Ridley Scott, de forma leve e despretensiosa, cria sci-fi otimista e alegre

Ao contrário do tom sério e contemplativo que Christopher Nolan emprega a InterstellarRidley Scott — o mestre do sci-fi horror — constrói uma ficção científica positiva e divertida, sem nenhum vínculo de compromisso com sua obra-prima Alien. Baseado no livro homônimo de Andy Weir (ótima leitura, aliás), Perdido em Marte é uma grata surpresa, com algumas falhas, diga-se, mas que entrega ao público a direção impecável de Scott, uma das melhores atuações de Matt Damon em sua carreira e uma fotografia que nos remete, de leve, a 2001: Uma Odisséia no Espaço. Um bom pacote de entretenimento.

O que o trailer não conta, apesar de mostrar basicamente toda a história, é que Perdido em Marte é um filme muito engraçado, em que o humor consegue equilibrar bem com o drama da narrativa. A verdade é que Ridley Scott não pesou a mão e, com eficácia, entregou um longa leve e alegre, ao contrário de algumas de suas obras, como Blade Runner e o próprio Alien, onde sua marca registrada, a densidade, se faz presente. Pelo menos três quartos da comicidade do filme só são possíveis graças a excelente performance de Matt Damon. Ele dá vida a Mark Watney, um astronauta em missão no planeta vermelho que, após uma tempestade, se perde de sua equipe e é dado como morto. Está aí a premissa: descobrir se ele ainda está vivo, fazer contato e traçar um plano para buscá-lo.

Matt Damon consegue sustentar seu personagem com muito carisma, mesmo estando sozinho em cena em mais da metade do filme, o que lhe dá mais mérito. Chris Hadfield, astronauta da NASA, ficou mundialmente conhecido ao gravar vlogs diretamente do espaço. O roteiro utiliza este artifício no filme e, ao invés de soar como algo forçado, tem um resultado de naturalidade: Watney registra todos seus passos e progressos em vídeos. Uma imperfeição na construção do personagem é a falta do he lost it, ou seja, não o vemos perturbado o suficiente para alguém que está completamente sozinho em outro planeta. Outra preocupação do roteiro é a da sintetização da ciência, tornando viável e simples o entendimento do público para com questões científicas — o que Interstellar, por exemplo, detalhou ao extremo.

Perdido em Marte

Perdido em Marte não tem um vilão, e a figura que mais se aproxima de um — porém é apenas um asshole engomado — é Jeff Daniels, que interpreta o diretor da NASA, e que está muito bem no papel. No filme de Nolan o grande vilão era o tempo; no de Scott, o antagonista é a situação. Há, também, um excesso de personagens que não acrescentam significativamente em nada ou quase, como o papel de Kristen Wiig. O exagero no número de personagens secundários fecha todos os defeitos do filme. A cada um é dado um mínimo momento de relevância, entretanto, a falta de continuidade quebra um pouco o ritmo, mas nada que prejudique o todo. Ao decorrer do filme a sensação de aflição aumenta gradativamente quando você se pega se questionando em que momento, de fato, Mark Watney será resgatado de Marte. O filme é um tanto quanto econômico em cenas de ação, o que fica muito claro no ato final.

A trilha sonora inclui várias referências à cultura pop, a fotografia de Dariusz Wolski é colorida e vibrante (ao contrário de Prometheus, em que trabalhou ao lado de Ridley Scott) e o 3D não é empolgante, sendo até dispensável, mas é competente. É um consenso entre a mídia especializada de que Perdido em Marte é o melhor trabalho de Ridley Scott em anos. Para mim, uma obra despretensiosa, divertida e redonda. Vale o ingresso e a pipoca. Welcome back, Ridley.

Partir é preciso

Parta, parto, partes… Normalmente partidas remetem à dor. ‘Partiu o coração em pedaços’ ‘parti a cara’ entre outras expressões que demonstram isso. Partir realmente dói! Mas é uma dor necessária.

Os dramas românticos com maestria relatam essa realidade nas telas de cinema. Seja qual for o tipo de partida ou o motivo da mesma, esteja certo que não será fácil, por amor, dor, doença, ausência, presença, etc. Aeroportos registram muito bem isso, chegadas e partidas a todo o momento. Pessoas que escolheram ir, gente que teve que ir, que queria ir, que não queria, mas foi. Um lugar repleto de sentimentos tão opostos. De um lado da moeda, felicidade, recepção, euforia, ansiedade… Do outro lado, dor, saudade, insegurança, medo… E fé, muita fé.

Partir requer fé, coragem. Fé para encarar o recomeço que toda partida implica. Ninguém decide ir embora seja de casa, de cidade, estado, país, ou de um relacionamento sem ter que lidar com as mudanças que isso acarretará. Quis partir muitas vezes, partir do trabalho, da minha rotina, das dificuldades, mas as conseqüências que isso causariam não seriam assim tão vantajosas. Partir é preciso, mas mais preciso ainda é saber a hora certa de ir.

O vazio de uma solidão a dois é um bom motivo para se questionar se deve-se partir ou não. É muita infelicidade amar por dois, se esforçar por dois, viver a dois sozinho. Nesses casos partir é a melhor escolha, ir embora em certas situações não é uma fuga, mas um ato de coragem. Ir e ter certeza do motivo da partida sem duvidas é uma atitude de valentia.

Aceitar aquela proposta de emprego dos sonhos em outra cidade pode parecer arriscado, ousado demais, e realmente pode ser, mas e daí? O que vai ser preciso para você finalmente aceitar? Partir do comodismo e da zona de conforto também é extremamente necessário. Se você não fizer, ninguém mais o fará. Quiçá mudar até de país se for oportuno e vantajoso. Mas por que não partir? E por que ir? Sabendo isso já é um primeiro passo para diversos caminhos. Às vezes, tudo que precisamos é escolher, e na maioria das vezes essa escolha pode se resumir em duas opções, ir ou ficar.

Os aviões que decolam voo também tiveram que partir e decolar e lá do alto o momento de partida já não importa mais tanto assim, nem o destino tem tanta importância no exato momento em que ele está lá em cima, sobrevoando as nuvens. Eu parto, tu partes, nós partimos. Partimos as desilusões, as indecisões, partimos a barra de chocolate com o colega do lado, nos partimos em dois para conseguir chegar lá e, partimos muitas coisas por aí… Partimos para longe para enfim sermos inteiros.

Os 40 Melhores Filmes Animados da Disney

Poucos estúdios de cinema inspiram maior respeito e credibilidade do que a Walt Disney Studios, uma marca legendária que vem sendo construída por alguns dos melhores filmes animados de todos os tempos. Pelo menos quando estamos falando sobre desenhos que promovem contos de valor universal, a Disney é imbatível.

Os desenhos animados da Disney são clássicos atemporais, e todos constituem um marco na infância de quase toda criança (e todo adulto). A probabilidade de se ter algum filme da Disney em casa é quase certa.

O gênero dos filmes varia conforme estilo e abordagem de conteúdo, mas a essência é sempre a mesma, seja através de histórias épicas, fábulas recheadas de fantasia ou contos repletos de imaginação.

Provavelmente, estes são os 40 melhores filmes animados da Disney, e o melhor é que muitos deles já estão disponíveis em plataformas de streaming compatíveis com Android TV — ideal para reviver a magia diretamente na sua sala de estar.

40. Cinderela (1950)

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Sinopse: Uma princesa vive com sua madrasta e as outras duas filhas. Tendo como amigos apenas os animais que a rodeiam, a moça se vê na iminência de participar de um baile em que um príncipe cortejado estará presente. Cinderela não pode ir, mas uma fada madrinha lhe oferece as condições ideais para que ela compareça no evento e cumpra seu papel, ou não.

39. Fantasia (1940)

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Sinopse: Uma coleção sensacional de interpretações animadas das grandes obras da música clássica ocidental.

38. A Pequena Sereia: A História de Ariel (1989)

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Sinopse: Uma princesa sereia vive nas profundezas do mar que o pai governa. Ela está profundamente insatisfeita com sua vida, e deseja conhecer o mundo dos humanos para conhecer uma nova perspectiva. No entanto, toda vez que ela tenta sair de casa, seu pai a proíbe, pois, para ele, a garota não calcula as consequências daquilo que deseja.

37. 101 Dálmatas (1961)

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Sinopse: Quando uma ninhada de cachorros dálmatas é roubada por uma mulher gananciosa e arrogante, os donos terão que encontrá-los antes que a megera use os filhotes para seus fins diabólicos.

36. A Dama e o Vagabundo (1955)

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Sinopse: Uma história romântica entre um cão e uma cadela de mundos distintos. Quando as circunstâncias exigem que os dois se unam para resolver um grande conflito, sua cumplicidade fará a diferença.

35. O Planeta do Tesouro (2002)

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Sinopse: Uma versão animada muito bem adaptada do livro A Ilha do Tesouro, clássico de Robert Louis Stevenson.

34. Os Incríveis (2004)

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Sinopse: Uma família de super-heróis disfarçados tenta viver tranquila e civilizadamente no atribulado meio urbano, mas eles serão obrigados a agir para salvar o mundo de uma ameaça iminente.

33. Bernardo e Bianca (1977)

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Sinopse: Dois ratos membros de uma sociedade de proteção e ajuda são incumbidos numa missão de emergência a fim de salvar uma garota raptada por caçadores de recompensas.

32. Atlantis – O Reino Perdido (2001)

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Sinopse: Um jovem aventureiro se junta a um grupo de exploradores excêntricos para encontrar o continente perdido da misteriosa cidade de Atlantis. Para obter sucesso, eles terão que enfrentar inúmeros obstáculos ao longo de sua jornada.

31. Ratatouille (2007)

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Sinopse: Um rato com incríveis habilidades para cozinhar faz uma aliança incomum com um jovem trabalhador de cozinha que trabalha em um restaurante famoso. A fim de seguir o sonho de estabelecer carreira e ganhar fama como chef, altos riscos serão cobrados.

30. Os Fantasmas de Scrooge (2009)

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Sinopse: O Natal está chegando, mas um velho sovina e avarento despreza a data. Ele não sente solidariedade nem compaixão; preocupa-se apenas com a manutenção de seu dinheiro. Então, o velho receberá a visita de três fantasmas que o ajudarão a reconstruir seu passado para conscientizá-lo das escolhas que fará no futuro.

29. Vida de Inseto (1998)

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Sinopse: Todo ano, os gananciosos gafanhotos exigem uma parte da colheita das formigas. Mas quando algo dá errado e a colheita é destruída, os gafanhotos ameaçam contra-atacar, e as formigas são forçadas a pedir ajuda a outros insetos para enfrentá-los numa batalha.

28. Carros (2006)

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Sinopse: Um mundo de competição onde carros personalizados disputam corridas para receber prêmios, vencer campeonatos e ganhar fama.

27. Oliver e Sua Turma (1988)

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Sinopse: Um gato abandonado na moderna Nova York precisa encontrar um grupo social de amparo para conseguir sobreviver. Após ser rejeitado por uma gangue de cachorros, uma inocente garota o adota, mas ela é imediatamente sequestrada por um criminoso e seus comparsas.

26. Alice No País Das Maravilhas (1951)

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Sinopse: Uma garota curiosa está cansada da monotonia que é sua vida. Certo dia, ela sai em excursão para explorar territórios ao redor, e encontra um gato inteligente que a aconselha viajar para um mundo paralelo e fantasioso que contrasta diretamente com sua realidade.

25. Wall-e (2008)

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Sinopse: Um pequeno robô embarca em uma jornada para decidir o destino da humanidade. Uma história com o intuito de conscientizar a alertar o mundo para a poluição em massa que ameaça degradar e devastar o planeta em um futuro não tão distante.

24. A Bela Adormecida (1959)

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Sinopse: Após ser humilhada em público pela família real, uma fada malévola põe uma maldição sobre uma princesa que só o príncipe é capaz de quebrar, mas para isso ele contará com a ajuda de três fadas madrinhas.

23. O Caldeirão Mágico (1985)

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Sinopse: Um jovem garoto e seu grupo de amigos desajustados irão embarcar numa busca alucinante para encontrar um artefato de magia negra, e deverão fazer isso antes que um ser tirânico assuma o poder.

22. Aristogatas (1970)

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Sinopse: Uma família de felinos parisienses é salva por uma madame que resolve deixar toda sua fortuna para eles. Porém, o mordomo da casa tem outros planos que colocarão todos em perigo.

21. Mulan (1998)

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Sinopse: Para salvar seu pai da morte por um exército mongol, uma jovem e corajosa guerreira toma seu lugar secretamente e se torna uma das maiores heroínas da China.

20. Up – Altas Aventuras (2009)

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Confira mais imagens dos melhores filmes animados da Disney no Depositphotos.

Sinopse: Um velho vendedor de balões com 78 anos de idade é forçado a sair de sua casa, onde sempre viveu, para que um novo edifício seja construído no local. Após um grave incidente, o velho é mandado para um asilo e, para evitar que isso aconteça, ele prende milhares de balões em sua cabeça para voar rumo a uma floresta na América do Sul. Porém, ele percebe que seu pesadelo está longe de acabar.

19. Tarzan (1999)

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Sinopse: Um homem selvagem criado por gorilas precisa decidir a que família de origem ele realmente pertence quando descobre ser humano.

18. Ducktales: O Filme – O Tesouro Da Lâmpada Perdida (1990)

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Sinopse: O mundo dos gibis de Carl Barks reencarnado em um filme completo de ação e aventura. Uma batalha épica entre o bem e o mal para livrar o mundo da destruição.

17. Divertida Mente (2015)

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Sinopse: A história de Divertida Mente se passa na mente de uma menina, Riley Andersen, onde cinco emoções — Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho — tentam conduzir sua vida quando ela se muda com seus pais de sua cidade natal, no Minnesota, para San Francisco. A animação é uma parceria entre Disney e Pixar.

16. Mogli (1967)

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Sinopse: Um menino separado dos pais é criado em uma aldeia de lobos no meio da floresta. Devido a uma série de ameaças, o garoto acaba sendo enviado para uma tribo de humanos, e deverá então iniciar uma grande jornada rumo à civilização.

15. Valente (2012)

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Sinopse: Uma jovem princesa é criada, desde cedo, para se tornar uma sucessora perfeita ao cargo de rainha, mas seus desejos e ambições são completamente diferentes do que lhe foi previamente estipulado. Corajosa e determinada para trilhar seu próprio caminho, a princesa desafia tradição e costumes para libertar-se de uma vida inautêntica.

14. Procurando Nemo (2003)

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Sinopse: Em um recife de corais nas profundezas do mar, um cardume de peixes-palhaço é atacado violentamente, e toda a ninhada acaba se perdendo. Um dos peixes, desesperado por reencontrar seu filho, parte numa jornada para trazê-lo de volta para casa.

13. Pocahontas (1995)

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Sinopse: Um navio com desbravadores ingleses parte da Inglaterra com o objetivo de explorar e encontrar um “novo mundo”. Um governador ambicioso está ansioso para achar ouro, e um capitão corajoso lidera um grupo de soldados preparados para invadir terras e conquistar. Ao chegarem em uma ilha muito rica em recursos, os ingleses são confrontados pelos nativos, uma grande tribo de indígenas. Haverá um choque entre dois mundos.

12. Frozen (2013)

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Sinopse: Quando uma rainha recém-coroada acidentalmente usa seus poderes e transforma tudo em gelo, é instaurado um inverno interminável que assola todo o reino. Então, sua amada irmã, juntamente com um grupo de bravos soldados, sairá em busca de uma solução para mudar a temperatura e restabelecer a ordem natural.

11. Peter Pan (1953)

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Sinopse: Na antiga Londres, um garoto se recusa a crescer. Um grupo de garotos ávidos por aventura deseja viver a história de seu herói, e eles serão levados para um mundo de magia e aventura, A Terra Do Nunca.

10. Pinóquio (1940)

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Sinopse: Um boneco feito de madeira, contando com a ajuda da consciência e sabedoria de um grilo, deverá superar suas limitações e provar-se digno de se tornar um menino de verdade.

9. Branca De Neve e Os Sete Anões (1937)

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Sinopse: Uma rainha má e invejosa deseja matar aquela que lhe ameaça roubar o título de mulher mais bela do mundo, a sua criada. No entanto, a moça consegue fugir e se refugia em uma cabana no meio da floresta, onde se deparará com sete anões que trabalharão em função de protegê-la.

8. Robin Hood (1973)

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Sinopse: A história do lendário bandido justiceiro retratado em um mundo com animais silvestres. Será travada uma guerra contra as tiranias de um príncipe depravado.

7. Hércules (1997)

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Sinopse: O filho dos deuses gregos Zeus e Hera é despojado de sua família e acaba sendo mandado para a Terra como uma criança imortal, devendo, por seu próprio mérito, tornar-se um grande e verdadeiro herói.

6. A Espada Era a Lei (1963)

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Sinopse: Em uma terra de mitos e na era da magia, o destino de um grande jovem está nas mãos de um mago, Merlin, que ensinará e preparará o garoto para ser o que está destinado a ser: o Rei Arthur.

5. O Corcunda De Notre Dame (1996)

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Sinopse: Na catedral de Notre Dome, em Paris, um sineiro corcunda deverá reafirmar sua identidade e lutar pela independência junto a um ministro do governo cruel e inescrupuloso. Ele precisará intervir para salvar sua amiga cigana da inquisição, e batalhar contra o caos e a desordem na cidade.

4. Toy Story (1995)

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Sinopse: Em um mundo de brinquedos, um boneco cowboy é ameaçado e fica com ciúmes quando uma nova figura astronauta resolve suplantar a todos, assumindo ser o melhor e mais poderoso brinquedo pertencente a um garoto. Os outros bonecos precisarão fazer algo contra isso.

3. A Bela e a Fera (1991)

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Sinopse: Em uma pequena aldeia francesa, uma camponesa bela, estudiosa e amável é vista como estranha por boa parte da população, e seu pai, um inventor, é considerado louco. Após vários problemas e desencontros entre eles, a moça vai parar em um enorme castelo que abriga uma criatura primitiva presa por um encantamento maligno. Contudo, o amor intervirá para quebrar a maldição.

2. Aladdin (1992)

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Sinopse: Quando um pobre morador de rua se encontra com uma princesa, o futuro dos dois se entrelaça. Um gênio é encontrado nos confins de uma caverna mística, causando uma grande mudança no rumo dos acontecimentos. Entretanto, há um poderoso inimigo que deseja o principado e ele fará de tudo, de magia a feitiçaria, para conquistar o poder.

1. O Rei Leão (1994)

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Sinopse: Um filhote de leão e futuro rei busca sua identidade. Sua ânsia de agradar aos outros e propensão para correr riscos e testar limites o fará entrar em apuros. Uma guerra por poder e legado será travada entre as principais famílias rivais de um belo reino.


*Com informações do IMDb.

De Volta Para o Futuro em tempo real: Marty McFly está chegando

“De Volta Para o Futuro” chegou aos cinemas em 25 de dezembro de 1985. Este ano, o primeiro filme completa 30 anos, mas não é só isso. O dia 21 de outubro desse ano é a data programada para Marty McFly (Michael J. Fox) chegar junto do DeLorean construído pelo Dr. Emmet Brown (Christopher Loyd).

Pensando nessa icônica data, a rede de cinemas Cinemark preparou uma maratona que exibirá uma das trilogias mais aclamadas pela crítica e público em tela grande.

Diversas cidades do país contarão com sessões especiais dos filmes. Abaixo você confere todas as cidades participantes e os seus respectivos cinemas. Os ingressos já podem ser adquiridos antecipadamente pelo site cinemark.com.br.

De Volta para o futuro (2)

Programação:

Aracaju (SE)
Shopping Jardins – Av. Ministro Geraldo Barreto Sobral, 215

Belo Horizonte (MG)
Pátio Savassi – Av. do Contorno, 6.061
BH Shopping – BR 356, 3.049

Brasília (DF)
Pier 21 – S.C.E. Sul, Trecho 2

Campinas (SP)
Iguatemi Campinas – Av. Iguatemi, 777

Campo Grande (MS)
Shopping Campo Grande – Av. Afonso Pena, 4.909

Curitiba (PR)
Shopping Mueller – Av. Candido de Abreu, 127

Florianópolis (SC)
Floripa Shopping – Rodovia Virgilio Várzea, 587

Goiânia (GO)
Flamboyant – Av. Jamel Cecilio, 3.300

Londrina (PR)
Boulevard Londrina Shopping – Av. Theodoro Victorelli, 150

Natal (RN)
Midway Mall Natal – Av. Bernardo Vieira, 3.775

Niterói (RJ)
Plaza Shopping Niterói– Rua XV de Novembro, 8

Palmas (TO)
Capim Dourado – Av. JK, esquina com NS 05, quadra 107 norte

Porto Alegre (RS)
Barra Shopping Sul – Av. Diário de Notícias, 300

Recife (PE)
RioMar – Av. República do Líbano, Loja 4001

Rio de Janeiro (RJ)
Botafogo Praia Shopping – Praia de Botafogo, 400
Downtown – Av. das Américas,500

Salvador (BA)
Salvador Shopping – Av. Tancredo Neves, 2.915

São Caetano do Sul (SP)
ParkShopping São Caetano – Alameda Terracota, 545

São Paulo (SP)
Boulevard Tatuapé – Rua Gonçalves Crespo, s/nº
Market Place – Av. Dr. Chucri Zaidan, 920
Eldorado – Av. Rebouças, 3.970
Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 646
Pátio Paulista – Rua Treze de Maio, 1.947
Villa Lobos – Av. das Nações Unidas, 4.777

Vila Velha (ES)
Shopping Vila Velha – Rua Luciano das Neves, 2418

Beleza e Violência

Faca na margarina de comercial que jorra sangue coagulado na mesa de café da manhã.

O alto Cristo de braços abertos abençoa favelas ocupadas recebendo o incenso dos pneus queimados.

A torneada morena manhosa do baile que rebola será noiva e estuprada.

O menino alegre no jogo de bola que sorri e te mata.

A lírica morte de Dom Fernão é notícia de chamada no jornal da noite: “a triste notícia da morte de Fernão…”

Pois na novela de comédias suburbanas as tragédias são privadas: “não entre, cão feroz”.

Curtir o divertido safári urbano da selva de cimento humano.

Ou ouvir a doce seresta exclusiva aos milicianos.

E aplaudir pôr-do-Sol maresia logo ali o esgoto.

Andar no trem de alegria e o rodo cotidiano.

A paz de uma lata de cola e o amar bossa nova caprichoso e quietinho do cachimbo de crack.

Enfim dormir e não acordar por debaixo dos viadutos das praias de marés de balas perdidas.

Este é um convite turístico;

Bem Vindo ao Rio.

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Søren Kierkegaard e o Existencialismo

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Søren Kierkegaard (1813-1855) foi um filósofo dinamarquês e pai do Existencialismo, uma vertente da filosofia que discute propósitos, causas e consequências das ações humanas no âmbito da realidade individual.

Kierkegaard foi o primeiro que de maneira explícita colocou questões existencialistas como principal foco do exame filosófico da vida humana. Para ele, a filosofia resume-se em tomar consciência e questionar as exigências absolutas feitas a qualquer pessoa que deseje viver uma existência verdadeiramente autêntica. Como ele dizia:

“A decepção mais comum é não podermos ser nós próprios, mas a forma mais profunda de decepção é escolhermos ser outro antes de nós próprios.”

Todas as obras de Søren Kierkegaard abordam temas existenciais em consonância com os da religião, como, por exemplo, a natureza da fé, as motivações da fé, ascetismo, moral, ética e teologia. O trabalho de Kierkegaard é de difícil interpretação, já que ele escrevia por intermédio de pseudônimos inter-relacionados. Para melhor entender sua obra, é importante ter um entendimento prévio sobre sua biografia.

Søren Kierkegaard

Søren Aabye Kierkegaard nasceu em Copenhague, na Dinamarca, no ano de 1813. Ele foi o caçula entre sete irmãos. Ao nascer, seu pai tinha 56 anos e sua mãe 45, razão de ele dizer que era “um filho da velhice”.

A influência do pai sobre sua personalidade tem sido sempre salientada. Dizem que Kierkegaard era o preferido de seu pai, este que o incentivava a enveredar pelos caminhos da razão e da lógica.

O pai de Søren era agricultor e trabalhava nas terras de seu dono. Após cada dia de trabalho, ele voltava para casa a fim de contar ao filho suas histórias dos diferentes lugares que passou, e então, Søren se via compelido a refletir sobre tudo que ouvia. Seu pai dizia-lhe sempre sobre a importância da argumentação criativa, levando-o frequentemente para participar de reuniões com amigos, nas quais o garoto articulava com notável propriedade e clareza.

Conta-se que o pai era pastor e agia como um típico católico fervoroso. Porém, em certo dia ele vivenciou um episódio traumático com suposto envolvimento de Deus, o que alterou o curso de sua vida para sempre, abalando e praticamente destruindo sua fé. Após “romper” com Deus e abdicar de todas as virtudes religiosas, o homem passou a sofrer de ataques periódicos de depressão. No entanto, em suas crises ainda parecia sentir uma espécie de interferência divina. Cinco de seus filhos morreram antes dos 33 anos de idade, incluindo sua primeira esposa, e estava certo de que Søren e o outro filho sobrevivente também haveriam de morrer quando chegassem à simbólica idade da morte de Cristo, mas isso não aconteceu. Mesmo assim, a depressão acometeu e não largou a família Kierkegaard pelas décadas posteriores.

A profundidade do sentimento religioso acompanhou Søren desde a infância, o que motivou seu futuro ingresso no curso de Teologia na Universidade de Copenhague, só que, após uma mudança radical nos eventos, ele resolveu abandonar o curso e se voltar então para Filosofia.

É sabido que, ainda jovem, Søren descobriu gravíssimos erros do passado, o que o fez romper relações com seu pai, tendo reconciliado com ele só bem mais tarde, pouco antes de perdê-lo em 1838.

A morte do pai provocou uma grande mudança de comportamento em Kierkegaard, a partir de então marcado por súbito amadurecimento. Ao invés de ser pastor e pai de família, ele escolheu a solidão e retidão, pois, para ele, essa era a única maneira de lidar com a fé religiosa; de administrar o fracasso que assolou sua família.

O jovem herdou de seu pai toda a mágoa e melancolia, mas também a criatividade, imaginação, raciocínio prático e senso crítico, como se pode notar em seus trabalhos futuros.

Segundo relato de Strathern (1999), Kierkegaard viveu sob um “complexo de mártir”, pois era ligeiramente corcunda, uma perna era mais comprida do que a outra, suas roupas o disformavam por completo e era motivo de zombaria por onde quer que passasse. Søren viveu solteiro, e um dos grandes acontecimentos de sua vida foi justamente romper um noivado.

A grandeza de sua obra nasceu das racionalizações filosóficas e românticas formuladas como forma de justificar a si mesmo, e para a sociedade, sua renúncia a uma vida de partilha.

Existencialismo

O Existencialismo é uma linha de pensamento que retira o homem como mero pertencente a uma espécie e o põe como definidor de sua existência.

Os existencialistas (Kierkegaard e todos os outros) exploram as várias perspectivas nas quais podemos viver em um universo sem Deus, ou quaisquer autoridades superiores, com a existência do homem precedendo a sua essência.

Com o passar do tempo, o ato de existir vai sendo futurado com o indivíduo incorporando a essência em seu ser. Assim, os existencialistas rejeitam a ideia de alma imutável, desde o nascimento até a morte, dando ao indivíduo o papel de construtor de sua própria realidade.

A filosofia do Existencialismo pode ser vista como fundadora da liberdade e responsabilidade do homem. Pode parecer uma corrente de pensamento ateísta, mas isso não é de todo aplicável. O Existencialismo não é simplesmente uma escola de pensamento livre de toda e qualquer forma de fé. O próprio Kierkegaard era um cristão devoto e praticante. Ele acreditava que não bastava dizer-se cristão, é necessário agir como um. Sua única objeção à religião era contra a rispidez da igreja luterana, que ele considerava deveras doutrinária, burocratizada, tanto afastada da religiosidade interior quanto obstrutiva dos motes filosóficos.

Apesar da maioria dos pensadores existencialistas terem sido ateus – como Sartre, Camus e Nietzsche –, Kierkegaard apresentava uma versão mais teológica do Existencialismo.

Desespero, absurdo, alienação e tédio

Søren Kierkegaard partia da ideia que o indivíduo é o único responsável em dar significado à sua vida e em vivê-la de maneira íntegra, sincera e apaixonada, apesar da existência de inúmeros obstáculos vitais como o desespero, o absurdo, a alienação e o tédio. Kierkegaard chamava esses males de “distrações existenciais”.

Em sua obra O Desespero Humano, ele afirma que a origem do desespero está na imaginação, onde o homem pode criar uma relação fantasiosa consigo mesmo. O desespero, segundo ele, vem do afastamento da existência, e constitui a pior das doenças; o único mal para o qual não há cura. A morte, encarada pelo senso comum como o pior dos males, não é, para Kierkegaard, um mal maior que o desespero.

“Assim como talvez não haja, dizem os médicos, ninguém completamente são, também se poderia dizer, conhecendo bem o homem, que nem um só existe que esteja isento de desespero, que não tenha lá no fundo uma inquietação, uma perturbação, uma desarmonia, um receio do desconhecido ou do que ele nem ousa conhecer, receio duma eventualidade exterior ou receio de si próprio. Tal como os médicos dizem de uma doença, o homem traz em si um estado latente de enfermidade, do qual, num relâmpago, raramente um medo inexplicável lhe revela a presença interna.”

Em relação ao conceito de “absurdo”, para Kierkegaard refere-se a um conflito ideológico entre a tendência humana de buscar significado inerente à vida e a inabilidade humana para encontrar algum significado. Ou seja, o absurdo é o que não nos faz sentido, ou que nos é contraditório. Nesse contexto, o absurdo não significa algo logicamente impossível, mas humanamente impossível.

Por natureza, os seres humanos tentam encontrar sentido para suas vidas e, tradicionalmente, essa busca resulta em uma de duas conclusões: que a vida não tem sentido, ou que a vida contém nela um propósito definido por uma força maior. No fim, a noção do absurdo promove a ideia de que não há sentido a ser encontrado no mundo além do significado que damos a ele.

Sobre alienação, ele aborda o tema como sendo uma falta de consciência por parte do ser humano de que ele possui responsabilidade para ditar sua história. A alienação retrata o mistério de ser ou não ser. Uma pessoa alienada carece de si mesmo, anula-se, tornando-se sua própria negação.

Os exemplos mais evidentes de alienação são encontrados nos meios de comunicação em massa, que costumam distorcer e comprometer a veracidade dos fatos, já que, segundo Kierkegaard, as verdades são encontradas junto à minoria. Em oposição à maioria, o geral, o aceito e o não abstrato, o dinamarquês transferia para o indivíduo a função de refletir e questionar sobre o que lhe é concreto.

“A verdade sempre repousa sobre a minoria, porque a minoria é geralmente formada por aqueles que realmente têm uma opinião, enquanto a força da maioria é ilusória, formada pelas gangues que não têm opinião.”

Os existencialistas também explicam por que algumas pessoas se sentem atraídas à passividade moral evitando-se no desafio de tomar as próprias decisões. Seguir ordens é fácil, e consentir também, pois isso requer pouco esforço emocional em fazer o que é mandado.

“O povo pede o poder da palavra para compensar o poder de livre pensamento a que foge.”

Ou seja, se a ordem não for lógica, não cabe ao mandatário questionar. Deste modo, os existencialistas podem explicar as motivações históricas de guerra, genocídios e lavagens cerebrais. As pessoas, nesses casos sucumbidas à submissão de uma força maior, estavam apenas fazendo o que lhes foi dito.

Em relação ao tédio, Søren dizia ser a raiz de todos os males:

“Não admira, pois, que o mundo vá de mal a pior e que os males aumentem cada vez mais à medida que aumenta o tédio, a raiz de todo o mal. A história deste pode acompanhar-se desde os primórdios do mundo. Os deuses estavam entediados, pelo que criaram o homem. Adão estava entediado por estar sozinho, e por isso foi criada Eva. Assim o tédio entrou no mundo e aumentou na proporção do aumento da população.”

Angústia: a vertigem da liberdade

A angústia, na visão de Kierkegaard, é o medo e frustração geral associados com o conflito entre as responsabilidades reais para consigo mesmo, seus princípios e valores, e também dos outros.

Ele nos lembra que, quando tomamos decisões, temos liberdade absoluta de escolher. Percebemos que podemos escolher fazer algo ou não fazer nada, e que nossas mentes cambaleiam ante o pensamento de liberdade absoluta. Um sentimento de apreensão e angústia acompanha o nosso pensamento incontrolado: a angústia é a vertigem da liberdade.

Tudo o que um ser humano faz depende menos do que ele compreende, e mais do que ele quer, ou seja, do que ele escolhe. Segundo Kierkegaard, não existe decisão absurda na vida que não envolva o ser humano em angústia, pois todas elas são riscos por sua incerteza e potenciais geradoras de conflito interno.

Considerando que existir é escolher, e vice-versa, cabe somente ao ser humano conscientizar suas ações conforme as possíveis consequências, sejam elas morais ou imorais, lógicas ou não.

“Arriscar-se no sentido mais amplo é precisamente tomar consciência de si próprio.”

Kierkegaard enxergava no ser humano um artista assemelhado a um escultor, que molda sua essência a partir daquilo que cria objetivamente.

Com coragem o dinamarquês argumenta que, se toda ação é uma escolha, e se todas as nossas escolhas morais são livres e, acima de tudo, subjetivas, é exclusivamente nossa vontade que determina nosso julgamento. No entanto, longe de ser uma razão para a felicidade, a liberdade total de escolha nos provoca antes um sentimento de angústia.

Søren Kierkegaard explicou melhor esse sentimento em O Conceito de Angústia. Como exemplo, ele citou um homem no alto de um penhasco. Se esse homem olha para baixo, sente dois tipos de medo: o medo de cair e o medo causado pelo impulso de lançar-se no vazio. Esse segundo tipo de medo (ou angústia) surge a partir da compreensão de que ele tem liberdade total para decidir se pula ou não, e esse medo é tão perturbador e atordoante quanto sua vertigem.

Kierkegaard sugeriu que sentimos a mesma angústia em todas as nossas escolhas morais, quando entendemos que temos a liberdade de tomar até as mais terríveis decisões. Ele descreveu que, embora a liberdade cause desespero, pode também nos livrar de respostas impensadas e não planejadas, pois nos torna mais cientes das escolhas disponíveis. Então, mesmo que o livre-arbítrio possa ser enclausurante, tal angústia também aumenta nossa consciência e senso de responsabilidade pessoal.

Segundo o filósofo, liberdade presume possibilidades, que denotam a imprevisibilidade do futuro. Todo tremor proveniente do livre-arbítrio se mostra inexorável, seja quando as possibilidades de ação são escassas, seja pelo fato de elas coexistirem em um grande número de opções. Enquanto ele ressalta os perigos provocados pela audácia não premeditada, também adverte sobre a periculosidade da inação.

“O maior perigo do homem é não correr riscos.”

A ênfase na importância da liberdade de escolha e na contínua busca individual por significado e propósito fornecem um guia para o Existencialismo de Kierkegaard. Para ele, o homem é o responsável pessoal e intransferível por seu destino, sendo assim, não deve esforçar-se inutilmente em buscar um caminho ideal, ou um sentido correto, mas sim em providenciar sua própria história de vida.

“Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se definitivamente.”

Sobre verdades existenciais

Søren Kierkegaard, assim como todos os filósofos, propunha-se a falar sobre a verdade. Para o dinamarquês, a existência é unicamente verdadeira, mas não necessariamente lógica. Se não há lógica na existência, mas a existência é real, então a verdade também não pode ser objetiva. Assim, para ele, não encontramos a verdade como uma coisa “verificável”, destacada a nós de alguma forma, mas através de nosso modo único e peculiar de apreender as coisas pela paixão: a verdade é encontrada através da subjetividade.

Para o dinamarquês, a crença determina o valor, não o contrário. A verdade, caracteristicamente subjetiva, é nada mais que um construto da intensidade da fé. Quanto maior o ardor com que se acredita, mais verdadeiro será o objeto do conhecimento, mas não obrigatoriamente lógico.

Uma vez que as verdades essenciais estão totalmente fora do nosso alcance na medida que não podemos nos aproximar delas objetivamente, elas surgem para nós sob a forma de tensão; de ruptura entre afirmações. Sendo assim, novas ideias surgem de paradoxos, e qualquer tentativa de solucionar tais disparidades não passará de uma tentativa. Kierkegaard era intimista de Sócrates e seus métodos de dialética.

Søren sempre falava sobre “a verdade que é verdadeira para mim”, com isso querendo apontar que, para todo alguém, a verdade é aquilo que convém. Dessa maneira, ele conclui que, toda vez que alegamos conhecer alguma coisa, só podemos dizer isto como um ato de fé, não da razão.

Se a verdade é subjetiva, decorre daí uma liberdade ilimitada. Para ele, é de fato impossível que a liberdade possa ser provada ou testada filosoficamente, porque qualquer prova implicaria uma necessidade lógica, que é o oposto da liberdade.

Os três modos de vida

Kierkegaard dizia que, no caminho da vida, há um sem-fim de direções, embora possam ser colocadas em três categorias de escolha: estética, ética e religiosa.

O modo de vida estético, caracterizado pelo hedonismo romântico, belo e sofisticado, ao qual se contrapõe não apenas a dor, mas, sobretudo, ao tédio, visto aí como uma ameaça perpétua. O protagonista da opção estética tenta realizar todas as possibilidades, mas estas não lhe conferem mais do que uma satisfação transitória. O “esteticista” vive pelo momento e não conhece (nem deseja conhecer) outro fim de vida senão gozar o instante que passa. Infiel e descompromissado, quer sempre testar limites, provar novidades, fugir permanentemente do tédio, recusando-se a engajar. Consequentemente, a busca estética desenfreada conduz, em última instância, ao desespero.

O modo de vida ético contrasta diretamente com a conduta estética. Nesse caso, o homem instaura-se nos terrenos do dever, da honra, das regras universais e de todas as exigências e tarefas de caráter burocrático. Esse estilo de vida é encontrado nos papéis do trabalhador ferrenho, do marido e pai devotado; naqueles que levam tudo a sério, que são pouco flexíveis, prisioneiros da conformidade e velhas ideias, os que se dizem cidadãos exemplares. Para os que se encontram no estágio ético, diz Kierkegaard, a coisa mais importante não é saber se ele é capaz de contar nos dedos todos os deveres que pôde assumir, mas se sentiu, alguma vez, a intensidade desses deveres, de tal modo que sua consciência esteja plenamente garantida da validez de sua existência.

O modo de vida religioso é visto por Kierkegaard como o resultado inevitável do paradoxo entre o modo ético e estético. No modo de vida religioso o homem não está submetido à ética, pois é um indivíduo sujeitado a Deus. Para ele, quando o pecado entra em discussão, a ética fracassa, porque o arrependimento implícito no sentimento de pecado é a maior expressão da ética, da mesma forma que constitui sua mais profunda contradição. A solução somente seria possível mediante a passagem para outro tipo de conduta: a religiosa. Como exemplo, Kierkegaard cita o episódio bíblico referente a Abraão e Isaac. Quando Deus exige de Abraão o sacrifício de seu filho Isaac, Abraão, dentro do nível ético, está diante da necessidade de cometer uma transgressão absolutamente proibida. Abraão não tem saída a não ser pelo salto do ético ao religioso. Em tais situações críticas, a escolha que o indivíduo se sente obrigado a fazer independe de quaisquer critérios morais racionais que não podem ajudar o homem religioso, somente sua crença.


Referências bibliográficas:

KIERKEGAARD, Søren. Temor e Tremor.

KIERKEGAARD, Søren. O Conceito de Angústia.

KIERKEGAARD, Søren. O Desespero Humano.

STRATHERN, Paul. Kierkegaard em 90 Minutos.

CHAUÍ, Marilena. Coleção Os Pensadores: Kierkegaard.

Globo Livros. O Livro da Filosofia.

QUEIROZ COBRA, Rubem. Época, Vida e Pensamentos de Søren Kierkegaard.

Gênesis: The Jimi Hendrix Experience no Atlanta Pop Festival

Ouvir Jimi Hendrix sempre foi um acontecimento. Sua guitarra nunca entrou de forma passageira em meus ouvidos e sempre fiz questão de contemplar cada detalhe. Escutar sua lírica na rua, em casa, no telhado, no solo ou na praia, rapaz, sempre foi a mesma coisa.

A sinestesia ficava por conta do cenário, mas o feeling era o mesmo. Acredito que seja algo bastante pessoal, mas ouvir a guitarra do americano sempre foi um momento célebre, um apogeu de emoções que se repete desde que ouvi sua Fender aliciar a organização Stratocaster pela primeira vez.

Foto: Jan Persson / Getty
Foto: Jan Persson / Getty

Eis aqui um homem que nunca estava no palco, pelo menos não só no palco. Quando seu Black Power solava, o corpo celeste ia para outra esfera, conectando-se com tudo e todos como um cidadão do mundo de Woodstock. Uma fonte de energia que não se dissipou, mesmo depois de seu óbito messiânico.

Por isso, quando falar sobre algum mito Hendrixiano, esqueça a síntese. Jimi era uma extensão de tudo que algum dia já teve a capacidade de mudar de forma. Um ato libertário que é maior do que o próprio mito e que dura até hoje justamente por não poder ser minimizado. Um conceito que fica claro quando ouvimos ”Freedom: Atlanta Pop Festival”, um dos picos de todo esse complexo de experiências.

Line Up:
Billy Cox (baixo/vocal)
Jimi Hendrix (guitarra/vocal)
Mitch Mitchell (bateria)

jh_atlpop-cover

Track List CD1:
”Fire”
”Lover Man”
”Spanish Castle Magic”
”Red House”
”Room Full Of Mirrors”
”Hear My Train A Coming”
”Message Of Love”

Track List CD2:
”All Along The Watchtower”
”Freedom”
”Foxy Lady”
”Purple Haze”
”Hey Joe”
”Voodoo Child (slight return)”
”Stone Free”
”Star Spangled Banner”
”Straight Ahead”

A apresentação de Jimi no Atlanta Pop Festival é grandiosa. Atinge o mesmo grau de excelência de outros lives consagrados dentro de sua discografia e mostra mais uma faceta de seu feeling extraterrestre, junto com uma conexão sem precedentes frente a sua maior plateia dentro dos Estados Unidos.

Sim, meus amigos, é incorreto afirmar que o maior público de Jimi tenha sido na fazendo de Woodstock. Dentro de minha própria utopia, gostaria de acreditar que sim, mas em números, sua apresentação como um dos pilares desta edição é superior (pelo menos numericamente) ao seu maior momento sob um palco.

Quando Jimi entrou para a história em Woodstock, às 9 horas da manhã do maior domingo de todos os tempos, o festival que contou com uma das maiores audiência também de todos os tempos, já estava mais vazio. Eram cerca de 25.000 deadheads na plateia, enquanto o público total do Atlanta Pop Festival é estimado entre 300 e 400 mil pagantes.

E pegou um dos grandes momentos da Hendrix Experience como um todo, afinal de contas, na época deste registro, a banda estava numa tour intensiva que já estava em progresso há mais de 2 meses e meio. Por isso ouvimos jams tão azeitadas, refinadas e notamos um cherokee ainda mais ousado e interestelar.

Até a química com seu seguidores era algo que o cidadão explorava de maneira peculiar. Quando uma faixa se encerra nesse LP duplo, parece que ele retorna ao antro terrestre. Durante o solo ele estava em todos os lugares, mas quando se fazia silêncio, a música mais difícil de todas, o Moisés de Seattle até falava – Hey There, baby.

Jimi Hendrix with Electric Ladyland LP

Além de ser um marco, por resgatar um show que virou lenda na mão dos magnatas colecionadores de bootlegs, essa mítica apresentação (que também sairá na forma de DOC num futuro próximo), é também um dos poucos trabalhos póstumos que faz jus ao nome do ser gênesis da guitarra.

Essa gravação é uma das pouquíssimas que não mancha o espólio do membro mais famoso da família Hendrix. É um disco raro (é triste salientar isso), pois não se apoia em outtakes para tentar reciclar um signo da guitarra.

Aqui Jimi pulsa, prova que precisa e se manterá eterno como um imaginário fantasioso que se perpetua como a patriótica versão de ”Spangled Banner”. Num passeio de Macunaíma, o mestre pula para o primeiro disco e nos revela uma rara versão de ”Room Full Of Mirrors”, evidencia uma das mais brilhantes jams para um de seus standards, a bela “Red House” e emula o infinito quando toca “Hear My Train A Coming”.

Viaja sem destino para encontrar sua ”Foxy Lady”, relembra hits Dylanescos com uma ácida versão de ”All Along The Watchtower” e nos reencontra na esquina com a ”Voodoo Child” para tomar uma breja com ”Hey Joe”.

Vamos andar por aí, Jimi, estamos in e off em todos os lugares, pelo menos durante os 85 minutos que o dia 4 de julho de 1970 ressoar em nossos corpos, sempre com Billy Cox no baixo e Mitch Michell no Jazz Experienced.

No Olho do Furacão Kadavar

O mês de setembro de 2015 foi mais do que especial aqui em nossas terras. O power über trio alemão Kadavar passou pelo Brasil em 4 sensacionais espetáculos.

A turnê completa da banda, trazido ao Brasil pela fenomenal produtora Abraxas, foi documentada por mim e pelo Guilherme Espir. A cobertura completa, com nossos relatos e tudo mais, está lá no Macrocefalia Musical.

O Guilherme cobriu nada mais nada menos do que 3 shows da banda (São Paulo, Goiânia e Rio de Janeiro) e eu fui em Florianópolis, numa baita noite que rolou na Célula Showcase.

Não fiz fotos do show, mas fiz esse vídeo aqui.

Quem fez as fotos das três primeiras apresentações do Kadavar foi o Guilherme. E junto, tem as bandas que fizeram a abertura dos shows: Muñoz Duo, Son of a Witch, Monster Coyote.

Saca só:

 

45 Motivos Para Odiar o Brasil

Em fevereiro de 2013, um certo cidadão americano fez uma viagem pelo Brasil. Na ocasião, ele havia se casado com uma brasileira. Morou com ela na cidade de São Paulo por três anos.

Quando voltou para casa, o americano estava tão indignado e frustrado com sua experiência no Brasil que resolveu criar uma lista com 66 motivos pelos quais ele odiou o país. Essa lista foi publicada em um fórum na internet que reúne dicas de viagem para estrangeiros e, devido à sincera polêmica, acabou sendo replicada viralmente.

Alguns motivos de ódio expressados pelo americano parecem mais surtos irracionais de raiva do que críticas construtivas e/ou justificáveis. No entanto, a maioria dos motivos são tão reais que geram revolta mesmo no brasileiro mais patriota.

45 motivos para odiar o Brasil

Dos 66 motivos descritos pelo americano, eu selecionei 45 deles, pois os outros são extremamente ofensivos, tendenciosos, exagerados e até impróprios. Confira essa lista adaptada com 45 motivos para odiar o Brasil:

1. Brasileiros têm pouca consideração com pessoas que estão fora de seu círculo social, e muitas vezes são simplesmente rudes. Por exemplo: um vizinho que toca música alta a noite inteira. Se você pedir a ele educadamente para baixar o volume, ele mandará você tomar no cu.

2. Brasileiros são agressivos e oportunistas, geralmente às custas de outras pessoas. É como um instinto de sobrevivência em larga escala, o tempo todo. O melhor exemplo é no trânsito. Se perceberem uma forma de passar você, eles o farão, mesmo que isso possa quase te matar, e mesmo que não estejam com pressa. Os brasileiros se sentem como se precisassem levar vantagem em tudo, sempre que puderem, independentemente de quem é prejudicado como consequência.

3. Brasileiros não respeitam o seu meio-ambiente. Eles despejam lixo em qualquer lugar. As ruas são realmente sujas. Recursos naturais estão sendo desperdiçados numa velocidade surpreendente.

4. Brasileiros toleram uma quantidade incrível de corrupção nos negócios e no governo. Enquanto todos os governos têm funcionários corruptos, é mais óbvio é desenfreado no Brasil, e ainda assim as pessoas continuam elegendo os mesmos tipos de governantes para liderá-las.

5. Brasileiras são excessivamente obcecadas com seus corpos e muito críticas – mais ainda, competitivas – umas com as outras.

6. Brasileiros, principalmente os homens, são altamente propensos à traição. A menos que nunca saiam de casa, as chances são consideráveis.

7. Brasileiros vivem num sistema de classes muito proeminente. Os ricos têm um senso de direito que vão além de sua caricatura. Eles acham que as regras não se aplicam a eles, que estão acima da lei, e costumam ser arrogantes uns com os outros. Os pobres, por sua vez, são tão mal remunerados que quase nunca têm a oportunidade de saírem da zona de pobreza e, portanto, muitas vezes se voltam para o crime, ou simplesmente tornam-se indignados e/ou preguiçosos em seus postos de trabalho.

8. Brasileiros, especialmente os que prestam serviços, são geralmente malandros, preguiçosos e quase sempre atrasados.

9. Brasileiros são muito expressivos ao darem opiniões negativas a respeito dos outros, com alta negligência diante da possibilidade de ferir o sentimento alheio.

10. Brasileiros constantemente interrompem o outro quando está falando. Conversar, então, torna-se uma competição para quem será ouvido.

11. A polícia brasileira é essencialmente inexistente quando se trata de fazer cumprir as leis para proteger a população (como prender bandidos e criminosos). As leis existem, mas ninguém as aplica. O sistema judicial é uma piada e não há ressarcimento justo para aqueles que são roubados ou violados; na verdade, os enganam para serem prejudicados. As pessoas vivem com medo, constroem muros para cercar suas casas e pagam altas taxas para viverem em comunidades fechadas.

12. Eletricidade e sistemas de internet são completamente desconfiáveis.

13. Brasileiros toleram impostos altos e taxas de importação que tornam bens (especialmente produtos de casa, eletrônicos e carros) inacreditavelmente caros. Para homens e mulheres de negócio, seguir as normas e pagar todas as taxas torna o lucro quase inviável. Como resultado, corrupção e suborno são práticas comuns. Burocracia, leis e altos impostos fornecem a oportunidade para corruptos trabalharem “em volta” do sistema. Enquanto isso, consumidores são obrigados a suportar um custo extraordinariamente elevado de vida.

14. O Brasil é quente como o inferno durante nove meses do ano, e não há sistema de arrefecimento, pois as casas não são construídas para incluírem dutos de ar. Então, você sofre por nove meses ou confina-se numa sala com ar-condicionado, e nos outros três meses de frio, você congela à noite.

15. A comida pode ser mais fresca, menos processada e geralmente mais saudável que alimentos na América do Norte ou Europa, mas é sem graça, repetitiva e muito inconveniente. A maioria dos alimentos é feita do zero e, se você não puder pagar por uma empregada que os prepare, gastará bastante tempo na cozinha. Restaurantes não faltam, no entanto, há poucas opções disponíveis para drive-thru que não seja fast-food.

16. Brasileiros são muito sociáveis e raramente passam tempo sozinhos. Isso não é necessariamente ruim, mas eu particularmente não gosto, pois valorizo meu espaço e privacidade. Você é quase obrigado a convidar ou pelo menos estar com amigos e família, do contrário será julgado como anormal por escolher estar sozinho.

17. Brasileiros se mantêm por perto de suas famílias de origem, emocional e geograficamente. Isso também não chega a ser uma característica ruim, mas pessoalmente eu odeio porque me sinto desconfortável e isso afeta meu casamento.

18. Brasileiros tornam tudo inconveniente e difícil. Nada é eficazmente pensado para facilitar a mente de consumidores, além de eles terem alta tolerância a uma burocracia desnecessária e redundante.

19. A qualidade da água é questionável. Brasileiros bebem-na sem morrer ocasionalmente, mas, considerando a corrupção, alta taxação e total falta de aplicação das leis, eu não confio quando o governo diz que a água é totalmente segura e não afetará a saúde em longo prazo.

20. No Brasil, só existe um tipo de cerveja (aguada), que é uma porcaria. E é claro, cervejas importadas são extremamente caras.

21. Raramente as coisas são feitas corretamente da primeira vez. Você precisa voltar ao banco, consulado, escritório, mandar e-mail ou ligar de duas a dez vezes para as pessoas fazerem o seu trabalho.

22. As normas de acabamento das casas são precárias. Janelas, portas, dobradiças, tubos, eletricidade, calçadas, tudo parece ser construído com o menor esforço possível.

23. A melhor maneira de inspirar ódio cego no Brasil? Recusar-se educadamente a comer algo oferecido a você. Não importa o quão válida seja sua razão, isso é considerado um pecado imperdoável e brasileiros vão continuar lhe oferecendo coisas e mais coisas para comer, e mesmo que você recuse novamente, eles continuarão pressionando-o até você ceder e aceitar, ou então irão prendê-lo por desacato.

24. Brasileiros são influenciados a nunca admitir que seu país é um lugar complicado de se viver. O melhor nem sempre é relativo, mas eles concordam que todas as coisas são iguais – por exemplo, que os ricos são melhores que pobres. No Brasil, os menos afortunados são obrigados a pagar e trabalhar muito mais para igualar o alto padrão de vida que é viável em outros países para diferentes classes sociais.

25. Você paga o triplo por produtos que vão quebrar dentro de um ou dois anos, se não antes.

26. A infidelidade é galopante. Esse não é apenas um estereótipo tanto quanto eu gostaria que fosse. Os homens no Brasil são socialmente levados a acreditar que são mais viris por saírem com várias mulheres. Essa atitude é encorajada em seu círculo de amizades. E as mulheres, elas são incentivadas por suas amigas a não gostarem de homens que agem assim.

27. As tendências de moda giram em torno de calças apertadas e abdômens malhados.

28. Nas praias, os sistemas de tratamento de esgoto são ineficazes. Como consequência, algumas pessoas acabam sendo hospitalizadas após passarem determinado tempo no litoral.

29. Nem pense em contar às pessoas que você viajará para os EUA, senão elas pedirão para você trazer iPods, notebooks, celulares, roupas ou itens de mercearia, isso porque esses produtos são muito caros ou estão indisponíveis no Brasil.

30. Inflação!!

31. No Brasil, há desenfreado patriotismo antipático. Onde quer que você vá, os brasileiros irão dizer ou mostrar sempre o que há de melhor.

32. Dificilmente os brasileiros vão entender (ou responder) de prontidão a um estrangeiro falando outra língua.

33. A menos que você goste muito de futebol ou reality shows, não há muito o que conversar com os brasileiros.

34. Brasileiros são muito conservadores, principalmente com comida. Qualquer alimento diferente ou exótico é visto com estranheza ou suspeita.

35. O Brasil é um país de terceiro mundo, com preços altamente inflacionados para produtos com qualidade par. Muitas vezes, as pessoas aderem a planos de pagamento de 12 a 24 meses para comprarem produtos que quebrarão antes de serem pagos.

Agora, especialmente em São Paulo:

36. A maioria dos motoristas de ônibus os dirigem como se quisessem quebrá-los (e isso com todos os passageiros dentro).

37. Três horas e meia de trânsito e engarrafamento toda vez que chove.

38. Ir a shoppings e restaurantes são as atividades principais. Há pouco a fazer na cidade que não envolva comprometer o seu salário, e existe apenas um parque principal, que está sempre terrivelmente lotado.

39. No transporte público, as pessoas irão empurrá-lo ou apertá-lo com muita força e nenhuma consideração. Você fica tão entalado que se torna incapaz de mexer qualquer parte do corpo, inclusive a cabeça.

40. Zero respeito pelos pedestres. Sim, os motoristas observam as pessoas querendo atravessar a rua, mas aceleram seus carros mesmo assim. Na melhor das hipóteses eles buzinam, mas quase nunca fream.

41. Toda a mobilidade da cidade é planejada em função do transporte privado de carros, que custam três vezes o preço em qualquer outro país. Os ônibus são eficientes, mas o transporte público é inconveniente, caro e desconfortável para andar. Consequentemente, o tráfico em São Paulo é considerado um dos piores da Terra (possivelmente o pior).

42. Os paulistanos dizem que São Paulo é “a Nova York da América do Sul”, mas Nova York é civilizada.

43. Quando as calçadas estão em construção, é esperado que você contorne pela rua, porém, muitos motoristas recusam-se a mudarem de direção perante à sua presença.

44. A qualidade do ar é muito ruim, e às vezes cheira a plástico queimado. A poluição em São Paulo está a par dos cenários apocalípticos retratados em filmes de ficção científica da década de 70.

45. Assim como São Paulo, quase todas as cidades brasileiras são hipermodernas, feias, concretas e desprovidas de caráter, beleza e charme. A maioria delas é monótona e semelhante em termos de aparência. Muitos locais e monumentos históricos são programados para futuramente serem demolidos e darem lugar a novos estacionamentos e shoppings. Há massiva verticalização de prédios. Poucos bairros são projetados para caminhar, tomar um café ao ar livre ou conhecer seus vizinhos. Os parques são poucos e distantes entre si, sendo que a carência de árvores e sombra natural concentra o calor do sol em concreto, tornando muitas vezes desconfortável um simples passeio pelas ruas.


Caso você tenha odiado essa matéria, veja então 25 motivos para amar o Brasil. 🙂

20 Motivos Para Amar o Brasil

Infelizmente para brasileiros, existem vários motivos para odiar o Brasil. Entretanto, há também diversos motivos pelos quais podemos (e devemos) agradecer por viver nesse país.

De uns tempos para cá, uma grande onda de negatividade vem assolando grande parte dos brasileiros, malfadando suas opiniões acerca de sua nação e comprometendo seu senso de patriotismo. Hoje, poucos fenômenos e acontecimentos no Brasil são imunes à crítica destrutiva.

20 motivos para amar o Brasil

O Brasil tem muitas qualidades, mas a maioria das pessoas só enxerga os defeitos. Há características brasileiras bastante interessantes e impossíveis de não serem notadas.

Dentre vários outros aspectos, aqui estão 20 motivos para amar o Brasil:

1. No Brasil, a religião predominante é o cristianismo, mas a verdadeira religião do brasileiro é o futebol. O esporte está enraizado na cultura do país, é praticado e acompanhado em todo e qualquer lugar, e exerce influência direta ou indireta em toda a população. No Brasil, futebol provoca efeitos mágicos.

2. O Brasil esbanja natureza. A biodiversidade brasileira é incrível e gritante. Temos uma reputação histórica que evidencia nossa fauna (mais de um terço de todas as espécies do mundo vivem na Amazônia), e flora – com belas e infindáveis paisagens exóticas.

3. As mulheres brasileiras, incontestavelmente, são as mais belas e atraentes do mundo.

4. O clima quente tropical que prevalece na maior parte do Brasil é um dos principais fatores de atração para brasileiros ou estrangeiros.

5. Carnaval. O espetáculo mais singular do Brasil que envolve pura cultura, arte, música e entretenimento em uma mistura personalizada e única.

6. As praias icônicas do Brasil. Com seus aproximadamente 7.500 km de litoral à temperaturas tropicais, o Brasil é um país essencialmente praiano. Uma pessoa que deseja conhecer o Brasil e não inclui ao menos uma praia no roteiro não terá de fato conhecido o país.

7. A música brasileira também é digna de ser notada no âmbito cultural. Samba, sertanejo, axé, forró, capoeira e outros ritmos derivam da música popular brasileira que eventualmente transforma ambientes em antros de alegria, provocando entusiasmo, excitação e bem-estar.

8. A comida brasileira tem autenticidade e personalidade, seja no norte, sul, leste ou oeste do país. O churrasco brasileiro, por exemplo. No Brasil, o churrasco é um ritual sagrado. Verdadeiros símbolos de prosperidade, churrascos são oportunidades únicas para união e cumplicidade. Fontes ricas de diversão, entretenimento e socialização.

9. Cordialidade. Muitos turistas que conheceram o Brasil relatam que o povo brasileiro é bastante amigável, caloroso e convidativo. Essa não chega a ser uma característica sociocultural, mas é inegável que a receptividade brasileira é fruto de elogios em vários cantos do mundo.

10. Multiculturalismo. A identidade brasileira foi moldada pela ampla miscigenação de raças e etnias. O multiculturalismo é uma das principais virtudes do Brasil, da qual brasileiros podem se orgulhar.

11. O Brasil esbanja sensualidade, ousadia e desinibição. Na época da colonização, quando o rei de Portugal enviou Pero Vaz de Caminha ao Brasil para lhe emitir um relatório com seu parecer, este destacou as índias brasileiras. Em nota, ele descreveu: “Ali andavam três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas costas; e suas madeixas, tão altas e tão cerradinhas e tão limpas, de nós muito bem as olharmos, não se envergonhavam“.

12. Outro fator importante do Brasil é a cachaça. Uma bebida barata, acessível e eficaz, cem por cento brasileira. E claro, temos a caipirinha, uma das bebidas mais originais do Brasil.

13. O café brasileiro. Amantes de café não passam mal no Brasil. Pelo contrário, os brasileiros sempre têm a oportunidade de implementarem em sua rotina o ato de beber café, uma bebida deliciosa e essencial.

14. Outro aspecto positivo são as cachoeiras. O Brasil possui milhares delas, espalhadas por todos os cantos do país. Uma bela atração que motiva viagens e passeios. Brasileiros que amam e desejam desfrutar das maravilhas da natureza costumam considerar um banho de cachoeira.

15. Os brasileiros sabem fazer uma festa como ninguém. O povo aqui no Brasil costuma ser festeiro por prazer, e mais ainda por necessidade, e as festas acabam sendo representações ótimas desse propósito.

16. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis.

17. O mercado editorial brasileiro é um dos maiores do mundo: lança mais de 50 mil títulos novos a cada ano.

18. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma Humano.

19. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

20. Mais de 70% dos brasileiros, entre pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários.


*Com informações da empresa Anthropos Consulting

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