Eu desejo, com todo amor que há em mim, com toda ilusão e utopia, que você tenha prece na vida. Que você saiba discernir os erros dos defeitos e que tenha perdão no coração. Na alma. Frejat e eu te desejamos alguém pra amar, porque uma vida sem amor é monótona. Amor é quase como uma rosa: você precisa sempre tomar cuidado; regá-la, deixá-la ao Sol e disponibilizar sempre as condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Com a vida não é diferente. Você precisa regar a sua vida com amor. Deixá-la receber um pouco de luz, um pouco de vento, um pouco de umidade. Um pouco de tudo. Você precisa se deixar receber o amor e o que nele contém de mais bonito. E eu posso te explicar porque todo mundo tem a necessidade incontrolável de amar alguém. A vida a dois faz parte da criação. E tudo bem, você pode não ser adepto ao criacionismo, a questão em pauta não é evolução. Mas na visão mais romântica Eva, por exemplo, foi criada para amar Adão. Na versão fria e seca: perpetuar a espécie. Biologicamente e religiosamente aceitável. Mas aqui não. O amor sempre esteve em pauta. E sempre vai estar. É da raça humana querer alguém pra escrever uma história.
A escrita não foi criada pra facilitar a comunicação entre os sumérios e as civilizações futuras. Provavelmente havia alguém apaixonado naquelas tribos. E com alguns versos em sua mente, necessitava de um meio para gravá-los, grafá-los. Foi aí que um homem, com os sintomas do amor, inventou a escrita. Em pictogramas eles criaram símbolos que representavam algumas ideias. Deve ter sido nesse momento que surgiu o coração. É, aquele que hoje você desenha nas páginas em branco do seu caderno. Então, obrigada, sumeriano! Sem você o que seria dos apaixonados e suas cartas de amor? Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, e outros milhões de casais apaixonados que o diga.
Vocês acham mesmo que quando encontraram a magnetita – pedra-imã – eles pensaram primeiramente em criar a bússola? Não. Unir casais também era uma forma de indicar uma direção. A atração magnética entre as pessoas foi o pensamento mais forte, sem dúvida nenhuma. Se um imã atrai metal, então há a capacidade incontrolável e incessante de um amor atrair o outro. A magnetita surge pra explicar o porquê dessa atração pulso-magnética entre os corações dos apaixonados. Foi também daí que surgiu a histórica frase: “os opostos se atraem”.
O abraço não foi criado para cumprimentos. Unir os corações é a sua principal utilidade. Sentir a ritmia cardíaca do outro. Transferir paz. Transferir amor. Transferir paixão. O abraço foi criado pra sentir. Pra fazer sentir. Abraço foi feito pra tocar. E ser tocado. Foi feito pra amar.
Os óculos foram criados para melhor enxergar os seus amados ou amadas. A imprensa, para espalhar amor em folhetim. O cinema, para fazer criar o sonho do amor verdadeiro, para iludir, para emocionar e unir casais de todos os lugares do mundo. Inventaram o relógio para que se pudesse contar as horas pro outro chegar. Thomas Edison inventou a luz elétrica para iluminar (óbvio) a noite sem Lua Cheia. O oxigênio foi criado pra faltar; faltar ar ao avistar alguém. Mendel, o pai da genética, a inventou para perpetuar o amor da espécie; para passar a paixão de pai para filho. O telefone, para encurtar saudades, sentir amor na voz. A fotografia surgiu para registrar um beijo, um abraço, um carinho, um sorriso incontido, um olhar apaixonado; surgiu para eternizar momentos apaixonantes. O mundo foi criado para o amor, para amar. Nós fomos criados para doar esse amor. Somos mediadores do sentimento mais óbvio, urgente e necessário do mundo.