Prisões de cartolas da FIFA já haviam sido “previstas” em episódio de Os Simpsons

O que há na água dos roteiristas dos Simpsons que eles frequentemente acertam previsões do futuro? A última foi a respeito da prisão dos cartolas da FIFA.

No episódio temático sobre a Copa do Mundo no Brasil, transmitido em março de 2014, um vice-presidente executivo da entidade visita Homer Simpson, mas acaba sendo preso sob acusação de corrupção.

No mesmo episódio, a Alemanha se sagra campeã do mundo em cima do Brasil, vencendo por 2×0. Veja só, nem na ficção imaginava-se que aconteceria um 7×1. Assista abaixo à cena:

https://youtu.be/UIj4c7dJsQ8

Diana Ross & Marvin Gaye

Traumas fazem parte da vida, mas na maioria das vezes o impacto é tão grande que certas coisas podem nunca mais acontecer. Alguns acontecimentos são capazes de mudar o rumo de uma vida, e se tratando de traumas o quesito problemático não costuma interferir de maneira positiva, muito pelo contrário,

E se você acha que resignações são coisas exclusivas da vida dita normal, fique sabendo o senhor que a música também está cheia de traumas, mas muitos foram tratados, resolvidos, ou até mesmo foram o estopim para alguns dos melhores registros que já tivemos notícia, ”Diana & Marvin”, o fruto de duetos de Diana Ross e Marvin Gaye que o diga.

Diana & Marvin - Capa

A colaboração quase não saiu do papel, mas valeu o sofrimento, o Soul é belíssimo, Diana estava voando, e Marvin superou o empecilho Tammi Terrell em prol de de uma das maiores gravações da história do estilo. Mais um trabalho para entrar na lista ”fase de ouro Motown”, uma aula vocal lançada em 1973.

Pra quem não é muito familiarizado com a discografia do reverendo Marvin, o nome Tammi Terrell pode não significar nada, mas não é bem assim que a banda toca. Juntos, a dupla registrou três trabalhos magníficos, e esse número tinha tudo para duplicar ou até mesmo triplicar, tamanha a regularidade com que gravavam. Primeiro tivemos ”United” lançado em 1967, ”You Are All I Need” e ”Easy”, lançados em 1968 e 1969, respectivamente, discos que hoje são pouco citados, mas que tiveram importância ímpar dentro da música do Sr. Gaye.

marvin gaye tammi terrell

Se você não conhece esses trabalhos recomendo que os escute, a química que Marvin tinha com Tammi era uma daquelas coisas inexplicáveis, a paixão, o sentimento, a maneira como os timbres casavam… É de arrepiar, e eu inclusive acho superior ao nível musical desse trabalho com Diana, por exemplo, que por si só já é ótimo.

Tammi tinha tudo para ser uma das maiores vozes da música, e mesmo tendo deixado cinco trabalhos registrados (3 com Marvin, um solo, e outro com Chuck Jackson), ainda assim foi pouco. Ela estava despontando para o grande público quando foi diagnosticada com câncer no cérebro, e se hoje em dia o tratamento já é complicado, em 1970 então nem se fala.

A vocalista se viu cega, confinada em uma cadeira de rodas até seus últimos dias, e sua morte teve um grande impacto na vida e na carreira de Marvin. Alguns até afirmam que o músico entrou em depressão e começou seu flerte vicioso com a cocaína depois do ocorrido, fora que ele mesmo dizia abertamente que Tammi era sua parceira musical perfeita. Era fácil prever que não seria fácil fazê-lo participar de um novo dueto, foram três anos de negociações…

A ideia inicial era lançar o trabalho em 1970, mas isso já deixa claro a falta de sensibilidade da Motown, pois meses antes, com a morte de Terrell, o músico estava atordoado com o acontecimento, e ainda se envolveu nos conflitos da família da vocalista com a gravadora, que além de não ajudar em seu tratamento, ainda pressionou Marvin a divulgar ”Easy”, seu último disco com a Americana. Fora que esse trabalho teve segundas intenções, a Motown precisava de uma fagulha para que Diana explodisse.

diana ross e marvin gaye

Diana_Ross-Marvin_Gaye-Diana-Marvin

Foi um disco pensado com claras segundas intenções fonográficas, mas o resultado de maneira nenhuma reflete isso, a maneira como eles cantam faz o ouvinte se lembrar do sentimento orgânico, da beleza de juntar e ouvir um som tão belo e bem tocado como esse, repleto de detalhes e envolto por vozes sublimes, as melhores que existiam na época.

E o resultado são 35 minutos de uma música maravilhosa, que inclusive rendeu disco de ouro, cumprindo com os objetivos que a gravadora tinha em vista, lançando Diana para um patamar diferenciado de artistas, ajudando Marvin (mesmo que indiretamente), a superar esse problema colaborativo, dando mais destaque para o vocalista e contribuindo para o mundo da música com um disco para de fato ser lembrado durante muitos e muitos anos.

Com grandes hits como ”You Are Everything”, vários momentos de puro sentimento ao som de ”Don’t Knock My Love” e um instrumental brilhante em todo o disco, endossando o Funk/Soul sempre com o trabalho brilhante dos Funk Brothers, ”Stop, Look, Listen (To Your Heart)” sintetiza a rara beleza deste registro.

Kung Fury é uma obra-prima do cinema B e a maior homenagem aos filmes de comédia de ação: assista

Anos 80, música ruim com sintetizadores, um mestre em kung fu com uma faixa vermelha na testa, robôs assassinos, dinossauros, vikings, um deus nórdico, um Hitler, David Hasselhoff, mutantes, toca-fitas portáteis e todo os clichês dos filmes de luta e do cinema oitentista misturados em um épico curta-metragem nonsense de comédia e ação.

O curta Kung Fury, dirigido e estrelado por David Sandberg, é uma obra-prima do cinema B. É a jornada de um policial mestre em kung fu (Kung Fury) com a épica missão de eliminar Hitler (Kung Führer), que viajou para o futuro. Para isso, Kung Fury precisa voltar aos tempos da Alemanha nazista com a ajuda de Hackerman, o maior hacker de toda a existência, que improvisa uma máquina do tempo que o leva de volta para….Asgard. Viu como é demais?

A produção foi financiada por meio de uma campanha no kickstarter, que arrecadou 600 mil dólares. Com 30 minutos de duração, Kung Fury tem uma cena mais épica do que a outra. A maior homenagem aos filmes de “comédia de ação” já produzida na história do cinema. Assista:

Também foi lançada uma trilha sonora oficial, interpretada por David Hasselhoff, com direito a clipe. Aliás, tanto a música quanto o vídeo são, escrachadamente, total anos 80. Tosquice e nostalgia pura.

Algumas imagens do filme. Isso tudo é sério:

Tame Impala vira uma banda de fantoches no (segundo) clipe de ‘Cause I’m a Man’: assista

O Tame Impala divulgou no canal do youtube um segundo clipe da música ‘Cause I’m a Man’ (o primeiro já foi postado aqui), dessa vez em uma versão ao vivo, mas que na real não é ao vivo coisa nenhuma.

Apesar de ter o (Official Live Video) no título, a música é a mesma da versão de estúdio. O que muda é a performance, filmada quando eles eram fantoches.

Não estou querendo confundir ninguém, é isso mesmo. Cada membro da banda foi representado por um fantoche na nova versão do clipe. Lembrei de Pumping on your stereodo Supergrass, apesar da estética não ser a mesma.

A música é o principal single de Currents, terceiro disco da banda que será lançado em julho. Já está rolando a pré-venda no site oficial. Agora, vamos ao clipe:

Deputados assistindo vídeo pornô durante a votação da reforma política. Pode isso, produção?

O título do post é autoexplicativo.

O vídeo do flagrante foi feito pelo SBT e divulgado na página do facebook do SBT Brasília.

Assista:

FLAGRANTE!Deputados assistindo vídeo pornô durante a votação da reforma política. Pode isso, produção?

Posted by SBT Brasília on Quinta, 28 de maio de 2015

 

O deputado flagrado é João Rodrigues (PSD-SC), que já assumiu a ação e disse ter recebido os vídeos em grupos do WhatsApp.

Sem hipocrisia, quem nunca? Pornografia é legal e não há nada de errado nisso. Inclusive já falamos sobre isso em outra ocasião. Mas, na casa do povo? Durante a votação de uma das pautas mais importantes da Câmara nos últimos tempos? Não dava pra esperar pra ver depois não? Aí é pra foder com o povo mesmo.

Os 10 Maiores Guitarristas Neoclássicos da História

O movimento musical neoclássico inspirou uma era de inovação e uma evolução acelerada no universo da música instrumental, representado em peso pelo Metal Neoclássico e seus guitarristas.

O Metal Neoclássico, por sua vez, eclodiu no início da década de 80 quando alguns artistas extremamente inovadores combinaram a música clássica com o Heavy Metal, criando assim um novo subgênero musical influenciado diretamente por compositores como Bach, Vivaldi, Paganini, Handel, Chopin, Mozart e Wagner.

A inspiração teórica para as músicas do Metal Neoclássico vem de conceitos da época da Renascença, do Romantismo, do Iluminismo e do Barroco (compreendidos entre os séculos XVI e XVIII).

A música neoclássica pesada é focada nos ideais técnicos e estéticos, privilegiando a velocidade, harmonia e virtuosidade.

No universo do Metal Neoclássico, as estrelas são os guitarristas. Tecnicamente brilhantes e com inventividade harmônica anormal, esses artistas da guitarra abusam de arpejos, escalas, solos e interludes que transmitem um som geralmente doce, melodioso e cativante.

Dentre os guitarristas neoclássicos, 10 podem ser colocados em evidência (sem desmerecer outros tão importantes):

10. David Chastain

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Guitarrista americano que surgiu no final da década de 70. Gravou mais de 50 álbuns em carreira solo e com várias outras bandas (como Chastain, Zanister, Southern Gentlemen e CJSS).

Dono das produtoras Leviaethan Records e Diginet Music, ele é especialista em improvisações de Blues na música clássica, além de ter um ótimo faro para descobrir novos talentos nesse nicho.

9. Vinnie Moore

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Vinnie Moore gravou oitto discos, a maioria deles ultrapassando 100.000 cópias vendidas. Ávido explorador e conhecedor de música clássica e progressiva.

Ele já fez ótimos tributos a artistas consagrados como Alice Cooper, Dream Theather, Rush e Deep Purple. Desde 2003, atua como guitarrista principal da lendária banda UFO.

8. Chris Impellitteri

Chris Impellitteri

Guitarrista dinâmico, ágil e muito técnico. Chris Impellitteri é considerado pela maioria das revistas especializadas como um dos guitarristas mais velozes e harmoniosos de todos os tempos.

Ele é o fundador da banda Impellitteri (com 10 álbuns ao todo na discografia). Basicamente, suas músicas consistem na fusão de melodias clássicas com solos de guitarra súbitos e rápidos.

7. Luca Turilli

Luca Turilli

Compositor e guitarrista italiano. É o fundador da banda Rhapsody Of Fire (10 álbuns), e de sua própria banda, Luca Turilli (3 álbuns).

Turilli é bastante conhecido por suas composições épicas em Power e Symphonic Metal, com temática sempre baseada na história da Idade Média (uma tendência do som neoclássico). Além de guitarra, ele também performa teclado, flauta, violoncelo e piano.

6. Timo Tolkki

Timo Tolkki

Produtor, compositor e guitarrista finlândes, Timo Tolkki é o fundador e ex-membro da banda Stratovarius (11 álbuns). Ele também gravou outros três discos em carreira-solo (com destaque especial para o primeiro, ‘Classical Variations And Themes’, de 1994).

Hoje, Tolkki atua simultaneamente em inúmeros projetos como Avalon, Symfonia, Revolution Renaissance, Allen/Lande e Ring Of Fire.

5. Marty Friedman

Marty Friedman

Marty Friedman é famoso por sua parceria com Jason Becker na banda neoclássica Cacophony (com dois discos gravados). Também é mundialmente conhecido por ter sido guitarrista do Megadeth por 10 anos.

Friedman é um guitarrista exótico e bastante prolífico, tendo participado de incontáveis projetos paralelos em vários subgêneros do Metal.

4. Jason Becker

Jason Becker

Um dos maiores guitarristas neoclássicos da história, Jason Becker começou sua carreira aos quatro anos de idade, quando ganhou uma guitarra de seu pai. Becker é um especialista em música clássica e erudita, e tem Niccolò Paganini como ídolo.

Em 1997, ele foi diagnosticado com a rara doença de Lou Gehrig (também conhecida como ALS – Esclerose Lateral Amiotrófica), um mal degenerativo que o fez perder todos os movimentos do corpo. Entretanto, ele ainda conta com a audição e visão que lhe permitem continuar nutrindo sua paixão pela música.

3. Tony MacAlpine

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Guitarrista e tecladista americano, MacAlpine foi o primeiro artista a unir metal neoclássico e jazz-fusion (incentivado pela fusão inovadora de Blues/Heavy Metal feita por Ritchie Blackmore e Tony Iommi), porém, sua principal influência artística é Chopin.

As músicas de MacAlpine mesclam guitarra, teclado e piano de forma única e irreverente.

2. Michael Angelo Batio

Michael Angelo Batio

Michael Angelo Batio é mundialmente conhecido por ter um talento exclusivo: como ambidestro, ele é capaz de tocar duas guitarras ao mesmo tempo. Inclusive, ele inventou a guitarra de dois braços opostos: os modelos Double V-Neck.

A revista Guitar One o elegeu como melhor guitarrista de todos os tempos em uma votação feita em 2003.

1. Yngwie Malmsteen

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Praticamente todas as revistas de guitarra especializadas e a crítica em geral classificam o guitarrista sueco Yngwie Malmsteen o melhor guitarrista neoclássico e o mais rápido de todos os tempos, com raras controvérsias.

Fiel adepto das guitarras Fender Stratocaster, Malmsteen é o precursor do metal neoclássico. Bach, Vivaldi e Jimi Hendrix são suas maiores inspirações. O sueco já gravou mais de 20 álbuns-solo, e outros três com as bandas Steeler e Alcatrazz.


Abaixo, você pode ouvir a música mais conhecida de Malmsteen, ‘Far Beyond The Sun’:

Os Rolling Stones divulgaram uma ótima versão alternativa de ‘Dead Flowers’: ouça

Os Stones soltaram em seu canal oficial do youtube uma versão alternativa de ‘Dead Flowers’, uma das músicas mais marcantes de toda a carreira do grupo.

A versão é um outtake e tem uma pegada mais crua, mais pesada e mais blueseira. As guitarras, gravadas por Mick Taylor, estão mais salientes e mais cheias de firula. Por outro lado, as teclas de Ian Stewart estão com um volume mais baixo do que a versão original.

‘Dead Flowers’ é a penúltima música do álbum ‘Sticky Fingers’, lançado pelos Rolling Stones em 1971. O disco vai ser relançado dia 9 de junho em uma versão de luxo cheia de raridades, incluindo é claro essa música que você pode ouvir abaixo. Play!

Complementando, além de ‘Dead Flowers’, o álbum alternativo de ‘Sticky Fingers’ também vai ter uma ‘Brown Sugar’ com Eric Clapton na guitarra, uma ‘Wild Horses’ acústica, outtakes de ‘Bitch’ e ‘Can’t you hear me knockin’ e cinco registros ao vivo, gravados no London’s Roundhouse em 1971. Lindo!

Fotógrafo registra a galera enlouquecida em um show dos Rolling Stones em 1978

No dia 17 de junho de 1978 os Rolling Stones fizeram um grandioso show no (já demolido) JFK Stadium, na Filadélfia. Foi um dos primeiros shows da turnê norte-americana dos Stones naquele ano. A banda estava divulgando o discaço Some Girls, recém lançado na época.

Certamente foi um show que ficou na memória de cada um dos 90 mil presentes no estádio, mas três décadas depois do acontecimento o dia ultrapassou a barreira das lembranças e aterrissou em um livro fotográfico.

O fotógrafo Joseph Szabo, então com 34 anos, esteve lá e registrou a juventude enlouquecida pelo som dos Rolling Stones. Mesmo com a banda no palco quebrando tudo, Szabo conseguiu manter a concentração e focar em seu trabalho, que nada mais era do que fotografar o público. Com três câmeras, todas com lentes de 35mm, e um punhado de filmes em preto e branco, o fotógrafo documentou a galera em transe, bebendo, fumando, se beijando, dançando, pulando, cantando, se divertindo. E é por isso que esse trabalho não tem foto da banda, mas dos fãs.

“A música dos Stones influenciou meu trabalho naquele dia. Mas Mick Jagger e companhia não eram a razão de eu estar lá. O show era na pista, junto às pessoas. Você olha estes rostos e você se conecta com eles, você sente uma certa simpatia ou empatia”.

O resultado desse dia se tornou o livro Rolling Stones Fans, lançado primeiramente em 2007 e relançado agora em 2015 em uma edição de luxo. O registro não foi lançado no Brasil e não há previsão para isso também. Quem quiser adquirir vai precisar desembolsar um bom frete e encomendar direto dos States, pelo Artbook. Uma palhinha do livro está na galeria abaixo:

‘Promessas de Guerra’ marca a boa estreia de Russell Crowe na direção

O vencedor da Academia e dono de papéis marcantes que permanecem na memória do cinema, Russell Crowe, resolveu arriscar-se em outros ares. Além de protagonizar Promessas de Guerra (The Water Diviner), Crowe também comandou a produção, que narra a busca de um pai por seus filhos na Turquia, desaparecidos na batalha de Dornadelos, embate travado pelos Aliados que culminou no declínio do Império Otomano em plena Primeira Guerra Mundial.

Mas o roteiro escrito por Andrew Knight e Andrew Anastassios pouco aborda as mazelas da guerra e a complexidade dos eventos ocorridos por trás da batalha e das diferenças religiosas presentes, algo que acaba por serem mencionadas através falas sucintas e muito bem empregadas dado ao contexto principal do filme: a jornada de um fazendeiro australiano pelo paradeiro dos seus três filhos. No caminho, Connor (Crowe) conhece Ayshe, interpretada pela inconfundível Olga Kurylenko, o romance está armado. Viés clássico dos dramas.

Promessas de Guerra (4)

Todavia, Promessas de Guerra consegue ir além do óbvio e do clichê em pequenos diálogos e fragmentos espalhados e incumbidos por uma fotografia estonteante, sem contar a poderosa atuação de Russell Crowe, que precisou dirigir a si mesmo para ter vontade de atuar.

O ator neozelandês naturalizado australiano encontrou no auge dos seus 51 anos uma nova perspectiva, e com uma direção pontuada em sua vasta experiência com uma lista seleta dos maiores diretores da indústria cinematográfica, Crowe ainda conseguiu imprimir o seu próprio desejo e referências ao longo da produção.

Promessas de Guerra (5)

Promessas de Guerra se encerra sublimemente, e mesmo na previsibilidade do roteiro escrito na borra do café, a viagem não deixa de ser doce para ser apreciada. Russell Crowe, além de poder continuar mantendo a sua “arrogância” perante a imprensa sobre o seu talento na atuação, agora também pode dizer que, no mínimo, entende mais que muitos diretores por aí sobre cinema.

Emojis: progresso ou retrocesso?

Parte I: Progresso

Nunca foi tão fácil se comunicar com outras pessoas como está sendo agora, nesse exato momento. E em pouco tempo, certamente a comunicação ainda será mais fácil. Aposto com vocês. Como? Não sei, mas o avanço a passos de millennium falcon das comunicações sugere isso.

Em uma aula que tive de uma matéria que agora me fugiu da memória, durante a faculdade de jornalismo, discutimos que poderia ser questão de pouco tempo para que um idioma universal surgisse. Não o inglês, uma linguagem além das palavras, além da matemática, que pudesse comunicar quem só sabe falar mandarim com quem só sabe falar russo, por exemplo.

Quatro anos depois, acontece isso. A explosão dos emojis. O idioma dos ícones se faz presente no whatsapp, facebook, instagram e até nesse texto.

É uma febre que está se tornando mais do que passageira. Já faz parte da cultura da nossa geração. É um idioma que já foi utilizado para contar parte da história de Game of Thrones e também o roteiro de O Grande Lebowski, como você pode ver abaixo (se você conseguir entender, parabéns, você realmente decorou todas as cenas. se não, você pode trapacear e ler as explicações nesse artigo do medium).

o grande lebowski em emojis
Dude…WTF!?

Parte II: Retrocesso

É uma facilidade. Inegavelmente é. Só que está longe de ser a linguagem universal que viajamos que um dia irá existir. Emojis são limitados a uma linguagem visual. Na hora de falar, só as palavras – e os gestos – podem cumprir essa tarefa de comunicação. Além do mais, há estudiosos das línguas que enxergam os emojis como um retrocesso.

Em uma crônica publicada na Zero Hora, o escritor Fabricio Carpinejar largou a real em um texto descontraidamente reflexivo.

“É uma sensação de descarte e superficialidade. Aquele que insere um macaquinho ou um gatinho dá a ideia de distração, de ocupação, de envolvimento simultâneo em diversas janelas. […] É fofinho usar uma carinha ou outra, mas não sempre e indiscriminadamente. Torna-se decepcionante como receber um ok depois de escrever vários parágrafos para alguém”.

Há essa crítica não só no Brasil, mas no mundo. É o caso do linguista britânico Vyv Evans, que acredita que a linguagem dos emojis está nos levando de volta à idades das trevas.

Em entrevista ao Guardian, o linguista compara os emojis a hieróglifos, linguagem criada pelos egípcios em (dizem) 3.000 a.C e que é, provavelmente, o sistema de escrita mais antigo da humanidade. Uma linguagem importantíssima para a história, mas que está sujeita a diversas interpretações, assim como os emojis.

Traduz aí pra gente!
Traduz aí pra gente!

Atire o primeiro comentário se você nunca teve um post, um texto, um tweet ou uma mensagem mal interpretada por alguém. Se em palavras isso já acontece, imagine com sinais. Uma imagem é muito mais passível de interpretações do que um texto. É regra.

O uso dos emojis é tão comum que já foi anunciado que 38 novos ícones serão incorporados ao teclado tradicional pela Unicode, a companhia que criou tudo isso, incluindo um emoji de bacon e um de selfie!

A receita é usar moderadamente. Há ocasiões e ocasiões. Não há nada de errado quando, por exemplo, você escreve uma mensagem para uma pessoa dizendo que a ama e essa pessoa responde com um coração. Mas, se você escrever uma mensagem de 50 linhas declarando seu amor e receber só um ícone de volta, pode ser que ela tenha ficado sem palavras ou que ela não soube como agir ou que ela tenha ficado na dúvida e não quis ser deselegante.

Enfim, como vimos antes, os ícones nos deixam várias interpretações e há momentos em que o melhor é não arriscar. Até a Unicode admitiu que alguns usuários estão utilizando os emojis de forma equivocada. O saldo que fica é que na real os emojis não são nem um progresso, nem um retrocesso, mas um complemento à linguagem. Como tudo na vida, se usado de forma errada, pode dar…

… mas se usado como deve ser pode ser divertido pra caralho. Viu só? Algumas expressões os emojis (ainda) não traduzem 🙁

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