Índios são simbolo do cartão de visita das Olimpíadas do Rio de Janeiro
Os minutos finais do encerramento das Olimpíadas de Londres, os quais são de responsabilidade do país-sede dos próximos jogos, fazem cair a ficha de que quatro anos passam mais rápido do que muita gente imagina, ou que pelo menos finge acreditar que até 2016 dará tempo de transformar o Rio de Janeiro numa cidade preparada pra receber o principal evento esportivo da terra.
O buraco é muito mais embaixo do que se imagina, não se trata apenas de alcançar um padrão mínimo de transportes, segurança e infraestrutura para os jogos, a expectativa de quem olha de fora é uma Olimpíada de igual para melhor do que foi Londres, o legítimo espetáculo pra inglês ver e ainda suceder os jogos de Madri, Istambul ou Tóquio em 2020. Se nunca na história aconteceram Jogos Olímpicos na América Latina, certamente existe um motivo.
A Copa do Mundo é outra história, o esporte é um só e as cidades sedes são várias, a responsabilidade é dividida, não que isso seja suficiente, que de fato não é, porque o tempo é menor ainda, um ano apenas, o evento teste é a Copa das Confederações que acontece em 2013, e se o país não convencer, existem vários outros países perfeitamente preparados para arrancar a Copa do Mundo de 2014 do Brasil. A situação ainda piora com o crédito na praça que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira nos deixou, treinado por seu ex-sogro, João Havelange, Teixeira conquistou mais um título para o país, o número um em corrupção dentro de uma entidade esportiva.
E com essas e outras, que o Brasil vai mostrando a sua cara, a economia vai crescendo e a ignorância ficando cada vez mais escancarada, reflexo da nossa própria classe elitizada. O conjunto Brasil-clichê no encerramento de Londres 2012, com bateria de escola de samba, dançarinos usando cocar em tempos de Belo Monte, mais Rei Pelé e Copacabana, só alimenta a ideia de que teremos em 2016 uma “Olim-piada”, vista por 4,8 bilhões de espectadores, mais da metade da população mundial, proporcionalmente inversa à audiência brasileira que não atingiu a metade do esperado. Por aqui é assim, não está na Rede Globo não existe.
Índios são simbolo do cartão de visita das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República/Divulgação.
O que será então da Olimpíada de 2016, que também não será transmitida pela toda poderosa que se liga em você? Enquanto isso a Fátima Bernardes discute o tema “Minha mulher me trocou pelo meu melhor amigo”.
A Elite Home Theater Seating é uma empresa para megalômanos. A especialidade? Ampla capacidade de customização de home theaters. Mas não home theaters normais que compramos no shopping, com algumas caixas de som e um subwoofer. A Elite projeta salas de cinema de diferentes tamanhos e para diferentes tipos de extravagâncias, desde o tamanho da tela até o tipo de cadeira usado.
É praticamente tudo personalizável. O cliente escolhe o tipo de cadeira, a densidade, o material, a cor, o encosto e nem sem mais o quê, pois se houver a necessidade de que o home theater seja ainda mais personalizável do que o guia disponível no site basta entrar em contato com a Elite. Os projetos são realizados tanto para residências como para salas de exibição comerciais.
O auge da ousadia da Elite, um projeto de 2 milhões de dólares, é um batcinema. Está em andamento a construção de um home theater inteiramente dedicado ao Cavaleiro das Trevas. A batcaverna está sendo montada na cidade de Greenwich, estado de Connecticut, Estados Unidos. A previsão de término é para novembro deste ano.
E o home theater é uma batcaverna mesmo, toda fechada. Para ter acesso à sala é necessário entrar em um elevador secreto situado atrás de um relógio. O elevador então descerá um andar até uma sala de aproximadamente 1115m², mas só depois de confirmadas as impressões digitais autorizáveis.
No projeto da batcaverna consta uma tela de 180 polegadas situada entre duas réplicas do Batman em tamanho real. Durante toda a sala há SEIS réplicas do homem morcego espalhadas por diferentes posições.
Os assentos também condizem com o personagem, são feitos para que se identifiquem com um banco do batmóvel, mas essa não é a única parte do carro presente no home theater. Ao lado das poltronas há uma estante que se abre quando o livro correto é puxado para frente, bem clichê e demais. Dentro da passagem secreta surge uma réplica em tamanho real do batmóvel.
A decoração toda é preenchida por estilos presentes em Gotham City, incluindo lustres e gárgulas.Veja as fotos do projeto:
Elvis Presley gravou mais do que um disco de rock’n’roll em 1956, gravou o disco que impulsionou sua carreira e imortalizou sua voz em canções populares da época.
“Gosto dessa música que o Elvis compôs, Blue Suede Shoes”. Alguém na vida já pensou isso, com certeza. Pensou errado. “Blue Moon do Elvis é muito linda”. Sim, é, mas também não foi ele que compôs. Nenhuma música é de autoria original de Elvis Presley nesse álbum de estreia.
“Então por que diabos esse disco é tão importante?”. Porque é o primeiro do Elvis e isso já deveria ser o suficiente. Tem duas coisas que o tornam esse disco memorável. A voz de Elvis Presley que com o disco passou a ser disseminada pelos Estados Unidos e as guitarras gravadas por Scotty Moore, um dos mais importantes e talentosos guitarristas da história e, que assim como Elvis, ainda está vivo (de verdade).
Além da música, a capa também é memorável. A foto foi registrada por William V. “Red” Robertson em 31 de julho de 1955, em Tampa, Florida. Quem acha essa capa inesquecível sou eu e The Clash, que homenageou o Rei do Rock com a capa de seu melhor disco, London Calling, em 1979.
Elvis Presley (1956) – Faixa a Faixa
Disponível para ouvir no Eu Escuto
1. Blue Suede Shoes
“Well it’s one for the money, two for the show, three to get ready now go, cat, go”. A primeira música do primeiro álbum de Elvis começa com o que mais marcou sua carreira, a inconfundível voz. Uma das mais conhecidas gravações de Elvis tornou-se um clássico. Música de Carl Perkins.
2. Counting On You
Elvis ficaria conhecido e muito por suas baladas anos depois. Não é o foco do começo de sua carreira, porém Counting On You é um preâmbulo do que viria acontecer. Composta por Don Robertson, é uma sincera canção de amor e uma súplica à cumplicidade. I’m counting on you dear around the dawn of each day, to always come true, dear, in your kind lovin’ way.
3. I Got a Woman
Depois de uma balada, Elvis volta ao rockabilly com I Got a Woman. Considerando o ano de 1956, Elvis foi bastante pretensioso ao regravar uma música de um compositor negro. Estamos falando aqui de Ray Charles. A música é reta, mantendo o mesmo ritmo do início até o…quase fim, quando nos últimos segundos é encerrada com uma pertinente e curta levada de blues.
Elvis on stage. by Alfred Wertheimer (1956)
4. One-Sided Love Affair
Essa é uma das músicas que devem ter deixado muitas mulheres apaixonadas pelo Rei. If you want to be loved, baby, you’ve got to love me, too. Oh yeah, ‘cause I ain’t for no one-sided love affair. Não há mulher na década de 1950 que não se encantaria com esses versos no ritmo dançante imposto por Elvis. Não há. A música é de Bill Campbell.
5. I Love You Because
Após dois rockabillys fervorosos, Elvis volta com uma balada. Composta em 1954 por Leon Payne, ganhou essa versão romântica, melosa e apaixonada de Elvis. No matter what the world may say about me, I know your love will always see me through. I love you for the way you never doubt me.But most of all I love you ‘cause you’re you.
6. Just Because
Elvis era bipolar, isso está escrito na vasta bibliografia sobre o Rei. O que tem a ver com o primeiro disco é que essa música seguinte torna o álbum também bipolar. Just Because, composta em 1929 por Joe Shelton, Sidney Robin e Bob Shelton é um rockabilly livre. Além do ritmo, da voz e da letra que em palavras contemporâneas toca o foda-se, a faixa contém uma maravilhosa linha de guitarra de Scotty Moore, guitarrista que vale a pena ser lembrado.
7. Tutti Frutti
Awop-bop-a-loo-mop alop-bam-boom. Uma das onomatopéias mais famosas do rock. A música gravada originalmente por outra grande estrela, Little Richard, é sem sombra nenhuma de dúvida, uma música que mudou a história do rock. Elvis fez uma versão mais rápida e menos “gritada”, caracterizando sua voz grave em vez dos sônicos agudos de Little Richard. Eu diria que as duas versões se completam.
Elvis com 21, um piá. by Alfred Wertheimer (1956)
8. Trying To Get You
Voltamos a uma balada. I’ve been traveling over mountains. Even through the valleys, too. I’ve been traveling night and day. I’ve been running all the way. Baby, trying to get to you. É uma clássica canção de uma alma apaixonada fatalmente separada do amor pela distância, composta por Rose Marie McCoy e Margie Singleton.
9. I’m Gonna Sit Right Down (And Cry Over You)
A nona canção é um pré-lamento. Composta por Howard Biggs e Joe Thomas, Elvis faz um ritmo dançante sobre uma letra triste, uma ameaça de alguém que irá espernear e chorar se perder a pessoa que ama. Simplicidade nos versos e na música. I’m gonna love you more and more every day. I’m gonna love you more and more in every way. And if you say good-bye. If you ever even try. I’m gonna sit right down and cry over you.
10. I’ll Never Let You Go (Little Darlin’)
O auge da melancolia no disco de estréia do Rei está nessa faixa. Perto do fim, uma mudança rítmica transforma a música de melancólica a alguma coisa parecida com uma confiança empolgante (não sei de onde veio isso). I’ll never let you go, little darlin’. I’m so sorry ‘cause I made you cry. I’ll never let you go, ‘cause I love you. So please don’t ever say good-bye. Os versos são de Jimmy Wakely.
Só mais uma na vida de Elvis. by Alfred Wertheimer (1956).
11. Blue Moon
Quem não conhece Blue Moon? Blue moon, you saw me standing alone. Without a dream in my heart. Without a love of my own. Lembrou? A bela balada amplamente regravada até os dias atuais e em distintas versões. A tradicional canção foi escrita em 1943 por Richard Rodgers e Lorenz Hart. No ano passado foi a vez do Beady Eye regravar com a radiofônica voz de Liam Gallagher. Mas deixaremos o Beady Eye para uma próxima vez, Blue Moon de Elvis é soturna e bem baixinha, destacando a voz de Elvis acima do instrumental.
12. Money Honey
Para terminar aparece de vez no disco a alma blueseira de Elvis. Money Honey, escrita por Jesse Stone é um blues certeiro, tradicional e sem mistério. É para terminar o disco com o ânimo alto apesar de a música terminar subitamente, quase que de forma preguiçosa. She said I’d like to know what you want with me. I said money, honey.