Durante anos vivi com uma ideia falha em minha cabeça. A minha antiga ideia de como ter uma nova ideia, por experiência e tempo perdido, foi enviada a um poço de tubarões para ser devorada. Morreu, não existe mais. Sobretudo durante a faculdade, pensava que certo dia eu teria uma grande ideia saindo de minha cabeça e que me deixaria algo em torno do reconhecido/rico/famoso/respeitado. O mito do Eureka caiu por terra. Até porque até hoje nada que eu criei saiu assim, do nada, enquanto eu passava as noites viajando e pensando em algo que eu pudesse fazer ou criar. O que acontece e que eu constatei só com o tempo, foi que pequenas ideias vão surgindo e ficam incubadas até fazerem parte de uma ideia maior pronta e maturada para ser posta em prática. Foi assim que surgiu o La Parola e é assim que tem sido tudo desde então.
Acabei divagando um pouco. Este post era originalmente só para mostrar o vídeo abaixo, um pequeno resumo do livro “De onde vem as boas ideias”, de Steve Johnson. Mais abaixo a sinopse do livro:
Afinal, de onde vêm as boas ideias? Essa é uma pergunta que todos gostariam de saber responder.
Steven Johnson consegue. O autor, de início, descarta o senso comum de que os grandes criadores já nascem geniais e, isolados em seus estúdios ou laboratórios, concebem as grandes descobertas.
E dedica a sua pesquisa inicialmente à biologia, chegando à conclusão de que a evolução depende, mais do que de ambientes propícios para a sobrevivência, de meios em que espécies diferentes entrem em contato. No campo das ideias não é muito diferente.
Traçando a história por trás de quase duzentas descobertas e invenções, o autor comprova que um ambiente conectado, em que intuições circulam livremente, é mais propício para o surgimento de grandes invenções.
No século XIX, por exemplo, um cientista projetou uma máquina semelhante aos computadores criados cem anos depois. Naquele momento, porém, o desenvolvimento do artefato parecia impossível, não havia tecnologias disponíveis para que o projeto fosse à frente. O ambiente não era propício para que a descoberta se concretizasse.
Em De onde vêm as boas ideias? Johnson nos mostra, criando paralelos divertidos, inesperados e reveladores, os sete padrões fundamentais dos processos de inovação desenvolvidos pelo homem e pela natureza: as descobertas que surgem a partir de outras descobertas; as redes em que informações se chocam constantemente; as intuições lentamente construídas; as intuições acidentais; o aprendizado a partir dos erros; as invenções de uma área que encontram aplicação em outra; os processos generalizados de sedimentação do saber.
Com as ferramentas presentes nos dias de hoje, qualquer pessoa é capaz de criar algo inovador.
É preciso, porém, saber cultivar.
Como?
Essa é mais uma pergunta que Johnson consegue responder.