, tornando-a um dos hinos de uma geração.
💡 Para acompanhar
A corrida espacial em tempo real
Pra fechar essa edição, nada mais justo do que continuar nessa temática e olhar para o que está acontecendo agora.
Por isso recomendo que você acompanhe as páginas nas redes sociais da NASA e da Space X. Tem muita coisa legal acontecendo, desde informações relevantes sobre os projetos como streaming ao vivo diretamente das bases espaciais.
Se você tem curiosidade sobre o espaço, precisa acompanhar aqui:
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