Há 48 anos, um golpe militar mudou a história e o rumo do Brasil, quando as Forças Armadas derrubaram o governo do presidente esquerdista eleito democraticamente João Goulart. Foi implantada então a ditadura militar no país, que se estendeu de 31 de março de 1964 a 15 de março de 1985. Para quem conhece um pouco da história do Brasil, não são necessários maiores detalhes, para quem não conhece, existem algumas palavras que podem resumir e definir o que foi este período para os brasileiros: repressão, perseguição, tortura, censura, morte, conservadorismo, militarismo e pretorianismo.

Essas três últimas palavras definem a ideologia de um dos dois partidos existentes no período. Um partido que foi criado em decorrência ao Ato Institucional nº 2 (AI-2), que revogou a Constituição vigente de 1946, a qual assegurava os diretos e deveres básicos dos brasileiros. Esse partido se chamava Aliança Renovadora Nacional (ARENA), tendo como um dos seus líderes, o atual presidente do Senado Federal e membro da Academia Brasileira de Letras José Sarney de Araújo Costa.

Em 1979, as exigências para criação de partidos políticos diminuiu, novos partidos foram criados e o nome ARENA já desgastado, desapareceu, surgindo o PDS (Partido Democrático Social), que posteriormente alterou seu nome para Partido Progressista Renovador (PPR), depois para Partido Progressista Brasileiro (PPB) e hoje se chama Partido Progressista (PP).

A Aliança Renovadora Nacional se dissolveu há mais de 30 anos atrás, levando com ela uma das mais sombrias histórias do país. Mas aparentemente ela deixou rastros, fortes o suficiente para renascer das cinzas.

Uma jovem de 23 anos, residente em Caxias do Sul (RS), acredita “que na ditadura era melhor” segundo relatos do seu pai, que viveu no período. Cibele Bumbel Baginski é estudante de direito e vem dedicando grande parte da sua vida para a fundação da nova ARENA. A jovem considerou filiar-se ao PP, mas acabou filiando-se ao DEM, porém logo se desligou do partido para realizar o sonho de retomar a Aliança Renovadora Nacional.

Apreciadora de Nietzche e Platão, Cibele tem a missão de coletar 491 mil assinaturas para garantir o registro do partido, e aparentemente ela não está sozinha, considerando as 40 mil assinaturas já arrecadadas.

 

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Dados: Folha de Caxias.

 

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