Contemporânea de nomes como Alceu Valença, Lula Côrtes, Marconi Notaro e Lailson, a banda de rock rural se reencontrou 40 anos depois de seu fim. Seu único álbum, Ave Sangria, é de 1974, e graças às letras ousadas e demasiadamente avançadas pra época foi ‘recolhido’ e proibido de ser tocado em rádio, sob o argumento de que a música era “um insulto à moral da família pernambucana e uma apologia ao homossexualismo”.
Nada adiantou. O rock psicodélico universal e brasileiro da Ave ganhou o planeta. Se na época o fenômeno foi apenas no underground nacional, com o passar das décadas o disco Ave Sangria ganhou o respeito de colecionadores mundo afora. A prensagem original sumiu dos sebos e passou a ser comercializada internacionalmente, em sites de leilão pela internet.
A retomada da banda chega acompanhada do relançamento do álbum, empreitada do selo Ripohlandya, criado pelo pessoal da banda Anjo Gabriel, outro nome de peso dentro da cena pernambucana. O áudio foi restaurado e masterizado a partir de uma cópia do disco original da época e a prensagem do vinil é em 180 gramas, com capa dupla. O clássico ganhou também uma versão em CD, em luxuoso formato digipack.
Ao todo, a 18.ª edição do Psicodália terá em torno de cem atrações, entre shows musicais, teatrais, bazar e atividades de lazer e aventura. A Ave Sangria se apresenta no festival na sexta-feira, dia 13 de fevereiro, com sua formação original: Marco Polo (vocal), Paulo Rafael (guitarra), Almir Oliveira (violão) e Ivinho (guitarra).
http://youtu.be/hNYF5gHlFRs