– Pensei que eu pudesse ser como você. Ser precisa e fria e morta e pura como você. Mas ninguém pode ser como você.

The Punisher #16 (2012), de Greg Rucka e Marco Checchetto

Nesta semana, foi publicada a edição de número 16 da revista mensal do Justiceiro, última do título, marcando o fim daquela que já é considerada por alguns como uma das melhores fases do anti-herói. Os principais responsáveis: o roteirista (e aclamado romancista policial) Greg Rucka e o ilustrador Marco Checchetto – encarregado da arte (extremamente competente e compatível com o tom das histórias) na maior parte das 16 edições.

(Rucka ainda se despede do personagem com a minissérie Punisher: War Zone, que coloca os Vingadores em seu encalço, mas a HQ promete ser um tanto diferente – senão na qualidade, pelo menos no estildo – da série regular).

O Justiceiro de Rucka não é simplesmente um homem movido pela fúria e pelo desejo de vingança. Pelo contrário. O fuzileiro naval Frank Castle morreu com sua família. Agora, só resta o Justiceiro – um homem, frio, calculista, determinado, completamente desprovido de emoção. E seu trabalho, sua missão – punir (no caso, matar) aqueles que merecem, a única coisa que importa para ele.

Em entrevista ao Comics Alliance, na semana de lançamento de Punisher #1, Greg Rucka falou sobre sua visão do personagem: “Ele sabe que está ‘quebrado’. Carrega esse fardo voluntariamente. Sabe exatamente quem é e o que está fazendo a cada passo dado. E o homem moral que foi Frank Castle conhece o lugar no inferno que o aguarda, e mesmo assim continua”.

E como bem nota a sargento Rachel Cole-Alves (uma dos vários coadjuvantes muito bem desenvolvidos ao longo da série), ninguém pode ser como o Justiceiro. Por mais que tente – como ela própria busca desde a primeira edição, quando sua família também é brutalmente assassinada num ato de violência aleatória.

A resposta de Castle para Rachel, alguns quadrinhos a seguir? “Ninguém deveria ser como eu”.

fragmentos9 – Fragmentos de genialidade (ou infâmia) da nona arte. Um quadrinho (ou sequência) de cada vez. Seleção arbitrária por nosso comitê (de uma só pessoa). Para mais, visite o tumblelog.

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