Você tem 5 horas para ouvir a palavrinha do Sinhô?

Foto: Karina Menezes

A psicodelia sempre teve um lado terapêutico bastante atuante. No contexto geral vale ressaltar que o movimento surgiu de uma real necessidade de mudança de pensamento. Ideias que, dentro do contexto da bay area de São Francisco, estavam estagnadas, logo, cabia a um certo comprimido, gota ou adesivo, a tarefa de mostrar que ainda existiam muitas trilhas para prosseguir, o esquema era ter cuidado com o dragão que poderia sequestrar o presidente para formar um power trio em Galápagos, de resto era suave.

A chapação trouxe benefícios, gerou uma mudança e justificou o slogan: ”Open Your Mind”. Depois disso, foi só colher os louros, algo que fazemos desde a década de 60, renovando apenas as bandas atuantes nas cenas, porque o espírito prevalece o de sempre, algo que ficou claro com os acontecimentos do dia 31/05. Data de mais um evento psicodélico da Abraxas.

Mars Red Sky Inferno Abraxas Cartaz

Dessa vez não tivemos o tradicional line up em formato de trinca lisérgica, na noite do dia 31 a brisa foi mais forte e seu impacto mais profundo, formando as camadas de fumaça da noite com quatro atos. Primeiramente tivemos os paulistas da Hierofante, quarteto com um dos sons mais chapantes que ouvi dentro da cena recentemente, algo que para tornar explicável seria parecido com uma epifania analógica, sempre ao som de temas que estimulam um autoconhecimento com remetente espiritual.

São quatro músicos bastante singulares, trata-se de uma união de grande beleza, pois todos conhecem seu papel dentro da jam e sentem a música com um quê de imersão bastante singular. A percussão tira o improviso do lugar comum, a guitarra é o instrumento de carona sideral e a batera entra sempre sincopada, com um groove que apenas embarca na viagem de sintetizadores e toca como se um tema fosse o disco todo, linkando toda a trip.

Hierofante - Inferno - Abraxas
Foto: Karina Menezes

O réu supremo de toda essa pirotecnia foi o público do Inferno, que entendendo este transcendental conceito, fez o que estava na descrição do evento: entrou em modo de meditação e apreciou o eloquente instrumental da banda, que pulsa sem direção física e manda até remetentes indianos quando mergulha na percussão.

Foi um set curto, mas bastante coeso e com uma eloquência formidável. Acredito que a linha de raciocínio para esse fest tenha sido dividida em quatro etapas, sendo que a primeira foi conectar o público com o Hierofante e a segunda foi testar o 3G com o Hammerhead Blues.

Hammerhead Blues - Inferno - Abraxas
Foto: Karina Menezes

E foi nesse momento que a casa dividiu os bongadores de quem ainda tosse no baseado, que trio! Esses caras são a prova viva de que, além do The Muddy Brothers, existem muitos atos que cultuam a música setentona no âmbito Hardeiro-Blueseiro, que buscam não só voltar com o culto para esta época, mas sim agregar, algo que estes avacalhantes senhores fazem com louvor, mostrando que o sangue de Mark Farner corre na veia, homenageando o trio de Mel Schacher e Don Brewer com uma versão faiscante da clássica ”Inside Looking Out”.

E só coloquei esse vídeo na matéria porque o néctar do mais puro e vinílico fator ao vivo, o mais fino rubi do elemento da improvisação do Grand Funk, é captado com grande sentimento por esses indivíduos. E é válido sublinhar que não faço nenhuma comparação sensacionalista com essa frase, quero pontuar apenas que meu foco reside a partir dos três minutos e quarenta segundos do vídeo já citado, o toque diferenciado desses caras é a JAM.

Quando o lance é de momento, puro, pelo som, suas raízes e pela entrega de algo que você sente na reverberação de cada nota. Fatores que no vídeo acima são ilustrados sem ao menos vocês precisarem ler isso aqui. E quando eles mandaram o EP na íntegra foi exatamente isso que transpareceu, todo som carrega algo inusitado que será feito na hora, que mantém a fidelidade de estúdio mas que culmina com um trio de músicos realmente diferenciados. O baixo é na sua cara, a guitarra eletrifica seu batimento cardíaco e a bateria preenche até embalagem à vácuo. Foi uma sessão debulhante.

Mars Red Sky turnê

E acredito que tenha sido o ato perfeito para animar os presentes para a volta do trio de Bordeaux, o Mars Red Sky. Quando os franceses vieram para o Brasil pela primeira vez, a história ainda estava sendo escrita, era só um disco, hoje são três, dois anos de intervalo e uma abordagem que atingiu um padrão de excelência que não perde para nenhuma banda do estilo. Algo que fica claro quando pegamos o itinerário do passaportes e vemos por onde estes senhores andam tocando.

Se no debutante o feeling da guitarra e a afinação da voz eram destaques, hoje fica claro que o leque é muito mais amplo. Julien aborda seu instrumento com muito esmero, toca cada nota com um grande feeling e está cantando com uma exatidão que chega a ser irritamente, tamanha a fidelidade com a gravação de estúdio.

Mars-Red-Sky - Inferno - Abraxas
Foto: Karina Menezes

Aliás a banda toda está nesse patamar. A bateria do trio comprova que o DNA que faz o Stoner pulsar é o preenchimento de espaços do Kit, o peso para ganhar vigor e a criatividade de sustentar a jam para não ficar naquele down, digno de volume morto. E o baixo entra com um elemento psicodélico que difere bastante toda a experiência de ver o Mars ao vivo, as linhas de Jimmy Kinast são bastante melódicas, seus efeitos bastante interessantes e seu estilo econômico ajuda a banda a seguir com a aquarela de sons, ótimos climas e grandes jams.

Pra variar foi excelente, mas ainda faltava o Saturndust, banda que estava particularmente curioso para ver ao vivo, pois com o trabalho mais recente, pensei que o show poderia ser cansativo, devido ao grau de arrastação e desaceleração que a jam dos caras ganhou com esse aspecto mais espacial. Algo que para a alegria da nação não foi o caso, muito pelo contrário.

Saturndust - Inferno - Abraxas
Foto: Karina Menezes

O trio destilou o disco novo com grande entrosamento, linkou as faixas e entrou numa viagem instrumental de mais de 20 minutos, mostrando domínio de repertório, peso e muito tato para criar climas que não ficassem chovendo no molhado. O instrumental merece um destaque pelo lado do Rickenbacker de Frank Dantes, gafanhoto que comprova a tese de que existem baixos e Rickenbacker’s, e seu comparsa Marlon Marinho, nome que demonstrou muito preparo físico para fazer barulho e não deixar a onda Space morrer.

Foi uma performance bastante cirúrgica e que seguiu o mantra do disco de estúdio. O quarto show brincou com os corpos presentes, expandiu, pressurizou, comprimiu e esmagou cérebros com alto nível de pressão. É como se sua cabeça tivesse sido atingida por um asteroide em busca do cosmos. O Doom falou alto e a noite tratou de equalizar o ambiente… Que noite, foi uma brisa.

The Strokes volta aos palcos europeus após 4 anos de hiato: assista ao show

Foto: Getty

Uma das maiores bandas da década passada voltou a se apresentar ao vivo. Os Strokes foram escolhidos para encerrar o Primavera Sound 2015, em Barcelona. E fizeram bem.

O show foi, obviamente, no último dia de festival, em 30 de maio. Com repertório misto, a banda tirou a poeira e as teias de aranha e tocou até que muito bem, sim senhor. A banda começou com a modernete “Machu Picchu”, mas logo engatou a clássica “Someday” e passeou por todos os seis álbuns da carreira, encerrando o show em grande estilo com “New York City Cops”.

Na página oficial do facebook do Primavera Sound, o público reclamou bastante da falta de presença de palco e de comunicação da banda com a plateia. Não lembro de ter visto algum show dos Strokes em que isso não aconteceu, portanto não é exatamente uma reclamação, mas uma constatação do óbvio.

Os Strokes não tocavam na Europa desde 2011, quando participaram do Reading & Leeds Festival, na Inglaterra. No resto do mundo, o hiato acabou no ano passado, quando a banda fez uma série de meia dúzia – ou menos – de apresentações nos Estados Unidos. Com a volta aos palcos aos poucos, reforça-se a possibilidade de que um material novo deva ser lançado em breve. Julian Casablancas já disse que essa é a ideia.

Assista abaixo ao show:

https://youtu.be/zsDG2yTADRU

Set List

“Machu Picchu”
“Someday”
“Heart in a Cage”
“Barely Legal”
“Automatic Stop”
“One Way Trigger”
“You Talk Way Too Much”
“All the Time”
“Juicebox”
“Taken for a Fool”
“You Only Live Once”
“Is This It”
“Reptilia”
“Last Nite”
“Take It or Leave It”
“The Modern Age”
“Under Cover of Darkness”
“Hard to Explain”
“New York City Cops”

Por que uma campanha pró-amor tem gerado tanto ódio?

É sério, está acontecendo. Um vídeo publicitário do O Boticário para o dia dos namorados tem recebido uma vasta campanha homofóbica apenas por mostrar o amor nutrido por casais homossexuais. Estamos em 2015, galera. E a atualização é gratuita.

Em um curto vídeo publicitário de 30 segundos, aparecem casais heterossexuais e homossexuais presenteando-se como forma de demonstração de amor. Não tem beijo molhado de língua, sexo explícito ou qualquer cena que pudesse ser considerada ofensiva. O vídeo mostra apenas abraços e gestos de amor por personagens de diferentes orientações sexuais, com a trilha sonora instrumental da música “Toda Forma de Amor”, de Lulu Santos.

É a realidade. É a vida. É a sociedade em que vivemos. Mesmo assim, tem rolado uma campanha para as pessoas clicarem no “não gostei” do vídeo apenas pelo teor de diversidade que a marca está promovendo. Como se fosse anormal uma pessoa ser gay. Como se ela, por ter um conceito de amor diferente ao “tradicional”, estivesse praticando uma ofensa. Que prisão essa de não gostar de uma marca ou de um vídeo ou qualquer outro assunto que seja apenas por ele ter um conteúdo homossexual.

o boticário - campanha - dia dos namorados - print
Curti mesmo, e se pudesse curtiria duas vezes

Ao contrário do facebook, o youtube mantém junto ao “like” o “dislike”. A função serve como termômetro para classificar se um vídeo é bom ou ruim. Nesse caso específico tem sido utilizada pelos não simpatizantes como forma de demonstrar desgosto pela atitude. Nos comentários do vídeo, há até um pessoal preparando um boicote à marca, como se essa parcela da população não tivesse aprovado o vídeo. Ora, ninguém precisa aprovar nada. Afinal, ninguém está pedindo para ser julgado. Que mania!

o boticário - campanha - dia dos namorados - print (2)
“Precisamos nos (sic) posicionarmos”

Se a recepção foi negativa por parte de uma classe religiosa e conservadora, o público-alvo da campanha foi atingido em cheio. O saldo, diferente do que o youtube mostra, deverá ser extremamente vantajoso para a empresa. Esse é um dos raros casos em que a publicidade é motivada por um engajamento social e não apenas pela vontade insaciável e apelativa de vender. Parabéns pela iniciativa.

Assista ao vídeo abaixo:

“A educação não pode se ocupar só do intelecto, mas deve formar pessoas mais solidárias”

Educação é um termo que vem sempre sendo discutido nos últimos tempos. Ainda mais agora, em que o lema/slogan do novo governo foi definido como “Brasil, pátria educadora”.

É clássico assumir que o segredo para um país desenvolvido é o investimento em educação. Fala-se nisso há anos e mesmo assim os índices mostram que o Brasil ainda é o aluno bagunceiro do fundão da sala que está repetindo de ano.

Mas o que é educação, na verdade? Como fazer educação? Há uma reflexão sendo feito a respeito desse conceito pelo psiquiatra chileno Claudio Naranjo, autor de 19 títulos e um dos indicados ao Nobel da Paz de 2015.

A frase do título é dele. O chileno concedeu uma entrevista à Época onde falou algumas verdades doloridas sobre o conceito de educação que está sendo disseminado.

“A educação funciona como um grande sistema de seleção empresarial. É usada para que o estudante passe em exames, consiga boas notas, títulos e bons empregos. É uma distorção do papel essencial que a educação deveria ter”.

claudio-naranjo

Confunde-se educação com inteligência nas escolas, com melhor desempenho, melhores notas e melhores recomendações para os currículos. A pessoa com o QI mais alto do mundo é também a mais educada? Provavelmente não, e é esse o ponto martelado por Naranjo.

“Temos um sistema que instrui e usa de forma fraudulenta a palavra educação para designar o que é apenas a transmissão de informações […] É um sistema que quer um rebanho para robotizar. A criança é preparada, por anos, para funcionar num sistema alienante, e não para desenvolver suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e espontâneas”.

Sabendo disso, como quebrar essa escrita? O psiquiatra indaga qual a necessidade dessa aberração, nas palavras dele, de as escolas fazerem com que os alunos passem horas inertes, ouvindo como é a flora num local distante ou os nomes dos afluentes de um grande rio em detrimento a conhecimentos muito mais próximos e úteis, de acordo com as capacidades e necessidades de cada um.

A principal crítica que Claudio Naranjo faz é a da escola, em geral, optar por uma educação massificada e não pessoal, eliminando as individualidades e características que cada pessoa, como ser único, possui. Já a principal motivação sua é combater esse sistema e transformar os educadores em profissionais mais amorosos, acolhedores e afetivos.

“O objetivo é preparar os professores para que eles se aproximem dos alunos de forma mais afetiva e amorosa, para que sejam capazes de conduzir as crianças ao desenvolvimento do autoconhecimento, respeitando suas características pessoais. Comprovamos por meio de pesquisas que esse é o caminho para formar pessoas mais benévolas, solidárias e compassivas”.

Venha aqui caso queira ler entrevista completa, publicada no site da revista Época.

Prisões de cartolas da FIFA já haviam sido “previstas” em episódio de Os Simpsons

O que há na água dos roteiristas dos Simpsons que eles frequentemente acertam previsões do futuro? A última foi a respeito da prisão dos cartolas da FIFA.

No episódio temático sobre a Copa do Mundo no Brasil, transmitido em março de 2014, um vice-presidente executivo da entidade visita Homer Simpson, mas acaba sendo preso sob acusação de corrupção.

No mesmo episódio, a Alemanha se sagra campeã do mundo em cima do Brasil, vencendo por 2×0. Veja só, nem na ficção imaginava-se que aconteceria um 7×1. Assista abaixo à cena:

https://youtu.be/UIj4c7dJsQ8

Diana Ross & Marvin Gaye

Traumas fazem parte da vida, mas na maioria das vezes o impacto é tão grande que certas coisas podem nunca mais acontecer. Alguns acontecimentos são capazes de mudar o rumo de uma vida, e se tratando de traumas o quesito problemático não costuma interferir de maneira positiva, muito pelo contrário,

E se você acha que resignações são coisas exclusivas da vida dita normal, fique sabendo o senhor que a música também está cheia de traumas, mas muitos foram tratados, resolvidos, ou até mesmo foram o estopim para alguns dos melhores registros que já tivemos notícia, ”Diana & Marvin”, o fruto de duetos de Diana Ross e Marvin Gaye que o diga.

Diana & Marvin - Capa

A colaboração quase não saiu do papel, mas valeu o sofrimento, o Soul é belíssimo, Diana estava voando, e Marvin superou o empecilho Tammi Terrell em prol de de uma das maiores gravações da história do estilo. Mais um trabalho para entrar na lista ”fase de ouro Motown”, uma aula vocal lançada em 1973.

Pra quem não é muito familiarizado com a discografia do reverendo Marvin, o nome Tammi Terrell pode não significar nada, mas não é bem assim que a banda toca. Juntos, a dupla registrou três trabalhos magníficos, e esse número tinha tudo para duplicar ou até mesmo triplicar, tamanha a regularidade com que gravavam. Primeiro tivemos ”United” lançado em 1967, ”You Are All I Need” e ”Easy”, lançados em 1968 e 1969, respectivamente, discos que hoje são pouco citados, mas que tiveram importância ímpar dentro da música do Sr. Gaye.

marvin gaye tammi terrell

Se você não conhece esses trabalhos recomendo que os escute, a química que Marvin tinha com Tammi era uma daquelas coisas inexplicáveis, a paixão, o sentimento, a maneira como os timbres casavam… É de arrepiar, e eu inclusive acho superior ao nível musical desse trabalho com Diana, por exemplo, que por si só já é ótimo.

Tammi tinha tudo para ser uma das maiores vozes da música, e mesmo tendo deixado cinco trabalhos registrados (3 com Marvin, um solo, e outro com Chuck Jackson), ainda assim foi pouco. Ela estava despontando para o grande público quando foi diagnosticada com câncer no cérebro, e se hoje em dia o tratamento já é complicado, em 1970 então nem se fala.

A vocalista se viu cega, confinada em uma cadeira de rodas até seus últimos dias, e sua morte teve um grande impacto na vida e na carreira de Marvin. Alguns até afirmam que o músico entrou em depressão e começou seu flerte vicioso com a cocaína depois do ocorrido, fora que ele mesmo dizia abertamente que Tammi era sua parceira musical perfeita. Era fácil prever que não seria fácil fazê-lo participar de um novo dueto, foram três anos de negociações…

A ideia inicial era lançar o trabalho em 1970, mas isso já deixa claro a falta de sensibilidade da Motown, pois meses antes, com a morte de Terrell, o músico estava atordoado com o acontecimento, e ainda se envolveu nos conflitos da família da vocalista com a gravadora, que além de não ajudar em seu tratamento, ainda pressionou Marvin a divulgar ”Easy”, seu último disco com a Americana. Fora que esse trabalho teve segundas intenções, a Motown precisava de uma fagulha para que Diana explodisse.

diana ross e marvin gaye

Diana_Ross-Marvin_Gaye-Diana-Marvin

Foi um disco pensado com claras segundas intenções fonográficas, mas o resultado de maneira nenhuma reflete isso, a maneira como eles cantam faz o ouvinte se lembrar do sentimento orgânico, da beleza de juntar e ouvir um som tão belo e bem tocado como esse, repleto de detalhes e envolto por vozes sublimes, as melhores que existiam na época.

E o resultado são 35 minutos de uma música maravilhosa, que inclusive rendeu disco de ouro, cumprindo com os objetivos que a gravadora tinha em vista, lançando Diana para um patamar diferenciado de artistas, ajudando Marvin (mesmo que indiretamente), a superar esse problema colaborativo, dando mais destaque para o vocalista e contribuindo para o mundo da música com um disco para de fato ser lembrado durante muitos e muitos anos.

Com grandes hits como ”You Are Everything”, vários momentos de puro sentimento ao som de ”Don’t Knock My Love” e um instrumental brilhante em todo o disco, endossando o Funk/Soul sempre com o trabalho brilhante dos Funk Brothers, ”Stop, Look, Listen (To Your Heart)” sintetiza a rara beleza deste registro.

Kung Fury é uma obra-prima do cinema B e a maior homenagem aos filmes de comédia de ação: assista

Anos 80, música ruim com sintetizadores, um mestre em kung fu com uma faixa vermelha na testa, robôs assassinos, dinossauros, vikings, um deus nórdico, um Hitler, David Hasselhoff, mutantes, toca-fitas portáteis e todo os clichês dos filmes de luta e do cinema oitentista misturados em um épico curta-metragem nonsense de comédia e ação.

O curta Kung Fury, dirigido e estrelado por David Sandberg, é uma obra-prima do cinema B. É a jornada de um policial mestre em kung fu (Kung Fury) com a épica missão de eliminar Hitler (Kung Führer), que viajou para o futuro. Para isso, Kung Fury precisa voltar aos tempos da Alemanha nazista com a ajuda de Hackerman, o maior hacker de toda a existência, que improvisa uma máquina do tempo que o leva de volta para….Asgard. Viu como é demais?

A produção foi financiada por meio de uma campanha no kickstarter, que arrecadou 600 mil dólares. Com 30 minutos de duração, Kung Fury tem uma cena mais épica do que a outra. A maior homenagem aos filmes de “comédia de ação” já produzida na história do cinema. Assista:

Também foi lançada uma trilha sonora oficial, interpretada por David Hasselhoff, com direito a clipe. Aliás, tanto a música quanto o vídeo são, escrachadamente, total anos 80. Tosquice e nostalgia pura.

Algumas imagens do filme. Isso tudo é sério:

Tame Impala vira uma banda de fantoches no (segundo) clipe de ‘Cause I’m a Man’: assista

O Tame Impala divulgou no canal do youtube um segundo clipe da música ‘Cause I’m a Man’ (o primeiro já foi postado aqui), dessa vez em uma versão ao vivo, mas que na real não é ao vivo coisa nenhuma.

Apesar de ter o (Official Live Video) no título, a música é a mesma da versão de estúdio. O que muda é a performance, filmada quando eles eram fantoches.

Não estou querendo confundir ninguém, é isso mesmo. Cada membro da banda foi representado por um fantoche na nova versão do clipe. Lembrei de Pumping on your stereodo Supergrass, apesar da estética não ser a mesma.

A música é o principal single de Currents, terceiro disco da banda que será lançado em julho. Já está rolando a pré-venda no site oficial. Agora, vamos ao clipe:

Deputados assistindo vídeo pornô durante a votação da reforma política. Pode isso, produção?

O título do post é autoexplicativo.

O vídeo do flagrante foi feito pelo SBT e divulgado na página do facebook do SBT Brasília.

Assista:

FLAGRANTE!Deputados assistindo vídeo pornô durante a votação da reforma política. Pode isso, produção?

Posted by SBT Brasília on Quinta, 28 de maio de 2015

 

O deputado flagrado é João Rodrigues (PSD-SC), que já assumiu a ação e disse ter recebido os vídeos em grupos do WhatsApp.

Sem hipocrisia, quem nunca? Pornografia é legal e não há nada de errado nisso. Inclusive já falamos sobre isso em outra ocasião. Mas, na casa do povo? Durante a votação de uma das pautas mais importantes da Câmara nos últimos tempos? Não dava pra esperar pra ver depois não? Aí é pra foder com o povo mesmo.

Os 10 Maiores Guitarristas Neoclássicos da História

O movimento musical neoclássico inspirou uma era de inovação e uma evolução acelerada no universo da música instrumental, representado em peso pelo Metal Neoclássico e seus guitarristas.

O Metal Neoclássico, por sua vez, eclodiu no início da década de 80 quando alguns artistas extremamente inovadores combinaram a música clássica com o Heavy Metal, criando assim um novo subgênero musical influenciado diretamente por compositores como Bach, Vivaldi, Paganini, Handel, Chopin, Mozart e Wagner.

A inspiração teórica para as músicas do Metal Neoclássico vem de conceitos da época da Renascença, do Romantismo, do Iluminismo e do Barroco (compreendidos entre os séculos XVI e XVIII).

A música neoclássica pesada é focada nos ideais técnicos e estéticos, privilegiando a velocidade, harmonia e virtuosidade.

No universo do Metal Neoclássico, as estrelas são os guitarristas. Tecnicamente brilhantes e com inventividade harmônica anormal, esses artistas da guitarra abusam de arpejos, escalas, solos e interludes que transmitem um som geralmente doce, melodioso e cativante.

Dentre os guitarristas neoclássicos, 10 podem ser colocados em evidência (sem desmerecer outros tão importantes):

10. David Chastain

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Guitarrista americano que surgiu no final da década de 70. Gravou mais de 50 álbuns em carreira solo e com várias outras bandas (como Chastain, Zanister, Southern Gentlemen e CJSS).

Dono das produtoras Leviaethan Records e Diginet Music, ele é especialista em improvisações de Blues na música clássica, além de ter um ótimo faro para descobrir novos talentos nesse nicho.

9. Vinnie Moore

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Vinnie Moore gravou oitto discos, a maioria deles ultrapassando 100.000 cópias vendidas. Ávido explorador e conhecedor de música clássica e progressiva.

Ele já fez ótimos tributos a artistas consagrados como Alice Cooper, Dream Theather, Rush e Deep Purple. Desde 2003, atua como guitarrista principal da lendária banda UFO.

8. Chris Impellitteri

Chris Impellitteri

Guitarrista dinâmico, ágil e muito técnico. Chris Impellitteri é considerado pela maioria das revistas especializadas como um dos guitarristas mais velozes e harmoniosos de todos os tempos.

Ele é o fundador da banda Impellitteri (com 10 álbuns ao todo na discografia). Basicamente, suas músicas consistem na fusão de melodias clássicas com solos de guitarra súbitos e rápidos.

7. Luca Turilli

Luca Turilli

Compositor e guitarrista italiano. É o fundador da banda Rhapsody Of Fire (10 álbuns), e de sua própria banda, Luca Turilli (3 álbuns).

Turilli é bastante conhecido por suas composições épicas em Power e Symphonic Metal, com temática sempre baseada na história da Idade Média (uma tendência do som neoclássico). Além de guitarra, ele também performa teclado, flauta, violoncelo e piano.

6. Timo Tolkki

Timo Tolkki

Produtor, compositor e guitarrista finlândes, Timo Tolkki é o fundador e ex-membro da banda Stratovarius (11 álbuns). Ele também gravou outros três discos em carreira-solo (com destaque especial para o primeiro, ‘Classical Variations And Themes’, de 1994).

Hoje, Tolkki atua simultaneamente em inúmeros projetos como Avalon, Symfonia, Revolution Renaissance, Allen/Lande e Ring Of Fire.

5. Marty Friedman

Marty Friedman

Marty Friedman é famoso por sua parceria com Jason Becker na banda neoclássica Cacophony (com dois discos gravados). Também é mundialmente conhecido por ter sido guitarrista do Megadeth por 10 anos.

Friedman é um guitarrista exótico e bastante prolífico, tendo participado de incontáveis projetos paralelos em vários subgêneros do Metal.

4. Jason Becker

Jason Becker

Um dos maiores guitarristas neoclássicos da história, Jason Becker começou sua carreira aos quatro anos de idade, quando ganhou uma guitarra de seu pai. Becker é um especialista em música clássica e erudita, e tem Niccolò Paganini como ídolo.

Em 1997, ele foi diagnosticado com a rara doença de Lou Gehrig (também conhecida como ALS – Esclerose Lateral Amiotrófica), um mal degenerativo que o fez perder todos os movimentos do corpo. Entretanto, ele ainda conta com a audição e visão que lhe permitem continuar nutrindo sua paixão pela música.

3. Tony MacAlpine

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Guitarrista e tecladista americano, MacAlpine foi o primeiro artista a unir metal neoclássico e jazz-fusion (incentivado pela fusão inovadora de Blues/Heavy Metal feita por Ritchie Blackmore e Tony Iommi), porém, sua principal influência artística é Chopin.

As músicas de MacAlpine mesclam guitarra, teclado e piano de forma única e irreverente.

2. Michael Angelo Batio

Michael Angelo Batio

Michael Angelo Batio é mundialmente conhecido por ter um talento exclusivo: como ambidestro, ele é capaz de tocar duas guitarras ao mesmo tempo. Inclusive, ele inventou a guitarra de dois braços opostos: os modelos Double V-Neck.

A revista Guitar One o elegeu como melhor guitarrista de todos os tempos em uma votação feita em 2003.

1. Yngwie Malmsteen

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Praticamente todas as revistas de guitarra especializadas e a crítica em geral classificam o guitarrista sueco Yngwie Malmsteen o melhor guitarrista neoclássico e o mais rápido de todos os tempos, com raras controvérsias.

Fiel adepto das guitarras Fender Stratocaster, Malmsteen é o precursor do metal neoclássico. Bach, Vivaldi e Jimi Hendrix são suas maiores inspirações. O sueco já gravou mais de 20 álbuns-solo, e outros três com as bandas Steeler e Alcatrazz.


Abaixo, você pode ouvir a música mais conhecida de Malmsteen, ‘Far Beyond The Sun’:

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