3, 2, 1… Nada mudou

As últimas semanas do ano geralmente são carregadas de planos e expectativas, não só pelas festividades, presentes, folgas, reencontros, comidas, mas também pelo clima de renovação que a chegada do novo ano traz, a esperança de um ano melhor, mudanças, conquistas, realização de projetos que não realizamos no ano que findou-se, dentre outras coisas. Então o ano vira, as festas acabam, você volta pro trabalho/escola, recomeça a dieta que você interrompeu pelas festividades (ou não) e aí? Cadê as mudanças?

Pois é, apesar do sentimento renovado, daquela vontade de fazer com que o ano que acabou de começar seja O ANO, nós acabamos por fazer o de sempre – nos acomodar, e quando percebemos, só faltam 6 meses pro ano acabar de novo e então deixamos para dar início aos planos de mudança a partir do ano seguinte. É desanimador, eu sei.

Mas por que acontece isso? Simples, as pessoas se apegaram ao sentimento de transformação e renovação que teoricamente só vem com a chegada do ano novo, sem saber que podem invocá-lo a qualquer momento. A beleza de planejar o próximo ano inteiro, pra ser aquele que vai mudar sua vida, está somente no fato de poder “começar do começo”.

Bom, o que eu quero dizer é que já acabou a primeira dezena do ano novo e muita gente ainda está esperando o “ano novo começar”, ainda está deixando para começar seus planos e projetos pro recém chegado na semana que vem, depois das férias, depois do carnaval, depois das festas juninas e assim lá se vão anos. Nada de esperar pelo ano novo, o que você teve no 1º de janeiro desse ano é a mesma coisa que você tinha no 31 de dezembro do ano que acabou (a menos que você tenha sido o ganhador da mega da virada), então pra que esperar por ele?