… olho no olho de quem vê, de quem passa, de quem se prende à rede.
Conexões.
Olhos jovens, velhos, infantis, negros, brancos, azuis, verdes, marrons, retos, tortos, com vidros, com lente.
Lente de aumento?
Com foco, sem foco?
Agrupamento de olhos te vendo

Por trás deles o que tem?
Onde estão?
Voando na imaginação?
E você?
O que olha?
O que foca?

O fotógrafo que tanto usa o olho para observar as pessoas. E as pessoas que tanto usam o olho para observar os fotógrafos. Observação mútua, contínua e constante. Esta é a exposição Olho no Olho do coletivo Grupo da Foto.

O coletivo capturou as fotografias durante três meses. Mais de duzentos olhares diferentes fazem parte da exposição, cada um com o olho do fotógrafo que o fez. E é por isso que alguns olhares estão mais naturais, outros pintados, outros monocromáticos, superexpostos, subexpostos, enfim, cada característica é bastante pessoal.

Um outro ponto interessante da exposição é de que os olhares estão fixados em uma rede. A Fabiana Beltrami, integrante do Grupo da Foto, explicou que esta é a ideia de que estamos todos conectados. O fato é que este ponto nos reflete aos fatores virtuais e reais. Um olhar quando encara outro olhar faz uma tentativa de conexão, mas sabemos que nem sempre é bem sucedida, que muitas vezes ela falha. Em outros momentos pode gerar uma aproximação, um segundo contato e a continuação de uma história.

 

A série esteve exposta no Portal das Linguagens, Campus I da UPF durante a 15ª Jornada Nacional de Literatura. Para quem gostou da ação e tiver interesse em conhecer melhor o trabalho do coletivo, o Grupo da Foto está presente também no Facebook e no Instagram.

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