Marseille, a primeira série francesa da Netflix aproveita sucesso de “House of Cards”

marseille netflix

“O poder não é dado: é pego”. A premissa é tão chocante como intrigante, mas funciona como gancho perfeito para um desses atrevidos experimentos que a Netflix se acostumou a apostar para tirar o poder dos seus competidores na tela pequena.

É nesse contexto que a gigante de streaming promove sua primeira série francesa: “Marseille”, um thriller político em que o poder é um bem necessário para fazer certas certas vitórias políticas pessoais se efetivarem. É, em resumo, o reflexo mais exato da cobiça.

Para os fanáticos por séries, a trama estrelada pelo lendário ator Gerard Depardieu lembra outra que foi sucesso mundial de crítica e público: “House of Cards”, que terá sua última temporada – sem Kevin Spacey – neste ano. Na imprensa francesa, “Marseille” é tratada como uma “House of Cards” local.

Depardieu (Robert Taro) é uma espécie de Frank Underwoood (papel de Spacey em “House of Cards”), só que, ao invés de buscar acesso ao poder por traições políticas, é uma traição que o leva a jogar até suas últimas cartas para evitá-la.

Em tempos de campanha pela prefeitura da cidade de Marselha, suas intenções desencadeiam um enfrentamento com seu antigo protegido e aliado, Lucas Barrès (Benoît Magimel), um jovem ambicioso com altas aspirações no âmbito político.

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Taro havia preparado o caminho para que Barrès fosse seu sucessor no governo da cidade, mas logo se dá conta que seu pupilo está disposto a traí-lo para governar segundo seus próprios interesses. Assim, acabam por se enfrentar em uma campanha dura e implacável em que qualquer um pode perder.

Em meio às constantes disputas, aparecem assuntos turbulentos de uma grande cidade, como o tráfico de drogas e o clientelismo, em que estão envolvidos diversos personagens distintos – de mafiosos a parlamentares, de jornalistas e ministros e até o presidente da França.

Além da excelente fotografia e do belo cenário que a cidade portuária de Marselha oferece – um grande conglomerado urbano na Costa Azul (no litoral Sul da França, no Mar Mediterrâneo) conhecido também pelos altos índices de criminalidade, a Netflix aposta que o roteiro pode ser o diferencial qualitativo da produção.

“Meu objetivo era desenvolver um thriller político e também um drama centrado em personagens que transcendem a política. Mas, antes de tudo, trazer o cinema para a TV”, explicou o diretor francês Florent Emilio-Siri, que esteve à frente dos primeiros capítulos, durante a apresentação oficial de “Marseille”.

“Sou fanático pelas séries dos anos 1960 e 1970 que colocavam muita ênfase no desenvolvimento de muitos personagens e não apenas em dois ou três deles, que é o caso dos filmes de hoje. O que eu amo em ‘Marseille’ é que foi possível se aprofundar em muitos personagens e criar arcos narrativos convincentes para cada um deles” – Florent Emilio-Siri, diretor da série.

De fato, a série vai desde o prefeito da cidade, passando pelo drama de sua esposa, uma musicista clássica que descobre uma doença degenerativa na mão esquerda, sua filha, que se apaixona por um marroquino ladrão de joalherias, chegando aos líderes mafiosos locais e seus capangas – todos investidos de alguma forma no roteiro principal.

Depardieu, que já participou de mais de 50 filmes e séries televisivas francesas, afirmou recentemente que, ao contrário do personagem, detesta política, assim como o poder. “A série mostramos apenas o que está por cima da política, mas a realidade é ainda pior”, afirmou ao jornal Le Figaro.

Para além de se converter em um título original a mais no catálogo do serviço de streaming estadunidense, “Marseille” representa uma ruptura de paradigmas. É não apenas a primeira produção da Netflix na França – rodada por completo em Marselha, mas também é a primeira série europeia feita pela própria companhia que ficará disponível a todos os assinantes do mundo.

“‘Marseille’ é uma precursora e uma prova de fogo tardia de uma estratégia maior de crescimento do Netflix, a expansão global mediante produções locais, para os próximos anos”, destacou o serviço via sua assessoria de imprensa.

marseille netflix

A chave de crescimento da plataforma – e, ao que parece, seu novo modelo de negócio para competir com grandes cadeias de TV, como a estadunidense HBO e, no caso da França, o Canal+ – é justamente cativar públicos locais e ganhar adeptos fora das fronteiras nacionais com séries em idiomas estrangeiros.

“Marseille” foi gravada toda em francês, assim como “Gomorrah” (em italiano) e “Narcos” (em espanhol). De acordo com dados revelados por Ted Sarandos, chefe de conteúdo da Netflix, apenas nos Estados Unidos há um público de duas milhões de pessoas que assistem televisão em idioma francês com regularidade. Portanto, o nicho que a companhia pretende se inserir está identificado desde antes.

Os criadores da série ainda encomendaram a composição da trilha sonora ao francês Alexandre Desplat, nominado oito vezes ao Oscar, além de empregarem rappers da própria Marselha. A primeira temporada, gravada em 2016, já está toda disponível no Netflix. A segunda foi lançada em fevereiro deste ano.

https://www.youtube.com/watch?v=8WvqgV7-kSc

Rio de Janeiro histórico: para além dos cartões-postais da Cidade Maravilhosa

paço imperial rio

O Rio de Janeiro é um dos destinos mais procurados pelos turistas no Brasil. Todos os anos, pessoas de diferentes partes do mundo visitam a Cidade Maravilhosa.

Muitos de seus pontos turísticos já são bastante conhecidos, como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e suas belas praias.

Entretanto, há outros lugares interessantes que não são tão conhecidos. Com passagens aéreas para o Rio de Janeiro mais baratas após o ápice do verão, a baixa temporada pode ser a hora de conhecer lugares que ajudam a contar a história da cidade, do Brasil e até da América do Sul.

Palácio do Catete

Palácio do Catete
Foto: Divulgação IBRAM

O Rio foi palco de muitos eventos históricos, principalmente porque já foi também a capital brasileira, mais precisamente entre 1763 e 1960.

Um ponto turístico bastante interessante que remete a essa época é o Palácio do Catete. Localizado no bairro do Catete, foi sede do Poder Executivo de 1897 a 1960. Após 1960, o lugar passou a abrigar o Museu da República.

O palácio vale a visita também por sua arquitetura e por entre outras coisas, como conhecer o quarto onde morreu o ex-presidente Getúlio Vargas.

Quinta da Boa Vista

Quinta da Boa Vista
Foto: Wikimedia Commons

Outro ponto interessante da cidade maravilhosa é a Quinta da Boa Vista, um lindo e enorme parque situado na zona norte do Rio.

A Quinta da Boa Vista foi a residência da família real portuguesa até 1889, ano da proclamação da República. Visitá-la é praticamente fazer uma viagem no tempo da família real, além de ser um passeio agradável pela natureza.

Paço Imperial

paço imperial rio

O Paço Imperial, anteriormente chamado de Paço Real, foi a primeira residência da família real e também a antiga sede do governo brasileiro.

Após a proclamação da República, o já nomeado Paço Imperial passou a sediar acontecimentos importantes. Lá, foram aclamados D. Pedro I e D. Pedro II e assinada a Lei Áurea pela princesa Isabel, pondo fim à escravidão.

O local se encontra na Praça XV de novembro, no Centro Histórico da cidade.

Ilha Fiscal

Ilha_Fiscal
Foto: Wikimedia Commons

Mais um ponto turístico que é uma verdadeira viagem ao passado é a Ilha Fiscal. Localizada no meio da Baía de Guanabara, é conhecida por ter sido o local do último baile do Império, pois apenas seis dias após a festa houve a proclamação da República.

Conhecer o palacete neo-gótico do século XIX, construído no governo de Dom Pedro II, é uma verdadeira aula de história. Isso sem falar na vista para o mar.

Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro

Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Foto: Wikimedia Commons

A Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro é uma linda igreja no topo do Outeiro, localizado no bairro da Glória.

A princesa Maria da Glória, neta de D. João VI, foi batizada nesta igreja. O local ainda realiza missas todos os domingos.

Parque das Ruínas

Parque das Ruínas
Foto: Paulisson Miura

Há também o Parque das Ruínas, antiga mansão de Laurinda dos Santos Lobo, a “marechal da elegância”, famosa mecenas da Belle Époque carioca.

O belíssimo parque, situado no bairro de Santa Teresa, oferece uma visão única, uma das mais belas da cidade do Rio de Janeiro.

Além disso, o local abriga um centro cultural que oferece uma programação para todos os públicos.

21 dicas de séries para você assistir na Netflix em 2018

Dicas de Séries Netflix

Se você gosta de um bom seriado como eu, sabe como é frustrante ficar procurando e procurando por séries na Netflix, ter que se contentar com aquelas descrições que muitas vezes não falam muita coisa, dar uma chance e depois se arrepender.

Pois saiba que para facilitar sua vida, reuni aqui 21 dicas de séries da Netflix para você escolher e maratonar. São séries, seriados e alguns documentários para você ver este ano, listei eles com uma descrição bem legal.

Já fiz algumas outras listas há alguns anos atrás, vale a pena dar uma passada lá pra conferir a lista de 20 Séries/Seriados Recomendados e também a de 11 Séries/Seriados Recomendados.

Importante: Não estão em ordem de qualidade ou preferência, estão em ordem alfabética e por último estão as em formato documentário, mas todas as séries estão disponíveis na Netflix!

American Crime Story: O povo contra O.J. Simpson

Gênero: Drama, Crime

A série mostra o julgamento do ex-jogador de Futebol Americano, Orenthal James, que foi acusado em 1994 de assassinar a ex-esposa, Nicole Brown, e seu amigo Ronald Goldman. Contada através da perspectiva dos advogados que conduziram o caso, um deles era Robert Kardashian (sim, o pai das Kardashians), a temporada explora os acordos e as manobras políticas conduzidas pela defesa e a promotoria.

Uma série da Netflix que vale muito a pena ver se você curte o estilo julgamento de casos reais. Caso assistir, depois me conta se você acha que ele é culpado ou inocente.

Bates Motel

Gênero: Drama, Suspense

Norma e seu filho Norman (sim), moram em uma pacata cidade em Oregon. Ela é proprietária de um motel e sua relação com o filho é bem complexa, beirando um complexo de Édipo. Trágicos acontecimentos se desenvolvem na trama baseada no filme Psicose, de Alfred Hitchcock.

A série acabou em 2017 e tem 5 temporadas, 4 delas disponíveis na Netflix. Esta não é uma série muito nova, mas é uma dica para ver em 2018 caso você ainda não conheça!

Better Call Saul

Gênero: Comédia, Drama

Esta série disponível na Netflix é um spin-off de Breaking Bad. Saul Goodman era o advogado de Walter e Jesse, porém, a série se passa anos antes de Saul conhecer Walter, ou seja, quando Saul Goodman ainda era Jimmy McGill, um advogado de pequenas causas.

Se você ainda não viu, vale a muito a pena ver, tem as 3 temporadas na Netflix e já estamos esperando a quarta. It’s all good, man!

Black Mirror

Gênero: Drama, Ficção Científica

Black Mirror explora sensações do mal-estar contemporâneo. Cada episódio da série conta uma história diferente, são distopias que mostram o lado negro da vida atrelada à tecnologia. Admito que não vi muitos episódios, mas é um seriado que no ano de 2018, vale a pena ver e refletir.

A quarta temporada estreou em dezembro de 2017 e já está disponível na Netflix.

Dirk Gently’s Holistic Detective Agency

Gênero: Comédia, Policial

Baseada na série literária Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently, de Douglas Adams, conta a história de um detetive holístico que investiga casos que envolvem o sobrenatural. O Frodo, de Senhor dos Anéis (também conhecido como Elijah Wood) é seu parceiro nas investigações.

Está na segunda temporada, as duas estão na Netflix!

Disjointed

Gênero: Comédia

Ruth (Kathy Bates) e seu filho gerenciam uma loja de produtos baseados em cannabis. Se você é contra a legalização da maconha, talvez não goste muito desta série.

É uma comédia nível leve, se gosta de séries assim, indico ver. Na netflix está dividida em ‘parte 1’ e ‘parte 2’ com 10 episódios cada.

Gotham

Gênero: Drama, Policial

Antes de Batman, a cidade de Gotham já existia e James Gordon (Ben McKenzie) tentava colocar ordem por lá. O detetive e seu parceiro, o oficial Harvey Bullock (Donal Logue), tem como missão solucionar o caso do assassinato dos bilionários Thomas e Martha Wayne. Gordon conhece o único sobrevivente do assassinato: Bruce (David Mazuouz), filho do casal, do qual vira grande amigo.

A quarta temporada saiu em setembro de 2017, mas ainda não está disponível na Netflix. Aproveite e comece as outras três 🙂

Grace and Frankie

Gênero: Comédia

Os maridos de Grace (Jane Fonda) e Frankie (Lily Tomlin) revelam que estão apaixonados um pelo outro, e planejam se casar. Agora, elas estão ligadas eternamente por esse acontecimento e encarando a temida “3ª idade” não da forma que imaginavam…

Mais uma comédia (zinha). 4 temporadas, todas disponíveis da Netflix.

 Jessica Jones

Gênero: Drama, Fantasia, Policial

A vida de Jessica (Krysten Ritter) como super-heroína acabou de forma trágica e ela vem reconstruindo sua carreira como detetive particular. Ela sofre de Transtorno de Estresse Pós-Traumático, e tenta fazer com que seus super-poderes passem despercebidos pelos seus clientes. Um vilão de seu passado, Zebediah Kilgrave (David Tennant), o qual podemos chamar de embuste, vai voltar a persegui-la e atormentá-la.

A segunda temporada da série estreou em março de 2018! Está quentinha lá na Netflix te esperando. Admito que não comecei ainda, mas gostei bastante da primeira.

La Casa de Papel

Gênero: Drama, Suspense

Oito habilidosos e experientes ladrões se reúnem e bolam um plano para invadir e se trancar na Casa da Moeda da Espanha com o ambicioso plano de realizar o maior roubo da história. Para isso, eles precisam lidar com os reféns e os agentes da força de elite da polícia.

Admito que demorei para me render a esta série, mas gostei bastante. Há rumores que a segunda temporada está para entrar na Netflix em Abril.

Manhunt: Unabomber

Gênero: Drama, Policial

A investigação principal é sobre uma caçada de aproximadamente 20 anos para capturar Ted Kaczynski, mais conhecido como o terrorista “Unabomber”, que foi condenado à prisão perpétua por ter participado de uma série de atentados nos Estados Unidos, caso real! 

Além de ser um retrato sobre o dia a dia de agentes do FBI em suas missões para desvendar casos criminais. Essa é mais uma das séries que valem a pena ver, caso você curta o gênero. Parou na primeira temporada que está disponível na Netflix.

MindHunter

Gênero: Drama, Suspense

Dois agentes do FBI, Holden Ford (Jonathan Gross) e Bill Tench (Hold McCallany), possuem um plano ambicioso em mente: desenvolver a primeira pesquisa nos EUA sobre a mente dos assassinos. Eles precisam ganhar a confiança dos detentos para conseguir entrevistá-los e conseguir o máximo de informações.

A série se passa em 1977, nos Estados Unidos, e a partir dos estudos eles identificam uma nova classe de assassinatos: os em série. Fato: As histórias dos detentos entrevistados são baseados em assassinos reais e, inclusive, se parecem até fisicamente. Não é recomendado para menores de 16 anos, mas se você tiver mais, olhe porque vale MUITO a pena!

Narcos

Gênero: Drama, Suspense, Policial, Biografia

A série mostra a caçada a um dos traficantes de drogas mais procurados do mundo, no final da década de 1970, Pablo Escobar (Wagner Moura). Seu nome circulava pelas delegacias da Colômbia e também dos Estados Unidos e enquanto isso, Escobar continuava construindo seu império, enriquecendo cada vez, além de muito querido pela população.

A série é de 2015, está na terceira temporada (todas na Netflix) e logo vem a quarta! Então, se caso você ainda não viu, com certeza vale a pena conferir.

Santa Clarita Diet

Gênero: Comédia, Fantasia

Sheila (diva querida maravilhosa Drew Barrymore) e Joel (Timothy Olyphant) são dois corretores de imóveis casados e com uma filha adolescente, descontentes com a vida que levam em Santa Clarita, no subúrbio de Los Angeles. O destino deles começa a mudar quando Sheila passa por uma mudança radical! Não posso contar o que é para não dar spolier…mas só veja se você é mente aberta (lembre-se que fantasia consta no gênero).

Está na segunda temporada, que acabou de entrar na Netflix.

Stranger Things

Gênero: Fantasia, Suspense

A série se passa nos anos 80 e um garoto de 12 anos desaparece misteriosamente. A família e a polícia procuram respostas e acabam se deparando com um experimento secreto do governo. A trilha sonora é muito boa, assim como a série, que tem um elenco extraordinário, desde as crianças maravilhosas como a também maravilhosa Winona Ryder.

A série começou em 2016, a temporada 2 saiu em outubro de 2017 e é altamente recomendada para você assistir em 2018.

The Crown

Gênero: Drama, Biografia

Com a morte do seu pai em 1952, o rei George VI, o trono inglês fica para Elizabeth II (Claire Foy). Ela assume a coroa com apenas 25 anos de idade, e com grandes compromissos vêm grandes responsabilidades.

A série mostra o que há por trás do sorriso da rainha, desde a relação com marido e filhos até com os primeiros-ministros. Os cenários e figurinos são absurdamente lindos, e não é pra menos, é uma das séries mais caras da história da televisão.

Somente na primeira temporada, o orçamento girou em torno de US$130 milhões. As duas temporadas da série estão na Netflix, não deixe de ver este ano.

The Sinner

Gênero: Drama, Suspense

Uma jovem mãe de família (Jessica Biel) comete um crime bárbaro em público e se vê incapaz de explicar o motivo que a levou àquele estado de fúria súbito.

Um investigador se torna disposto a entender a psique da mulher, sem julgar, desenterrando os momentos de violência que ela tenta manter no passado.

Apenas uma temporada, por enquanto, mas vale a pena ver!

Weeds

Gênero: Comédia, Drama

Essa série é bem velhinha, começou em 2005, mas estou colocando aqui porque entrou há muito pouco tempo na Netflix. Ela conta a história de Nancy Botwin (Mary-Louise Parker), que depois da morte inesperada do marido e de uma crise financeira abraça uma nova profissão: a de traficante de maconha.

A série já acabou, mas são 8 temporadas bem divertidas que você pode ver neste ano de 2018.

Séries e Seriados em formato Documentário na Netflix para você ver em 2018

A história de Deus com Morgan Freeman

Gênero: Documentário

São seis episódios de uma hora de duração cada, onde ninguém menos ninguém mais que Morgan Freeman explora as muitas facetas da representação divina. Desde a criação, passando pelos milagres, até a promessa da ressurreição.

Para isso, rodou o mundo e além de ocupar o inevitável cargo de apresentador, o ator participou também de rituais religiosos. Interessantíssimo!

As casas mais extraordinárias do mundo (The World’s Most Extraordinary Homes)

Gênero: Documentário

Casas suspensas, construídas em ambientes pouco habitados, presas em um penhasco ou enterradas na terra. O arquiteto Piers Taylor e a atriz Caroline Quentin viajam pelo mundo em busca das casas mais incríveis já construídas.

Se você curte arquitetura vai gostar muito deste seriado em formato de documentário. São 4 episódios divididos em casas na montanha, litoral, floresta e subterrâneas. Também é muito interessante para ter uma visão sobre o processo de criação dos arquitetos, desde a escolha do local até os materiais.

Ah, e se você curte arquitetura, não deixe de curtir a página do Casa e Arquitetura no Facebook e no Instagram!  Siga lá para acompanhar todas as novas postagens semanais do blog e todas as minhas dicas sobre a área 🙂 

Abstract: The Art of Design

Gênero: Documentário

O seriado em formato documentário é de 2017 e mostra o trabalho desafiador e visionário de alguns dos designers mais importantes e criativos da atualidade.

São profissionais que criam tendências que vão muito além de facilitar o dia-a-dia das pessoas, é incrível e vale MUITO a pena assistir.


E aí, o que achou das dicas de séries da Netflix que preparei pra você? Sentiu falta de alguma? Se você tem mais algum para indicar, deixe nos comentários e ajude os seriadomaníacos.

Boa maratona!

Em turnê pelo Brasil, Radio Moscow renova viagem setentista em novo disco

radio moscow brasil

Cinco álbuns de estúdio, um disco duplo gravado ao vivo na Califórnia e uma coletânea de demos capturadas na garagem de Parker Griggs antes mesmo da banda existir.

Esse combo todo compõe a discografia do Radio Moscow, repleta de curiosidades e músicas que reverenciam na atualidade o que Jimi HendrixLed ZepellinFrank Zappa e Black Sabbath criaram nas décadas de 1960 e 1970, a “era de ouro” do rock psicodélico.

Em mais uma turnê pelo Brasil, com cinco datas, o atrativo da vez é o último disco, “New Beginnings”, lançado em 2017 pela gigante Century Media e com versão em nacional em digipack pela Abraxas Records.

Com produção nacional também da Abraxas, o giro brasileiro tem as seguintes datas confirmadas:

  • 27/03 em Palmas (Wings Brew Pub);
  • 28/03 em Florianópolis (Célula Showcase)
  • 29/03 em São Paulo (Vic Club)
  • 31/03 em Aldeia Velha (RJ, no Aldeia Rock Festival)
  • 01/04 no Rio de Janeiro (La Esquina).

Uruguai, Argentina e Chile também estão na rota da Radio Moscow pela América do Sul até 8 de abril.

radio moscow turne américa do sul

Com “New Beginnings”, o Radio Moscow adicionou peso, dosou nas viagens blueseiras, mas mantém a psicodelia em alta, além da guitarra sempre frenética de Parker Griggs, que destila riffs pegajosos e muito swing.

A produção é impecável, fato que exige ainda mais do trio ao vivo. Mas claro, nenhum show desta nova turnê ficará sem músicas dos já clássicos “Magical Dirt” e “Brain Cycles”, além do debut homônimo e do “The Great Escape of Leslie Magnafuzz”, que contém diversos momentos de boogie a la The Allman Brothers.

O Radio Moscow começou lá na primeira década do século com a ajuda do Dan Auerbach, do The Black Keys. Depois gravou discos com dois músicos que em seguida foram fazer mais história com o Blues Pills, e hoje – e em questão de uma década – já fazem parte do cast de uma grande gravadora e tidos como ícones da nova safra do assim chamado stoner rock e do rock psicodélico.

Não importa quantas vezes a banda já veio e ainda virá, um show deste power-trio será sempre quente, pesado e qualquer outro adjetivo que leve ao imperdível.

Em 2014 fizemos uma entrevista com a banda enquanto ela excursionava por aqui com a turnê do “Magical Dirt”. Leia em Estilhaços de Entrevista, Wah-Wah’s de Magical Dirt e Relatos de Puro Flashback Auditivo.

A versão nacional de “New Beginnings” pode ser adquirida nas principais lojas de discos de São Paulo e Rio de Janeiro, ou encomendado direto pelo site da loja da Abraxas: www.abraxas.shop.

https://www.youtube.com/watch?v=qxDZqdSdG70

​Os shows do Radio Moscow no Brasil

Radio Moscow em Palmas (27/03/18)

  • Evento no FB: https://www.facebook.com/events/281270919066897/?ti=cl
  • Data: 27 de março de 2018
  • Horário: 18 horas
  • Banda de abertura: Wizened Tree
  • Local: Wings Brew Pub
  • Endereço: Av. JK, Quadra 103 sul
  • Ingressos em: https://www.sympla.com.br/radio-moscow-eua–wizened-tree-to–wings-brew-pub-palmas—27032018__229969

Radio Moscow em Florianópolis (28/03/18)

  • Evento no FB: www.facebook.com/events/146487422680125
  • Data:  28 de março de 2018
  • Horário: 21 horas
  • Banda de abertura: Disaster Cities
  • Local: Célula Showcase
  • Endereço: Rodovia João Paulo, 75 – Florianópolis/SC
  • Ingressos em: https://www.sympla.com.br/radio-moscow-eua–disaster-cities–florianopolis-sc–280318__225664

Radio Moscow em São Paulo (29/03/18)

  • Evento no FBwww.facebook.com/events/162489824374796
  • Data:  29 de março de 2018
  • Horário: 18 horas
  • Bandas de abertura: Aura e Quarto Ácido
  • Local: Vic Club
  • Endereço: Rua Masquês de Itu, 284 – Vila Buarque, SP
  • Ingressos em: www.sympla.com.br/radio-moscow-em-sao-paulo—29-de-marco-no-fabrique-club__235908 

Radio Moscow no Aldeia Rock Festival (31/03/18)

  • Evento no FBwww.facebook.com/events/141492823177219
  • Data:  31 de março de 2018. O Fest acontece de 29-31/03
  • Local: Aldeia Velha (Rio de Janeiro)
  • Ingressos em: www.sympla.com.br/aldeia-rock-festival-xvii__225615

Radio Moscow no Rio de Janeiro (01/04/18)

  • Evento no FB: www.facebook.com/events/157750378207845
  • Data:  1º de abril de 2018
  • Horário: 18 horas
  • Bandas de abertura: Aura e Quarto Ácido
  • Local: La Esquina
  • Endereço: Avenida Mem de Sá, 61 – Lapa, RJ
  • Ingressos em: www.sympla.com.br/radio-moscow-no-rio-de-janeiro—1-de-abril-no-la-esquina__235920/

Dicas de livros para uma vida com mais acertos em casa e no trabalho

Dicas de livros para uma vida com mais acertos em casa e no trabalho

É por meio da leitura que descobrimos novos universos e aprendizados sem sair do lugar. Nela, muitas vezes, encontramos respostas para um cotidiano melhor, tanto no setor pessoal como profissional.

Sabemos também que são muitas as opções de livros de diferentes temáticas disponíveis no mercado. Há algumas, no entanto, que de alguma forma podem influenciar a maneira como pensamos e agimos.

E embora a preferência por livros seja algo bastante pessoal, selecionamos aqui uma pequena lista com dicas de obras para ajudá-lo a ter mais acertos em diversos setores da vida.

cedulas de reais
Foto: Pxhere – CCO Public Domain

Em Mastermind: Como pensar como Sherlock Holmes, livro nomeado para o Prêmio Agatha na categoria Melhor Não-Ficção, Maria Konnikova traz estratégias para solucionar problemas no trabalho e em casa, sendo mais criativo e perspicaz.

Com base em descobertas da Psicologia e da Neurociência, ela mostra como o poder de observação de Sherlock Holmes, renomado detetive da ficção, pode ser aprendido e evoluído através de exercícios simples em nosso dia a dia.

Nascida na Rússia, Konnikova é autora ainda de The Confidence Game, escritora contribuinte da revista New Yorker, e se prepara para lançar mais uma obra em 2019: The Biggest Bluff, livro que promete dicas sobre como jogar com a vida.

O que você faz e como utiliza o seu tão precioso tempo? No livro Administração do Tempo: Um Recurso Para Melhorar a Qualidade de Vida Pessoal e Profissional, Renato Bernhoeft sugere práticos exercícios e questionários para auxiliar o leitor a melhorar a utilização de seu tempo e conquistar mais qualidade de vida por meio do aprimoramento do rendimento. Uma boa dica de leitura para aqueles que precisam de auxílio em como otimizar tarefas.

Bernhoeft é autor de 16 livros sobre empresas familiares, sociedades empresariais e qualidade de vida, e articulista de vários jornais, revistas e portais.

James Altucher é outro que fala sobre a vida e não apenas autoajuda. Autor da obra Choose Yourself, ele acredita que temos que viver intensamente e focar nos setores de nossos cotidianos da maneira que mais nos agrada.

O livro se inicia mostrando como a economia está mudando e que as decisões que tomamos precisam ser realizadas pensando em nosso bem-estar. Somos nós que temos que escolher as melhores práticas e tomar certas atitudes, como aprender a dizer não, lidar com a rejeição e abolir a procrastinação.

Altucher atua também como blogueiro, empreendedor, mestre de xadrez e apresentador de podcasts. Ele publicou 11 livros e é colaborador frequente do The Financial Times.

cédulas de reais
Foto: Pxhere – CCO Public Domain

Para finalizar, a nossa última sugestão vai para o clássico Rich Dad Poor Dad, de Robert T. Kiyosaki.

Com mais de 9 milhões de cópias vendidas, o bestseller de finanças pessoais será sempre uma excelente dica de literatura.

Lançado em 1997, a obra continua fazendo sucesso entre aqueles que buscam conselhos em educação financeira. O autor enfatiza a necessidade de pensar no planejamento e destaca a importância de uma boa gestão dos recursos.

Kiyosaki é autor de 19 livros, atua como coach e é colaborador de diversos meios de comunicação.

Entrevistamos o Aminoácido, banda que fez um dos shows mais vibrantes do Psicodália

Psicodália 2018

Um dos shows mais vibrantes do Psicodália 2018 aconteceu no intimista e já adorado Palco do Lago. Foi do Aminoácido, não só um dos maiores shows desse palco em particular, mas do festival como um todo.

Com um line up que ainda contou com grupos como Bixiga 70 e Jorge Ben Jor, é sempre muito interessante ver como a curadoria do festival se preocupa com o cenário de grupos independentes no Brasil. Além disso, o próprio público que frequenta a Fazenda Evaristo é bastante engajado no assunto.

Aliás, se quiser saber mais sobre o festival, dá um pulo no texto Psicodália 2018: Dias de barro & noites com groove e na galeria Festival Psicodália 2018 em fotos: confira 30 momentos que registramos.

E foi num cenário bastante propício que o público deu toda a atenção que o Aminoácido merecia. Com um set voraz no quesito groove e feeling, o jovem grupo de Londrina fez miséria e já apresentou seus 2 trabalhos de estúdio (Meticuloso – 2017) e o recém lançado “Sem Açúcar”, que teve o show de lançamento com banda completa e casa cheia em Rio Negrinho.

Psicodália 2018
Foto: Gabriel Falcão

 

Psicodália 2018
Foto: Gabriel Falcão
Aminoácido - Psicodália 2018
Foto: Gabriel Falcão

O som chamou tanta atenção que o La Parola foi trocar uma ideia com os caras sobre a experiência de tocar no festival, além de vislumbrar projetos futuros para esse Jazz Funk Zappeano. Se liga:

1) Como foi a experiência de tocar no dália?

Simplesmente inexplicável. Fazer o primeiro show após o lançamento do “Sem Açúcar” no Psicodália com toda aquela energia envolvida, foi absurdo. Ver aquela galera coladinha, toda junta pra dançar e ver a gente tocar foi maravilhoso.

2) É provável que nos próximos shows a banda tenha menos pessoas no palco (backing vocal) você acha que menos músicos significa jams mais vertiginosas ou vcs ainda vão manter a estrutura que tocou na fazenda evaristo?

Bom, normalmente somos em 5 mesmo. Sem backing vocals. Creio que independente de estarmos com backing vocals ou não, não mude tanto a nossa performance pelo fato de que nas músicas que temos vocais extras, como os da Clara e da Mariana, são músicas mais leves e diretas. Mas sempre quando tivermos um show e elas estiverem presentes, com certeza tem lugar garantido no palco.

3) O show que vocês fizeram no festival foi um blend entre o primeiro disco e o segundo, como vocês elaboraram essa receita pra mostrar o som de vocês de forma equilibrada, já que de um disco para o outro houveram mudanças significativas no som?

Nós queríamos fazer um show em que ninguém ficasse parado. O mínimo possível. Portanto a gente deu um jeito de juntar os dois álbuns, mesclando os dois tipos de sons e mesmo assim não parar de tocar durante umas 3, 4 músicas seguidas. Acabou que conseguimos realizar isso, ou pelo menos tentamos! Risos.

4) Tem algum outro festival no Brasil que vocês curtiriam tocar também, numa pegada semelhante ao Psicodália?

Nossa, muitos! Festival Não Vai Ter Coca, Festival Congresso Bruxólico novamente, Festival Pira Rural, Aldeia Rock Festival e também muitos outros não semelhantes ao Psicodália…Festival Bananada, Morrostock são exemplos…

5) Quais são os planos daqui pra frente e como foi a repercussão do disco + o show, tiveram um retorno legal?!

Os planos daqui pra frente é rodar o país o máximo possível. Tentarmos fechar uma turnê que passe por alguns Estados e disseminar a palavra amarga. Sobre o nosso retorno pós Dália não poderia ter sido melhor. Ficamos gratos com várias fotos que tiraram nossas, vídeos, mensagens na nossa página, tudo isso foi inesperado pra nós. Dá pra perceber o quão maravilhoso foi esse Festival que passou. Um obrigado a você pela entrevista também. Até a próxima!

Festival Psicodália 2018 em fotos: confira 30 momentos que registramos

Psicodália 2018
Foto: Gabriel Falcão

O Psicodália é uma experiência.

Dizer que é um festival é pouco. Limitar a sua beleza, tanto pelas nuances da fazendo Evaristo, quanto pelo lado utópico de ficar 5 dias desconectados do mundo, que cada detalhe, cada memória, é especial.

Foi com esse pensamento que nos últimos anos o La Parola tenta expandir os modelos de matéria, textos ou métodos jornalísticos, tudo só pra ganhar uma desculpa pra falar um pouquinho mais sobre o reino de Wagner.

E em 2018 não foi diferente. Mesmo com uma edição praticamente off road do festival, a atmosfera foi tão bela quanto os shows.

A galeria de fotos do Dália 2018 está ai, na frente dos seus olhos. Isso é mais do que resgatar momentos, é emoldurá-los e apreciar suas formas.

Todas as fotos são do Gabriel Falcão, eu só tirei as fotos do Aminoácido.

3 livros que você precisa ler para entender o Brasil de 2018

livros história do brasil

O ano de 2018 já vale por séculos. Desde janeiro, muito já se falou sobre as eleições presidenciais de outubro, os escândalos de corrupção envolvendo a cúpula do presidente Michel Temer, a nomeação de Cristiane Brasil ao Ministério do Trabalho e o impedimento quatro dias depois e, enfim, a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância.

“Vai ser difícil para os historiadores compilar todo esse momento do Brasil e contar às gerações futuras”, comenta o cientista político Humberto Dantas, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP). Alguns, no entanto, podem ajudar a entender como chegamos aqui e, não à toa, já são destaques em livrarias online e físicas.

A seguir, três sugestões que podem ajudar:

Raízes do Brasil (1936) – Sérgio Buarque de Holanda

livros história do brasil

Em um dos livros fundamentais para compreender o brasileiro, o que Buarque busca são explicações sobre as origens culturais e sociais dos cidadãos do nosso país na história da colonização portuguesa.

Para ele, Portugal não se preocupou em investir meios tecnológicos e novas capacidades de produção nos seus territórios além-mar, mantendo-os apenas como uma espécie de “troféu” aos europeus. O comportamento descompromissado durante o período colonial contrasta com a conquista holandesa no Nordeste, que se baseava no investimento em meios avançados para exploração da terra.

O conceito mais famoso do livro, porém, é o de homem cordial. Inspirado na obra do sociólogo alemão Max Weber, um dos escritores mais importantes da história da Sociologia, Sérgio Buarque demonstrou que, por uma série de aspectos históricos, os brasileiros não se ajustaram à impessoalidade do Estado moderno, baseado na burocracia e na racionalidade. Ao contrário, eles observam esses processos de forma pessoal – ou cordial.

“A ideia do homem cordial é do homem que reage conforme seu coração, tanto para o bem como para o mal: é capaz de grandes efusões amorosas, mas também de inimizades violentas. O brasileiro ainda tem a inclinação de levar tudo para esse lado. É incapaz de obedecer uma hierarquia muito rígida, de disciplina rigorosa. Ele tende a travar contatos amistosos, encurtar distâncias”, analisou o cantor e compositor Chico Buarque, filho de Sérgio, no documentário Chico – Ou o país da delicadeza perdida, de 1990.

A ideia de cordialidade do brasileiro seria utilizada por muitos escritores contemporâneos para explicar questões como a corrupção na administração pública do país e o famoso “jeitinho brasileiro”, traço cultural estruturado na informalidade.

Negócios e ócios: histórias da imigração (1997) – Boris Fausto

boris fausto - negocios e ócios

O paulistano Boris Fausto tem uma carreira acadêmica quase totalmente dedicada à História. Ainda que tenha se formado em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1962, concluiu ainda nos anos 1960 a licenciatura em História pela mesma universidade, onde também se fez Mestre e Doutor estudando aspectos históricos do Brasil.

Membro da Academia Brasileira de Letras desde 2001, ele possui uma vasta obra historiográfica do país, em que se destacam História do Brasil, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Melhor Livro Didático, e Negócios e ócios: histórias da imigração, que também levou o Prêmio Jabuti de 1998 na categoria Melhor Livro de Ciências Humanas.

Nessa obra, Fausto conta a história da imigração da sua família – mãe turca e pai romeno – para São Paulo, situando em paralelo os ajustes que a sociedade brasileira precisou fazer para receber estrangeiros durante a primeira metade do século XX.

Um livro essencial para entender como o Brasil se preparou para uma das mudanças mais significativas de sua sociedade durante aquele período.

Cidadania no Brasil (2001) – José Murilo de Carvalho

livros história do brasil

O mineiro José Murilo de Carvalho, por sua vez, tem em Cidadania no Brasil: O longo caminho, de 1991, seu grande livro. O autor se amparou na obra do sociólogo britânico Thomas Marshall, que, observando a história da Inglaterra, desenvolveu uma linha de evolução da cidadania em três níveis de direitos oferecidos aos governados.

Segundo Marshall, os primeiros direitos que a população inglesa recebeu foram os civis (ir e vir, se expressar), passando pelos políticos (votar) e chegando, enfim, aos sociais (educação, saúde).

Murilo, porém, percebeu que esse desenvolvimento não se deu da mesma forma no Brasil: também por uma série de aspectos políticos – como os fatos que envolveram o primeiro período Vargas (1930-1945), os brasileiros se apropriaram primeiro dos direitos sociais, exemplificado na criação da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).

Somente depois desse momento é que os brasileiros tiveram acesso aos direitos civis e, por fim, aos políticos, com a Constituição de 1988.

Em uma recente entrevista ao site El Papiamento, Murilo demonstrou pessimismo com a democracia brasileira.

Para ele, a última constituição não foi capaz de eliminar as pressões originárias de uma sociedade muito desigual com um maior acesso à representação política.

“Hoje, a briga é entre cidadãos comuns, amigos, colegas e parentes, o que pode deixar algumas cicatrizes”, analisou.

Psicodália 2018: Dias de barro & noites com groove

Psicodália 2018
Foto: Nicolas Pedrozo Salazar

São quase 5 horas da manhã. Meu brother está dormindo na barraca, parece até que morreu, mas fui conferir agora pouco, ele respira. Minha amiga está puta por que esse meliante não acorda pra gente poder desmontar as coisas e esperar o ônibus que vai nos levar de volta pra São Paulo.

Está um frio respeitável, de madrugada nesse último dia fez 7 graus. Coloquei meu tênis agora e parecia até que era uma geleira. Enquanto bato queixo estou ouvindo alguma banda improvisando perto do palco Lunar. Pulso no ritmo do baixo…

Esse foi um resumo dos últimos 5 minutos do Psicodália 2018, mas vamos por partes, do início, produção. Deixa só eu tirar o pé da lama.

Psicodália 2018

Gosto de registrar as coisas na hora. Escrevi isso antes de entrar no ônibus que iria me levar de volta a São Paulo, depois de mais um ano cobrindo o Psicodália pelo La Parola, e a edição de 2018 não poderia ter sido melhor, principalmente para as bandas independentes.

No primeiro dia (sexta-feira) confesso que o cansaço de 12 horas de viagem e uma chuva insistente que colocava em risco nosso equipamento foram responsáveis por fazer nossa comitiva psicodélica dormir profundamente, logo depois que o Mundo Livre S/A tocou no festival.

Depois de contar com o Nação na edição de 2016 do Psicodália, nada mais justo do que selar o manifesto do mangue beat com outro importantíssimo pilar do movimento que, além do Chico Science, teve Fred 04 no front do groove.

Foi um veneno. Teve peso, mas teve também feeling e o som pulsava com grande liberdade, em ondas de sísmica percussão. Da lama ao caos.

Psicodália 2018

No dia seguinte o negócio já foi diferente. Acordei bem cedo e fui dar aquele confere na temperatura do lago nas dependências da Fazenda Evaristo. Fiquei tanto tempo lá que pelas 11 horas saí do meu transe e já entrei em outro. O nome dele? Raissa Fayet.

Essa é uma das maiores belezas do Psicodália, o acaso. Assistir ao show da curitibana no Palco do lago foi uma grata surpresa, aliás, esse palco de maneira geral, rendeu alguns dos melhores shows do festival.

A lírica de suas canções é serena. Parece literatura de cordel misturada com o fino da MPB, uns toques de Reggae (em alguns momentos) e o bom e velho groove. A naturalidade com que a moça tocava violão e cantava era de espantar. O combo que a acompanhava também mostrava grande versatilidade e, pouco a pouco, sua voz chamava as pessoas como uma espécie de flautista de Hamelin. Só que nesse caso, no lugar de ratos, o que se viu foi um mar de hippies.

O show terminou lotado. A apresentação ainda teve espaço para diversas intervenções advindas da plateia e, em todos os cenários, Raissa mostrou um talento especial, muito próprio, natural, doce e que talvez tenha sido o espetáculo perfeito para abrir a programação de um palco bastante especial… O clima intimista das faixas presentes em seu disco “Rá” (2017), fizeram desse show, uma ótima opção para se começar o dia.

Nossa equipe viu o show embasbacada. Nenhum de nós a conhecia, sejamos francos, mas o baque foi tanto que eu olhei para o fotógrafo e disse: por que nós não lembramos de pegar a máquina?!

Depois de conseguir processar tudo que tinha rolado, às 13h horas era a vez do Beach Combers se apresentar no mesmo palco. Com uma Surf Music toda trampada na modernidade, o trio carioca encabeçado pela Giannini do Bernar Goma fez um show no mínimo fulminante.

Psicodália 2018

Com o repertório todo baseado no disco “Beach Attack” (lançado em janeiro de 2018), o trio que ainda conta com o animalesco Lucas Leão na batera e o swing descolado do bass man, Paulo Emmery, só não fez chover porque já estava chovendo quando o show começou.

O mais louco era que conforme a chuva apertava, mais gente chegava, e enquanto os caras improvisavam mostrando um requinte sinuoso, muito bem explorado, principalmente na questão dos timbres… Ah meu caro, aí deu pra ver que a Surf Music vai muito além de um best of do Dick Dale.

Rock ‘N’ Roll sem cuspe e sem massagem, tudo ali, no dedo mesmo, na raça e na pancadaria. Sem mimimi, direto e reto, tal qual um show na rua que esses caras estão carecas de fazer.

Foi bem foda ver uma banda que rala tanto na cena carioca, bem ali, no coração de um dos maiores festivais do Brasil e arrancando centenas de palmas da plateia. Depois do show eu entendi o nome do primeiro disco deles, por que de fato, ninguém segura os Beach Combers.

Psicodália 2018

Ainda no sábado rolou muito som. Primeiro o Boogarins tocou no palco Lunar (às 20h30) e só pela quantidade de gente que encostou deu pra entender o quanto esses caras estão consolidados na cena. Com uma receita bastante original em termos de psicodelia, composição e dinâmica de show, deu pra sacar como os guris estão evoluindo rápido, fora que o trampo do Ynaiã Benthroldo na batera dá outra pulsação no som dos caras.

Na bota do show do Boogarins foi a vez do Lô Borges. No mesmo palco Lunar o mestre Borges emulou os clássicos de uma geração. Foi numa chuva considerável que um dos maiores compositores brasileiros fez um de seus shows mais importantes em seu próprio passado recente.

Antes de sair da barraca eu tive até que tirar uma foto que, apesar de parecer cosplay da capa de seu clássico “Disco do Tênis” (“Lô Borges – 1972), foi só um relato da realidade enfrentada no festival.

Psicodália 2018

Logo depois, também no mesmo palco, quem subiu pra malhar o groove foi uma das maiores bandas do Brasil atualmente, fácil fácil. Confesso que em 2016, depois do show do Nação Zumbi, pensei comigo mesmo: “imagina se o Bixiga 70 tocar aqui?!”

Que festa. Quanto entrosamento, técnica, dinâmica e que aula em termos de som. Numa banda instrumental tão grande e com instrumentos de natureza e timbres tão diferentes entre si, sacar um show de duas horas com uma clareza sonora a ponto do ouvinte conseguir diferenciar todos os instrumentos é louvável.

Já assisti ao Bixiga 70 umas 15 vezes em sampa. Na rua, no coberto, no seco ou no molhado, pode plugar as caixas que os caras estão voando. Mas o show no Dália foi o melhor que eu já vi… Dançar pulsando no groove, ainda mais num lugar tão utópico e livre quanto o Dália foi o que todos os presentes precisavam pra tirar toda e qualquer zica que pairava no ar.

Como num levante espiritual, o Jazz universal do grupo mostrou, mais uma vez, como a  música ganha em repertório a partir do momento em que os ritmos são apenas somados e nunca separados. Experimentar é preciso, e se o negócio acontecer a serviço da música, o resultado é justamente esse: um dos maiores espetáculos do cenário musical brasileiro.

Tão leve quanto um elefante numa loja de cristais, o Bixiga 70 não deixou pedra sobre pedra.

No domingo, o palco do lago recebeu mais um grande show. Uma das maiores performances do festival, o show da Aminoácido, grupo de Londrina, foi no mínimo excelente. Com uma banda completíssima, afinal de contas o show no Dália, além da estreia dos jovens no festival, era o show de lançamento do segundo disco de estúdio da banda.

“Sem Açúcar”, lançado em fevereiro de 2018, tem tudo pra terminar o ano nas listas de melhores trabalhos nacionais, mas o show dos caras foi ainda mais assustador do que o disco.

Psicodália 2018

Depois de muito matutar quanto ao gênero do som dos caras, cheguei a conclusão de que se for pra categorizar o som, a única alcunha possível é “groove”. Nem sei se isso se enquadra num estilo, mas é isso que esses caras tocam: groove.

Com toneladas de balanço, os moleques colocaram todo mundo pra dançar. Com um approach meio Frank Zappa ouvindo George Clinton, a banda fez miséria. O trampo de guitarras merece muito destaque, a Gretsch do Thiago Franzim (guitarra/voz) junto com a dobra de Cristiano Ramos (guitarra/voz) deram um workshop gratuito sobre timbres de guitarra.

Psicodália 2018

Vale ressaltar que o primeiro registro da banda, “Meticuloso, de  2017, foi quase todo instrumental. Já o segundo disco não, “Sem Açúcar” conta com faixas cantadas e o trabalho de Cristiano, tanto no disco, quanto ao vivo, merece bastante destaque, o cidadão assumiu o papel de front man e ainda o fez rachando o assoalho na guitarra.

Outro ponto que vale a pena ressaltar é a cozinha. Com os slaps de Lugue Henriques num baixo cheio de acidez e Douglas Labigalini na batera, a banda conta com uma base sonora flutuante que é a cama perfeita para demenciais improvisos. Teve de tudo, até dupla de backing vocals, embates percussivos e muita versatilidade, tanto em termos de variação de peso quanto sádicas brincadeiras devido aos tempos quebradíssimos das composições do grupo.

Psicodália 2018

Depois do show do Aminoácido confesso que tiramos a tarde pra absorver o que foi ouvido. Como estava chovendo com relativa frequência, o rolê acabava sendo mais cansativo em termos de locomoção, então o consenso foi de que até a hora do show do Zé Ramalho nós ficaríamos moscando, apenas admirando os balanços do palco do lago indo de um lado para o outro.

O Zé Ramalho talvez seja um dos interpretes mais icônicos da história da música brasileira. O jeito que ele canta… Acho que nem que ele inventasse uma mentira, aquela calhorda, da pior espécie mesmo, você diria que trata-se de um embuste, tamanha a força de suas palavras.

Parece que suas letras saem a ferro e fogo, como num decreto. Você escuta e observa sua minimalista movimentação com adoração, e o show que o cidadão fez, apesar de ter acontecido debaixo de uma grande chuva, foi a inauguração dos dias de barro no Dália.

Psicodália 2018 - Zé Ramalho
Foto: Nicolas Pedrozo Salazar

Madrugada adentro, agora já na casa da 1 da manhã, foi a vez dos sulistas reincidentes no Psicodália tocarem o terror. O Pata de Elefante, uma das maiores bandas instrumentais do Brasil, fez um show que me faz perguntar até hoje como é que eles terminaram.

O que o senhor Gabriel Guedes faz nas guitarras é ridículo. O trio moeu os instrumentos. Guedes deu aula no slide, mostrou uma pegada assombrosa no baixo e solou com a tranquilidade de um velho que vai buscar água na cozinha de madrugada.

Com slide, fazendo pontes, atravessando o tempo e as frases das músicas, a faísca do Blues do cidadão desafiava o trabalho de guitarras e bass do Daniel Mossmann, mas engana-se quem pensa que ele não acompanhou.

O cidadão ainda pegou uma Telecaster uma hora e a bichinha uivou com classe. Fechando o pacote, na batera de Reynaldo Migliavacca… Bom, em alguns momentos duvidei que certas viradas e acompanhamentos era anatomicamente possíveis. O show dos caras foi um dos melhores do festival.

No dia seguinte o clima amanheceu diferente. Levemente esotérico, os ventos do sul pareciam valentes. Algo estava diferente. Vi muita gente de gravata e só as 22h entendi o motivo: era dia de Jorge Ben no palco Lunar.

Outro show idealizado por mim, assistir o Jorge Ben com sua bandaça no Psicodália foi algo inspirador. Mais lindo que ouvir o flamenguista relembrar seu parceiro síndico, só saber que o show estava sendo gravado.

E quando ele tocou “O Homem da Gravata Florida”?! O sangue da Tábua de Esmeralda tem poder meus caros. Nunca vi tantos corpos balançando.

Psicodália 2018 - Jorge Ben Jor
Foto: Nicolas Pedrozo Salazar

No penúltimo dia de festival a surpresa da parte da manhã/tarde coube mais uma vez ao palco do lago. Dessa vez com André Prando & banda, foi a vez do compositor capixaba mostrar seu requinte psicodélico com aura de Grateful Dead.

Performático, bastante solto no palco e contando com um trio de grandes músicos, além dele mesmo, que se alternava nas guitarras (seu principal ganha pão além do vocal), o show do grupo foi a prova de como a água do Espírito Santo tem algo diferente… Compositor do mesmo nível de caras como Juliano Gauche, André destilou sua lírica desleixada com grande propriedade enquanto sua banda mergulhava em demenciais improvisos.

Com um show centrado nas composições do ótimo “Estranho Sutil” (2015) o grupo teve uma a oportunidade de expor seu som num novo eixo e a plateia gostou do que saia dos falantes.

Com um alto padrão instrumental e com dinâmicas que beneficiavam uma cristalina audição através de cada um dos canais, ficou claro como os caras estão entrosados. Esse ano inclusive eles voltam aos estúdios pra gravar mais um bolachudo, vale a pena ficar ligado.

Psicodália 2018

Depois de algumas cachaças, bauretes, uma soneca depois do show e aquela larica esperta, parti pra sacar mais uma banda da cena de Londrina, inclusive vale a pena ficar ligado nesse trechinho do nosso mapa, tem bastante coisa pipocando por lá.

Dessa vez a grooveria eletroacústica ficou no colo do Abacate Contemporâneo. Grupo dos mais interessantes que figurou no line up do festival, a visão que o combo emula para resgatar a cultura maldita da MPB é riquíssima e surpreende pela originalidade contagiante.

Com arranjos bastante ecléticos dentro de um amplo espectro de cozinhas, o grupo brinca com referências complexas de maneira leve, algo notável para uma banda que vai da poesia ao Rock como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.

Com temas do interessantíssimo EP homônimo que a banda lançou em 2017, esse show surpreendeu muita gente. Foi interessante ver como a galera foi chegando. A atração que o som do quinteto causou rendeu um ótimo público no Palco dos Guerreiros e essa brasilidade tem tudo pra voltar em edições futuras. Bom humor, criatividade e mesclas de gênero feitas com equilíbrio. Música cerebral. Coisa finíssima.

E pra fechar, é com pesar que chegamos no último dia de festival, com lama até a canela. O show que vem a seguir inclusive parece ter sido uma piada de mal gosto com o fato de que a nossa equipe precisava voltar pra São Paulo no dia seguinte.

Foi com as paulistas da Ema Stoned que eu comecei a ficar triste em saber que só teria Palco do Lago de novo em 2019. O trio feminino de música instrumental está ganhando fãs na terra da garoa. Com um formato simples, com baixo, batera e guitarra, a receita do som dessas senhoras é bastante peculiar.

Com um approach espacial para abordar o Rock ‘N’ Roll numa veia experimental, a onda que bate depois que elas começam a tocar é forte. Com interlúdios interessantes na guitarra (Alessandra Duarte) frente às linhas estruturas do baixo de Elke Lemers, a cozinha climática do trio criava atmosferas hipnóticas.

Apesar dos problemas técnicos enfrentados antes do show, tudo ocorreu muito bem. Quem dera a minha barraca tivesse sido guardada com a mesma tranquilidade com a qual as senhoritas tocavam.

Psicodália 2018

Depois do show a depressão tomou conta das mentes criativas. A equipe de paroladores já falava do festival no passado, citava algumas passagens que foram omitidas nesse relato e dava risada enquanto pisava na lama e rebatia pedaços de terra com a havaiana em cima de nós mesmos.

Mais uma vez foram dias de ótima música, convivência pacífica e muita liberdade. Ano após ano o Psicodália se firma como um dos festivais mais relevantes do Brasil. Seu caráter acolhedor frente a novas cenas que se formam – e logo se firmam, é o que estimula a cultura independente e une eixos mal explorados por produtoras que priorizam a região sudeste.

Psicodália 2018

É muito massa andar pelas dependências da fazenda e ver incontáveis bandas improvisando, trocando instrumentos e mandando bala durante os 5 dias do festival nos intervalos de todas as atrações.

Ver que um festival desse porte possui a consciência da importância de abrir essas simples oportunidades é justamente o que faz do Psicodália uma clara extensão da música de maneira geral: quanto mais orgânica e verdadeira, melhor.

Vida longa ao reino de Wagner. Ô lugarzinho do caralho!

Para ler e apreciar: conheça as 5 bibliotecas mais bonitas do mundo

bibliotecas mais bonitas do mundo - Sala de leitura real portuguesa, Rio de Janeiro

No mundo todo existem bibliotecas capazes de atrair a atenção de qualquer pessoa. Modernas quase futuristas ou muito antigas, grandes ou pequenas, públicas ou privadas. Todas elas têm algo em comum! Corredores cheios de livros de todos os tipos, silêncio e luz suave, isto é o que irá acompanhá-lo na leitura …

Geralmente, quando pensamos em uma biblioteca, a primeira imagem que vem à mente é uma sala de leitura grande e elegante, com um ar sério e importante que servem para acessar o conhecimento humano.

Essa ideia de “estrutura clássica” se atualizou e modernizou ao longo dos anos, mudando o design e o conceito de biblioteca, e deixando espaço para novas versões.

O design dessas estruturas também mudou com a evolução de sociedade e da cultura. Agora as bibliotecas são locais mais modernos, descontraídos e simples.

Confira nossa lista das bibliotecas mais espetaculares do mundo.

1. Seattle Public Library (EUA)

bibliotecas mais bonitas do mundo - Seattle Public Library

A sede da Biblioteca Pública de Seattle é o coração das bibliotecas públicas da cidade e só pode ser descrita como “chamativa”.

É um edifício futurista de 56 metros de altura, construído inteiramente em aço e vidro no coração da cidade. É também um conjunto perfeito de cantos cubistas não conformistas, uma obra-prima de um dos mais importantes arquitetos dos últimos 20 anos: Rem Koolhas.

Aberta ao público em 2004, esta biblioteca abriga uma coleção de cerca de um milhão e meio de livros e vários materiais de todas as disciplinas.

Espaços bem organizados com todas as tecnologias e confortos necessários. O lugar ideal para se sentar, relaxar e ler um bom livro!

Um verdadeiro emblema da modernidade!

bibliotecas mais bonitas do mundo - Seattle Public Library
Fonte: davideorecchio
bibliotecas mais bonitas do mundo - Seattle Public Library
Fonte: viaggiverdeacido

2. Sala de leitura real portuguesa, Rio de Janeiro (Brasil)

bibliotecas mais bonitas do mundo - Sala de leitura real portuguesa, Rio de Janeiro
Fonte: Intermundial

A sala de leitura real do Rio de Janeiro é o lugar com o maior número de obras literárias portuguesas fora de Portugal, incluindo vários volumes raros.

Esta biblioteca recolhe cerca de 350 mil exemplares de raridade de Portugal. Contém três andares de livros colocados em cada parede, divididos por uma estrutura de ferro muito decorada.

O edifício, em estilo neogótico com uma fachada de pedra calcária transportada diretamente de Lisboa, foi concluído em 1887. Seu interior é caracterizado, em vez disso, pelo cristal multicolorido e teto de ferro forjado onde são colocados belos lustres.

Um verdadeiro show europeu do outro lado do mundo!

bibliotecas mais bonitas do mundo - Sala de leitura real portuguesa, Rio de Janeiro
Fonte: livelovelaughandreadblog

3. Biblioteca Sainte Geneviève, Paris (França)

bibliotecas mais bonitas do mundo - Biblioteca Sainte Geneviève, Paris
Fonte: artsy
bibliotecas mais bonitas do mundo - Biblioteca Sainte Geneviève, Paris
Fonte: wikipedia

No coração do bairro latino de Paris está a Biblioteca Sainte Geneviève, uma das mais belas e famosas do mundo.

Concluído em 1850, é considerado um dos melhores edifícios culturais graças à sua arquitetura moderna e suas decorações de ferro características.

O plano é retangular e a fachada de estilo neo-renascentista com arcos e fendas para a passagem do ar.

Uma enorme coleção de livros, cerca de dois milhões de volumes, sobre as mais variadas disciplinas: arte, história e literatura, mas não só … Ciências sociais e humanidades, linguística, ciência e religião estão entre os muitos livros presentes!

Mais de 150 anos depois, o edifício perdeu o ar da modernidade que o caracterizou, mas apesar disso, sua elegância e beleza não podem duvidar.

bibliotecas mais bonitas do mundo - Biblioteca Sainte Geneviève, Paris
Fonte: nineteensixtyeight

4. George Peabody Library, Baltimore (EUA)

bibliotecas mais bonitas do mundo - George Peabody Library, Baltimore
Fonte: humoringthegoddess

Definida como uma ” Catedral dos Livros ” neoclássica, esta biblioteca foi completada em 1878 e pertence à Universidade John Hopkins, localizada no campus de Baltimore. O local foi construído com o objetivo de criar uma biblioteca aberta, ou seja, o uso gratuito de todas as pessoas que desejam consultar livros.

Ele coleta uma coleção de cerca de 300 mil volumes em sua maior parte dedicados a: história, arte e literatura, tanto americanos como britânicos.

Consiste em um átrio, com um piso de mármore preto e branco, que sobe em cinco níveis para chegar ao teto de vidro. Possui balcões com decorações de ferro e colunas em cores cremosas e douradas.

Tudo isso significa que esta biblioteca é considerada uma das mais fascinantes do planeta.

bibliotecas mais bonitas do mundo - George Peabody Library, Baltimore
Fonte: staticflickr

5. Biblioteca Real do Mosteiro do Escorial, Madrid (Espanha)

bibliotecas mais bonitas do mundo - Biblioteca Real do Mosteiro do Escorial, Madrid

A Biblioteca Real do Mosteiro do Escorial foi fundada por Felipe II, humanista e intelectual espanhol, com a ideia de reunir todo o conhecimento humano em um só lugar

Foi uma das primeiras bibliotecas a colocar livros nas paredes para deixar o centro dos quartos completamente livre. Tem uma coleção composta por mais de 40 mil obras que ocupam todo um corredor.  

O plano retangular da sala de estar, do ponto de vista arquitetônico, é inspirado no design da Biblioteca Laurentiana de Michelangelo em Florença, com numerosas janelas baixas que enchem toda a sala com luz.

Património Mundial da UNESCO, caracteriza-se pelos afrescos nos tetos, nos pisos de mármore e nas prateleiras esculpidas cheias de livros.

bibliotecas mais bonitas do mundo - Biblioteca Real do Mosteiro do Escorial, Madrid
Fonte: illibraio

Texto enviado por Habitissimo – Guia de onde encontrar informação detalhada, orçamento e opiniões sobre profissionais e empresas de obras, arquitetura e decoração.

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