Com roteiro de Beau Willimon, House of Cards foi uma das primeiras produções do Netflix, empresa norte-americana atuante no seguimento de TV por internet e que vem fazendo sucesso no Brasil e no mundo. House of Cards é uma adaptação do livro de mesmo nome, de Michael Dobbs.

O papel principal é desempenhado por Frank Underwood (Kevin Spacey), com atuação impecável, recebendo, inclusive, indicação ao Emmy de melhor ator no ano passado. Mas não pretendo tecer uma crítica à série. Vamos falar de política.

“Há dois tipos de dor: a dor que te torna mais forte e a dor inútil, a que te reduz ao sofrimento. Eu não tenho paciência para inutilidades”. Essa é uma das frases marcantes que compõe o discurso político incisivo do protagonista. O jogo político faz parte da premissa básica da série e é retratado de forma crua.

Frank Underwood tem talento para a coisa, passando de Deputado a Presidente dos Estados Unidos – fazendo-nos supor que a próxima temporada abordará o declínio da sua carreira. House of Cards faz um raio-x da política e nos apresenta o mundo na perspectiva do político, com as suas ambições e, principalmente, vontade de poder.

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“Ele escolheu dinheiro em vez de poder – um erro que quase todos desta cidade cometem. Dinheiro é mansão no bairro errado, que começa a desmoronar após dez anos. Poder é o velho edifício de pedra, que se mantém de pé por séculos”. É com essa filosofia que Frank vai derrubando a concorrência e conquistando espaço.

Se podemos concluir alguma coisa a partir da série é que, em se tratando de política, os fins justificam os meios. “Isso são negócios, guarde suas histórias tristes para você mesmo”, é o que Frank diz em outro episódio.