Se elege bem quem paga bem

Vamos pensar como pensa a maioria. As pessoas não votam em ideias e em planos de governo, as pessoas votam na propaganda. Os verdadeiros vitoriosos de uma campanha política são as pessoas que estão trabalhando na surdina, por trás das câmeras. São publicitários, propagandistas, assessores de comunicação e demais profissionais capazes de moldar um boneco perfeito para que o público pense “esse é o meu candidato”. Em época de eleições, candidato nenhum é humano, todos são seres perfeitos, íntegros, honestos e benfeitores da comunidade. Defeitos? Só os que os concorrentes expõem nas propagandas negativas, que não são poucos e que, diferente da propaganda própria, são verdadeiros. Devemos lembrar que, proporções à parte, o partido nacional socialista sob o comando do mestre da propaganda, Joseph Goebbels, marcou época, ludibriando milhões de pessoas a odiarem o próximo devido a uma ilusão intelectualmente criada por mentes diabólicas. Em suma, a propaganda política foi distorcida. O intuito utópico é promover os candidatos para que a população tome conhecimento de quem está no páreo, mas na prática é outra. Na prática a propaganda é uma lavagem cerebral, uma tentativa de manipulação dos seres conscientes para que ajam de acordo com um condicionamento (Huxley estava certo).

Escondidos sob slogans otimistas e de um futuro melhor os candidatos oferecem o mundo para as pessoas, para o povo. A propaganda é nociva, a propaganda ludibria. Empresas privadas patrocinam potenciais candidatos à eleição com o intuito de receber regalias do governo. Mais, em caso de dúvida sobre quem irá ganhar o pleito, patrocinam mais de uma campanha. Diferente dos futuros distópicos de Orwell e Huxley, gosto de pensar numa utopia sonhadora em que todas as pessoas pudessem pensar com seus próprios cérebros. Em que todas as pessoas pudessem analisar os planos de governo e as propostas em vez de assistir ladainhas que beiram ao cômico na televisão. Se o horário eleitoral é gratuito, por que tanto dinheiro gasto em agências de publicidade e marketing político? É para que o vídeo, a impressão e o áudio possuam maior qualidade. Para que os roteiros sejam mais interessantes. E para que o candidato tenha uma imagem imaculada na mídia. Bastariam debates e divulgação de propostas de forma simples, sem a tentativa de transformar a campanha política num curta-metragem ou minidocumentário sobre a vitoriosa trajetória política de um homem que dedicou a vida à comunidade.

Bem verdade que candidatos encomendam pesquisas eleitorais facilmente distorcidas para enganar a população. Das duas, uma. Ou o candidato publica a pesquisa mostrando que está em primeiro lugar, ou publica a pesquisa mostrando que está em profundo crescimento nos índices. Bem verdade também que os veículos de comunicação encomendam pesquisas “imparciais” para mostrar à população quem está na frente. Ingenuidade pensar que algum eleitor não será influenciado e passará a apoiar quem está na frente ou deixar de votar no candidato desejado para que o desafeto não vença. “Vou votar no Fulano para que o Sicrano não se eleja. O Beltrano não tem chance, vi na pesquisa”. Da mesma forma, os órgãos que se orgulham e estampam a imparcialidade e a responsabilidade social no editorial, oferecem publicidade a candidatos. É imparcial publicar anúncio de prefeito e vereador no jornal? “Sim, vendemos um produto, é como qualquer empresa que queira anunciar no jornal”, poderiam responder. Mas não é bem assim. Estamos falando aqui de candidatos, de pessoas que terão o poder de decidir o futuro da comunidade em quatro anos de mandato e não de uma empresa  que apenas visa a obtenção de lucro. Os eleitores precisam de propostas e não de um sorriso amarelo.

“Mas esse é o sistema, é assim que as coisas funcionam e nada vai mudar”.

Por que não? Basta lembrar que quando o acesso à informação era escasso, quando não tínhamos internet banda larga, o movimento Diretas Já terminou com o regime militar e os Caras-pintas derrubou o então presidente Fernando Collor. A reforma política pode acontecer, está no plano da realidade e não só na teoria. As campanhas políticas podem sim se tornar mais moderadas. Em alguns aspectos isso já está acontecendo. Há anos atrás as cidades eram muito mais sujas e poluídas por santinhos e rostos sorridentes. É possível, mas só quando a política for mais importante que o novo corte de cabelo da Xuxa e que as atualizações de status da Gina indelicada.

Então, vai votar no candidato ou na propaganda?

……………………………………..

Para  complementar o artigo:

Aqui estão as parciais das receitas e despesas das campanhas eleitorais dos quatro candidatos à prefeitura municipal de Passo Fundo. Lembrando que essa é apenas a 2ª parcial. O prazo final, de acordo com o TSE, para a prestação de contas é só após o pleito, dia 6 de novembro para as contas do 1º turno e 27 de novembro para as contas do 2º turno (que beleza).

Receita / Despesa

Bradimir da Silva (PSTU): R$ 200,00 / R$ 157,00
Luciano Azevedo (PPS): R$ 231.754,00  / R$ 224.475,79
Marcelo Zeni (PSOL): R$ 4.000,00 / R$ 3.784,00
Osvaldo Gomes (PMDB): R$ 52.199,10 / R$ 40.000,00
Rene Cecconello (PT): R$ 43.150,00 / R$ 38.269,50

Os detalhes da parcial podem ser pesquisados no site do TSE:  http://inter01.tse.jus.br/spceweb.consulta.receitasdespesas2012/abrirTelaReceitasCandidato.action

Profissão: Artista

“Volta e meia encontro algum amigo de tempos que me pergunta: – E tu, ainda está pintando? Como se eu tivesse que parar de brincar e começar a trabalhar de uma vez!”

Viver da arte é o sonho de muitos, muitos mesmo, talvez quase todas as pessoas que conheço. Alguns de fato seguem a busca até conseguir o reconhecimento, outros fazem sua arte apenas pela arte, e também existem aqueles muitos que desistem antes mesmo de tentar. De qualquer maneira, enfrentar a falta de reconhecimento da “sociedade/mercado”, – que não se importa em pagar altos preços por um pedaço de tecido, mas acha muito caro pagar 80 reais em um livro ou um quadro – é um desafio diário, é uma arte por si só.

E é assim que o artista plástico Fabiano Millani, faz da sua arte realidade. Millani dedica-se ao desenho desde adolescente, durante as aulas entediantes de matemática na escola. Ao invés de se concentrar no quadro branco, preferia dedicar-se às folhas brancas do caderno. Ao invés dos números, os desenhos.

Foto: Divulgação

“No tempo de escola já era completamente apaixonado pelos desenhos, ao invés de prestar a atenção nas aulas, estava desenhando as professoras e os colegas, mas tudo de uma forma muito discreta, ao menos eu pensava que ninguém mais estava sabendo de nada.”

Mas a verdadeira origem desse relacionamento com os desenhos começou muito antes disso, em uma época em que a imaginação é a maior das nossas qualidades, a infância.

“Quando pequeno, morávamos para fora e não tínhamos condições de comprar os brinquedos da moda, me lembro bem dessa parte. Gostávamos dos bonecos de super-heróis, eu e meus dois irmãos Rodrigo e Leonardo, passávamos a manhã desenhando os personagens, depois recortávamos para podermos brincar com eles. Foi ficando cada dia mais divertido, pois havíamos encontrado uma forma de ter o herói que queríamos ter. Claro nada comparado com o verdadeiro boneco das lojas, mas se tornava o suficiente para dar sequência a brincadeira.”

Desenho artístico: Resiliência

 

A arte como profissão

Aos 17 anos Millani fez o primeiro curso de desenho artístico, com o fotógrafo Edegar Cavalheiro no Centro Municipal de Cultura de Santo Ângelo (RS), logo no ano seguinte, em 1998, já estava ministrando o mesmo curso, dando inicio a sua incansável busca pelo realismo.

 

Desenho realista: O velho do espelho

“Anos atrás, eu tinha uma necessidade séria de conseguir desenhar o máximo possível parecido com uma fotografia, com menos erros possíveis. Com o passar do tempo essa busca foi sumindo.”

Atrás da perfeição foi que Millani atravessou fronteiras e encontrou novos movimentos artísticos. Além dos desenhos realistas, Fabiano conheceu o surrealismo e encontrou uma nova paixão, as tintas.

Em 2003, participou do concurso estadual “Descobrindo Talentos” realizado pelo SESI, quando conquistou o 3º lugar com a obra “O Executivo”, para em seguida concluir o curso de pintura contemporânea com Tadeu Martins.

“Conforme fui aprendendo mais, a busca pela realidade foi perdendo um pouco o sentido e naturalmente foi crescendo para outro lado, mas totalmente perdido ainda, sabia que não era mais isso que eu queria e sem saber para qual direção seguir, comecei a experimentar novas formas de pintar, dessa maneira poderia dizer sinceramente o que estaria me agradando.

A dificuldade para quem tem praticado o realismo por muito tempo,é de conseguir ver o outro lado da tela, a parte simples e verdadeira da pintura, o real exige muito mais na questão pictórica, uma pintura muito mais detalhista. É difícil de explicar, mas sei que quero pintar além dessa máscara, não que seja uma evolução, mas com certeza é uma satisfação unicamente minha.”

Pintura moderna a óleo sobre tela: Silêncio

Como todo artista independente, Fabiano também enfrentou preconceitos, muitas vezes bateu de frente com a ideia permanente na cabeça das pessoas de que a arte é um “hobby” e não serve como profissão.

“Sofri dificuldades gigantescas. Inúmeras vezes tive que desistir do sonho de sobreviver da arte, largava tudo e caía literalmente na corrida pelo trabalho de carteira assinada, o sistema sempre ali, me atormentando pela estabilidade. Entre esse caminhar em círculos, fui conhecendo mais alguns clientes que hoje posso chamar de anjos, pois sem isso não teria condições da dedicação total às artes, que tenho a maior alegria em afirmar hoje.

Volta e meia encontro algum amigo de tempos que me pergunta: – E tu, ainda está pintando? Como se tivesse que parar de brincar e começar a trabalhar de uma vez! De fato foram poucos que acreditaram quando mais precisei.

Ser artista no Rio Grande do Sul para mim é um prato cheio, é onde tudo faz sentido, é a minha família e meus amigos.”

Fabiano Millani
Foto: Divulgação

Fabiano Millani é paulista de origem e gaúcho de criação. Desde criança vive em Santo Ângelo (RS), junto de sua família.

Além do 3º lugar no concurso “Descobrindo Talentos”, também conquistou o 2º lugar no concurso “80 anos de Coluna Prestes” com a pintura “Cartas Vermelhas” em 2004.

A partir de 2005, começou o estudo figurativo, pintando diversas telas inspiradas no seu cotidiano. Nesse contexto, foi convidado para pintar o seu primeiro monumento denominado “Cristo na cruz”, de 9 metros de altura, em São Valentin do Sul (RS). No ano seguinte conquista o 1º lugar no concurso de pintura alusivo ao 61º aniversário de criação do 1º Batalhão de Comunicações de Santo Ângelo.

 

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Fake Celebrity

“Do Homem-Aranha, muito bom ator”
“Eu escutei seu primeiro single, achei bom. Eu não sei o nome, mas ouvi no rádio”
“Eu acho que ele é maravilhoso e tem um ótimo futuro no cinema”

Essas e outras declarações, incluindo grupos de mulheres gritando “eu te amo” podem ser vistas no vídeo abaixo onde uma celebridade passeia pela Times Square em New York City. Seria normal se fosse só mais uma celebridade americana aproveitando a fama enquanto desfila pelas ruas à espera de fotos, pedidos de autógrafos e outras puxações de saco.

A grande diferença aqui é que essa pessoa não é famosa. Brett Cohen, uma pessoa americana como qualquer outra, teve a ideia de agir como um famoso para atrair atenção. Para isso, contratou alguns seguranças, fotógrafos, cinegrafistas e começou a caminhar enquanto os contratados o filmavam e o fotografavam.

Após a metade do vídeo já começam a aparecer pessoas fotografando e filmando a “celebridade” com seus smartphones e até respondendo perguntas a um repórter, também contratado, sobre Brett Cohen. Sem dúvida, no dia 27 de julho de 2012, um monstruoso exemplo de alienação coletiva foi registrado. Brett Cohen, trollagem feita com sucesso. Veja:

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Megalopolis, por Martin Stavars

Especializado em fotografias em preto e branco de paisagens urbanas diurnas e noturnas, Martin Stavars, polonês da cidade de pronúncia difícil Czestochowa, já viajou por mais de vinte países, focando o continente asiático, sempre registrando imagens fantásticas das cidades por onde passa. Seu trabalho tem sido premiado em inúmeras competições de fotografia, como o International Photography Awards, onde recebeu prêmios em quatro ocasiões: 2008, 2009, 2011 e 2012.

Desde o começo da vida de fotógrafo, Martin tem se especializado em fotografias monocromáticas de alto contraste. Em seu site, ele explica que o principal fator pelo sucesso de suas imagens é resultado de seu aprendizado de como interpretar e entender a luminosidade. O segundo fator, diretamente conectado ao primeiro, segundo o próprio Martin, é a sorte. Isso devido a elementos climáticos, formações de nuvens, raios solares e demais imprevisibilidades da natureza que, muitas vezes, após diversas tentativas fracassadas, ajudou no sucesso de uma fotografia. Martin disse que em mais de uma ocasião uma simples ação da natureza mudou o jogo e transformou uma imagem antes sem muito destaque em uma grande fotografia.

Martin destaca em sua biografia que, ao longo dos anos, aprendeu uma imprescindível virtude de um fotógrafo, definida por ele como grande contribuidora para o sucesso de seu trabalho: a paciência. Muitas dessas fotos levaram horas para serem registradas com perfeição. Outras, dias.

Burj Khalifa at Night, Study 1, Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2010
Foto: Martin Stavars

Megalopolis

Martin Stavars está lançando seu primeiro livro de imagens. Intitulado Megalopolis, o livro é uma compilação de fotografias registradas em 14 megacidades: Dubai, Incheon, Seul, Busan, Chongqing, Xangai, Singapura, Londres, Toronto, Montreal, Tóquio, Paris, Hong Kong e Istambul.

O livro está em pré-venda no site oficial e está disponível para ser enviado a qualquer parte do mundo a partir de 15 de outubro.

*imagens cedidas pelo próprio Martin Stavars, polonês gente fina.

 

City Lights, Study 2, Seul, Coréia do Sul, 2011
Foto: Martin Stavars
City of Fog, Chongqing, China, 2012
Foto: Martin Stavars
Dark Mirror, Londres, Reino Unido, 2011
Foto: Martin Stavars
Marina Bay, Study 1, Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2010
Foto: Martin Stavars
Marina Quay West, Toronto, Canada, 2011
Foto: Martin Stavars
Merry-go-round, Study 2, Paris, França, 2010
Foto: Martin Stavars
Roundabout, Xangai, China, 2010
Foto: Martin Stavars
Tokyo in the Rain, Tóquio, Japão 2010
Foto: Martin Stavars
Island of Light, Chongqing, China, 2012
Foto: Martin Stavars
Jumeirah Beach Residence, Study 1, Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2010
Foto: Martin Stavars
Blacks and Whites, Singapura, 2010
Foto: Martin Stavars

 

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Fenômeno: Migração de Caranguejos Bernardo-Eremita

O cinegrafista e fotógrafo americano Steve Simonsen teve um dia de sorte. Acordou com a ligação de Pam Gaffin, uma guia turística das Ilhas Virgens. Pam contou o que estava acontecendo na costa e rapidamente Steve reuniu câmeras para registrar o evento.

Na beira da praia, milhões de caranguejos estavam rumando em direção ao mar. O fenômeno ocorre devido à época de reprodução dos caranguejos da espécie Dardanus calidus, o bernardo-eremita. É uma jornada de retorno ao mar para que as fêmeas liberem seus ovos fecundados e os filhotes nasçam. Steve captou diversas imagens de forma impressionante, com uma multiplicidade de câmeras, ângulos e detalhes.

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A arquitetura industrial do Centro Cultural Georges Pompidou de Paris

centro georges pompidou

Inserido em um momento de crise da arquitetura moderna, na década de 70, surgiu, apesar de bastante criticado, um dos marcos do início da pós-modernidade das artes.

O Centro Cultural Georges Pompidou (Centre national d’art et de culture Georges-Pompidou) é um complexo cultural fundado em 1977 na praça Beaubourg, no coração da cidade de Paris. Foi desenhado pelo renomado arquiteto italiano Renzo Piano e pelo arquiteto também italiano naturalizado britânico Richard Rogers.

O Centro Pompidou reúne em um só lugar um dos maiores museus do mundo, com a primeira coleção de arte moderna e contemporânea da Europa, uma grande biblioteca pública com mais de 2000 postos de trabalho, uma documentação completa sobre a arte do século XX, salas de cinema e shows, um instituto de pesquisa musical, áreas de atividades educativas, livrarias, um restaurante e um café.

centro georges pompidou
Foto: Jean-Pierre Dalbéra

Um dos símbolos da Paris contemporânea, o Centro Pompidou, um edifício tecnicista, aparenta ser uma “gigante e musculosa fábrica de cultura”.

Tecnologicamente avançado, o edifício resume-se a uma megaestrutura à qual foram acrescentados diversos módulos transparentes. Sua expressividade e tipologia referem-se à arquitetura industrial tanto nos espaços internos, que se assemelham a fábricas urbanas, quantos nos externos, cuja fachada lembra uma refinaria de petróleo, ou uma fábrica de produtos químicos.

O Centro Pompidou é um dos principais exemplos da arquitetura high-tech, uma tendência dos anos 70 e que continua a ser explorada até hoje.

A arquitetura high-tech utiliza os elementos tecnológicos como objetos estéticos, isto pode ser observado nas grandes tubulações aparentes (dutos de ar condicionado e outros serviços prediais)  e no sistema estrutural em aço por sua semelhança aos sistemas industriais.

centro georges pompidou
Foto: Jean-Pierre Dalbéra

O Centro de Artes e Cultura, dividido em cinco níveis,  foi projetado originalmente para receber 6000 visitantes por dia. Em 1997, foi feito um plano de ampliação dos espaços de exposições, além de mudanças estéticas.

Hoje o Centro tem cerca de 14 mil metros quadrados cobertos e um melhor fluxo de visitantes: cerca de 25.000 pessoas por dia.

Se você tem Iphone e/ou Ipad pode se preparar para a visita baixando na App Store o aplicativo gratuito e oficial do Centre Pompidou . O Centro Pompidou está aberto de quarta-feira a segunda-feira. O horário da exibição é das 11h00 às 21h00 e os ingressos para adultos variam de €12 a €10 dependendo do período e está próximo das estações do Metro: Rambuteau, Châtelet, Hotel de Ville e RER Châtelet-Les-Halles.

Site oficial: http://www.centrepompidou.fr/

centro georges pompidou
Foto: Rui Ornelas
centro georges pompidou
Foto: Phillip Capper
centro georges pompidou
Foto: Carles Tomás Martí
centro georges pompidou
Foto: Scarlet Green
centro georges pompidou
Foto: Edson Maiero

 

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Fotógrafos Viajantes – Os vencedores do concurso da National Geographic Traveler (2012)

A revista National Geographic Traveler, vertente do grupo NatGeo especializada em turismo, divulgou os vencedores do seu 24º concurso anual de fotografia. O concurso reuniu 12 mil fotos inscritas de 6.615 fotógrafos de 152 países diferentes. A publicação anunciou e disponibilizou em seu website as dez fotografias vencedoras escolhidas por uma equipe de jurados e a fotografia vencedora definida pelos leitores.

O prêmio principal foi para Cedric Houin que retratou uma mulher da tribo Kyrkyz, no Corredor de Wakha, uma das regiões mais remotas do Afeganistão. Na foto vemos um estilo ancestral de vida aliado ao uso de tecnologias modernas. Veja todas as fotos:

Butterfly
Foto: Cedric Houin
Local: Corredor de Wakha, Afeganistão
My Balloon
Foto: Vo Anh Kiet
Local: Moc Chau, Son La, Vietnã
Devotees
Foto: Andrea Guarneri
Local: Trapani, Sicília, Itália
Looking Into Another World
Foto: Fred An
Local: Portland, Oregon, EUA
Lost In Time – An Ancient Forest
Foto: Ken Thorne
Local: Avenue du Baobab, Morandava, Madagascar
Underwater Surf
Foto: Lucia Griggi
Local: Fiji
Bagan Bliss
Foto: Peter DeMarco
Local: Bagan, Myanmar
Old Men with Djellaba
Foto: SauKhiang Chau
Local: Chefchaouen, Marrocos
The Village of Gásadalur
Foto: Ken Bower
Local: Gásadalur, Ilhas Faroe
Swimming in the Rain
Foto: Camila Massu
Local: Lago Caburgua, Chile
Escolha dos leitores
Huset
Foto: Michelle Schantz
Local: Finnmark, Noruega

 

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AC/DC – Back in Black (1980)

back in black

“Se algo acontecer comigo eu gostaria que vocês chamassem esse cara, Brian Johnson, para o meu lugar”. Bon Scott disse isso aos amigos da banda após ter visto uma performance de Brian Johnson com a banda Geordie, em um pub na Inglaterra. Parecia que Bon Scott sabia o que estava dizendo, e após a sua morte, Brian Johnson foi chamado para uma audição. Brian Johnson foi, mas não sem chegar atrasado por ter ficado umas horas a mais jogando sinuca. Felizmente, para o estilo do AC/DC esse era um comportamento aceitável e a justificativa foi válida.

Angus Young já disse em uma entrevista que a morte de Bon Scott foi o único momento em que pensou em deixar a banda. Mas tinha essa recomendação de Bon Scott, e por esse motivo a banda continuou viva. Resumindo, Bon Scott, mesmo morto, ajudou a perpetuar o AC/DC e fazer com que a banda mais rock’n’roll de todos os tempos continuasse fazendo shows ao redor do mundo até hoje.

Back in Black é uma homenagem ao ex-vocalista em vários sentidos. Da capa negra ao nome do disco “Back in Black”, passando por várias outras músicas com referências à morte de Bon Scott. É um disco histórico, com os riffs e as melodias criadas pelos irmãos Angus e Malcom Young sendo transformadas em hinos para várias gerações de rockeiros.

Em suma, Back in Black utiliza a mensagem do seu título. Quando todos pensaram que o AC/DC estava acabando com a morte de Bon Scott, eles voltaram e gravaram o seu melhor álbum.

Back in Black foi gravado primeiramente nas Bahamas, no Compass Point Studio, e finalizado no Electric Lady Studios, New York. Foi lançado pelo selo ATCO em 25 de julho de 1980 e produzido por Robert John Lange. O projeto gráfico do disco foi feito por Bob Defrin.

AC/DC – Back in Black – Faixa a Faixa

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1. Hell’s Bells

O primeiro som que se escuta de Back in Black é o bater dos sinos, condizente com o nome da faixa. O disco inicia com essa homenagem a Bon Scott. Definitivamente os sinos do inferno significa a morte do ex-vocalista. Gradativamente a música vai aumentando, com o rif de Angus, a guitarra base de Malcom em seguida, e por fim, aos poucos, a bateria, começando levemente pelos pratos, aumentando a intensidade com o bumbo até completar o ritmo inicial da música. Após o verso, o riff inicial volta para encorpar o refrão da música.

2. Shoot To Thrill

Algumas músicas não morrem com o tempo, mas ficam um pouco esquecidas. Mesmo assim, podem ser de certa forma relançadas. Quem conhece AC/DC não esquece de Shoot to Thrill, um dos grandes destaques desse fabuloso álbum. Mas quem não conhece ou conhece pouco a banda certamente passou a conhecer e a gostar mais de Shoot To Thrill ao assistir Homem de Ferro 2. Shoot to thrill, play to kill. Too many women with too many pills. Shoot to thrill, play to kill. I got my gun at the ready, gonna fire at will. Essa música é uma das melhores da banda, pois mesmo tendo sido lançada há mais de 30 anos mostrou ter poder suficiente para ser a trilha sonora de um sucesso de bilheteria hollywoodiano.

AC/DC - Hell's Bells

3. What Do You Do For Money Honey

A música com a forma mais pop do disco. Desde o verso até repetidos refrães e backing vocals. AC/DC sabe muito bem o que as pessoas podem fazer por dinheiro (principalmente as mulheres), por isso perguntam: What do you do for money honey? How do you get your kicks? What do you do for money honey? How do you get your licks?

4. Givin’ The Dog a Bone

Mais um daqueles riffs do AC/DC para acompanhar balançando a cabeça, do verso ao refrão. Uma letra com diversas conotações sexuais. She’s no Mona Lisa. She’s no Playboy star. But she’ll send you to heaven. Then explode you to Mars. She’s using her head again. I’m just giving the dog a bone.

5. Let Me Put My Love Into You

Começa vagarosamente, assim como Hell’s Bells, com a guitarra e a bateria numa lenta dinâmica. Segundos depois se solta. Mais AC/DC do que nunca. Mas todas as músicas são assim, não? Tem um baita riff que se destaca no pré-refrão. Don’t you struggle. Don’t you fight. Don’t you worry.’cause it’s your turn tonight. 

6. Back in Black

Talvez seja a música mais conhecida do ACDC. Os compassos marcados no chimbal são inconfundíveis, assim como a guitarra de Angus e a melodia vocal seguida por Brian Johnson. Impossível não conhecer esse riff, criado por Malcom Young, anos antes de a música ser lançada. O riff ficou guardado por um tempo até ser usado em Back in Black, por sugestão de Angus. Mesmo Bon Scott tendo escrito alguns versos, a música possui estrofes criadas após a tragédia, demonstrando respeito à Bon Scott. Forget the hearse, ‘cause I never die. I got nine lives, cat’s eyes. Abusing every one of them and running wild.

7. You Shook Me All Night Long

Outra música do AC/Dc que estourou no mundo inteiro. Um riff inicial marcante no começo e um dos melhores solos de Angus. É um dos hinos da banda, e quem conhece canta o refrão junto. Os versos começam com Brian Johnson cantando She was a fast machine, she kept her motor clean. Referência a dois itens básicos na vida de Brian Johnson, carros e mulheres. Foi o primeiro single do disco.

8. Have a Drink On Me

A fórmula do AC/DC, o começo com a guitarra seguido da bateria com aumento gradativo da dinâmica se repete. Em Have a Drink On me não é diferente. E, como dizem, em time que está ganhando não se mexe. E assim, o AC/DC continua ganhando em mais uma dedicada a Bon Scott. O título autoexplica o motivo.

AC/DC San Francisco

9. Shake a Leg

Enquanto Malcom e Young deixam as notas soarem, Brian Johnson canta despretensiosamente. Escute bem que o final do primeiro verso vai lembrar Whole Lotta Rosie quando some o instrumental e só o vocal permanece. Idle juvenile on the street, on the street. Who is kicking everything with his feet, with his feet. Fighting on the wrong side of the law, of the law. Don’t kick, don’t fight, don’t sleep at night. It’s shake a leg.

10. Rock’n’Roll Ain’t Noise Pollution

Uma característica introdução com um riff que seria usado posteriormente também no refrão. Nesse caso o riff não só se repete no refrão como imita a melodia vocal. Quando se escuta a introdução da música o  cérebro ligeiramente liga o som às frases: Rock’n’roll ain’t nose pollution. Rock ‘n’ roll ain’t gonna die. A música possui uma introdução falada que Brian Johnson diz ter sido improvisada na hora.

Hey there all you middle men
Throw away your fancy clothes
And why you out there sittin’ on a fence
So get off your arse and come down here
Cause rock ‘n’ roll ain’t no riddle man
To me it makes good good sense

Rock’n’Roll ain’t noise polluytion é a prova de que o AC/DC estava vivo e afim de continuar fazendo rock’n’roll, independente dos críticos. É um ode ao rock’n’roll.

Back in Black

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Mosaicos de músicos feitos com CD’s

A agência de publicidade TBWA promoveu uma campanha antipirataria intitulada Piracy. Mirco Pagano e Moreno de Turco utilizaram CD’s para criar mosaicos de músicos já falecidos. Foram 6500 mídias e mais de 200 horas de trabalho para completar o projeto. Mais do que homenagear ídolos musicais, a prerrogativa é a de que estes músicos foram de certa forma “derrubados pela pirataria”. Ao menos isso é o que diz a campanha, que esquece completamente que estes artistas antecederam a era dos discos piratas e do compartilhamento de arquivos, além de terem sido muito bem sucedidos comercialmente.

O primeiro erro é temporal. A campanha foca na pirataria física, na aquisição de CD’s piratas e não necessariamente no compartilhamento pela internet. Em entrevista à NME, Pagano diz: “Somente CD’s originais nos permitem entender quem são e como estes artistas se tornaram ícones universais. Um porta CD cheio de CD’s piratas criaria um falso artista.” Muito bem que a pirataria é errada. Porém hoje em dia é mais fácil encontrar alguém cheio de arquivos MP3 em um pendrive do que alguém carregando porta CD’s com discos falsos.

O segundo erro da campanha é utilizar CD’s para criarem um mosaico de artistas que começaram a carreira musical ainda quando não existia tal tecnologia, na era do vinil. Os CD’s começaram a ser comecializados em 1982. Elvis Presley morreu em 1977. Jim Morrison morreu em 1971. Em outras palavras, Elvis, Morrison e outros artistas da campanha jamais lançaram um CD enquanto estiveram vivos. O que foi lançado destes artistas e está no mercado hoje são reedições em novo formato e materiais póstumos. E mesmo assim a agência crê que essa é uma forma de conscientizar as pessoas contra os “males” da pirataria. Sentido? Isso não existe.

O terceiro erro, que é casado com o segundo, é apelar para ídolos falecidos. Os artistas que sofrem com a pirataria são os que estão em atividade hoje. De todos os homenageados, nenhum perdeu dinheiro ou status por terem suas músicas pirateadas ou compartilhadas na internet. Muito pelo contrário, o que receberam do público foi notoriedade e respeito de uma nova geração.

Ao menos os mosaicos ficaram legais. Esteticamente foi uma ideia muito interessante e que seria melhor aproveitada sem as justificativas preguiçosas e rasas. Veja como, artisticamente, é genial:

Vídeo da campanha:

[vimeo vimeo.com/20884785]

 

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Angeli ilustra “O Incrível Mensalão”

O cartunista Angeli, criador de notórios personagens de histórias em quadrinhos como Rê BordosaSkrotinhos e Walter Ego, fez mais uma. A série: “O Incrível Mensalão – A história do super-escândalo que abalou o mundo político e fez tremer o governo Lula”, publicada pela Folha de São Paulo.

O roteiro da série foi escrito por Mario Cesar Carvalho, repórter especial da Folha. As ilustrações contam como surgiu o maior esquema de corrupção do país, atualmente em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Veja:

 

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