O universo bugou, melhor resetar e começar do zero

Se repararmos bem, o mundo continua o mesmo de séculos atrás. Aí um cara aparece na minha porta dizendo que isso é lorota, que passamos por guerras, por crises, pela revolução sexual; que o papa agora é pop, que a galera ouve funk ao invés de rock, que a mulher agora é Top na hierarquia.

Dá uma vontade danada de meter um tiro no peito desse cretino. E nessas horas eu penso em mil e uma coisas e em como somos bobos. E não temos armas. Temos medo. Temos mentiras escritas nos jornais todos os dias e políticas públicas de controle em massa. E gente que acredita (e vibra) na democracia.

A sociologia explica. Mas eu não me contento com a forma como os mestres abordam o assunto. Eles dizem: somos alienados. Não pensamos, não produzimos conteúdo, não discutimos assuntos de grande relevância para o futuro.

Daí alguém pergunta qual é a solução. E você já sabe qual é. Revolução. Como, quando, onde? Ninguém sabe. E nem precisa saber. O objetivo é apresentar o problema e evidenciar que não há o que fazer a respeito. Isso produz aceitação. O que não podemos mudar não nos afeta.

Não há espaço para fórmulas universais. Relativismo é o que nos resta. Ele é mais maleável, adaptável. Se não deu certo, melhor tentar de novo. E fazer diferente. Experiências. Tentativa e erro. No Brasil, quase 200 milhões de pessoas. Os pobres têm TV e fazem chamadas telefônicas. E a política é um jogo para pessoas egoístas. E polícia uma instituição falida, constituída por homens médios que acreditam estar fazendo desse país um lugar melhor.

Cadê o futuro? O universo bugou. Melhor resetar e começar do zero.