Ev Williams, um dos criadores do Twitter, quer reinventar a forma como nos conectamos online. Sua nova aposta, a Mozi, propõe uma experiência radicalmente diferente das redes tradicionais: menos perfis, menos métricas e mais encontros no mundo real.

O conceito foi apresentado durante o SXSW, e a ideia central é simples: substituir a superficialidade das interações digitais por conexões autênticas e presenciais.

A proposta da Mozi: menos feed, mais realidade

Diferente das plataformas convencionais, a Mozi não exibe perfis públicos nem contagem de seguidores. Segundo Williams, as redes sociais atuais se tornaram mais sobre mídia e entretenimento do que sobre relações humanas genuínas.

Para resgatar essa essência, a Mozi traz funcionalidades que incentivam encontros presenciais:

  • Alertas quando contatos estão na mesma cidade.
  • Eventos compartilhados entre amigos.
  • O recurso “Local Plans”, que permite divulgar planos e facilitar reuniões espontâneas.

A ideia não é apenas conversar online, mas sim criar oportunidades para se conectar de verdade.

Mozi

Quem está por trás da Mozi?

A equipe da Mozi conta com 12 funcionários, incluindo a CEO Molly DeWolf Swenson, que entrou no projeto após um encontro casual com Williams em uma festa de fim de ano em San Francisco—exatamente o tipo de conexão que a Mozi busca incentivar.

A startup já levantou US$ 6 milhões em financiamento, com o apoio de investidores como Dave Morin (Path) e Dennis Crowley (Foursquare). Com esse respaldo, a Mozi pretende atrair um público cansado da lógica das redes sociais atuais e em busca de interações mais autênticas.

A era pós-algoritmos?

A Mozi chega em um momento de saturação das redes tradicionais, onde o engajamento é medido por curtidas e visualizações, mas a interação real se torna cada vez mais rara.

Será que esse modelo pode realmente mudar o comportamento digital? Ou já estamos tão condicionados às dinâmicas das redes sociais atuais que desaprendemos a nos conectar fora delas e não há mais volta? Eu vou confiar no futuro e no otimismo, pode ser que haja volta. Vamos ver!